domingo, 4 de fevereiro de 2007

Campanha distribui livros a 10 mil presos palestinos em Israel


"Um preso, um livro" é uma iniciativa da Campanha pela Libertação de Maruan Barguti e Todos os Presos, movimento palestino contrário às prisões políticas promovidas por Israel. O objetivo é promover a distribuição de livros entre os 11 mil presos palestinos em 20 prisões militares israelenses.


Os 10 mil exemplares obtidos inicialmente vieram de doações de 35 ONGs e diversas personalidades palestinas. Desde setembro 2000, o início da Segunda Intifada, são estimadas em 50 mil as prisões de palestinos, incluindo 4 mil crianças (10% delas permanecem detidas). Dos parlamentares palestinos, 40 são mantidos presos. Os dados são da própria Campanha, e dizem respeito a janeiro de 2007.

Parte dos presos fica permenece presa em detenção administrativa, mecanismo legal israelense que permite a reclusão, por até seis meses, sem julgamento nem informação do motivo da detenção. A entidade, no entanto, denuncia casos em que palestinos permaneceram até sete anos presos.

Maruan Barguti

Aos 46 anos, o ativista palestino Maruan Barguti é mantido preso desde 15 de abril de 2002, quando era parlamentar palestino eleito pelo Fatá, pertido de Iasser Arafat e Mahmoud Abbas. É apontado como fundador da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, braço armado do partido político. Condenado em dezembro de 2002, cumpre cinco prisões perpétuas por assassinato e tentativa de assassinato. É apontado como "terrorista" pelo governo israelense.

A Campanha pela Libertação de Maruan Barguti e Todos os Presos foi criada como uma rede que reúne organizações em defesa dos direitos dos presos políticos. Barghouti, visto como preso político pela entidade, chegou a lançar-se à presidência da Autoridade Palestina em 2004 como candidato independente, mas retirou-se da disputa para apoiar Mahmoud Abbas. Em dezembro de 2005, de dentro da cadeia, rompeu com o grupo para criar o partido al-Mustaqbal (O Futuro).

Barghouti era um dos presos cuja libertação era reivindicada pelo Comitê de Resistência Popular, responsável pelo sequestro do soldado Gilad Shalit, detido em junho de 2006. A prisão dele e de outros dois soldados israelenses serviram de pretexto para a agressão ao Líbano. O trabalhista Shomn Perez, ex-premier e postulante a candidato à presidência de Israel, defende o perdão a Barguti.

Fonte: vermelho

sábado, 3 de fevereiro de 2007

UNE de volta pra casa: estudantes retomam terreno histórico


Depois de um ato com ex-presidentes da União Nacional dos Estudantes (UNE), cerca de cinco mil pessoas marcharam nesta sexta-feira (01/02) na Culturata rumo ao terreno na Praia do Flamengo que pertencia ás entidades estudantis até o Golpe de 64. Com muita irreverência, música e emoção os manifestantes derrubaram o portão do estacionamento irregular, que até então funcionava no terreno, e tomaram de volta o que a ditadura lhes tirou.



Estudantes derrubam portão de terreno, onde ficava antiga sede da UNE

A Culturata, que saiu dos Arcos da Lapa na cidade do Rio de Janeiro por volta das 16 horas, teve na sua linha de frente ex-presidentes da UNE como Aldo Arantes, Ricardo Capelli, Wadson Ribeiro e Felipe Maia. Entre os ex-presidentes da velha guarda estavam José Frejat, Genival Barbosa e Irum Santana, que presenciou a Fundação da UNE em 1.937. O autor da chamada “bíblia do movimento estudantil” – O Poder Jovem – Arthur Poerner também se somou á primeira fileira.

Artistas participantes da 5º Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE, evento do qual a manifestação fez parte, apresentaram uma esquete ao longo da caminhada lembrando os principais fatos que marcaram a história da entidade. Em frente ao Hotel Glória um grupo de manifestantes vestidos de preto deitou no asfalto com bandeiras da UNE, simbolizando o assassinato ocorrido no dia 28 de março de 1.968, no então Restaurante Calabouço, do jovem secundarista Edson Luís.


Com um clima tenso e entusiasmado os estudantes, assim que chegaram ao estacionamento, forçaram o único portão de acesso até que o mesmo tombasse no chão. Dentro do Estacionamento se encontrava apenas dois funcionários que não apresentaram resistência à manifestação. Em poucos minutos centenas de jovens ocupavam o terreno prometendo sair somente depois que a Justiça lhes desse definitivamente a posse do mesmo.

Segundo o Presidente da UNE, Gustavo Petta, “esta não é uma ocupação momentânea; a sede política da UNE a partir de agora funciona aqui [no terreno] e todos os dias teremos conosco artistas e personalidades que apóiam a nossa campanha ‘UNE de volta pra casa”. A UNE entrou com uma liminar na Justiça nesta sexta (01/02) para apressar a tomada de posse do local. Cerca de cem estudantes deverão ficar permanentemente acampados no terreno.


A atriz Vera Holtz ouviu pelo rádio a notícia da ocupação e veio ao ato manifestar sua solidariedade e apoio, “eu ensaiava no CPC da UNE com amigas no dia que a ditadura incendiou a nossa casa e não poderia faltar no dia que a tomamos de volta”, declarou. Além da atriz está programado para os próximos dias a presença de Lenini e Popó.


Do Rio de Janeiro,
Carla Santos

Fonte: vermelho

Aprendendo mais sobre o ISLÃ...

'A Mulher Muçulmana'

Aprendemos que, por mais que o Islam seja denegrido e mau visto, Deus faz a verdade prevalecer e aqueles que a procuram a encontram. Porém, como isto acontece? Acontece quando o Muçulmano esclarece sua religião, mesmo no auge da difamação, e faz desta difamação uma propaganda a seu favor, não se importando com o que dizem ou pensam os malfeitores. Com boa conduta, educação e sua paciência no esclarecimento e propagação da religião, como fizeram o Profeta(S) e seus companheiros, podemos ser seus sucessores e ter a honra e virtude de ensinar o bem à humanidade, apagando tais conceitos irreais.

Ontem, Abu Jahl atacou o Profeta e quis impedir a propagação e manifestação da Fé Islâmica. Hoje atacam os Muçulmanos e os taxam de atrasados, terroristas, extremistas, fundamentalistas, etc, temendo a propagação do Islam e uma derrota midiática.

Citação:
"Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inúmeros homens e mulheres. Temei a Allah, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Allah é vosso Observador." { Alcorão Sagrado, 4ª:1}


De fato, uma das maiores críticas ao Islam nos dias de hoje se refere aos direitos da mulher, e a sua posição dentro da religião islâmica. Porém, após anos de preconceito baseado em nada além do medo do crescimento da fé muçulmana por todo o mundo, o Ocidente obteve uma visão distorcida sobre a mulher islâmica - uma visão que não reflete a realidade.

O Ocidente sempre vê a mulher islâmica como inferior e submissa, mas o Islam sempre foi uma religião que inovou no direito das mulheres, não só no contexto da cultura árabe, mas relativo a todo o mundo.

Falando da questão no Brasil, esse fato também não deixou de seguir o mesmo caminho das infundadas críticas ocidentais ao Islam. A Rede Globo, principal rede de comunicação do Brasil (e terceira maior rede de televisão do mundo), trouxe a 'vida muçulmana' para dentro das casas dos brasileiros, uma novidade para muitos, com a novela 'O Clone'.

Como qualquer novela, ela é fantasiosa, tem coisas que não correspondem à realidade - isso é mais do que óbvio. A violência do homem e submissão da mulher ficam claros na novela, como no caso em que um personagem - o tio - dá um tapa na cara da menina - a sobrinha. Uma pessoa religiosa, que vive sua vida sob a fé islâmica, jamais teria uma atitude como aquela, muito menos lidando com um familiar, por uma questão tão simples. Quando falam da mulher, na novela, perguntam se ela é 'prometida'. Novamente, está explícito esse contexto da 'mulher submissa', escolhida pelo homem, sem direito sequer se escolher com quem passará o resto da sua vida.

Para começar, não existe 'a mulher muçulmana'. Existem as mulheres muçulmanas. Isso depende de vários fatores, como condição social e país de origem. A mulher muçulmana reza cinco vezes por dia, mas não são todas que cumprem, como em qualquer mandamento religioso. No Brasil, usam o véu num país onde quase não se conhece a religião. Praticam as orações, fazem jejum no mês de Ramadã. As meninas trabalham, estudam, outras são donas de casa, tem de tudo - como qualquer outra religião ou sociedade atual.

Porque a mulher muçulmana é vista pelo Ocidente como uma mulher que tem menos direitos, inferiorizada, submissa? Até pela própria vestimenta se associa a isso. Para o Ocidente, o fato da mulher usar o véu é sempre associado à submissão e ignorância. Já para a mulher muçulmana, o véu é entendido como algo que a dignifica, dá valor, que impõe respeito. É uma idéia diametralmente oposta à que o Ocidente faz do véu, e da própria mulher. Quanto aos direitos e deveres, o Alcorão é bem claro quando diz que a mulher tem direitos sobre o marido e o marido sobre a mulher. O Islam foi uma religião que inovou nos direitos da mulher em coisas que a Europa só conseguiu há pouco tempo. A mulher no Ocidente não votava. A muçulmana tem esse direito desde o surgimento do Islam. A mulher tem o direito ao divórcio e à herança, o que é bem mais recente do que na Europa.

Está no Alcorão que toda mulher muçulmana deveria se cobrir com seus véus porque é mais conveniente para que não sejam molestadas. Isso tem uma finalidade. O significado do véu é esconder das vistas do homem tudo aquilo que desperta o desejo. Toda a sensualidade, toda a beleza, a mulher esconde isso dos homens e restringe isso ao seu marido e ao ambiente familiar. Na presença dos pais, avós, tios, sogros, a mulher pode se produzir da maneira que quiser, pode se maquiar, fazer o cabelo e se vestir da maneira que quiser. O objetivo é não despertar o desejo carnal de outros homens. Sendo assim, muito do que é usado no Ocidente como um ataque aos 'direitos da mulher' não passa de uma proteção à mulher.

Os Direitos da Mulher no Islam

1. No decorrer da história, a mulher sempre foi considerada a culpada pelas desgraças que assolavam o mundo. Já no Islam, a mulher não é responsável pelo pecado original de Adão, porém ambos erraram e ambos se arrependeram e foram perdoados e a descendência de Adão e Eva nada têm a expiar senão pelos próprios erros, e também afirmamos que, se um dos dois tem uma parcela maior de culpa, esse é Adão.

2. Ainda chegaram a ponto de especular se a mulher tinha ou não uma alma. A taxaram de demônio e lhe foi negado o direito de pensar, de herdar, de ser responsável pelos próprios bens e de sentir prazer sexual. Deus confirmou que a mulher é um ser humano completo, dotada de corpo e alma, e a igualou ao homem na prática religiosa e na recompensa da outra vida... *A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, conceder-lhe-emos uma vida agradável e o premiaremos com uma recompensa superior ao que houver feito* (Alcorão Sagrado 16:97)

3. A mulher muçulmana não só tem o direito, mas também o dever de estudar e procurar o conhecimento, porque essa é a melhor forma de se aproximar de Deus. Ela passa a ter os seus horizontes abertos, e a sua fé passa a ser uma fé consciente, enraizada na mente e no coração. A mulher é a base da sociedade, pois ela é a mãe e a "é a melhor das escolas"; é com ela que aprendemos tudo o que se refere aos princípios morais e boas maneiras. Logo, se a mãe é sábia e virtuosa, seus filhos assim crescerão, e a sociedade será consolidada na verdade e na virtude.

4. A mulher no Islam têm direito a herança e de dispor dos seus bens como quiser. Diz Allah, o Altíssimo: *Não ambicioneis aquilo com que Deus agraciou uns, mais do que aquilo com que (agraciou) outros, porque aos homens lhes corresponderá aquilo que ganharem assim, também as mulheres terão aquilo que ganharem. Rogai a Deus que vos conceda a Sua graça, porque Deus é Onisciente.* (Alcorão Sagrado 4:32). Este direito dado a mulher no estatuto muçulmano a 1400 anos atrás, só foi conquistado pela mulher no Brasil em 1962, quando teve os direitos de assinar contratos e receber herança se a autorização do marido. Na Inglaterra, só em 1882 lhe foi assegurado o direito de dispor do seu dinheiro.

5. Quanto ao casamento, a mulher tem o direito de escolher com quem irá casar e também manter o seu nome de solteira após o casamento, pois o nome é parte da identidade e da personalidade da pessoa e, uma das formas de aprisionar a mulher e colocá-la sob o domínio do homem, foi fazê-la adotar o nome do marido após o casamento, como um objeto que é passado de uma pessoa para a outra. A primeira mulher a ir contra essa agressão foi Lucy Stones, em 1885.

6. O Islam garantiu ą mulher o direito ao prazer sexual, direito que a ocidental só conquistou após a revolução sexual, pois antes a mulher que demonstrava sentir prazer era considerada prostituta. No Islam é diferente, é estabelecido o casamento como único entre homem e mulher e, dentro das regras do casamento o profeta Muhammad disse: "Não tenhais relações com vossas esposas como os animais. Que haja entre vós uma ligação! Perguntaram-lhe: Que ligação é essa? Então disse: O beijo e a conversa”.

7. A mulher muçulmana foi privilegiada por Deus em relação aos pais, pois a posição da mãe é três vezes superior à do pai. O profeta disse: " O paraíso jaz aos pés das mães ". Portanto, a obediência aos pais é uma obrigação do muçulmano, principalmente à mãe, pois ela é a base da família e ela sofreu as dores do nosso parto, de nos educar e sofrer para o nosso bem. Assim também, o Islam respeita a mulher como filha e ordena que pai e mãe zelem pela educação das meninas e prometeu o paraíso para o muçulmano que educar uma filha e a ensinar os bons modos islâmicos após terem difundido na Arábia pré-islâmica que ter uma filha era motivo de vergonha e desonra. Diz o Alcorão Sagrado: *E atribuem filhas a Deus! Glorificado seja! E anseiam, para si, somente o que desejam. Quando a algum deles é anunciado o nascimento de uma filha, o seu semblante se entristece e fica angustiado. Oculta-se do seu povo, pela má notícia que lhe foi anunciada: deixa-la-á viver, envergonhado, ou a enterrará viva? Quem péssimo é o que julgam!* (Alcorão Sagrado 16:57-59)

8. O uso do véu não é uma invenção do Islam, como muitos podem imaginar. Faz parte da religião cristã que a mulher traje o véu, de acordo com a própria bíblia. Já no Islam a muçulmana cobre todo o corpo com exceção do rosto e mãos, vestindo uma roupa não apertada e não transparente. Deus, ao estabelecer o uso do véu, conscientizou a mulher de que este véu é um sinal de libertação para ela, tem o seu corpo e sua honra protegidos, e não será molestada pelos olhares pecaminosos dos homens: *Ó profeta, dize a tuas esposas, a tuas filhas e as mulheres dos crentes que (quando saírem) se cubram com suas mantas; isso é mais conveniente para que sejam reconhecidas e não sejam molestadas; Allah é Indulgente, Misericordioso* (Alcorão Sagrado 33:59)

9. A mulher muçulmana também pode votar. Enquanto ela teve este direito há 1400 anos, nos Estados Unidos, a mulher só conseguiu esse direito em 1916, e no Brasil, em 1932.

10. A mulher pode exercer qualquer função que não vá contra os princípios do Islam, que não agrida a sua natureza feminina e que não a ocupe totalmente, fazendo com que descuide da família, pois isso causa sérios prejuízos ą sociedade, pois acarreta na não educação materna, no abandono dos filhos que serão entregues as "mães artificiais". No Islam, a mulher tem o direito de ser sustentada pelo pai, irmão ou marido, visto ser uma injustiça querer que ela trabalhe dentro e fora de casa.

A mulher tem grande importância dentro do Islam, pois Deus é justo e distribui os direitos e deveres de acordo com sua plena justiça.

Atualmente, as reivindicações e movimentos pela garantia dos direitos da mulher são assuntos prioritários nas sociedades que injustiça à mulher. Os direitos da mulher e a libertação da mulher são assunto prioritário, prioridade que se deve ao fato de a mulher estar aprisionada e injustiçada. Não é dado ą mulher o valor que ela tem mesmo sendo o alicerce da família, da sociedade e do mundo e sendo a metade da sociedade humana. Antigamente, a posição social da mulher era praticamente nula; em alguns códigos, a mulher contava-se propriedade do homem; em outras civilizações não tinha o direito ą herança ou a propriedade; na Índia, ela não tinha direitos independentes do pai, marido ou filho, e se o marido morresse era condenada a morrer no dia da morte do marido dela; alguns consideram a mulher uma maldição; até pouco tempo atrás pesquisavam se a mulher é obra de Deus ou do diabo, se a mulher tem alma ou não tem!

Esqueceram de todos estes crimes que eram e são cometidos contra a mulher e só se lembraram de acusar os muçulmanos de oprimirem a mulher e não darem a ela os direitos que ela merece. E por incrível que pareça, o Islam cresce mais entre as mulheres, e as novas muçulmanas alegam ter encontrado no Islam o respeito que procuravam e os seus direitos garantidos sem segundas intenções.

Os direitos conquistados pela mulher têm custado para a mulher ocidental o que não custou para a mulher muçulmana. A mulher no ocidente está a cair numa verdadeira armadilha. Dizem a ela: "Nós vamos te libertar, você vai ser livre e ter os seus direitos". Porém, estes direitos não garantem o principal direito: o respeito ą mulher como ser humano, como mãe, como esposa , como irmã, como filha, como educadora.

Em nome da liberdade, a mulher é usada e manipulada na sociedade. Seu corpo é vendido; é usado como uma estátua para enfeitar os programas de auditório; a mulher é comparada a objetos em comerciais, por acaso não lembram dos comerciais de cerveja na TV, em um deles perguntam: O que o brasileiro mais gosta, mulher, cerveja, praia ou futebol? Em outra propaganda aparece um senhor ao lado de duas moças com o seguinte slogan: "troquei" uma de 51 por duas de 21. Comparar a mulher a futebol e cerveja e trocá-la faz parte dos seus direitos?! Se a mulher tem um corpo formoso e belo é valorizada e considerada, se não é mais uma! A moda que difundem na sociedade tende a expor cada vez mais o corpo da mulher, e a convenceram de que isto é liberdade, está sendo usada e assediada e acredita que isto lhe trará respeito e dignidade, não percebe que assim ela está sendo submissa ao homem e está a atender aos seus desejos e impulsos ilimitados.

Ao garantir os direitos da mulher devemos nos preocupar em não prejudicá-la em nome deste direito, a sobrecarregando e impondo a ela junto com estes direitos deveres que não fazem parte de sua natureza.

O Papel Da Mulher No Islam

Influenciada pela campanha anti-islâmica orquestrada pelos agentes do imperialismo atuante inclusive no Brasil, resultou em uma impressão da mulher muçulmana que era carregada de submissão irracional, escravidão e enclausuramento forçado.

Impressão está que tem boa parte de suas ocas fundações ou nas fantasias hollywodianas carregadas de erotismo, luxuria e mercantilização da mulher como por exemplo a visão dos haréns recheados de beldades irracionais e subumanas fornecida pela grande farsa da leitura oriental chamada de As Mil e Uma Noites.

Vamos apresentar de uma forma sucinta o verdadeiro valor da mulher dentro da sociedade Islâmica, nos utilizaremos para satisfazer tal intento as únicas e aceitáveis fontes de informações fidedignas, que são o Alcorão Sagrado e a Sunnah do profeta Muhammad(que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), que foi narrada por seus companheiros e que é chamada de Hadith.

A Condição da Mulher No Islam

Com a forma como a qual o Cristianismo, no geral, idealiza a mulher, idealização está que abortou a imagem feminina como sendo fonte de todo o pecado ligado a sensualidade, o Islam, por sua vez, instituiu a co-responsabilidade nestas questões. Por outro lado, o Alcorão Sagrado exemplifica em mais de uma passagem que a relação dos humanos com Deus se constitui na fé e nos atos realizados neste plano existencial.

Transmitindo uma mensagem de equitatividade nunca antes presente em nenhum outro livro Sagrado (Bíblia ou Torah), diz Deus no Alcorão Sagrado:

Citação:
''A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações.'' (Alcorão Sagrado 16:97)


Citação:
''Quanto aos muçulmanos e às muçulmanas, aos fiéis e às fiéis, aos consagrados e às consagradas, aos verazes e às verazes, aos perseverantes e às perseverantes, aos humildes e às humildes, aos caritativos e às caritativas, aos jejuadores e às jejuadoras, aos recatados e às recatadas, aos que se recordam muito de Deus e às que se recordam d’Ele, saibam que Deus lhes tem destinado a indulgência e uma magnífica recompensa.'' (Alcorão Sagrado 33:35)


Seja homem ou mulher que cumprir os cinco pilares - ''práticas'' - do Islam terá a sua recompensa como diz Deus no Alcorão Sagrado:

Citação:
''Ó humanos, em verdade, Nós vos criamos de macho e fêmea e vos dividimos em povos e tribos, para reconhecerdes uns aos outros. Sabei que o mais honrado, dentre vós, ante Deus, é o mais temente. Sabei que Deus é Sapientíssimo e está bem inteirado.'' (Alcorão Sagrado 49:13)


Pode se deduzir portanto que o Alcorão Sagrado tenciona estabelecer o equilíbrio entre o homem e a mulher, nunca precedendo um em detrimento do outro. Invariavelmente para cada homem piedoso o Alcorão Sagrado cita com igual estima uma mulher piedosa.

Os casos das esposas de Abraão e Adão e das mães de Jesus e Moisés (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre eles), exemplificam está tendência.

O Aspecto Intelectual Da Mulher

O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse aos seus contemporâneos:

Citação:
''A procura do conhecimento é um dever para todos os muçulmanos''


E ainda acrescentou:

Citação:
''Procurem a sabedoria do berço até o túmulo.''
Citação:


E disse também:

''Procurai o conhecimento nem que para isso tenham que ir a China."


Está preciosa herança do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), nos indica claramente que a percepção dos bens materiais ou imateriais que estão a nossa volta e a conseqüentemente transformação dele em benefícios para os mesmos ou para outros constituem em uma ''razão de vida'', para todos os muçulmanos independente do sexo, idade ou condição social.

O Alcorão Sagrado convida a homens e mulheres para que observem o universo, as plantas os animais, a chuva e etc, com a finalidade de desenvolver a inteligência e a percepção da existência de Deus.

Uma das mais nobres figuras da história do Islam é uma mulher, Aisha (que Deus esteja satisfeito com ela) conhecida por sua inteligência privilegiada e uma ótima memória.

Ela debatia freqüentemente com o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), seu marido, os assuntos pertinentes à comunidade Islâmica, desde o mais simples até aos mais complexos e delicados.

Ela foi também, após o falecimento do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ativa preservadora, organizadora, e divulgadora das tradições do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para as gerações futuras.

Outro exemplo temos em Nafissah, descendente do Khalifa Ali e Shaikh Shuhda de Bagdá, que adquiriram fama por terem conhecimento das ciências e da literatura. O Iman Shafii, o grande teólogo do Islam, recorria a Nafissah quando lhe assolava a duvida em qualquer aspecto do Islam, literário, sociólogo, jurídico, etc.

Relação Entre Os Sexos

O Alcorão Sagrado descreve a relação entre o homem e a mulher como sendo de natureza interdependente e não independente para ambos, diz Deus no Alcorão Sagrado:

Citação:
''Entre os Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie, para que com elas convivais; e colocou amor e piedade entre vós. Por certo que nisto há sinais para os sensatos.'' (Alcorão Sagrado 30:21)


Se por um lado o Islam garante as mulheres o acesso a educação e lhes assegura uma participação digna dentro da sociedade, Por outro determina a necessidade da união com o homem por meio lícito ou seja o matrimonio, e não concebe nenhuma união independência de um conjugue em relação ao outro.

Assim a relação entre o casal não pode ser sorteada somente por atração e compatibilidade sexual, mas sim com base em outros valores morais como amor, respeito, compreensão mutua e misericórdia.

Em outra surata o Alcorão Sagrado fala sobre a tônica da relação a dois:

Citação:
''Acercar-vos de vossas mulheres, porque elas são vossas vestimentas e vós o sois delas.'' (Alcorão Sagrado 2:187)


A expectativa do Islam, com relação a participação das mulheres não só no casamento como também na vida em comunidade, é criar u, elo deste ultimo com ''o todo social'' resguardando uma participação vital do casal como elemento formador de um núcleo familiar sadio, base da sociedade harmônica.

Direitos e Deveres Das Mulheres

Para entender com mais clareza o papel da mulher na sociedade islâmica precisamos saber seus direitos e deveres na comunidade, diz Deus Louvado Seja, no Alcorão Sagrado:

Citação:
''Os homens são os protetores das mulheres, porque Deus dotou uns com mais (força) do que as outras, e pelo o seu sustento do seu pecúlio.'' (Alcorão Sagrado 4:34)


Em uma sociedade muçulmana, o marido tem a completa responsabilidade de sustento de sua família, o que a esposa ganha ou possui ficam com ela.

O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:

Citação:
''A melhor esposa é aquela, que quando você a olha sente-se feliz, quando você pede algo ela obedece, ela protege seus direitos e guarda sua castidade quando o marido está ausente.''


O papel da mulher muçulmana no lar tem muita importância para a felicidade do marido e o bem estar e desenvolvimento físico e espiritual das crianças.

Ela é poupada da luta cotidiana do trabalho e sobrevivência no ambiente competitivo dos homens para que ela mantenha a sua saúde mental e equilíbrio necessário para educar e formar o caráter das crianças, deste tratamento depende o comportamento da sociedade das próximas gerações.

As mulheres são predispostas geneticamente a reagirem a estímulos de maneira diferente do ser masculino.

As que protestam pela emancipação feminina, alegam que o equilíbrio nas relações entre os sexos é sinônimo de repressão e dependência das mulheres.

O Islam, ao contrário, testa que este equilíbrio tem sua origem em fatos imutáveis, e que ele não pode ser alterado, porque neste caso, surgiria uma quebra na lógica dos relacionamentos entre o homem e a mulher.

Se uma criança do sexo feminino prefere uma boneca ou outros brinquedos representem ternura, carinho ou delicadeza, não é por imposição machista mas sim por pré disposição instintiva que se originou em sua formação da identidade intelectual.

Seria violentar a sua natureza, que tenta-se em nome da ''igualdade dos sexos'', presenteá-la com um par de luvas de boxe?

Da mesma maneira seria desastroso para a natureza da mulher tentar impor-lhe em uma sociedade as mesmas atribuições que se impõe á um homem.

Infelizmente, está prática é comum nas sociedades que se auto denominam ''progressivas'' acarretando a elas, as conseqüências dos malefícios tão conhecidos; degradação da família, delinqüência juvenil, toxicomania, alcoolismo, distúrbio da personalidade, etc.

Somente através de uma ação conjunta entre célula familiar, escola, entre outros, podemos estabelecer iniciativas de reeducação para compor um equilíbrio entre os sexos.

Particularmente o núcleo familiar assume um papel de especial importância nesta tarefa, pois é o primeiro grupo de influência com o qual as crianças tem contato.

É a obrigação dos pais informarem-se a respeito das diferenças que existem entre igualdade e equitatividade.

Estes dois princípios, cuja a compreensão faz-se necessária para que possamos por de um lado as falsas noções de igualdade, nos permite estabelecer a justiça entre os sexos como parâmetro na educação familiar.

O Casamento e a Família

A união das células dá origem ao corpo humano. Cérebro, nervos, são partes do corpo humano - organismos - altamente organizados, e administrados por uma disciplina rigorosa.

Guardando as devidas proporções, podemos traçar um paralelo de composição com os seres humanos, cuja sobrevivência também depende da submissão a determinadas leis e do nível de organização com que elas são cumpridas.

Sociologicamente falando, uma família é definida como uma estrutura especial cujos elementos principais são ligados uns aos outros através dos laços sangüíneos estabelecidos pelo casamento, que para se concretizarem precisam satisfazer exigências mutuas, definido pela religião, reforçado pela lei e institucionalizado pelos indivíduos.

No Islam, os pais desempenham um papel importante na escolha do futuro esposo da filha, para que possa se concretizar esta união é necessário o seu consentimento.

O homem tem que tratar a sua esposa com gentileza mesmo que o seu casamento não esteja indo muito bem com ela, como diz Deus o Altíssimo no Alcorão Sagrado:

Citação:
''Ó fiéis, não vos é permitido herdar as mulheres, contra a vontade delas, nem as atormentar, com os fim de vos apoderardes de uma parte daquilo que as tenhais dotado, a menos que elas tenham cometido comprovada obscenidade. E harmonizai-vos entre elas, pois se as menosprezardes, podereis estar depreciando seres que Deus dotou de muitas virtudes.'' (Alcorão Sagrado 4:19)


No Islam não existe duplo padrão moral; o que não é bom para mulher não é considerado bom para o homem. Os castigos por violar a lei é igual para ambos.

Citação:
''Dize aos fiéis que recatem os seus olhares e conservem seus pudores, porque isso é mais benéfico para eles; Deus está bem inteirado de tudo quanto fazem. Dize às fiéis que recatem os seus olhares, conservem os seus pudores e não mostrem os seus atrativos, além dos que (normalmente) aparecem. Ó fiéis, voltai-vos todos, arrependidos, a Deus, a fim de que vos salveis!'' (Alcorão Sagrado 24:30-31)


Citação:
Conceito Ocidental


Nas sociedades adeptos do capitalismo materialista e da ''emancipação'', ou pseudo liberação, da mulher a mesma está condicionada ao poder aquisitivo que ela possui. As mulheres de pouco poder aquisitivo foram concedidas a liberdade de cometer atos de obscenidades, degradando desta maneira a si própria.

Em síntese foi criado um conceito falso de liberdade, e através dos meios de comunicação ele é propagado. A mulher entorpecida pela perspectiva ilusória de ''gozar a vida sem culpas'' consomem-na avidamente sem que se apercebam que a sua verdadeira liberdade lhe é pouco a pouco retirada; principalmente a sua dignidade enquanto ser humano.

Se considerarmos o conceito que se apresenta da figura feminina fora dos limites da influência do pensamento Islâmico, constatamos que existem prismas de entendimentos diametricamente opostos porem com pontos de origem semelhantes.

Um que é dos ''liberais assumidos'', apresenta a mulher como mercadoria a ser consumida e mero objeto de prazer, sem nenhuma função na sociedade que não seja está.

A outra entende que a mulher de uma forma neurótica, de um lado declara-se partidário da forma moralista cristã de viver, por outro comete secretamente as maiores obscenidades para imediatamente em seguida arrepender-se.

Por ser portador de um egoísmo típico dos ocidentais, prefere culpar a mulher pela suas reações doentias e passa pouco a pouco a odiar a figura feminina, e na verdade este é o ''obsceno enrustido''.

Analisando com algum senso de humor, representaríamos estes dois prismas de entendimento de uma forma alegórica como dois macacos atados pelos respectivos rabos, e cada um tentando ir em direção diferente.

Citação:
Comércio e Trabalho


O exercício da atividade fora do lar não e proibido entretanto a sua permissibilidade é acatada a medida em que não comprometa a instituição familiar, e a educação dos filhos, e depende da aceitação ou não do marido.

A Figura Materna No Islam

A figura da mãe é considerada sagrada no Islam. Há uma das tradições do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), em que ele diz:

Citação:
''O paraíso encontra-se abaixo dos pés das mães''


Isto significa que a bem-aventurança neste plano e no outro, depende da maneira como nos relacionamos com nossas mães.

O Alcorão Sagrado em inúmeras passagens, que são de uma responsabilidade ímpar, exortou ao ser humano que respeitem, amem e amparem a suas mães:

Citação:
''E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos. (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.'' (Alcorão Sagrado 31:14)


Citação:
''E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Com dores, sua mãe o carrega durante a sua gestação e, posteriormente, sofre as dores do seu parto. E de sua concepção até à sua ablactação há um espaço de trinta meses, quando alcança a puberdade e, depois, ao atingir quarenta anos, diz: Ó Senhor meu, inspira-me, para praticar o bem que Te compraz, e faze com que minha prole seja virtuosa. Em verdade, converto-me a Ti, e me conto entre os muçulmanos.'' (Alcorão Sagrado 46:15)


Em outra tradição do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), fala-se de um homem que se aproximou dele e perguntou:

Citação:
''Qual a pessoa que mais merece os meus cuidados ?''


O profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), respondeu:

Citação:
''Sua mãe !''


O homem repetiu está mesma pergunta ao profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), mais três vezes, e o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sempre respondia a mesma coisa, na quarta vez o profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), respondeu:

Citação:
''O teu pai''


E desta maneira o Islam dignifica a mulher não só no aspecto maternal, mas em todos os aspectos, enaltece a figura da mulher e dignifica a sua moral, mostrando a ela realmente qual é o seu verdadeiro papel dentro de uma sociedade.

Enfim, através de fontes do próprio Alcorão e da Hadith, procuramos explicar um pouco mais sobre 'A Mulher Muçulmana'. Informações como essas, tão básicas para o Islam, são raramente divulgadas pela mídia ocidental, pois não se encaixam no 'perfil ideológico' dos mesmos.


_________________
Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Um pouco de poesia...erótica

Língua...
(Andrea Lucia)

Adoro sua língua safada,
assanhada e afiada
a me devorar e me adorar.
Língua que envolve meus dedos,
que me usa feito brinquedo,
que lambe meus pés delicadamente,
que molha minhas pernas sabidamente,
que me explora sem medo.
Língua que é curiosa,
é suave e saliente,
é serpente e sedosa.
Língua que vai subindo alucinada
frenética e ritmada,
rumo ao meu sexo ardente,
rumo à gruta molhada.
Língua que saboreia
cada passo desse caminho
explorando cada recôndito,
degustando cada cantinho.
Língua que me percorre com carinho
com avidez, com rapidez
deixando-me em desalinho.
Língua que me penetra com paixão
que não tem limitação
que me mata de tesão
que é pura emoção!
Língua que me xinga,
língua que me lambe
que me marca e me consome.
Língua que não é minha,
língua que é sua
mas, que já faz parte de mim.
Língua que me ama sem fim.
Língua que pertence a nós dois,
que participa do sexo
antes, durante e depois.
Língua única que me leva à lua...
língua única a me reconhecer nua!!

Chávez nega que Venezuela se tornará uma ditadura



O presidente venezuelano Hugo Chávez promulgou nesta quinta-feira (1º/2) a lei que lhe concede poderes especiais para legislar por decreto durante 18 meses, e negou que com a medida esteja encaminhando o país em direção a uma ditadura, como afirmam setores da oposição e a mídia mundial.



Em entrevista coletiva no Palácio de Miraflores, sede do governo, Chávez argumentou que a Constituição Bolivariana de 1999 prevê a possibilidade de outorgar poderes especiais ao presidente e também a ativação de referendos para que a população anule as leis que considere inconvenientes.


A Assembléia Nacional (AN), de 167 membros, outorgou na segunda-feira os poderes especiais a Chávez através de uma "lei habilitante", que o faculta para decretar leis em 11 âmbitos, entre eles o energético, motor do país.


Poder popular e referendo
O presidente, durante a entrevista, rejeitou a acusação de que vai utilizar os poderes especiais para encaminhar o país em direção a uma ditadura, e ressaltou que a Constituição prevê em seu artigo 74 que o povo mediante referendo pode anular leis.


Nesse sentido, Chávez lembrou que bastam as assinaturas de 5% dos inscritos no registro eleitoral para solicitar ao Poder Eleitoral um referendo sobre algumas das leis que decretará.


Hugo Chávez afirmou, em várias ocasiões, que tanto os poderes especiais como a reforma integral à Constituição que promove são mecanismos que requer para acelerar a instauração do socialismo na Venezuela.


O líder reiterou que nacionalizará a principal empresa de telefonia venezuelana, a Companhia Anônima Nacional Telefones da Venezuela (CANTV), e a mais importante empresa elétrica, a Eletricidade de Caracas, e disse que para isso deve ainda se fixar uma "lei especial" e uma reforma à norma vigente desses setores que, presumivelmente, ditará por decreto.


A CANTV e a Eletricidade de Caracas têm como principais acionistas as norte-americanas Verizon e AES, respectivamente.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

As trapalhadas de Bush


Frei Betto



Joseph Stiglitz ganhou o Prêmio Nobel de Economia e foi economista-chefe do Banco Mundial. Linda Bilmes ensina finanças públicas em Harvard. Juntas, as duas cabeças calculam que Bush já gastou US$ 2,2 trilhões na guerra do Iraque. O orçamento real é 22 vezes maior que o oficialmente declarado. Isso é mais de duas vezes o PIB do Brasil, orçado hoje em R$ 1,9 trilhão.

Bush demitiu, em 2003, seu mais alto assessor econômico, Larry Lindsey, por ter ousado sugerir que o custo da guerra podia chegar a US$ 200 bilhões. A Casa Branca irritou-se na época e se desdobrou no Congresso para acalmar os parlamentares. Despachou Paul Wolfowitz (era o número 2 do Pentágono e é, hoje, presidente do Banco Mundial) para ir lá e jurar a deputados e senadores que o próprio Iraque financiaria tudo com o petróleo que jorra de seu solo...

A intervenção dos EUA no Iraque resulta de uma seqüência de mentiras. Primeiro, Bush alardeou que o governo de Saddam estaria envolvido no 11 de setembro. A acusação jamais foi comprovada. Depois, acusou-o de estocar armas de destruição em massa. Saddam abriu as portas do país e permitiu que peritos da CIA o revirassem de cabeça para baixo. Após um ano de investigações, nada foi encontrado. Os grandes jornais dos EUA chegaram a pedir desculpas aos leitores por terem acreditado no engodo. Enfim, Bush tentou justificar o atoleiro em que se meteu prometendo fazer do Iraque uma democracia capaz de disseminar-se pelo mundo árabe. Forjou eleições, dividiu a nação e aprofundou a mortandade.

Saddam Hussein foi enforcado sob acusação de matar 104 xiitas. Na época, o Iraque estava em guerra com o Irã e o ditador era um títere em mãos de Tio Sam. O apoio foi levado a Bagdá por Donald Rumsfeld, que até há pouco monitorava o Pentágono e a guerra no Iraque.

Bush está desesperado. Com a aprovação popular em míseros 27%, e as derrotas nas eleições da Câmara e do Senado, tenta convencer os estadunidenses de que vale a pena enviar, nos próximos 5 anos, mais 92 mil soldados para o Iraque (estão lá 150 mil das tropas de intervenção). Pesquisas apontam que 61% da população dos EUA são contra o envio de mais tropas.

Já morreram no Iraque 3 mil soldados made in USA e 700 mil iraquianos. Como cota de urgência estão seguindo mais 20.000 soldados – número insignificante numa Bagdá com 5 milhões de habitantes hostis à presença dos EUA.

Ao se referir ao custo da guerra, Bush omite os gastos com cerca de 20 mil militares feridos. Hoje, as máquinas de guerra oferecem blindagens mais resistentes. Diminuem o total de mortos, mas produzem mais feridos: daí os enormes gastos com amputações, internações, indenizações, aparelhos ortopédicos etc. Calcula-se que só os danos cerebrais consomem US$ 35 bilhões.

Com a invasão do Iraque, Bush concedeu ao terrorismo status de guerra, ampliou o poder de recrutamento de suas organizações e ofereceu-lhes objetivos e alvos concretos. No Iraque, o terror sabe onde e em quem atirar, enquanto as tropas de ocupação miram em alvos imprecisos e penalizam a população civil.

O que fará Bush? Se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come. Nem pode retirar as tropas do Iraque, exceto admitindo a derrota, nem sabe como, por que e até quando mantê-las ali. Além da guerra coordenada pelo Pentágono, há também uma guerra civil que cindiu a unidade nacional iraquiana. Os EUA não podem apoiar os sunitas, seus inimigos históricos. Não podem apoiar os xiitas, aliados do Irã. Não podem apoiar os curdos, porque a Turquia não toleraria.

A milícia xiita, conhecida como Exército do Mahdi, liderada pelo clérigo Moqtada al-Sadr, conta com 60 mil combatentes, taticamente apoiados por 2 milhões de xiitas que habitam o leste de Bagdá. O Exército e a polícia iraquianos são constituídos predominantemente por xiitas. Como oferecer segurança aos bairros habitados por sunitas, que apóiam seus rebeldes?

Bush, considerado o homem mais bem assessorado do mundo, comprovou a lei de Murphy: “Se tudo pode dar errado, dará”. O grave é que o move a sede de vingança. Não se conforma de seu pai ter fracassado na tentativa de derrubar Saddam Hussein, em 1991, e de sua família ter sido sócia dos Bin Laden em negócios de petróleo. Como bem escreve Herman Melville em Moby Dick: “Ah, Deus! Que tormentos sofre o homem que se consome com seu desejo de vingança. Dorme de mãos cerradas e acorda com as unhas ensangüentadas cravadas nas palmas.”

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Um balanço do Fórum Social no Quênia


Roberto Malvezzi


1. Ele não pode ser comparado aos Fóruns acontecidos em Porto Alegre. A distância, os custos, a fragilidade organizativa da sociedade civil africana, certa precariedade da infra-estrutura, a presença oficial de 50 mil pessoas – que a gente não via na realidade – tornaram o Fórum bem mais enfraquecido. Entretanto, essas dificuldades eram esperadas e a intenção era tornar a África mais visível nas suas potencialidades e limites.

2. Aos menos nos corredores, nos eventos preliminares, pudemos ver e conhecer melhor a realidade africana. Países que têm muito potencial mineral, por isso sempre objeto de disputas entre transnacionais da mineração e da indústria de armas, que sempre atuam no sentido de dividir e provocar guerras fratricidas para facilitar seu acesso às riquezas africanas. A África continua sendo um continente saqueado.

3. Para mim foi válido ter participado do evento da CIDSE – pool de entidades católicas européias que atua em todo o mundo –, que debateu o impacto da indústria mineira em todo o mundo, particularmente na África. Quase cem pessoas participaram do evento.

4. Segundo o pessoal da Misereor que trabalha na África, lá não se pode pensar em movimentos organizados, muitas ONGs, assim por diante. Tudo lá acontece pelo viés das famílias, das tribos, dos clãs. Por isso as entidades têm muitas dificuldades de fazer uma atuação mais consistente.

5. Quando entramos em Nairóbi estamos diante de uma cidade irreal. Casas sofisticadas, avenidas apinhadas de carros novos japoneses, trânsito insuportável. Quando fomos à favela, vimos que ali não existe classe média. Ou se é rico, ou se é miserável. Quase 400 mil pessoas estão confinadas na favela de Kibera, num espaço onde parece não caberem 400 pessoas.

6. Aí se coloca a questão das classes e das etnias. O rosto brasileiro da miséria é negro. Na África também. Mas a cara da riqueza concentrada na África também é negra. Enfim, a questão étnica sozinha não resolve o problema das injustiças sociais. Quando se fala em criar uma elite negra nesse país, podemos nos perguntar onde é que queremos mesmo chegar, isto é, queremos superar as injustiças sociais ou apenas promover parte dos negros, para depois também oprimirem seus irmãos de cor que continuam na miséria?

7. As Igrejas marcaram muito mais presença, principalmente a católica. A insistência das organizações africanas para que a Igreja Católica esteja mais presente na realidade do povo era uma súplica emocionada. Mas os presentes eram os lutadores da base, não a hierarquia. Muito diferente a presença efusiva e marcante de Desmond Tutu.

8. O Fórum precisa ser repensado. Parece que os organizadores já estão fazendo essa reflexão. Edições automáticas poderão esvaziá-lo. Foi notória a ausência do rosto popular no evento.

Fonte: www.correiocidadania.com.br

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Líder do Hezbolá acusa Bush de fomentar o caos no Líbano



Hassan Nasralá, dirigente do Hezbolá, acusou o presidente dos EUA de "fomentar o caos no Líbano" e rejeitou os recentes ataques de George W. Bush ao Partido de Deus. Falando em Beirute, nas cerimônias que marcaram o clímax do Destival Muçulmano de Ashura, nesta terça-feira (30), Nasralá acusou os EUA de ordenar o mal-sucedido ataque de Israel ao Sul do Líbano, em julho-agosto do ano passado.

"Quem fomentou o caos no Líbano, quem destruiu o Líbano, quem matou mulheres e crianças, anciãos e jovens no Líbano foram George Bush e (a secretária de Estado) Condoleezza Rice. Foram eles que ordenaram aos sionistas que levassem a guerra ao Líbano", disse o líder do mais forte partido da coalizão oposicionista.


"Ele quer castigar vocês porque vocês venceram"


Na segunda-feira (30) o presidente americano acusou o Hezbolá e seus aliados iranianos e sírios de instigarem as recentes violências no Lìbano, na tentativa de derrubar o governo pró-ocidental de Fuad Siniora. "Aqueles que são responsáveis por criar o caos devem ser chamados a pagar por ele", afirmou.
Nasralá contestou Bush. "Quem deve ser punido, quem deve ser julgado, é aquele que levou a guerra ao Líbano", declarou. A guerra de julho-agosto matou cerca de 1.200 libaneses, principalmente civis, e 157 israelenses, na maioria soldados.
"George Bush quer castigar vocês porque vocês resistiram. Quer castigar vocês porque vocês venceram", disse Nasralá.


Religião e antiimperialismo


O público era formado por milhares de muçulanos xiitas dos subúrbios ao sul de Beirute, que rememoravam a morte em combate do imã Hussein, filho mais velho do profeta Maomé, no ano 680.
Antes, a multidão marchara pelo reduto do Hezbolá na capital, golpeando ritmicamente o peito com o punho, em sinal de pesar pelo martírio de Hussein e gritando "Morte aos EUA, morte a Israel!". Alguns carregavam bandeiras negras e amarelas com lemas religiosos. Outros usavam bandanas verdes. Um dos lemas era "Nunca seremos humilhados".
"George Bush sabe. E reiteramos a ele e o mundo inteiro deve ouvir, que somos uma nação que não vai sucumbir e não pode ser humilhada", disse Nasralá.
Conflitos entre libaneses favoráveis e contrários ao governo, na semana passada, resultaram em sete mortos. O Hezbolá e os demais membros da cligação oposicionista exigem um veto ao governo Siniora e a realização de eleições antecipadas. Com este objetivo eles realizaram desde dezembro uma série de protestos e também uma greve geral, na terça-feira passada (23).


segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Informações esclarecedoras sobre o ISLÃ

No momento em que a mídia brasileira e internacional satanizam o islamismo colocando-o como uma religião que prega o terrorismo, torna-se necessário trazer a público esclarecimentos sobre o tema que possibilitem às pessoas que pensam e reflexionam se apropriarem da versão que dificilmente serão apresentadas na mídia tradicional capitalista e preconceituosa.


1. O que é o Islam?


A palavra "Islam" significa paz e submissão. Paz consigo próprio e com o que o rodeia e submissão à vontade de Deus Único. Um outro significado, mais amplo, do "Islam", significa alcançar paz através da submissão à vontade de Deus. Esta é uma religião única, com um nome que representa uma atitude moral e o estilo de vida. O Judaísmo foi buscar o seu nome à tribo de Judá, o Cristianismo a Jesus Cristo, o Budismo a Goutam Buda e o Hinduísmo ao Rio Indus. Os Muçulmanos derivam a sua identidade da mensagem do Islam, não da pessoa de Muhammad (vulgarmente conhecido em Português por Maomé), ou seriam intitulados "Mahometanos / Maometanos/ Muhammadistas".

2. Quem é Allah?

Allah é a palavra Árabe para "Deus Único". Allah não é somente o Deus dos Muçulmanos. Ele é o Deus de toda a Criação, porque Ele é o seu Criador e Sustentador. "

3. Quem é o Muçulmano?

A palavra "Muçulmano" significa aquele que se submete à vontade de Deus, o que é conseguido pela declaração de que "não existe outra divindade além de Deus Único e Muhammad é o (último) Mensageiro de Deus". Num significado mais abrangente, qualquer um que voluntariamente se submeta à vontade de Deus é um Muçulmano. Assim, todos os Profetas que precederam o Profeta Muhammad são Muçulmanos. O Alcorão menciona especificamente Abraão, que viveu muito antes de Moisés e Cristo, como: "ele não era Judeu nem Cristão, mas sim um Muçulmano", porque se submeteu à vontade de Deus. Com efeito, há Muçulmanos que não se submetem de todo à vontade de Deus, assim como existem Muçulmanos que fazem o seu melhor por levarem uma vida Islâmica. Não se pode avaliar o Islam pelos indivíduos possuidores de um nome Islâmico cujas ações não evidenciam uma vivência nem um comportamento digno de Muçulmanos. As implicações de se ser Muçulmano podem ir de encontro ao grau de submissão de cada um à Vontade de Deus, nas suas atitudes e ações.

4. Quem foi Muhammad ?

Em poucas palavras, Muhammad (a Paz esteja com ele) nasceu no seio de uma tribo nobre de Mecca, na Arábia, no ano 570 d.C.. A sua linhagem descende do Profeta Ismael (a Paz esteja com ele), filho do Profeta Abraão (a Paz esteja com ele). O seu pai morreu antes do seu nascimento, e a sua mãe quando ele tinha somente seis anos. Não freqüentou uma escola oficial por ter sido primeiramente criado por uma ama, como era habitual nessa altura, e seguidamente pelo seu avô e tio. Durante a sua juventude, era conhecido pela sua retidão e por meditar numa gruta. Aos 40 anos de idade, foi-lhe concedido o estatuto de Profeta, quando o anjo Gabriel lhe apareceu na gruta. Subseqüentemente, as revelações surgiram ao longo de 23 anos e foram compiladas na forma de um livro chamado Alcorão, considerado pelos Muçulmanos como a derradeira e última palavra de Deus. O Alcorão foi preservado, inalterado, na sua forma original e confirma a verdade patente na Torah, nos Salmos e no Evangelho.

5. Os Muçulmanos adoram Muhammad?

Não. Os Muçulmanos não adoram Muhammad nem nenhum outro Profeta. Os Muçulmanos crêem em todos os Profetas, incluindo Adão, Noé, Abraão, David, Salomão, Moisés e Jesus (a Paz esteja com eles). Os Muçulmanos acreditam que Muhammad (a Paz esteja com ele) foi o último dos Profetas. Eles crêem que só Deus deve ser adorado, e não os seres humanos.

6. O que pensam os Muçulmanos de Jesus (a Paz esteja com ele)?

Os Muçulmanos têm Jesus (Paz esteja com ele) em elevada estima, bem como a sua digníssima mãe, Maria. O Alcorão diz-nos que Jesus (Paz esteja com ele) foi fruto de um nascimento miraculoso sem pai: "Vede! O exemplo de Jesus, perante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó, e então disse-lhe: Seja, e assim foi" (Alcorão 3:59).
Foram-lhe permitidos muitos milagres, como Profeta. Estes incluem falar, pouco depois do seu nascimento, em defesa da honra de sua mãe. Os outros dons que lhe foram concedidos por Deus incluem curar os cegos e os enfermos, ressuscitar os mortos, criar um pássaro do barro e, mais importante ainda, a mensagem da qual era portador. Estes milagres foram-lhe atribuídos por Deus para o estabelecer como Profeta. Segundo o Alcorão, ele não foi crucificado, mas sim elevado ao Céu. (Alcorão, Capítulo Mariam).

7. Os Muçulmanos têm seitas?

Os Muçulmanos não têm seitas. Os que seguem o Alcorão Sagrado e o Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele), de acordo com os seus dizeres e ações, são chamados Muçulmanos e os que, seguem somente os dizeres e perspectivas do imam Ali (r.a.a) são designados Shia (xia,xiaa,xiita, xiitas do ali). A maior parte dos Shia vivem no Irã, Líbano e Iraque, enquanto o resto do mundo é essencialmente Sunnah. Os Shia são entre 2 a 3 por cento da população Muçulmana.

8. Quais são os pilares do Islam?

São cinco os principais pilares do Islam:

1) a crença (Iman) no Deus Único e em que Muhammad (a Paz esteja com ele) é o Seu mensageiro;

2) a Oração (Salat), a ser efetuada cinco vezes por dia;

3) o Jejum (Siyam), requerido durante o mês do Ramadan;

4) a Contribuição obrigatória (Zakat), a parcela da riqueza dos abastados devida aos pobres;

5) a Hajj, que é a Peregrinação a Meca, uma vez na vida, caso seja possível física e financeiramente.
Todos os pilares deverão possuir o mesmo estatuto e preponderância, para dar à construção a sua forma e proporção devida.
Não é possível empreender a Hajj sem Jejuar, nem fazer a Oração regularmente. Pensem num edifício só com pilares. Não pode ser chamado de edifício. Para fazer um edifício, necessita ter um teto, necessita ter paredes, necessita ter portas e janelas.
Para o Islam, estas determinantes são os códigos morais Islâmicos, como a honestidade, a verdade, a prontidão e muitas outras qualidades morais humanas.

Assim, para se ser Muçulmano, dever-se-ão não só praticar os pilares do Islam, como também possuir os mais altos atributos que fazem um bom ser humano. Só assim o edifício se completa e é belo.

9. Qual o objetivo do culto no Islam?

O objetivo do culto no Islam é estar consciente de Deus.
Deste modo o culto, seja em forma de oração, jejum ou caridade, é uma maneira de se ter sempre consciência de Deus, para que, quando esta é atingida, a pessoa encontra-se numa posição mais vantajosa para a obtenção dos favores d'Ele, neste mundo e no Outro.

10. Os Muçulmanos acreditam na outra Vida?

Deus é Justo e manifesta a Sua justiça, tendo sido Ele quem estabeleceu o sistema de responsabilidade. Os que praticam o bem são recompensados e os que praticam o mal são punidos de acordo. Criou o Céu e o Inferno, para os quais existem critérios de admissão. Os Muçulmanos acreditam que a vida presente é temporária. É um teste que, caso o passemos, ser-nos-á dada uma vida de felicidade permanente e na companhia de boa gente, no Céu.

11. As boas ações dos não-crentes são irrelevantes?

Não, o Alcorão afirma categoricamente que "Quem tiver feito o bem, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á. E quem tiver feito o mal, quer seja do peso de um átomo, vê-lo-á". (Alcorão, 99:7-Cool. Isto significa que os que não crêem, se tiverem praticado o bem, serão neste mundo recompensados pelas suas boa ações. Por outro lado, os que fazem o bem, se forem Muçulmanos, serão recompensados não só neste mundo como no Outro. Contudo, o Juízo final só a Deus pertence. (Alcorão, 2:62)

12. Qual a etiqueta de vestuário dos Muçulmanos?

O Islam dá ênfase à modéstia. Ninguém deverá ser visto como um objeto sexual. Existem linhas mestras a observar para os homens e para as mulheres, para que o seu vestuário não seja nem demasiado fino, nem demasiado justo para não revelar os contornos do corpo. Os homens devem pelo menos cobrir a área entre os joelhos e o umbigo, e as mulheres devem envergar vestuário que cubra tudo, menos as mãos e o rosto.

13. Quais as proibições do Islam relativamente à alimentação?

Aos Muçulmanos é dito, no Alcorão, que não comam porco ou derivados desse animal, carne de animais que tenham morrido antes de irem para o matadouro, ou de animais carnívoros (por estes comerem animais mortos), não bebam sangue nem bebidas intoxicantes como álcool, nem usem drogas ilícitas.

14. O que é a Jihad?

A palavra "Jihad" significa esforço, ou mais especificamente, esforçar-se pela causa de Deus. Todo e qualquer esforço no dia-a-dia pela causa de Deus pode ser considerada Jihad. Um dos níveis mais elevados da Jihad consiste em insurgir-se contra um tirano e proferir a palavra da verdade. O controlo de si próprio é igualmente uma grande Jihad. Uma das formas de Jihad é levantar armas em defesa do Islam ou de um país Muçulmano, quando o Islam é atacado. Este tipo de Jihad tem de ser declarado pela hierarquia religiosa ou governamental que segue o Alcorão e a Sunnah.

15. Como é o Ano Islâmico?

O Ano Islâmico principiou-se com a migração (Hijra = Hégira) do Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele) de Meca para Medina, no ano 622 d.C. É um ano lunar de 354 dias. O seu primeiro mês é designado por Muhar-ram. O ano 2007 d.C. (Era Cristã) equivale ao ano Islâmico 1428 d.H. (Era Hegiriana).

16. Quais são as principais festividades Islâmicas?

No islam só tem duas Festas:

Eid-ul-Fitr, que marca o fim do jejum durante o mês do Ramadan e é celebrado com orações públicas, festejos e troca de presentes.

Eid-ul-Adha, que marca o fim da Hajj ou Peregrinação anual a Mecca. Após as orações públicas, aqueles que podem sacrificam um cabrito ou cabra para simbolizar o significado da obediência do Profeta Abraão a Deus, mostrada pela sua prontidão em sacrificar o seu filho Ismael.

17. O que é a Shari'a?

A Shari'a é o nome dado ao conjunto das leis Muçulmanas, originado de duas fontes: o Alcorão e a Sunnah ou tradições do Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele). Cobre todos os aspectos da vida diária individual e coletiva. O objetivo das leis Islâmicas é a projeção dos direitos humanos básicos de cada indivíduo, como o direito à vida, propriedade, liberdade política e religiosa e a salvaguarda dos direitos das mulheres e das minorias. O baixo índice criminal das sociedades Muçulmanas deve-se à aplicação das leis Islâmicas.

18. Foi o Islam difundido 'pela espada'?

Segundo o Sagrado Alcorão, "Não há imposição quanto a religião" (2:256); como tal, ninguém poderá ser forçado a tornar-se Muçulmano. Embora seja verdade que em muitos locais onde os exércitos Muçulmanos libertaram pessoas ou terras, a espada foi usada por ser a arma utilizada na época; todavia, o Islam não se difundiu por meio da espada, como atesta o fato de em muitos locais onde hoje existem Muçulmanos, no Extremo Oriente, Indonésia, China, e muitas zonas de África, não subsistirem quaisquer registros da presença de exércitos Muçulmanos. Afirmar que o Islam foi espalhado pela espada equivale a dizer que o Cristianismo foi difundido com o auxílio de armas, F-16s e bombas atômicas, etc., o que não corresponde de todo à verdade. O Cristianismo foi difundido pelas obras missionárias dos Cristãos. Dez por cento de todos os Árabes são Cristãos. A "Espada do Islam" não foi bem sucedida na conversão das minorias não-Muçulmanas nos países Muçulmanos. Na Índia, onde os Muçulmanos governaram durante 700 anos, são eles próprios uma minoria. Nos EUA, o Islam é hoje a religião de crescimento mais rápido, com mais de 8 milhões de seguidores sem qualquer espada. Em França, o Islam é hoje a segunda religião, com mais de 5 milhões de seguidores sem qualquer espada. Em Portugal, onde os Muçulmanos governaram durante 700 anos, são eles próprios uma minoria. No entanto, atualmente, muitas vezes há conversões ao Islam, na Mesquita da Liga da Juventude Islâmica do Brasil, sem qualquer espada.

19. O Islam promove a violência e o terrorismo?

Não, o Islam é uma religião de paz e submissão que dá ênfase à santidade da vida humana. Um versículo do Alcorão refere [Capítulo 5, versículo 32] que, "quem salve uma vida, é como se tivesse salvo toda a humanidade, e quem matar outra pessoa (exceto em caso de assassínio ou malevolência na terra), é como se tivesse morto toda a humanidade."
O Islam condena toda e qualquer violência, como a que ocorreu quando das Cruzadas, em Espanha, na Segunda Guerra Mundial, ou devido a pessoas como o Rev. Jim Jones, David Koresh, Dr. Baruch Goldstein, ou ainda as atrocidades cometidas na Bósnia pelos Sérvios Cristãos. Quem cometa atos de violência não está decerto a praticar a sua religião.
Contudo, por vezes a resistência(chamada de violência ou terroristas pelos ocidentes) é a resposta humana à opressão de um povo, como acontece na Palestina e no Iraque. Eles encaram-na como uma forma de chamar a atenção para o seu problema.
Existe muito terrorismo e muita violência em áreas fora da presença Muçulmana. Por exemplo, na Irlanda, na África do Sul, na América Latina e no Sri Lanka.
Por vezes a violência deve-se a um conflito entre aqueles que têm e aqueles que não têm, ou entre os oprimidos e os opressores. Precisamos descobrir porque é que as pessoas se transformam em terroristas.
Infelizmente, os Palestinos que cometem atos de resistência são apontados como terroristas, mas não os colonos Judeus armados, quando fazem massacre, até aos seus. Como veio a ser o caso no atentado de Oklahoma City, por vezes os Muçulmanos são prematuramente culpados, mesmo que o terrorismo seja cometido por não-Muçulmanos. Por vezes aqueles que desejam a Paz e aqueles que a ela se opõem podem ser da mesma religião.

20. O que é o "Fundamentalismo Islâmico"?

O conceito do "Fundamentalismo" não existe no Islam. A mídia ocidental forjaou este termo para designar os Muçulmanos que desejam regressar aos princípios básicos fundamentais do Islam, e que moldam as suas vidas de acordo com isso. O Islam é uma religião de moderação e um Muçulmano praticante e temente a Deus não pode ser nem um fanático, nem um extremista.

21. O Islam promove a poligamia?

Não, a poligamia no Islam é uma permissão, não uma injunção. Historicamente, todos os Profetas à exceção de Jesus, que não era casado, tinham mais de uma esposa. O fato de os homens Muçulmanos terem mais de uma esposa deriva da permissão que lhes é concedida no Alcorão, não para satisfação da luxúria, mas para o bem-estar das viúvas e dos órfãos da guerra. No período pré-Islâmico, os homens tinham habitualmente muitas esposas. Um tinha 11 esposas e quando se tornou Muçulmano, perguntou ao Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele): "Que deverei fazer com tantas mulheres?" e ele respondeu: "Divorcia-te de todas, exceto quatro. O Alcorão afirma: "podes desposar 2 ou 3, ou até 4 mulheres, desde que sejas igualmente justo com cada uma delas" (4:3). Dado que é dificílimo ser eqüitativamente justo para com todas as esposas, na prática, a maioria dos homens Muçulmanos não têm mais de uma mulher. O próprio Profeta Muhammad (Paz esteja com ele), entre os 24 e os 50 anos de idade, foi casado com uma só mulher, Khadija. Na sociedade Ocidental, a maioria dos homens com uma só esposa têm relações extraconjugais. Como tal, foi publicada uma sondagem na "U.S.A. Today" (4 de Abril de 1988, Seção D) que questionava 4.700 amantes acerca do estatuto que desejavam. Disseram "preferir ser uma segunda mulher a ser a 'outra', por não terem direitos legais, nem a igualdade financeira das esposas legalmente casadas, como se estivessem apenas a ser usadas por estes homens.".

22. O Islam oprime as mulheres?

Não. Muito pelo contrário, o Islam elevou o estatuto das mulheres há 1400 anos, ao permitir-lhes o direito ao divórcio, à independência e apoios financeiros, e a serem identificadas como mulheres dignas (Hijab), quando no resto do mundo, incluindo a Europa, as mulheres não gozavam de nenhum destes direitos. As mulheres são iguais aos homens em todos os atos pios (Alcorão 33:32).
O Islam permite à mulher manter o nome de solteira depois do casamento, manter o dinheiro que ganha e gastá-lo a seu bel-prazer, e pedir a homens que a protejam de ser molestada na rua. O Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele) disse aos homens Muçulmanos: "O melhor de entre vós é aquele que é melhor para a sua família". Não é o Islam, mas sim alguns homens Muçulmanos que presentemente oprimem as mulheres. Isto deve-se aos seus hábitos culturais ou à sua ignorância sobre a religião que praticam.
A mutilação genital feminina é um costume Africano pré-Islâmico, praticado por não-Muçulmanos, como os Cristãos Coptas.

23. O Islam é intolerante para com as outras minorias religiosas?

O Islam reconhece os direitos da minoria. Para assegurar o seu bem-estar e a sua segurança, os governantes Muçulmanos impuseram-lhe um imposto (Jezia).
O Profeta Muhammad (a Paz esteja com ele) proibiu os exércitos Muçulmanos de destruírem tanto Igrejas, como Sinagogas.
Os Judeus foram bem-vindos e floresceram na Espanha Islâmica, mesmo quando eram perseguidos no resto da Europa. Eles consideram essa parte da sua história como a Era de Ouro. Nos países Muçulmanos, os Cristãos vivem prosperamente, detêm cargos governamentais e vão à sua Igreja. Aos missionários Cristãos é permitido que estabeleçam e coloquem em funcionamento as suas escolas e hospitais. Todavia, esta mesma tolerância religiosa nem sempre está disponível para as minorias Muçulmanas, como se pode ver no passado, durante a Inquisição Espanhola e as cruzadas, e na atualidade, na Bósnia, em Israel e na Índia.
Os Muçulmanos reconhecem que, por vezes, as ações de um governante não espelham os ensinamentos da sua religião.

24. Qual a opinião Islâmica sobre:

O namoro, casamento temporário (mutaa - o casamento do prazer) e o sexo antes do casamento:

O Islam não aprova as relações íntimas entre os sexos, e proíbe sexo antes do casamento, bem como sexo extraconjugal. O Islam encoraja o casamento como um escudo para tais tentações e como uma forma de obter amor, compaixão e paz mútua.

A interrupção voluntária da gravidez:

O Islam encara o aborto como assassínio e não o permite, salvo para salvar a vida da mãe (Alcorão 17:23-31, 6:15 1).

A homossexualidade e a Sida:

O Islam opõe-se categoricamente à homossexualidade e considera-a um pecado. Não obstante, os médicos Muçulmanos são aconselhados a tratar os seus pacientes com Sida exatamente como tratariam os outros.

A eutanásia e o suicídio:

O Islam é contra o suicídio e a eutanásia. Os Muçulmanos não acreditam em medidas heróicas para prolongar a agonia de um doente terminal.

O transplante de órgãos:

O Islam dá ênfase à salvação de vidas (Alcorão 5:32); assim, os transplantes em geral são permitidos, desde que haja consentimento do doador. A venda do órgão não é permitida.

25. Como deverão os Muçulmanos tratar os Judeus e os Cristãos?

O Alcorão chama-lhes "O povo do Livro", aqueles que receberam as escrituras Divinas antes de Muhammad(a Paz esteja com ele). É dito aos Muçulmanos que os tratem com respeito e justeza, e que não entrem em conflito com eles, salvo se estes iniciarem as hostilidades ou ridicularizarem a sua fé. A esperança ulterior dos Muçulmanos é que todos se unam na adoração ao Deus único e se submetam à Sua Vontade.

- "Deixemos que a divisa do diálogo civilizacional seja o vers. 83 do Cap. 2 do Alcorão que diz: "Falai com brandura a todas as pessoas", e deixemos que a finalidade do diálogo seja a de adquirir a liberdade tão vasta como o universo. "Cheguemos a termos comum entre nós e vós: que não adoraremos ninguém senão Deus; que não Lhe associemos nenhum parceiro; e que não aceitemos outros por senhores além de Deus: e se depois eles se afastarem, dize-lhes: 'sede testemunhas que nós (pelo menos) submetemo-nos à Vontade de Deus'." (Cap. 3, vers. 64)".

26. Como Alguém se torna Muçulmano?

Simplesmente dizendo "Não há outro deus senão Allah e Muhammad é o Mensageiro de Deus", em árabe, "la ilaha illa Allah Muhammad rassul Allah". Com esta declaração, o crente anuncia sua crença em Deus, em todos os Seus mensageiros e nos livros que eles trouxeram, nos anjos, no Dia do Juízo Final e na Predestinação.

Em resumo, isto é ser muçulmano. Portanto, ao se defrontar com vizinhos, estudantes, empregados, operários, amigos muçulmanos não os veja como alienígenas, ou terroristas, ou fanáticos. Somos pessoas comuns que praticamos nossa religião em toda sua essência e apenas queremos ser respeitados por nossas convicções religiosas. E o respeito por nossa religião passa pela permissão de orar nos horários estabelecidos, pela forma de vestir, de jejuar e interagir socialmente de acordo com nossa crença.
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Humam al-Hamzah
Oriente Médio Vivo
www.orientemediovivo.com.br

Um pouco de poesia!!!

Paixão ...
(Andrea Lucia)

Que sentimento é esse?

Sentimento...
Que nos tonteia,
Que nos desnorteia,
Que nos deixa sem ar,
Que faz o coração acelerar,
Que tira nossos pés do chão,
Que faz sangrar nosso coração,
Que sonhamos até mesmo acordados,
Que desejamos sempre sermos beijados,
Que faz com que não tenhamos mais razão,
Que faz com que fiquemos cegos de emoção,
Que é tão bom que dura o tempo de um segundo,
Que faz parecer não existir mais ninguém no mundo,
Que é algo tão intenso, louco, arrebatador e passageiro,
Que me faz ficar insana, encantada, absorta e prisioneira?

Que me faz perder a cabeça, me tira a razão e a tranqüilidade;
Que me tira a paz, o sossego e me deixa fora da realidade;
Que me envolve, me consome, me corrói e me sacrifica;
Que me dói, me emociona, me agrada e me dignifica;
Que me preenche o espírito e me enche de alegria;
Que me acaricia a alma e me enfeita de magia;
Que me faz ficar radiante e me incendeia;
Que me faz ficar fervorosa e me clareia;
Que me proporciona dias radiantes;
Que lembra coisas emocionantes;
Que abusa da minha emoção;
Que encanta meu coração;
Que não tem explicação;
Que me mata de tesão;
Que me dá sensação;
Que dói sem razão;
Que dá comichão;
Que não é são;
Que é em vão;
Que é glutão;
Que é peão;
Que é mão;
Que é sim;
Que é não;
Que é pai;
E é chão;
É Paixão!