segunda-feira, 9 de abril de 2007

Pensando Filmes!!!

Gabriel Perissé

O bom filme hipnotiza para nos fazer despertar. Educadores precisam ver filmes, pensar filmes, divulgar filmes. Filmes novos ou antigos, tanto faz, contanto que nos façam refletir mais...

El ángel exterminador (1962), de Luis Buñuel, por exemplo. As pessoas presas na mansão, presas a si mesmas, presas ao comodismo, a “paradogmas”, ao inexplicável. Socialmente doentes. Pessoas presas a seitas, a convenções que há muito perderam sua razão de ser, presas a manias, a medos. No final, após grande sofrimento, o grupo vai a uma missa de ação de graças pela libertação... O grupo e os outros fiéis ali presentes voltam a prender-se, desta vez dentro da igreja. E, como desfecho, ovelhas caminhando “inocentemente”.

Somos nós também, ainda presos. Presos a conceitos apodrecidos, a uma imagem de Deus talvez apodrecida.

O filme 21 gramas, de 2003. Inesquecível. Alejandro González-Iñárritu é o diretor. A morte alimentando a vida. Um homem recebe o coração de outro, e se apaixona pela viúva do doador. O coração continua amando. Uma vida que pesa tão pouco — 21 gramas, dizem, é a diferença de peso entre uma pessoa viva e seu cadáver.

Um filme recentíssimo, O labirinto do Fauno (2006). Duas horas de hipnose benéfica, uma história que não decai em nenhum momento. Atores ótimos, elementos míticos que tocam o cerne de cada um de nós: a menina órfã, o labirinto, os testes existenciais, a lua cheia, as gotas de sangue.

Ao contrário do que diz a mãe de Ofelia (a protagonista), magia existe, sim, ou estaremos à mercê da maldade, da nossa maldade. A inocência vencerá, ou não valerá a pena viver, ou não valerá a pena cultivar a esperança.

Outro filme, Ser e ter, de 2002. Filme francês, algo de documentário. Ser paciente, ter responsabilidade; ser professor, ter uma vida; ser atento, ter emoções. Ser e ter, ter e ser. Não se opõem. Complementam-se. Educação é essa complementação.

Um dos alunos está com as mãos sujas, e o professor aproveita para conversar sobre os nomes dos dedos: polegar, anelar, indicador... O pai de outro aluno vai sofrer uma intervenção cirúrgica séria, e o professor conversa serenamente sobre a realidade da dor...O professor ajuda os alunos, os alunos se ajudam, todos conversam, em clima de exigência tranqüila. Há algumas regras, há alegria, há trabalho, há companheirismo, carinho.

Ter uma utopia é começar a ser...


Gabriel Perissé é doutor em Educação pela USP e escritor. Web Site: www.perisse.com.br

Elis Regina - Medley Milton Nascimento (Montreux Festival)

Ana Carolina - Hoje Eu Tô Sozinha

Como sair do labirinto neoliberal?

Emir Sader

O neoliberalismo é um labirinto. Uma vez que se aceite cruzar seus corredores, não se sai deles. As alternativas são dadas dentro do próprio labirinto. Taxas de juros menores? Superávit fiscal menor? Desvalorização do real? Todos são objetivos – por meritórios que sejam – internos ao modelo, ao labirinto.Como se sai de um labirinto? Por cima. Saindo de seus corredores, redefinindo o sentido das políticas de governo.No nosso caso, retomar o desenvolvimento econômico e social como norte fundamental do governo, em função do qual tem que redefinir seu papel as outras políticas de governo. Significa ter uma política monetária subordinada a esse objetivo estratégico e, portanto, terminar com a independência real que assumiu o Banco Central. Significa definir metas sociais, com acompanhamento regular de uma comissão com participação dos movimentos sociais, para controlar os passos do governo e contribuir para sua realização.Mas para sair do labirinto, é preciso retomar pelo menos dois temas, até aqui desconhecidos ou subestimados: o tema do Estado e o do imperialismo. Retomar o tema do Estado é redefinir sua função indutora das políticas de governo, explicitamente, não para fortalecer seu aparato em si mesmo, mas para fortalecer a dimensão pública do Estado. Provavelmente será necessária uma nova Assembléia Constituinte, que refunde o Estado brasileiro, desmercantilizando-o e refundando-o em torno da esfera pública e dos interesses da maioria da população, para o qual será indispensável introduzir na Constituição a questão do Orçamento Participativo.O outro tema é o da hegemonia imperial no mundo, com todas duas dimensões: dominação econômica, tecnológica, política, militar, cultural. Da mesma forma que temos que sair da dominação do reino do dinheiro, saindo do modelo neoliberal, temos que trabalhar ativamente – a começar por fortalecer os processos de integração regional -, mas também trabalhar, dentro e fora do Brasil, na luta contra a hegemonia imperial. Assumir que o imperialismo é o elemento mais determinante no mundo contemporâneo, que sem essa compreensão não se pode compreender os temas fundamentais do mundo, da América Latina e do Brasil e atuar nessa direção.É nessa direção que podemos dizer que estaremos rompendo com o neoliberalismo e sua lógica mercantil e imperial.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Dale! Dale! Inter....

Lamentável. Mais uma vez ficamos de fora do gauchão. O time até que se esforçou, mas não foi o suficiente. Faltou criatividade, faltou aquilo que se chama de sorte, mas que na verdade é competência. Agora é hora de revisar o que está errado. Não é hora de terra arrazada. Temos que sentar, discutir, analisar e rever as estratégias equivocadas para o inicio do ano para tentar reverter e continuar firmes em busca do brasileiro. Pois parece que é somente o que nos resta. Libertadores? acredito que também não chegaremos. ressaca do ano passado?....até quando?...contratações?...urgente: um zagueiro, um meia de articulação....e um lateral esquerdo...o resto tem no plantel....Pato?....vende logo....Cristian????vai ser o goleador do brasileiro, com certeza....não podemos desistir....DALE!DALE!INTER....

quarta-feira, 4 de abril de 2007

É hoje...VAMO, VAMO, INTER!!

Está chegando a hora da verdade. Vamos ver se desta vez, repetindo anos atrás que o internacional - campeão mundial-fifa-2006, consegue se superar e avançar no gauchão. este ano as coisas estão muito dificeis. O colorado não repete atuações do ano passado, um pouco em função da desmobilização pelos titulos ganhos ano passado. Um pouco de soberba aliado ao período longo de férias e retorno demorado, lesões de jogadores importantes, perdas de elementos chaves do time como por exemplo, Fabiano Eller, peça que não teve reposição. Enfim, mais uma noite de sofrimento para a torcida colorada. Mas de qualquer forma. VAMO INTER!!!VAMO INTER!!!! HASTA LA VITÓRIA, SIEMPRE!!!!