terça-feira, 1 de maio de 2007

Fidel Castro escreve novo editorial contra etanol

O presidente de Cuba, Fidel Castro, voltou a insistir em suas críticas ao uso de biocombustíveis elaborados a partir de alimentos e à libertação do anticastrista Luis Posada Carriles, num editorial divulgado nesta segunda-feira (30), mas não se referiu a seu estado de saúde nem a uma possível volta a atos públicos.

"Nada tenho contra o Brasil", diz o líder cubano. "Mas ficar em silêncio seria para mim optar entre a idéia de uma tragédia mundial e um suposto benefício para o povo dessa grande nação", acrescenta Castro.

Com o título "O que se impõe imediatamente é uma revolução energética", a última "reflexão" de Castro publicada na imprensa cubana insiste no perigo da política dos Estados Unidos de apoiar o uso de alimentos para a produção de combustíveis como o etanol.

O líder cubano, que está convalescente há nove meses, não se refere a seu estado de saúde. Ele não confirma a informação dada recentemente pelo presidente boliviano, Evo Morales, de que retomaria neste 1º de maio o poder que delegou provisoriamente a seu irmão, Raúl, em 31 de julho de 2006.

28.out.2006/AP
Fidel aparece mais abatido em foto divulgada em 28 de outubro de 2006

Castro, de 80 anos, iniciou em março a publicação de uma série de "reflexões" sobre as conseqüências do uso de biocombustíveis elaborados a partir de alimentos, com críticas à estratégia dos presidentes George Bush, dos EUA, e Luiz Inácio Lula da Silva em defesa da produção de etanol.

O presidente cubano denuncia que "insaciável em sua demanda, o império quer que o mundo produza biocombustíveis para liberar os EUA, o maior consumidor mundial de energia, de qualquer dependência exterior em matéria de hidrocarbonetos".

O editorial insiste nos riscos para a população de países em vias de desenvolvimento de usar alimentos como o milho e a cana de açúcar para a produção de biocombustíveis.

"Se o capital americano e europeu financiar, Estados Unidos, Europa e os demais países industrializados economizariam mais de US$ 140 bilhões por ano, sem se preocupar com as conseqüências climáticas e a fome, que afetariam em primeiro lugar os países do Terceiro Mundo", adverte.

A "revolução energética" defendida por Castro inclui o uso de lâmpadas incandescentes e a reciclagem em massa de equipamentos elétricos.

Outro risco internacional, aponta, "é o de uma recessão econômica nos Estados Unidos", com a queda do valor do dólar.

"O dia 1º de maio é bom para levar estas reflexões aos trabalhadores e a todos os pobres do mundo, além do protesto contra algo também incrível e humilhante: a libertação de um monstro do terrorismo, no 46º Aniversário da Vitória Revolucionária de Playa Girón", conclui Castro.

O líder cubano se refere assim ao anticastrista Luis Posada Carriles, acusado de atos terroristas, como a explosão de um avião cubano com 73 passageiros a bordo, em 1976.

sábado, 28 de abril de 2007

Brasil perpetua-se como inimigo número um da propriedade intelectual


O Brasil é apontado como principal nação pró-software livre do mundo. Na administração pública, só a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil já economizaram mais de R$ 100 milhões com a adoção de tecnologia livre. A segurança, no entanto, é o principal atrativo para a alternativa contra os softwares proprietários.

Publicado pela primeira vez na revista americana Wired, artigo de Julian Dibbell de 2004 apontava o Brasil como principal nação pró-software livre do mundo, movimento que tem como ícone o pingüim da Linux. O motivo da vanguarda e de “lealdade ao pingüim”: a nossa cultura mais arraigada. No brilhante texto de Dibbell (leia na íntegra), o ministro da Cultura, Gilberto Gil, já atacava “os fundamentalistas do controle absoluto sobre a propriedade” e o seu iminente fracasso.

“Um mundo aberto pelas comunicações não pode se manter fechado em uma visão feudal de propriedade”, diz. “Nenhum país, nem os Estados Unidos, ou a Europa, pode ficar no caminho. É uma tendência global. É parte do próprio processo de civilização. É a abundância semântica do mundo moderno, do mundo pós-moderno – e não há por que resistir a isso”.

Com esse pensamento compartilhado por uma parte do governo Lula e com o Fórum Internacional de Software Livre (fisl) realizado em abril pela oitava vez em Porto Alegre, o Brasil continua como um dos maiores inimigos da propriedade intelectual como a conhecemos hoje na indústria do conhecimento capitalista, como já vem sendo noticiado pelo mundo todo.

O Biodiesel do Futuro

A tendência segue os padrões de identidade individual em uma espécie de movimento antropofágico virtual. Mário Teza, um dos idealizadores do fisl (www.fisl.org.br), afirma que o Brasil tem muitos dos melhores técnicos do mundo no setor, tornando o país uma grande potência tecnológica. “Na questão do software livre, o Brasil já fez um reposicionamento mundial. Hoje, a nossa indústria de tecnologia tem o mesmo potencial que o biodiesel no futuro, em seus respectivos setores”, avalia, comparando a mercadoria do século, a informação, com o biocombustível.

Teza explica que os programas de código aberto desenvolveram-se bastante no Brasil, mas as empresas ainda não são capazes de absorver esses mecanismos. "Há uma fuga de cérebros", afirma, mostrando, por exemplo, o estande da Google montado no fisl8.0. A empresa de informação estadunidense seleciona no estande profissionais brasileiros para trabalhar com essa tecnologia.

"Discussões que começamos aqui no FISL foram parar no Vale do Silício", diz, com certo orgulho, referindo-se à região dos Estados Unidos onde estão muitas das principais empresas "ponto com" do mundo.

Ainda avaliando o papel do Fórum de Software Livre, Teza diz que o importante é o debate permanente desse “evento-conceito, de troca, não de venda”: “Não somos o maior evento de software livre do mundo em número de pessoas. A Alemanha, por exemplo, tem grandes eventos. Mas estamos entre os mais importantes”.

O Governo do Pingüim

Já é comum o trabalho com códigos abertos em empresas estatais e projetos do governo federal. Pioneiro, ainda na gestão de FHC, o Banco do Brasil já economizou cerca de R$ 50 milhões e a Caixa Econômica Federal já passa de R$ 60 mi. A economia pela opção de não trabalhar com softwares proprietários não chega a ser um fator preponderante. A principal razão dos bancos desenvolverem-se com software livre é a segurança.

Segundo o gerente do Núcleo de Software Livre do BB, Vilson Carlos Pastro, a opção por códigos abertos do banco foi a melhor solução para as necessidades de segurança: “Imagine se o sistema do Banco do Brasil fica fora do ar por um dia, qual o tamanho do prejuízo. E qual seria a desconfiança dos investidores”. O orçamento anual para Tecnologia de Informação do BB é de R$ 1 bilhão, e trabalha com plataformas abertas desde 2000.

O Banco do Brasil economizou cerca de 20 milhões de reais em 2006 com uso de software livre nos cerca de 65 mil terminais da instituição financeira, segundo o vice-presidente de tecnologia e infra-estrutura, Manoel Gimenez. O valor da economia refere-se ao montante que seria gasto com licenças de programas, caso o banco utilizasse sistemas proprietários em seus terminais.

A vice-presidente de tecnologia da CEF, Clarice Copete, diz que “se não tivesse um custo-benefício alto, niguém escolhia o software livre”. De 65 mil terminais internos de atendimento, o banco migrou 45 mil deles para programas de código aberto.

Como a Caixa foi pioneira no desenvolvimento de um sistema que une apostas lotérias e serviços bancários, o programa tornou-se alvo de interesse internacional, especialmente por conta da segurança contra fraudes. “Chile, Panamá, República Dominicana, Israel e Índia já vieram nos visitar para conhecer o sistema”, conta.

Uma questão que por algum tempo atrasou a opção de transferir para os programas livres os sistemas dos dois bancos foi a facilidade de se conseguir suporte técnico. Pastro, do BB, lembra que “em 2001 tínhamos essa sombra. Mas agora já existe muito suporte especializado - e jamais faríamos a mudança sem segurança de que teríamos esse suporte”. Na Caixa, Copete conta que, atualmente, o preço por hora que pagam pelo suporte técnico em sistemas antigos é até maior, em alguns casos, do que para os novos sistemas em software livre.

Aprofundando o exemplo brasileiro, Jorge Troya Fuertes, coordenador do Sistema de Información para la Gobernabilidad Democrática (Sigob), órgão vinculado à Presidência da República do Equador, em reunião no início de abril, com Sérgio Rosa, diretor do Serpro, em Brasília, afirmou que seu país está adotando o software livre como política de Estado.

Uma delegação equatoriana, liderada pelo presidente Rafael Correa, já passou pelo país para assinatura de acordos que buscam promover o desenvolvimento e a integração entre os dois países. Um desses 15 acordos, já assinados, aborda as “Tecnologias da Informação e Comunicação para a Gestão Pública e Governabilidade Democrática”.

Comunicação e tecnologia

A Radiobras, empresa de comunicação pública (www.radiobras.gov.br) do governo federal, foi totalmente reestruturada baseada nos conceitos do conhecimento livre e do direito do cidadão à informação. Rodrigo Savazoni, editor-chefe da Agência Brasil, um dos braços da Radiobras, explica que quando o governo Lula assumiu em 2003, a empresa encontrava-se completamente defasada em softwares e equipamentos: “O South Park materializou bem quando eles encontraram o elo perdido: era o homem de 1996 tentando acessar à Internet. Assim encontramos a Radiobras.”

Depois, a equipe, chefiada por Eugenio Bucci iniciou um processo de acabar com o jornalismo chapa branca e oficial da agência para tornar a notícia pública. “Replanejamos a linha editorial, o conteúdo, para depois pensarmos na plataforma tecnológica para colocar todos os conceitos livres em prática”. Hoje, da fonte utilizada no saite ao servidor, tudo é produzido e reproduzido livremente.

“Optar pelo software livre é optar pela salvação, pela inovação”, pontua Savazoni, lembrando que esse deve ser o suporte de uma comunicação que se diz pública e a fatura deve ser cobrada da sociedade no sentido de inseri-la no debate.

Savazoni lembra ainda das disputas que estão por vir e que a comunicação pública tem de dialogar mais com a do software livre. Questões fundamentais como o midleware que será utilizado no setup box para a conversão dos aparelhos de tevê para o sistema digital. Savazoni acredita que essa discussão e outras articulações entre os movimentos de software livre e comunicação acontecerão no Fórum de TVs Públicas, que será realizado em Brasília entre os dias 8 e 11 de maio.
Fonte: Agência Carta Maior

Grande Elvis - Love me tender

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Chet Baker


1953 - The Best Of Chet Baker Sings




Baixar aqui:Badongo

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Gallo!! uma mera coincidência?

Quem não lembra do de 1973, quando o Internacional, tri-campeão gaúcho demitiu Dino Sani e foi buscar um ilustre desconhecido chamado RUBENS MINELLI para treinar uma equipe que pode ser considerada a melhor de todos os tempos que já existiu no sul do país?
Rubens minelli pegou um time, ou melhor, uma equipe já montada e com alguns acréscimos consegui a façanha de ganhar dois campeonatos brasileiros, até então inéditos aqui no sul.
Quem não lembra de 2004, quando as apostas foram feitas em Ivo Hortman que acabou não dando certo e foi contratado JOEL SANTANA, um ilustre conhecido que ajudou a afundar a equipe fazendo um trabalho no mínimo extraordinariamente péssimo, demonstrando total incapacidade de dirigir uma equipe com aspiração ao título de qualquer torneio?
Com queM será que este ilustre(...) técnico chamado GALLO se identificará? Como será seu trabalho, à la Rubens Minelli ou à la Joel Santana?
Só o tempo dirá....aguardemos...

Aniversário de Manga



MANGA

Aílton Corrêa Arruda, o Manga, ex-goleiro do Botafogo (RJ), Sport Clube do Recife, Grêmio, Internacional, Operário (MS), Coritiba, Nacional-URU, Barcelona-EQU e da Seleção Brasileira da Copa de 66, trabalhou como treinador de goleiros em Quito, no Equador, e nos Estados Unidos. Lá, onde ensinava futebol, está aposentado e vivendo tranquilamente em Little Havana, na cidade de Miami, na Flórida.

Manga chegou a disputar a Copa do Mundo de 1966. Ele entrou no lugar de Gilmar dos Santos Neves na partida contra Portugal e não foi feliz. Mas a carreira de Manga não pode ser lembrada apenas pela infelicidade daquele jogo.

O antigo arqueiro brilhou no Botafogo e também no Internacional, onde ajudou a formar uma das maiores equipes coloradas em todos os tempos ao lado de Claudio Duarte, Figueroa, Marinho Perez, Vacaria, Falcão, Batista, Caçapava, Valdomiro, Dario Maravilha, Lula e companhia.

Há muito tempo fora, Manga diz que não sente muitas saudades do país. O ex-goleiro, que nasceu em Recife, no dia 26 de abril de 1937, diz que Marcos, goleiro pentacampeão pela seleção brasileiro, é o que mais se assemelha com ele no estilo de jogar.

CLUBES
Sport Recife (55 a 58), Botafogo (59 e 68), Nacional do Uruguai (69 a 74), Internacional (74 a 76), Operário de Campo Grande (77), Coritiba (78), Grêmio (79 a 80), Barcelona do Equador (81 a 82).

BRIGA COM SALDANHA
O goleiro, que fez 445 partidas pelo Botafogo, deixou o time da Estrela Solitária em 1968. Na época, ele teve um desentendimento com o jornalista e técnico João Saldanha, que acusou o arqueiro de ter se vendido na final do carioca de 67. Manga deixou saudade aos alvinegros. O goleiro costuma provocar os rivais, principalmente o Flamengo: "Flamengo é bicho certo. Eu gasto o dinheiro na véspera", dizia.

TÍTULOS
Campeonato pernambucano de 55, 56 e 56 (pelo Sport); Campeonato carioca de 61, 62, 67 e 68 (pelo Botafogo); Torneio Rio-São Paulo de 62, 64 e 66 (pelo Botafogo); Campeonato uruguaio de 69, 70, 71 e 72 (pelo Nacional do Uruguai); Libertadores de 71 (pelo Nacional); Mundial Interclubes de 71 (pelo Nacional); Campeonato gaúcho de 74, 75 e 76 (pelo Internacional); Campeonato brasileiro de 75 e 76 (pelo Inter); Campeonato Paranaense de 78 (pelo Coritiba); Campeonato gaúcho de 79 (pelo Grêmio) e Campeonato equatoriano de 81 (pelo Barcelona).

POR ROGÉRIO MICHELETTI

Em pé: Hermínio, Manga, Cláudio Duarte, Figueroa, Vacaria e Falcão. Agachados: Valdomiro, Escurinho, Flávio Minuano, Caçapava e Ramon.

Manga foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.

Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra-SP e Caxambu-MG como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio – São Paulo, Gylmar – Santos, Manga – Botafogo, Ubirajara Mota – Bangu e Valdir – Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres – Santos, Djalma Santos – Palmeiras, Fidélis – Bangu, Murilo – Flamengo, Édson Cegonha – Corinthians, Paulo Henrique – Flamengo e Rildo – Botafogo (laterais); Altair – Fluminense, Bellini – São Paulo, Brito – Vasco, Ditão – Flamengo, Djalma Dias – Palmeiras, Fontana – Vasco, Leônidas – América/RJ, Orlando Peçanha – Santos e Roberto Dias – São Paulo (zagueiros); Denílson – Fluminense, Dino Sani – Corinthians, Dudu – Palmeiras, Edu – Santos, Fefeu – São Paulo, Gérson – Botafogo, Lima – Santos, Oldair – Vasco e Zito – Santos (apoiadores); Alcindo – Grêmio, Amarildo – Milan, Célio – Vasco, Flávio – Corinthians, Garrincha – Corinthians, Ivair – Portuguesa de Desportos, Jair da Costa – Inter de Milão, Jairzinho – Botafogo, Nado-Náutico, Parada – Botafogo, Paraná – São Paulo, Paulo Borges – Bangu, Pelé – Santos, Servílio – Palmeiras, Rinaldo – Palmeiras, Silva – Flamengo e Tostão – Cruzeiro (atacantes).

Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gilmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).

Manga também tinha três irmãos boleiros: Manguito, Dedé e Alemão, que se destacaram no futebol pernambucano. O último, inclusive, era zagueiro central e atuou no América do Rio, sendo bom batedor de faltas e pênaltis. Dedé brilhou no Sport Club do Recife.

O campeão (Inter-RS) e o vice nacional de 1976 (Corinthians) se enfrentariam pela Libertadores da América. O palco era o estádio do Morumbi. O jogo realizado no dia 3 de abril de 1977 terminou empatado. Os laterais foram os artilheiros do duelo. Zé Maria fez para o Timão e Vacaria marcou para o Colorado. Primeiro, aquele forte time gaúcho, talvez o melhor do mundo na época, e o aguerrido Corinthians. Da esquerda para a direita, Dario, Batista, Caçapava, Valdomiro, Marião, Manga, Hermínio, Falcão, Pedrinho Gaúcho, Vacaria e Cláudio Duarte. Entre os dois auxiliares estava o árbitro uruguaio Ramón Ruiz Barreto. Em seguida, aparecem os corintianos Zé Maria, Wladimir, Palhinha, Basílio, Vaguinho, Givanildo, Edu, Zé Eduardo, Geraldão, Moisés e Jairo.

Ainda sobre Manga, recebemos de seu filho Adilson Pereira de Arruda, no dia 18 de abril de 2006, o e-mail abaixo.

"Agradeço as lembrancas constantes do goleiro Manga. Eu como filho primogênito, fico feliz de vê-lo abraçado com seus netos. Porém, se possível ele deveria lembrar-se dos seus dois primeiros
filhos (Eu e Wilson), o qual meu irmão tem dois filhos maravilhosos e que se lembram sempre dele, além de nossa mãe (que morreu em 2002), que sempre o defendia e admirava, e que há 40 anos nao mantém contato.

Um abraço, Adilson."


quarta-feira, 25 de abril de 2007

Professores rejeitam piso salarial



Governo define vencimento mínimo unificado para educadores de todo o país; mas o valor é considerado baixo



Renato Godoy de Toledo

O governo federal atendeu a uma reivindicação histórica dos educadores brasileiros. No dia 24 de abril, com o lançamento oficial do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), foi instituído o Piso Salarial Nacional Profissional do Magistério Público (PSNP). Porém, todas as entidades representativas do professorado ouvidas pelo Brasil de Fato, em maior ou menor grau, rechaçam o valor, a carga horária estipulada e o método para a aplicação do PSNP.

O projeto de lei para estabelecer o piso, que já tramita no Congresso, sugere que os professores devem receber R$ 850 para uma jornada de 40 horas semanais. Não há diferenciação salarial entre os professores com formação em nível superior e em nível médio.

De acordo com a proposta do governo federal, o vencimento dos professores deve ser aumentado gradualmente, para atingir os R$ 850 em 2010. A União repassaria verbas aos estados e municípios para que estes cumpram o piso. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, cerca de 55% dos docentes do ensino público recebem salários abaixo deste valor.


Substitutivo

Nesta quarta-feira (25), educadores de todo o Brasil realizaram a Marcha Nacional da Educação, em Brasília (DF), impulsionada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com o mote "Pague o piso ou pague o preço".

A entidade elaborou um projeto de lei substitutivo que prevê um piso de R$ 1.050 para os professores com habilitação em nível médio e R$ 1.575 para os professores com nível superior. Esses valores seriam relativos a 30 horas trabalhadas por semana e valeriam a partir de janeiro de 2008.

Na opinião da presidente da CNTE, Juçara Dutra Vieira, a instituição do PSNP, apesar do valor muito aquém das demandas da categoria, é pertinente, já que a discussão do piso está presente desde 1827, quando D. Pedro I formulou a primeira lei nacional de educação.

“A idéia do piso é muito importante, mas não podemos aceitar essa proposta do governo. Além de o valor ser rebaixado, ele só entra em vigor em 2010. Ou seja, até lá o valor estaria mais defasado ainda pois o projeto não fala nada sobre a reposição da inflação”, afirma Juçara.

A CNTE tentou marcar uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar seu projeto substitutivo, mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

Outro ponto criticado pela entidade é a equiparação salarial entre os professores formados em nível superior e os de nível médio. “Isso é um desincentivo à valorização do professor e da educação. O profissional com nível médio não tem motivação para se habilitar em nível superior”, explica Juçara.


Realidade nos estados

Atualmente, os professores do ensino básico da rede pública recebem salários e gratificações. Um temor da categoria é que o governo considere essas bonificações como parte do salário, o que “facilitaria” o pagamento do piso.

“O piso tem que ser baseado em salário, não em gratificação. O trabalhador vive de salário, não de gratificação”, afirma Carlos Ramiro, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Em São Paulo, estado com o maior PIB do país, o piso salarial é R$ 668. Com as gratificações, chega proximo aos R$ 1.000. Ou seja, se esses complementos forem considerados como salário, o professorado paulista nem notará a vigência do PSPN.

Mesmo em estados que possuem PIB menor, alguns setores do magistério não serão beneficiados com a medida. No Sergipe, por exemplo, os professores com formação em ensino médio recebem R$ 393 e os com nível superior R$ 682, para jornada de 40 horas semanais. Em ambos os casos, há uma bonificação mensal, chamada regência de classe, equivalente a 50% do salário.

“Para os trabalhadores com nível médio, a medida pode representar um avanço, mas os de nível superior ficam numa situação delicadíssima: eles já têm um salário acima do piso. Portanto, até 2010 eles podem sofrer uma estagnação salarial”, avalia Joel de Almeida Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese).

Fonte:Brasil de Fato


terça-feira, 24 de abril de 2007

Conceitos dinâmicos de propriedade

José Rodrigues


Dos flanelinhas que defendem seus "pontos" nas vias públicas, ao Império Romano, ou dos traficantes, que exploram "bocas" com exclusividade, aos domínios da Microsoft, permeia a propriedade. Os fisiocratas do Século XVIII, com Quesnay e Turgot, afirmavam que toda a riqueza provinha da natureza, enquanto para Adam Smith (1723-1790), da escola liberal, a riqueza resulta do trabalho.

A Revolução Francesa, deflagrada um ano antes da morte do iluminista Adam Smith, viria revolucionar tanto a propriedade quanto o trabalho, transformando-se em inspiração para outras revoluções e, mais tarde, de várias constituições de países.
A tese espírita da propriedade foi anunciada menos de um século depois, de caráter absolutamente universal e talvez por isso venha a manter-se com atualidade, sem tempo para ser esgotada. Sua leitura em O Livro dos Espíritos, mesmo assim, parece ter um fulcro do tempo em que foi exposta, ou seja, a propriedade como algo material, no conceito econômico, infungível. Ocorre que tempos posteriores conheceriam novos entendimentos sobre bens, com mudanças de curta duração.

No tempo mais recente, os conceitos de propriedade intelectual e sua derivação virtual, ganham importância nas defesas de seus autores. O valor do saber, do conhecimento, surge vantajoso na competição, enquanto as questões ambientais, sequer sonhadas pelos Espíritos dos meados do Século XIX, avolumam-se, com repercussões econômicas indiscutíveis. De fato, qualquer tese que queira ser moderna não pode prescindir de duas componentes: a melhor repartição da riqueza e a sustentabilidade do ambiente.
Por sequência, uma fórmula química, uma partitura, um trabalho de pesquisa, em qualquer campo, são propriedades pessoais ou empresariais, que podem ser disponibilizados a gosto de seus autores, de graça ou a troco de dinheiro.

Mais à frente, o fenômeno Bill Gates, dono da Microsoft, criou valores, com base no campo virtual, que assustam aos proprietários de bens físicos. Essa empresa tem um valor de mercado( US$ 60 bilhões) equivalente a oito vezes seu balanço contábil. Valores de portais na net, alguns recentemente criados por jovens quem não usam paletó ou gravata, assumem grandezas extraordinárias, tudo pelo seu potencial de comunicação, paradoxalmente, sobre algo mutável no essencial, "que não existe", diria, o mundo virtual.

O desafio de legitimar essa "propriedade" é o mesmo aplicado a bens físicos, usuais ao tempo de Kardec (1804-1869). Mas, de certo modo, aquela propriedade só existe se for constantemente mutável, resultado da corrida do saber e da tecnologia. Daí, a rápida obsolescência dos aplicativos e programas de informática, bem como dos respectivos equipamentos. Digamos que nós, consumidores, é quem legitimamos a propriedade em torno do mundo virtual.

As questões ambientais, que tendem a crescer, surgem como novo aditivo em termos de propriedade e sua legitimação. Os Espíritos cravaram que legítima é a propriedade adquirida sem prejuízo para os outros. O ingrediente da sustentabilidade (as ações produtivas devem garantir o bem-estar de gerações futuras) é uma exigência econômica de vulto, tanto que nações como os Estados Unidos se recusam a assinar o Protocolo de Kyoto, regulador de emissões de gás carbônico para a atmosfera. Vale dizer que uma ação econômica que não respeite o ambiente, segundo os padrões agora exigidos, colidirá com a tese dos Espíritos.

Sobre a renda, há uma discussão interessante. O homem tem buscado não só a sobrevivência confortável, como a acumulação de bens, o aumento da riqueza. Para tanto, ele (nós) despendemos esforços, até acima do razoável. Enquanto outra motivação não se impõe, convém conhecer-se o pensamento de Adam Smith a respeito. Em síntese, o economista escocês disse que cada indivíduo procura seu próprio ganho, mas é como se fosse levado por "uma mão invisível" para produzir um resultado que não fazia parte de sua intenção. "Perseguindo seus próprios interesses, frequentemente promove os da sociedade, com mais eficiência do que se realmente tivesse a intenção de fazê-lo".

A tese smithiana é verdadeira, mas à luz da solidariedade, é melancólica. Aí está "primeiro eu" e para os outros, "a sobra". Essa busca, que ainda reflete "o espírito animal" do homem, deve ser um foco de mudanças.

Allan Kardec perguntou se o desejo de possuir é natural. "Sim, mas quando o homem só deseja para si e para sua satisfação pessoal, é egoismo. Há homens insaciáveis...", disseram os Espíritos. É nessas bases, no entanto, que o mundo se apóia em maior medida e as experiências históricas que tentaram apressar a repartição das riquezas, via decreto ou fusil, tiveram que mudar de meios. No contra-ponto está a "mão invisível" de Smith, de natureza expontânea, que ficaria bem melhor com a visão da imortalidade, antecedida da certeza de que levamos para outros planos apenas os valores da experiência e do conhecimento.

José Rodrigues, jornalista e economista, integra o Centro Espírita Allan Kardec, de Santos.
Fonte: PENSE- Pensamento Social Espírita

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E o colorado???

Neste momento é aguardado com expectativa a manifestação oficial da diretoria do Internacional sobre a saída de seu treinador Abel Braga.
É sabido que este treinador já não encontra guarida na diretoria do colorado pelas péssimas atuações da equipe neste ano de 2007.
Soa meio estranho a diretoria estar aguardando que Abel peça demissão. Será que a indenização é tão alta assim? Ou será que tudo já está decidido e a diretoria aguarda apenas a confirmação da contratação de um novo técnico?
De qualquer forma a mudança é inevitável visto que houveram muitos equívocos por parte da diretoria e por parte de Abel Braga, juntamente com erros de avaliação da pré-temporada. Urge sua saída, pois ficou evidente suas péssimas escolhas na montagem da equipe, principalmente nos dois jogos fora de casa pela libertadores contra Nacional do Uruguai e Velez da Argentina.
Está na hora de recomeçar, pois o Brasileiro está aguardando e o colorado necessita se reorganizar.