segunda-feira, 22 de outubro de 2007

House M.D.


O Dr. Gregory House (Hugh Laurie, "Stuart Little") é contra o contato com os pacientes e evita até mesmo falar com eles se não for preciso. Lidando com sua constante dor fi­sica, ele usa uma bengala que parece acentuar seu comportamento rude e brutalmente honesto. Embora seu comportamento possa ser taxado como anti-social, House é um médico dissidente cuja maneira nada convencional de pensar e instintos certeiros permitem que ele seja respeitado por todos.

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4° Temporada

4x01 - Alone
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4x02 - The Right Stuff
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4x03 - 97 Seconds
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Eu queria trazer-te uns versos muito lindos


Mario Quintana


Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento
da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

domingo, 21 de outubro de 2007

MegaPost Curtas Charles Chaplin - RapaduraAzucarada


Charles Chaplin - The Pilgrim (Pastor de Almas - 1923)



Info:
Tamanho: 163 Mb
Duração: 45 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse: Carlitos é um fugitivo da prisão, e para se disfarçar, veste roupas de um pastor e foge em um trem. Desconfiado que estão suspeitando, desce na primeira estação. Por coincidência, estão esperando um pastor chegar, e acabam fazendo a maior festa com sua presença. Todos, muito curiosos e felizes com a presença do novo pastor, levam-no a igreja para que ele possa fazer seu sermão. Ele, como não conhece muito da bíblia, acaba interpretando a história de Davi e Golias.
O pastor vagabundo é levado para uma festa, onde tem uma criança insuportável. É reconhecido por um antigo colega de cela, que invade a festa e decide roubar a casa. O vagabundo então, decide ir em busca do ladrão e recuperar tudo.
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Kitty Bradbury, Mack Swain, Tom Murray, Charles Riesner, Loyal Underwood, Dinky Dean, May Wells, Syd Chaplin, Monta Bell.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento: Fevereiro de 1923.


Fonte: http://br.geocities.com/mydearchaplin/index.htm

Links:
The Pilgrim - Parte 01
The Pilgrim - Parte 02

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Charles Chaplin - A Dog's Life (Vida de Cachorro - 1918)



Info:
Tamanho: 129 Mb
Duração: 35 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse: Um pequeno vagabundo vive na rua, dormindo, roubando e comendo como um cão; a polícia o coloca para fora das calçadas, enxota-o e ele sai em busca de abrigo. Para sobreviver, ele busca algum emprego. O cão, por sua vez, também luta para sobreviver. É essa situação que faz com que os dois se identifiquem: o vagabundo e o cão. O vagabundo decide ficar em companhia do único que o compreende.
Os dois vão a um clube, onde presenciam uma cantora ser maltratada pelo público. Agora eles são três, e vão tentar iniciar uma nova vida.
Filme de estrutura simples, porém com cenas que ficarão na história do cinema. Comparar o vagabundo com um caozinho, por si só já é motivo para deixar o espectador triste. Chaplin desenvolveu mais ainda, neste filme, a capacidade de fazer-nos rir e chorar. A cena em que Carlitos joga cartas com dois ladrões pode ser considerada uma das mais completas de toda a história do cinema.
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Tom Wilson, Sydney Chaplin, Albert Austin, Henry Bergman, Charles Riesner.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento: Abril de 1918.

Fonte: http://br.geocities.com/mydearchaplin/index.htm


Links:
A Dog's Life - Parte 01
A Dog's Life - Parte 02

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Charles Chaplin - A Night Out (1915)




Info:
Tamanho: 219 Mb
Duração: 33 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse: Carlitos e seu amigo estão bêbados e provocam a maior confusão nos hotéis onde se hospedam.
Elenco: Charles Chaplin, Ben Turpin, Leo White, Bud Jamison, Edna Purviance.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento: Fevereiro de 1915.

Fonte: http://br.geocities.com/mydearchaplin/index.htm


Links:
A Night Out - Parte 01
A Night Out - Parte 02
A Night Out - Parte 03

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Charles Chaplin - A Woman (1915)



Info:
Tamanho: 134 Mb
Duração: 19 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse:Mais uma vez o vagabundo passeia em um parque, paquerando mulheres, sem se importar se elas são casadas ou não. Surge um rival (Billy) e eles começam a brigar. O vagabundo acaba conhecendo uma garota (Edna), que o convida para ir em sua casa. Lá há o reencontro com o rival: ele é o pai de Edna. Para escapar do pai, Chaplin acaba vestindo-se com as roupas dela, mas o pai logo o corteja, pensando tratar-se de uma garota.
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Charles Inslee, Marta Golden, Margie Reiger, Billy Armstrong, Leo White.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento:Julho de 1915.
Fonte: http://br.geocities.com/mydearchaplin/index.htm

Links:
A Woman - Parte 01
A Woman - Parte 02

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Charles Chaplin - Behind the Screen (1916)


Info:
Tamanho: 154 Mb
Duração: 23 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse: Empregado de um estúdio, seu chefe o trata muito mal, até que Carlitos é promovido a ator. Depois de levar muitas tortas na cara, ele se revolta com o papel e começa a atirar tortas verdadeiramente. O resultado é que a cena de pastelão acaba entrando no estúdio vizinho, onde estava sendo filmado uma tragédia.
Elenco: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Frank J. Coleman, James T. Kelly, Albert Austin, John Rand, Leo White, Henry Bergman.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento:Novembro de 1916


Links:
Behind the Screen - Parte 01
Behind the Screen - Parte 02

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Charles Chaplin - By the Sea (1915)


Info:
Tamanho: 53 Mb
Duração: 9 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse: Na praia, o vagabundo flerta com mulheres casadas, causando muita confusão.
Elenco:Charles Chaplin, Edna Purviance, Billy Armstrong, Bud Jamison, Ben Turpin, Margie Reiger, Charles Insley, Leo White e Paddy McGuire.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento:Abril de 1915


Links:
By the Sea

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Charles Chaplin - Dough and Dynamite (1914)



Info:
Tamanho: 189 Mb
Duração: 28 Min aprox.
Host: Rapidshare
Idioma: Nenhum
Formato: RMVB


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Sinopse:Carlitos é um ajudante de padeiro que disputa tudo com um outro ajudante (Chester Conklin). Com tantas discussões, quem sempre leva a pior parece ser mesmo o chefe.
Elenco: Charles Chaplin, Chester Conklin, Fritz Schade, Phyllis Allen, Norma Nichols, Charley Chase, Slim Summerville, Cecile Arnold, Wallace MacDonald.
Direção: Charles Chaplin
Lançamento:Setembro de 1914.
Fonte: http://br.geocities.com/mydearchaplin/index.htm

Links:
Dough and Dynamite - Parte 01
Dough and Dynamite - Parte 02

sábado, 20 de outubro de 2007

O Sétimo Selo. Ingmar Bergman



Sinopse:
Antonius Block retorna das cruzadas e encontra sua vila destruída pela peste negra. Depois disso passa a refletir sobre o sentido da vida, mas a Morte (Bengt Ekerot) aparece para levá-lo. Porém, Block se recusa a morrer sem ter entendido o sentido da vida e propõe um jogo de Xadrez, onde se ele ganhar continua a viver. Apesar de perder o jogo, a Morte continua a perseguí-lo enquanto viaja pela Suécia medieval.

Título: O Sétimo Selo
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 100 minutos
Idioma: Inglês
Formato: RMVB
Ano de Lançamento (Suécia): 1956


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HOMENAGEM

Em homenagem ao grande dramaturgo Ernst Ingmar Bergman, nascido em Uppsala, 14 de Julho de 1918 e falecido em 30 de julho de 2007 em Fårö, na Suécia.
Assim o descrevia Jean-Luc Godard: "O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico".
Uma lamentável perda, num mundo onde o enlatado americano é preponderante.(O grifo é por minha conta)

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Link para Download:(novo-reupado)

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Senha -
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E continuam falando mal de CUBA...

Médicos cubanos atenderam mais de 61 mil peruanos


O trabalho dos médicos cubanos que prestam ajuda aos danificados de um terremoto no Peru foi posto em destaque na segunda-feira (15), pela mídia local, após dois meses da tragédia que deixou um saldo de cerca de 600 mortos.


Os 77 médicos e outros trabalhadores da saúde, que chegaram à cidade Pisco, situada no sul do país, poucos dias depois da catástrofe, trabalham nos hospitais de campanha Ernesto Che Guevara e Antonio Maceo, trazidos por eles e atenderam até esaa data a mais de 61 mil pacientes.


Segundo responsáveis pela brigada médica cubana, do total, 41,7% pessoas foram atendidas fora dessas instalações, num trabalho de campo que se estende pelo interior de Pisco e pelas zonas de Ica.


Nos hospitais cubanos foram realizadas mais de 500 cirurgias, 40% delas, maior, e mais de 10 mil testes de diagnósticos, como exames de laboratório, ultra-som, raios X e eletrocadiografia.


O jornal La Primera assinalou que não só atendem aos feridos em desabamentos ocasionados pelos sismo e destaca o caso de Cristian Nieves, paciente do hospital Che Guevara, ao qual chegou provienente de Sullana, no extremo norte do país.


Nieves declarou que sofreu uma fratura na tíbia e no perôneo num acidente e teve que pagar ao redor de US$2 mil a uma instituição de Lima pela cirurgia e além do mais, disseram-lhe que podiam amputar sua perna por uma quantia menor.


''Eu já tinha me resignado a perder uma perna, mas um médico falou-me do hospital instalado pelos cubanos em Pisco e vim logo'', contou.


''Não tive que pagar a operação. Salvaram minha perna e agradeço-lhes muito o que fizeram'', acrescentou.


Os cooperadores internacionalistas afirmam que estão dispostos a permanecerem no Peru o tempo que as autoridades desse país acharem necessário.


Frei Betto: "Como endireitar um esquerdista"


Ser de esquerda é, desde que essa classificação surgiu na Revolução Francesa, optar pelos pobres, indignar-se frente à exclusão social, inconformar-se com toda forma de injustiça ou, como dizia Bobbio, considerar aberração a desigualdade social.

Frei Betto


Ser de direita é tolerar injustiças, considerar os imperativos do mercado acima dos direitos humanos, encarar a pobreza como nódoa incurável, julgar que existem pessoas e povos intrinsecamente superiores a outros.


Ser esquerdista - patologia diagnosticada por Lênin como "doença infantil do comunismo" - é ficar contra o poder burguês até fazer parte dele. O esquerdista é um fundamentalista em causa própria.

Encarna todos os esquemas religiosos próprios dos fundamentalistas da fé. Enche a boca de dogmas e venera um líder. Se o líder espirra, ele aplaude; se chora, ele entristece; se muda de opinião, ele rapidinho analisa a conjuntura para tentar demonstrar que na atual correlação de forças...


O esquerdista adora as categorias acadêmicas da esquerda, mas iguala-se ao general Figueiredo num ponto: não suporta cheiro de povo. Para ele, povo é aquele substantivo abstrato que só lhe parece concreto na hora de cabalar votos. Então o esquerdista se acerca dos pobres, não preocupado com a situação deles, e sim com um único intuito: angariar votos para si e/ou sua corriola. Passadas as eleições, adeus trouxas, e até o próximo pleito!


Como o esquerdista não tem princípios, apenas interesses, nada mais fácil do que endireitá-lo. Dê-lhe um bom emprego. Não pode ser trabalho, isso que obriga o comum dos mortais a ganhar o pão com sangue, suor e lágrimas. Tem que ser um desses empregos que pagam bom salário e concedem mais direitos que exige deveres. Sobretudo se for no poder público. Pode ser também na iniciativa privada. O importante é que o esquerdista se sinta aquinhoado com um significativo aumento de sua renda pessoal.


Isso acontece quando ele é eleito ou nomeado para uma função pública ou assume cargo de chefia numa empresa particular. Imediatamente abaixa a guarda. Nem faz autocrítica. Simplesmente o cheiro do dinheiro, combinado com a função de poder, produz a imbatível alquimia capaz de virar a cabeça do mais retórico dos revolucionários.


Bom salário, função de chefia, mordomias, eis os ingredientes para inebriar o esquerdista em seu itinerário rumo à direita envergonhada - a que age como tal mas não se assume. Logo, o esquerdista muda de amizades e caprichos. Troca a cachaça pelo vinho importado, a cerveja pelo uísque escocês, o apartamento pelo condomínio fechado, as rodas de bar pelas recepções e festas suntuosas.


Se um companheiro dos velhos tempos o procura, ele despista, desconversa, delega o caso à secretária, e à boca pequena se queixa do "chato". Agora todos os seus passos são movidos, com precisão cirúrgica, rumo à escalada do poder. Adora conviver com gente importante, empresários, ricaços, latifundiários. Delicia-se com seus agrados e presentes. Sua maior desgraça seria voltar ao que era, desprovido de afagos e salamaleques, cidadão comum em luta pela sobrevivência.


Adeus ideais, utopias, sonhos! Viva o pragmatismo, a política de resultados, a cooptação, as maracutaias operadas com esperteza (embora ocorram acidentes de percurso. Neste caso, o esquerdista conta com o pronto socorro de seus pares: o silêncio obsequioso, o faz de conta de que nada houve, hoje foi você, amanhã pode ser eu...).


Lembrei-me dessa caracterização porque, dias atrás, encontrei num evento um antigo companheiro de movimentos populares, cúmplice na luta contra a ditadura. Perguntou se eu ainda mexia com essa "gente da periferia". E pontificou: "Que burrice a sua largar o governo. Lá você poderia fazer muito mais por esse povo."


Tive vontade de rir diante daquele companheiro que, outrora, faria um Che Guevara sentir-se um pequeno-burguês, tamanho o seu aguerrido fervor revolucionário. Contive-me, para não ser indelicado com aquela figura ridícula, cabelos engomados, trajes finos, sapatos de calçar anjos. Apenas respondi: "Tornei-me reacionário, fiel aos meus antigos princípios. E prefiro correr o risco de errar com os pobres do que ter a pretensão de acertar sem eles."







DEBORAH KERR

Sandro Villar*

Nos anos 50 e 60, a atriz Deborah Kerr foi uma das rainhas de Hollywood por seu talento e, principalmente, por seu enorme charme que parecia ter um quê de esnobismo. Mas, justiça seja feita, era apenas charme mesmo.

A não ser quando um diretor do porte de Clint Eastwood realiza um filme como “Cartas de Iwo Jima”, um libelo contra a guerra, hoje em dia Hollywood produz muitas bobagens cinematográficas.

E a principal atração desses filmes, verdadeiros lixos, é a violência gratuita, coisa que não se justifica. Um dos mestres desse tipo de violência é o cineasta Martin Scorsese, fascinado por tiros e assassinatos, e basta conferir o conjunto da obra do rapaz para confirmar isso.

Mas deixa isso pra lá e vamos em frente que atrás vêm os credores. O que interessa nessa narrativa é falar alguma coisa sobre Deborah Kerr, que, vítima do Mal de Parkinson, foi embora deste insensato mundo aos 86 anos.

Ela nasceu na Escócia, terra de uísque bom e do Sean Connery, o melhor James Bond do cinema. Aliás, apesar de ter ficado a serviço de Sua Majestade, com licença para matar e tudo o mais - interpretando 007 -, Sean Connery nunca engoliu essa história de a Escócia ser “controlada e dominada” pela Inglaterra. Ele é separatista de carteirinha, mas não contem isso para a Scotland Yard.

Mas do que é que eu falava mesmo? Confesso que estou mais perdido que os “infiéis” que trocaram de partido ou mais perdido que o time do Corinthians no Brasileirão. Ah, já me lembrei: o degas aqui falava da atriz Deborah Kerr e se perdeu por ter metido (epa!) a colher onde não devia. Ou onde não lhe diz respeito.

E, respeitosamente, lembro que Deborah protagonizou dezenas de filmes, entres eles três memoráveis: “O Rei e Eu”, em que contracena com Yul Brynner, “A Um Passo da Eternidade” e “Tarde Demais Para Esquecer”.

Dirigido por Fred Zinnemann, “A Um Passo da Eternidade”(1953) salvou a carreira de Frank Sinatra, que estava na Rua da Amargura, s/n. Ele está ótimo na pele do trágico soldado Maggio, protegido por Montgomery Clift, um dos dez melhores atores de todos os tempos.

Nesse filme, que mostra o ataque aéreo japonês contra a base de Pearl Harbor no Havaí, Deborah é a esposa adúltera de um oficial. Ela é amante do sargento interpretado por Burt Lancaster.

É antológica a cena em que o casal se beija na praia. Esse beijo é considerado um dos melhores do cinema, não faltaram imitações e uma paródia. No filme “O Professor Aloprado”, em que Eddie Murphy dá um show, há uma sátira desse beijo. É quando o professor obeso, mais gordo que a dívida pública brasileira, fica em cima da mocinha e, com tanto peso, ela afunda na areia na hora do pega-pra-capar. A cena é divertida.

E não é nada divertida a cena final de “Tarde Demais Para Esquecer” (1957), assinado por Leo MacCarey, o segundo melhor filme romântico (ou de amor), porque o melhor é “Suplício de Uma Saudade”. Os personagens de Deborah e Cary Grant marcam encontro no edifício Empire State Building, em Nova York.

Ela não vai porque foi atropelada. Ele só se dá conta da situação da amada ao vê-la em outra ocasião. Nessa hora, convém preparar o lenço. A música-tema desse filme inesquecível é a magnífica canção “An Affair To Remember”, sucesso do cantor Vic Damone, mas a versão com Nat King Cole também é ótima.

Deborah Kerr deixa um grande vazio. É inesquecível e, talvez, insubstituível.

DROPS (sabor anis)

O cinema é a mais importante das artes.
(camarada Lenin)

O cinema instrui e dá prazer.
(Ruy Barbosa)

No escurinho do cinema a mão é esperta e não boba.

Times da zona do rebaixamento, não se desesperem: há vagas para lanterninhas nos cinemas de São Paulo.

*Sandro Villar é jornalista e escritor, autor do livro “As 100 Melhores Crônicas de Humor de SV”, à venda na Livraria Cultura (Shopping Villa-Lobos-SP) e no site www.altabooks.com.br (21) 3278-8419/8069/8159.
sandrovillarpp@zipmail.com.br
A Previdência e a menopausa



Henrique Júdice Magalhães

No Valor Econômico de 24/09, o economista Fabio Giambiagi prega a modificação das atuais regras de aposentadoria das mulheres. A aposentadoria feminina, explica ele, seria como a menopausa: um problema do qual só agora os especialistas passaram a dar-se conta, já que, antigamente, eram poucas as que viviam até chegar a ambas.

A diferença é que, se num caso a preocupação da medicina é reduzir os transtornos sofridos pela mulher na maturidade, no outro o colunista do Valor quer aumentá-los. Giambiagi propõe um aumento de 3 anos no tempo de contribuição exigido. A aposentadoria feminina por tempo de contribuição, para ele, é “um problema fiscal” - particularmente grave na medida em que as mulheres “representam metade da população” e o número das que a recebem, hoje, “é de mais de 900 mil” .

É sabido que os ataques de Giambiagi aos direitos previdenciários têm por alvo toda a população trabalhadora, e não só metade dela. Ainda assim, seria interessante que ele explicasse por que o fato de 900 mil mulheres receberem aposentadoria por tempo de contribuição seria um problema maior que 2,8 milhões de homens fazerem o mesmo (e por um valor médio 25% mais alto: R$ 1.036,62 contra R$ 826,35, segundo dados do Ministério da Previdência referentes a 2005).

“Na época dos nossos pais” – escreve ele – , “a aposentadoria das mulheres não era um problema fiscal, porque quase não havia mulheres aposentadas”; inversamente, hoje, seria necessário restringi-la por haver mulheres nesta condição. Em síntese: não há problema em permitir que as mulheres se aposentem, desde que elas não o façam. Giambiagi vira de ponta-cabeça os critérios de abrangência, justiça e eficácia que deveriam nortear a avaliação de qualquer política pública.

O foco de seu argumento é a diferença entre as regras vigentes para homens e mulheres. Ele não discute se exigir mais de 30 anos de contribuição de uma mulher é ou não correto, mas apenas se a mulher deve se aposentar com menos tempo de contribuição do que o homem. E conclui que não porque, supostamente, as mulheres vivem mais e se aposentam mais cedo.

Para sustentar um sofisma, recorre a duas falácias. A primeira já faz quase parte do senso comum. A idéia de que “as mulheres vivem mais” baseia-se na diferença entre as expectativas de vida de ambos os sexos. A feminina é mais alta porque este indicador é calculado a partir de dados referentes à mortalidade e, entre as pessoas que morrem prematuramente por acidentes ou violência, é maior o número de homens. A condição de mulher, por si, não faz ninguém viver mais.

Na segunda, há pelo menos meia verdade. A proporção de pessoas que se aposentam entre 45 e 49 anos é maior entre as mulheres do que entre os homens. Mas as mulheres que fizeram isso em 2005 não são mais de 20 mil – e sofrem, como conseqüência, perdas da ordem de 40% do valor do benefício por causa do fator previdenciário. Se tiverem exercido, em algum momento da vida, atividades nocivas à saúde – algo bastante comum nos aposentados dessa faixa etária – , a perda é maior: o tempo de trabalho feminino nessas condições tem um acréscimo de 20%; o masculino, de 40%.

Mas aposentar-se com menos tempo de contribuição não significa necessariamente aposentar-se mais jovem. Do total das mulheres que passaram a receber este benefício em 2005, 36,9% tinham entre 50 e 54 anos – mesma faixa em que se concentra a maioria dos homens (38,3%). Na faixa etária dos 55-59 anos, estavam 32% dos homens e 22,3% das mulheres. Na dos 60-64 anos, há muitos homens e pouquíssimas mulheres, mas não porque elas se aposentem mais cedo. O que ocorre é que a mulher se aposenta por idade aos 60 anos, e o homem tem que esperar até os 65. Assim, 37,4 mil mulheres e 14,3 mil homens aposentaram-se entre os 60 e os 64 anos em 2005 – só que elas o fizeram por idade, e eles por tempo de contribuição. Por isso, principalmente, a idade média de aposentadoria por tempo de contribuição feminina é mais baixa.

O que de fato acontece é que as mulheres ocupam, em regra, uma posição mais precária no mercado de trabalho. Enquanto a taxa de desemprego masculina medida pelo IBGE em 2005 era de 7%, a feminina era de 12%. O tempo médio entre sair de um emprego e conseguir outro, medido pelo DIEESE/Seade, é expressivamente maior para elas. Nessas condições, a mulher terá, em média, em comparação com um homem da mesma idade e tendo ambos começado a trabalhar ao mesmo tempo, menor tempo de contribuição.

Se a proposta do colunista do Valor chega a parecer razoável, é porque ele passa ao largo dessa realidade e investe contra o moinho de vento da dupla jornada alegando que a maior expectativa de vida feminina a compensaria. Acontece que não é essa a razão para que se mantenha a regra atual. Primeiro, porque a dupla jornada feminina só existe nos setores sociais situados da classe média-baixa para baixo, nos quais os homens também a cumprem: além de serem submetidos a uma carga maior de horas extras, fazem bicos variados para complementar a parca remuneração. A classe média, via de regra, deixa os cuidados da casa a cargo da empregada doméstica e, nas famílias endinheiradas, as mulheres têm por costume não fazer nada nem em casa nem fora dela. Segundo, porque não seria razoável que a lei concedesse condições favoráveis a uma mulher incapaz de impor uma divisão minimamente justa de tarefas ao homem com quem vive.

A questão não é de justiça comparativa entre homens e mulheres. Nem para um lado, como quer Giambiagi, nem para o outro, como prega um certo discurso feminista que defende menos os direitos que as mulheres atualmente possuem do que a diferenciação em si. E que dispende, na defesa dessa diferenciação face ao trabalhador homem, uma energia que nunca dispendeu na defesa da mulher trabalhadora diante do capital (vide o silêncio quando FHC revogou um dos mais importantes dispositivos de proteção a ela contra o excesso de jornada: a proibição de que fizesse horas extras). A questão é fazer justiça às mulheres, simplesmente. E não é justo exigir de quem sofre mais acentuadamente os efeitos do desemprego e da informalidade um maior número de anos de contribuição.

Por outro lado, a diferenciação não é um dogma. No caso da aposentadoria por idade, o requisito etário deveria ser unificado – mas no patamar estabelecido atualmente para as mulheres. É descabido exigir que os homens trabalhem até os 65 anos na cidade e 60 na lavoura – ainda mais porque o trabalho masculino, normalmente, exige maior vigor físico. Esses limites poderiam ser reduzidos para, respectivamente, 60 e 55 anos. É esta a melhor maneira de aproximar as condições de homens e mulheres na legislação previdenciária e permitir a ambos enfrentar em situação mais humana as transformações biológicas e emocionais acarretadas pela maturidade.

Henrique Júdice Magalhães é jornalista, ex-servidor do INSS e pesquisador independente em Seguridade Social. Porto Alegre/RS - Email: henriquejm@gmail.comEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email

henriquejm@gmail.com

Policiais dizem que segurança pública está à beira do colapso no RS

Manifestação em defesa de melhores condições de trabalho e melhores salários reuniu mais de mil policiais militares, nesta quarta-feira, em frente ao Palácio Piratini. Segundo eles, governo Yeda Crusius (PSDB) está levando segurança à beira do colapso.

PORTO ALEGRE - Mais de mil policiais militares saíram às ruas da capital gaúcha, nesta quarta-feira, em defesa de melhores condições de trabalho e melhores salários. A manifestação reuniu profissionais das mais variadas patentes da Brigada Militar (a PM gaúcha) em uma grande manifestação contra o governo Yeda Crusius (PSDB) que, segundo os brigadianos, está levando a segurança pública a beira do colapso no Rio Grande do Sul.

A manifestação iniciou no quartel general da Brigada Militar, no centro da capital, e terminou com um ato público em frente ao Palácio Piratini. Segundo o vice-presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, tenente coronel Jorge Antônio Penna Rey o ato teve como objetivo principal “sensibilizar o Governo do Estado para questões ligadas à categoria, e também reafirmar para a governadora Yeda, que não aceitaremos nenhum projeto que altere os Direitos atuais dos Militares Estaduais, como por exemplo o aumento do tempo de serviço, a mudança do plano de carreira e a diminuição de vagas”. “Isto não vamos nem discutir”, garantiu Penna Rey.

A manifestação foi convocada pela Associação dos Oficiais da Brigada Militar (AsofBM), pela Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar (ABAMF) e pela Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM).

Os brigadianos distribuíram um panfleto à população explicando as razões de sua manifestação. O documento afirma:

"A Segurança está em crise e vai entrar em colapso. A culpa não é nossa... mas sim da governadora Yeda e do secretário Mallmann. Gaúchos e gaúchas saibam por quê:

- salários mais baixos do Brasil
- sucateamento da frota de viaturas policiais
- falta de coletes à prova de bala para enfrentar a bandidagem
- apagão no sistema de rádio
- ameaças aos direitos dos militares estaduais
- atraso de salários
- ameaça de não pagamento do 13º salário
- tratamento desrespeitoso e arbitrário para com os brigadianos
- falta de efetivo
- não-chamamento dos concursados aprovados para a BM
- excesso de carga horária
- não-pagamento de horas-extras
- não-pagamento de direitos constitucionais (dedicação exclusiva e adicional noturno)
- não-cumprimento da lei da matriz salarial
- falta de fardamento
- não-convocação dos reservistas da BM

Por fim, os PMs pedem o apoio da sociedade: “Povo gaúcho, não deixe desmontar nossa Brigada Militar e sua segurança”.

Os protestos dos servidores públicos gaúchos contra o choque de gestão implementado pela governadora Yeda Crusius (PSDB) seguem crescendo no Estado. Na semana passada, mais de duzentos professores se acorrentaram aos portões de entrada do Palácio Piratini denunciando o desmonte da educação pública no Estado. Diversas categorias de servidores vêm se reunindo semanalmente para discutir a situação dos serviços públicos. Eles começam a preparar uma greve geral de funcionários públicos ainda este ano.




sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Futebol!

Fausto Brignol


Futebol, hoje, é coisa pra rico. Enquanto os times do interior decidem entre jogar a oitava divisão ou fechar, os grandes times ficam cada vez maiores. Igualzinho ao sistema capitalista.
Há muito, não existe mais o antigo amor à camiseta, que foi substituído pelo amor ao dinheiro. Os jogadores, quando são convocados para a seleção brasileira sentem-se como se estivessem cumprindo uma pesada obrigação. Afinal, para eles, jogar na seleção é um grande risco, porque poderão se machucar e ficar fora dos jogos dos seus respectivos times europeus, onde ganham os seus milhões. Obviamente, são completamente alienados - e querem continuar sendo. Idiotizados pela mídia extremamente complacente acreditam-se grandes estrelas.
O Dunga - quem diria! - revelou-se como o menino certinho do futebol brasileiro. Administrador de milionários, com o apelido de técnico, prepara o seu caminho para no futuro ingressar na política - deles. Para isso, já está aprendendo a vestir e a falar.
Imagino que, no vestiário, os jogadores ficam conversando sobre a cotação da Bolsa e como comprar mais e mais. O que mais eles poderiam conversar?
Isso, enquanto preparam os cabelos e a maquilagem para se apresentarem perante seus iguais da classe média alta e burguesia, porque quem tem dinheiro para pagar ingresso no Maracanâ em dia de jogo da seleção?
Enquanto isso, "a plebe rude, na cidade, dorme..."