domingo, 23 de março de 2008

O papel do eucalipto

A Revolução dos Bichos - (Animal Farm)


Uma metáfora do mundo regido pelo sistema capitalista, (com animais representando os homens). A história se passa em uma fazenda onde cada animal representa uma categoria trabalhista, um peso no sistema, uma hierarquia. Uma bela adapatação da obra de George Orwell.
Screenshots
créditos: Makingoff - derzu_uzala

Gênero:
Animação / Aventura
Diretor: Joy Batchelor, John Halas
Duração: 72 minutos
Ano de Lançamento: 1954
País de Origem: Estados Unidos
Idioma do Áudio: Inglês
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0047834/

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Tamanho: 699 Mb
Legendas: Em anexo
Animal Farm é um livro clássico lançado nos finais da Segunda Guerra Mundial, em 1945, da autoria de Eric Blair, conhecido pelo pseudónimo de George Orwell. Orwell era socialista e criticava abertamente tanto o comunismo como o capitalismo. Neste livro o autor constrói uma sátira em que critica a Rússia Soviética e o autoritarismo stalinista, ambos resultantes da Revolução Soviética. Devido ao facto de à época da sua primeira publicação, a URSS ser aliada da Inglaterra, o autor teve complicações em publicar o livro.

O autor consegue retratar muito bem os acontecimentos históricos da Revolução Soviética. Apesar de nunca existir referência, um ligeiro conhecimento histórico sobre essa revolução permite desde logo fazer a associação. Mas a obra constitui não só uma alegoria para essa revolução, mas também para todas as revoluções, e como os ideais acabam por ser corrompidos pelo poder, dinheiro acabando por resultar numa situação em tudo semelhante ao que existia antes da revolução. Para isto contribui o facto de a história ser contada por um narrador neutro, na terceira pessoa, passando-se numa quinta algures em Inglaterra, uma localização indefinida, que acaba por tornar esta uma fábula de carácter universal.

Fonte: Wikipédia

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Os Heróis brasileiros e os heróis da Rede Globo

Por Carlos Augusto Lordelo Almeida*

Digníssimo Jornalista, apresentador da Rede Globo de Televisão. Confesso Sr.Bial que não sou espectador do programa o qual o senhor apresenta. Talvez para felicidade da minha cultura e para infelicidade do índice de audiência, ao qual seu programa está atrelado. Mas, tive durante um dia desses, num dos raros casos fortuitos que o destino apresenta, a oportunidade de, por alguns minutos, apreciar o tão falado Big Brother Brasil, o BBB.
Para minha surpresa, durante uma ou duas vezes o senhor, ao chamar os participantes para aparecerem no vídeo o fez da seguinte maneira:

- Vamos agora falar com nossos heróis!

De imediato tive uma surpresa que me fez trepidar na cadeira.
Heróis?

O senhor chama aqueles que passam alguns dias aboletados numa confortável casa, participando de festas, alguns participando até de sessões de sexo sob os edredons, falando palavras chulas e no fim podendo ganhar um milhão de reais, de heróis?

Pois bem Sr. Pedro Bial, eu trabalho numa Plataforma Marítima que se localiza a aproximadamente 180 km da costa brasileira e contribuimos, mesmo modestamente, para que o nosso País alcançasse a auto-suficiência em Petróleo e continuamos lutando, todos nós, para superar esse patamar.

Neste último dia 26 de Fevereiro presenciamos um acidente com um dos Helicópteros que faz nosso transporte entre a cidade de Campos e a Plataforma. As imagens que ficaram em nossa mente Sr. Bial, irão nos marcar para o resto das nossas vidas. Os seus "heróis" Sr Bial, são meros coadjuvantes de filmes de segunda categoria comparados com os atos de heroísmos que presenciamos naquele momento.

Certamente o Senhor como Jornalista que é, deve estar a par de todo o acontecido. Mas sei que os detalhes o Sr. desconhece.

Pois bem, perdemos alguns colegas. Colegas esses, Sr Bial, que estavam indo para casa após haver trabalhado 15 dias em regime de confinamento. Não o confinamento a que estão sujeitos os seus "heróis", pois eles têm toda uma parafernália de conforto, segurança e bem estar, que difere um pouco da nossa realidade. Durante esse período de quinze dias esses colegas falaram com a família apenas por telefone. Não tiveram oportunidade de abraçar seus filhos, de beijar suas esposas, de rever seus amigos e parentes... Logo após decolar desta Plataforma com destino a suas casas o Helicóptero caiu no mar ceifando suas vidas de modo trágico e desesperador. E seus "heróis" Sr Bial, a que tipo de risco eles estão expostos? Talvez aos paredões das terças-feiras, a rejeição do público, a não ganhar o premio milionário ou a não virar a celebridade da próxima novela das oito.

Os heróis daqui Sr Bial foram aqueles que desceram num bote de resgate, mesmo com o mar apresentando um suel desafiador. Nossos heróis Sr. Bial desceram numa baleeira, nossos heróis foram os mergulhadores, que de pronto se colocaram à disposição para ajudar, mesmo que isso colocasse suas vidas em risco. Nossos heróis Sr. Bial, não concorrem ao Premio de um Milhão de reais, não aparecem na mídia, nem mesmo os nomes deles são divulgados. Mas são heróis na verdadeira acepção da palavra. São de carne e osso e não meros personagens manipulados pelos índices de audiência. Nossos heróis convivem aqui no dia-a-dia, sem câmeras, sem aparecerem no Faustão ou no Jô Soares.

Heróis, Sr Bial são todos aqueles que diariamente, saem das suas casas, nas diversas cidades brasileiras, chegam à Macaé ou Campos e embarcam com destino as Plataformas Marítimas, sem saber se regressarão as suas casas, se ainda verão seus familiares, ou voltarão ilesos, pois tudo pode acontecer: numa curva da estrada, num acidente de Helicóptero, no vôo comercial de regresso a sua cidade de origem...

Não tenho autoridade suficiente para convidá-lo a conhecer nosso local de trabalho e conseqüentemente esses nossos heróis, mas posso lhe garantir Senhor Bial, que caso o Sr estivesse presente nesta plataforma durante aquele fatídico acidente seu conceito de herói certamente seria outro.

Em memória dos colegas:
Durval Barros, Adinoelson Gomes e Guaraci Soares


*Carlos Augusto Lordelo Almeida é técnico de segurança da Plataforma P-XVIII
Veja fabrica dossiê e diz que foi governo quem o fez


www.vermelho.org.br

A revista Veja soltou em sua edição deste final de semana mais uma de suas "criativas" reportagens, que trazem documentos obtidos de fonte não revelada e que a revista diz, sem apresentar uma mísera prova, ter sido o governo quem preparou. Com a "denúncia" a revista tenta alcançar três objetivos: transformar a corrupção do governo FHC em mera chantagem petista; forçar a CPI dos Cartões a entregar para a imprensa os dados sigilosos da Presidência da República e desgastar a imagem da ministra Dilma Roussef, da Casa Civil.


A revista, famosa por inventar reportagens inverídicas e trabalhar com documentos de origem duvidosa, alega que teve acesso a um suposto dossiê que teria sido preparado pelo governo para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. O suposto dossiê traz informações sobre os gastos com suprimento de fundos durante o governo Fernando Henrique. Cita gastos com caviar, champagne, viagens e outras futilidades que são citadas apenas para escamotear o real objetivo da reportagem: acusar o governo Lula de chantagista.

Como costuma fazer quando o assunto é delicado e pode comprometer a revista, já que as "acusações" carecem de qualquer tipo de prova, a Veja deu apenas uma singela chamada no topo da capa para a reportagem. A capa mesmo foi dedicada a outro assunto --o desmatamento da Amazônia-- que a revista menospreza mas resolveu tratar para defender os interesses empresariais que rondam a floresta.


Já sobre o suposto dossiê, a revista diz com todas as letras que o documento ao qual teve acesso foi "construído dentro do Palácio do Planalto, usado pelos assessores do presidente na CPI em tom de ameaça e vazado pelos petistas como estratégia de intimidação". Mas não apresenta nenhuma mísera prova ou indício para sustentar estas afirmações.


A revista também mente ao dizer que foi esta suposta intimidação que permitiu a divisão de cargos na CPI, com o PT ficando com a relatoria e o PSDB com a presidência. Além de não ter lógica ---afinal para que o governo cederia um posto à oposição se tinha informações para atacá-la durante a CPI? --- a hipóstese de Veja também esbarra num elemento que no jornalismo sério é fundamental, mas na Veja faz tempo que não é levado em conta: o fato. E o fato concreto é que a negociação dos postos na CPI dos Cartões foi amplamente discutida no Congresso e só permitiu que o PSDB ocupasse a presidência da comissão graças à atuação do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

A maior parte das informações "reveladas" por Veja sobre os gastos da gestão FHC já foram divulgadas em outros veículos de comunicação nas últimas semanas. O suposto dossiê pode, portanto, ter sido uma invenção da própria revista com dados colhidos na imprensa, no Portal da Transparência e até mesmo com funcionários do governo que tiveram acesso a estas informações. A Veja sabe, de experiência própria, que informações podem ser compradas. O dossiê, se é que existe, pode ainda ser obra de pessoas interessadas em desgastar o governo.


Infelizmente, a revista usa a legislação que protege suas fontes para esconder quem "vazou" as tais informações que a Veja alega ser um dossiê preparado pelo governo. Esta informação poderia ajudar o Ministério Público a descobrir se houve realmente intenção de chantagear a oposição.


Os dados não batem


Em nota, a Casa Civil disse hoje que "o que a revista apresenta são fragmentos extraídos de uma base de dados do sistema informatizado de acompanhamento do suprimento de fundos (Suprim)".


O sistema foi criado por orientação do TCU (Tribunal de Contas da União) para que fossem estabelecidos mecanismos que dessem maior transparência ao acompanhamento dos gastos.


O Suprim começou a ser alimentado em 2005. O processo de alimentação retroagiu para 2004 e 2003 e agora estariam sendo digitalizados os documentos dos três anos citados na reportagem da Veja.


A Casa Civil também contesta os valores de gastos apresentados pela revista: "Nos três anos referidos pela matéria, o gasto médio anual em suprimento de fundos da Presidência da República não ultrapassa a R$ 3,6 milhões de reais em valores nominais."


Estratégia funcionou para blindar Serra

A "denúncia" de Veja é muito semelhante à estratégia usada em outro episódio, que a própria revista cita na reportagem deste final de semana. O episódio ocorreu durante a campanha de 2006 e a imprensa conseguiu transformar o corrupto em vítima e, assim, neutralizar a acusação. Trata-se do dossiê preparado pela família Vendoim, donos da Planam, com sérias acusações contra o governador de São Paulo, José Serra. Quando foi ministro da Saúde, Serra teria convivido, dentro do Ministério da Saúde, com um esquema de corrupção envolvendo a compra de ambulâncias. Os Vedoins colocaram as informações sobre este esquema num dossiê e tentaram vendê-lo para tucanos (que tinham interesse na papelada para escondê-la) e para petistas, que tinham interesse no dossiê para desmascarar Serra, se fosse preciso, durante a campanha para o governo de São Paulo, em 2006.


Por uma destas coincidências que de coincidência não tem nada, a polícia acabou flagrando pessoas ligadas ao PT negociando a aquisição do dossiê. Foi a senha para que a grande mídia, toda comprometida com a campanha tucana, passasse a acusar petistas de tentar chantagear Serra e o PSDB. A partir daí e com a ajuda dos próprios petistas que caíram nessa armadilha, passou-se a discutir apenas a suposta "chantagem" e nada mais foi falado sobre o conteúdo do dossiê. Até hoje, a opinião pública está sem saber até onde ia o envolvimento de Serra com a corrupção no Ministério da Saúde. Da história toda, restou apenas a vitória eleitoral de Serra e o apelido de "aloprados" para os petistas envolvidos no episódio.


Desta vez, a Veja tenta ser a ponta de lança de um estratagema semelhante. Busca jogar as chamas de seu denuncismo sobre o Palácio do Planalto na esperança de que o governo passe para a defensiva e, assim, qualquer denúncia que surja contra o governo FHC durante a CPI dos cartões venha carimbada como "chantagem".


Outros dois objetivos da reportagem, que a própria Veja deixou claro, são o de forçar a CPI a divulgar informações sobre gastos da Presidência da República e envolver a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, no embróglio. Os dados sobre os gastos da Presidência são protegidos pois podem colocar em risco a segurança do presidente e de sua família. Mas a oposição tem a esperança de, com eles, criar factóides para tentar desgastar a imagem do presidente Lula.


A presidente da CPI, Marisa Serrano (PSDB-GO) já entendeu a mensagem e disse que a oposição usará a repercussão da reportagem de Veja para exigir a abertura das contas secretas do governo e convocar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). "Se o sigilo foi aberto para um lado, temos que abrir para o outro. "Se o sigilo foi aberto para um lado, temos que abrir para o outro. Agora os governistas não têm mais desculpa", afirmou a tucana, que prometeu pôr em votação na quarta-feira a convocação de Dilma.


Resta saber se, a exemplo de 2006, o governo vai novamente cair na arapuca preparada pelo pasquim dos Civita.



sábado, 22 de março de 2008

Dizzy Gillespie y Machito - Afro Cuban Jazz Moods - 1975



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1. Oro, Incienso y Mirra 15:42
2. Calidoscopico 5:06
3. Pensativo 5:21
4. Exuberante 5:52

Total : 32:12

http://us.ent1.yimg.com/images.launch.yahoo.com/000/010/462/10462673.jpg

Machito - Performer (Vocal)
Jorge Dalto - Piano (Electric)
Dizzy Gillespie - Trumpet
Barry Morrow - Trombone
Mario Bauzá - Clarinet - Sax (Alto)
Julio Collazo - African Drums
Donald Corrado - French Horn
Manny Duran - Trumpet - Flugelhorn
Frank Grillo - Leader - Maracas - Claves - Bongos
Mario Grillo - Cowbell
Jack Jeffers - Trombone
Lewis Kahn - Trombone
Jose Madera - Clarinet - Sax (Tenor)
Chico O'Farrill - Trumpet - Arranger
Victor Paz - Trumpet - Flugelhorn
Mario Rivera - Flute (Alto) - Sax (Tenor)
Mickey Roker - Drums
Mauricio Smith - Flute - Piccolo - Sax (Alto)
Brooks Tillotson - French Horn
Dana McCurdy - Synthesizer
Carlos Castillo - Bass (Electric)
Leslie Yahonikan - Clarinet (Bass) - Sax (Baritone)
Raul Gonzalez - Trumpet - Flugelhorn

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créditos:LooLoBLog



A reforma sindical se faz, mansinha...


Elaine Tavares - jornalista

A indigência do movimento sindical brasileiro é coisa de dar dó. Depois de ter sido protagonista de momentos históricos importantes como a participação na derrocada da ditadura militar no final dos anos 70, hoje, sob a batuta do ex-líder sindical Luis Inácio, o que se vê é a completa capitulação dos trabalhadores a uma razão de estado. Por isso não surpreendeu o fato de o Projeto de Lei 1990/2007 ter sido aprovado pelo Congresso Nacional sem que se ouvisse qualquer protesto por parte das principais lideranças sindicais.

O projeto, que é o resultado de uma Medida Provisória apresentada pelo executivo - depois de ter sido discutida com trabalhadores e empresários, todos juntos, sentados na mesma mesa, no consenso habermasiano – define, delimita e estabelece regras para a existência das Centrais Sindicais. Ou seja, décadas depois de Getúlio Vargas ter colocado sua mão paternal sobre os trabalhadores, criando os sindicatos atrelados ao Estado, vivemos um novo momento de atrelamento ao Estado-pai, desta vez proposto por um homem que já foi uma das mais importantes figuras da vida sindical brasileira que sempre se considerou oposta ao modelo getulista.

Isso não seria espantoso a considerar o rumo que Luis Inácio deu ao seu governo desde o primeiro mandato, quando realizou uma contra-reforma da Previdência que tira direitos dos trabalhadores e apresentou aos velhos do Brasil a “incrível” possibilidade da aposentadoria privada através dos Fundos de Pensão, cuidadosamente comandados por outros ex-militantes da luta sindical. O que causa assombramento é ver o movimento sindical, na sua esmagadora maioria, aceitando todo esse processo, e o que é pior, lutando por ele.

O primeiro elemento a considerar é o fato de os trabalhadores terem aceitado discutir suas formas de organização com governo e empresários. Ora, alguém aí já ouviu dizer de entidades empresarias sentando com os trabalhadores para decidir como vão promover arrocho salarial ou as estratégias que adotarão para coibir greves e mobilizações? Pois no Brasil de Luis Inácio isso foi proposto aos trabalhadores. Sentar com os empresários para discutir como os trabalhadores podem se organizar. Isso foi feito no Fórum Nacional do Trabalho, uma verdadeira excrescência do ponto de vista da autonomia e da emancipação dos trabalhadores.

Essa conversa maluca entre patrões, trabalhadores e governo, no melhor estilo da conciliação de classe, foi gestando um monstro que levou o nome de Reforma Sindical. Mas, como sempre acontece, existem pessoas ou pequenos grupos que conseguem, de alguma forma, perceber que o rei está nu. E, estes, abriram a boca. Muitos foram os debates, seminários e protestos que esta minúscula parcela de trabalhadores que acredita na capacidade de eles próprios decidirem sobre suas formas de organização, conseguiram realizar. Essa gritaria, ainda que de uma minoria, fez com que o governo mudasse suas táticas. A tal “reforma” não apareceu na sua inteireza, ela vai se fazendo aos poucos, com pedaços de lei sendo aprovados aqui e ali, mudando totalmente a configuração da organização laboral no Brasil. Essa colcha de retalhos, que vai se conformando devagar, torna muito mais difícil a luta e, por conta disso, os trabalhadores vão perdendo cada dia mais a sua autonomia.

Já em novembro do ano passado a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que legalizava as Centrais Sindicais. E o que significa isso? Que agora, as Centrais terão a prerrogativa de atuar juridicamente contra medidas que julguem desfavoráveis aos trabalhadores. São, portanto, entidades jurídicas, com CGC, registradas etc... Oficiais! A pergunta que fica é a seguinte: e desde quando os trabalhadores organizados precisam de autorização, dentro da ordem, para discordar de qualquer medida que venha contra seus interesses? Isso é surreal. As centrais entenderam que é no marco da justiça burguesa que a as lutas trabalhistas vão se decidir. Patético! Basta ver o processo acelerado de criminalização dos movimentos sociais que vivemos em toda a América Latina e principalmente no Brasil.

Mas, se não bastasse isso, os senadores decidiram apimentar ainda mais a questão e colocaram algumas emendas à lei, que acabaram aprovadas no último dia 11 de março, também sem nenhum protesto dos trabalhadores. Ao contrário. Contaram com o apoio de todas as legalizadas centrais, inclusive a CUT, principal defensora desta idéia.

Pois agora, as Centrais Sindicais, numa decisão tomada em conjunto com empresários, já tem as suas regras para existir. Assim, para serem reconhecidas por patrões e governos devem apresentar os seguintes requisitos: ter mais de 100 sindicatos filiados, com presença nas cinco regiões do país, ter 5% do total de trabalhadores sindicalizados no país, ter a presença de sindicatos em ao menos cinco setores de atividade econômica e filiação em, no mínimo, três regiões do país, com mais de 20 sindicatos em cada uma. Também segue valendo o imposto sindical que descontará 3,3% dos salários de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não.

Também ficou decidido como esta verba que as Centrais vão arrecadar vai ser distribuída: 10% vai para a Central na qual o sindicato é filiado, 60% vai para o sindicato, 15% para a Federação, 5% para a Confederação e 10% para a conta salário-desemprego, um programa do Ministério do Trabalho. Ou seja, além de ter que obrigatoriamente contribuir para a Central e tudo o mais, o trabalhador ainda vai ele mesmo financiar o seu seguro desemprego. Nada poderia ser mais perfeito.

Pasmem, a lei ainda garante aos trabalhadores o direito de participar dos fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão os interesses da classe. Isso significa que agora sim. Os trabalhadores vão poder sentar com os empregadores e decidir como serem melhor explorados. É, sem dúvida, a perfeição da ordem. Autorizados, inclusive juridicamente, os trabalhadores, desde que cumpram as determinações do governo e dos patrões poderão, organizadamente, protestar. Tudo no maior diálogo, respeitoso e legal.

As pergunta que me assombram são simples: alguém aí acredita no Papai Noel? Quando, na história de lutas dos trabalhadores foi necessário estar enquadrado na ordem para reivindicar? Quem precisa de legalização para fazer a luta pelos seus interesses? Porque o movimento sindical aceita o anti-político imposto sindical? Como pode aceitar regras impostas por patrões e governo sobre como conduzir sua luta?

Por isso falo em indigência. Nunca estivemos tão mal em termos de lideranças sindicais. Nunca houve tanto vazio, nem quando líderes populares, urbanos e camponeses caiam como moscas sob as botas da ditadura. Nunca houve tanta capitulação, assim, em tempos de “democracia”. O fato é que o governo de Luis Inácio vem conseguindo conquistas para o modo de vida neoliberal, bem maiores do que qualquer outro governante de direita logrou alcançar. Luis Inácio engorda os banqueiros, triplica a dívida interna, apóia o agronegócio, libera os transgênicos, fomenta os Fundos de Pensão, incentiva o uso de empréstimos bancários endividando os trabalhadores e, agora, consegue seu feito mais monumental. Coloca, com pompa e circunstância, o cabresto firme na boca das entidades sindicais. E sob o aplauso da maioria dos trabalhadores. Há que se tirar o chapéu para um governo desses!

Agora é esperar para ver a proliferação das Centrais Sindicais, louquinhas para criar seus fundos, suas máquinas burocráticas e os vampiros da classe trabalhadora. O dinheiro vai entrar tranqüilo pelo imposto sindical, não há que conquistar ninguém pelo debate, pela discussão, pela política. Resta saber se os trabalhadores vão permanecer amarrados às viseiras ou se, num rasgo de claridão, vão perceber o engodo de tudo isso.

A classe trabalhadora não precisa de permissão, regras, autorizações para lutar por seus direitos e para buscar os seus sonhos. A classe trabalhadora, unida, pode construir o mundo novo, inventando novas ordens e novas maneiras de organizar o mundo. A classe trabalhadora não precisa de tutela. Ela é autônoma, soberana e livre. E haverá de chegar o dia em que isso será óbvio demais...

A Barbárie continua...


Gaza continua sem água
Gaza continua sem energia elétrica
O frio é implacável
Hospitais contam os mortos por falta de medicamentos
Escolas são fechadas
Casas são demolidas
Oliveiras milenares são arrancadas
Os bloqueios continuam


Que terrível é ser palestino

Blog do bourdoukan

O MUNDO AO SEU ALCANCE


Crusius retribui apoio financeiro e reprime camponesas




A governadora do Rio Grande do Sul, a tucana Yeda Crusius, está aprontando. Querem um exemplo? A Brigada Militar a ela subordinada como Governadora, portanto a autoridade máxima do Estado, reprimiu com extrema violência, bem ao estilo anos de chumbo, 900 camponesas que ocuparam a Fazenda Tarumã, em Rosário do Sul, de propriedade da empresa Store Senso, que com as suas papeleiras está provocando danos irreversíveis à ecologia da região. Cinqüenta camponesas resultaram feridas por balas de borracha e estilhaço de bombas.



Esta é a resposta tucana ao movimento social, na mesma linha de José Serra em São Paulo e outros do gênero.



No caso do Rio Grande do Sul há uma lógica tucana para o procedimento violento da tropa de choque subordinada a Crusius. A Governadora foi eleita com a ajuda de três principais empresas de celuose em atuação no Rio Grande do Sul, a própria Stora Senso Brasil Ltda., a Aracruz Celulose S.A e a Votorantin Papel e Celulose Ltda. No total, segundo consta nos arquivos implacáveis da Justiça Eleitoral, as referidas empresas doaram mais de meio milhão de reais.



Mão na roda de Crusius


Agora sob os mais variados pretextos, para disfarçar, a governadora retribuiu pelos serviços prestados e deu o sinal verde para a truculência. Por estas e muitas outras, toda vez que algum tucano ou demo, que não fica atrás, ocupa o microfone para demonizar o movimento social, há uma lógica de classe e de grana.



Afinal, o custo de uma eleição é cara, talvez não tão cara do que uma eleição nos Estados Unidos, como demonstram os números, mas mesmo assim, se o empresariado não comparecer, candidatos com o perfil de um Serra, de uma Crusius e mesmo o do governador de Alagoas, Theotônio Vilela Filho, e Aécio Neves, não estariam ocupando o reocupando o cargo.



Esta é a realidade política nacional, cujo Congresso conservador também teve o comparecimento de empresas como as mencionadas.



Político do PT dá guinada de 180 graus


Aqui no Estado do Rio de Janeiro, a Assembléia Legislativa, com ajuda do rolo compressor do governo Sergio Cabral, aprovou o ingresso em terras fluminenses da poluidora Aracruz. E, pasmem, pouco antes, a legislação fluminense impedia a entrada de empresas com estas características. O projeto aprovado era do então deputado Carlos Minc, do PT, atual secretário do Meio Ambiente, que deu uma guinada de 180 graus na matéria. Ou seja, jogou no lixo o seu projeto anterior para participar do rolo compressor em favor da queda do que dispunha a Constituição.



É o caso de se perguntar: o que terá acontecido a este deputado que até virar secretário primava pela defesa do meio ambiente e depois que assumiu mudou da água para o vinho? Sofreu alguma ameaça de morte ou...



A mídia conservadora não faz este tipo de cobranças porque não intere$$a entrar ne$tes detalhe$. Prefere criminalizar presidentes sul-americanos como Hugo Chávez, Evo Morales ou Rafael Correa, bem como acionar os colunistas de sempre para manipularem a informação e iludirem leitores incautos que muitas vezes desconhecem o tipo de interesse que determinadas mídias acobertam. Ali Kamel, Merval Pereira. Arnaldo Jabor, Miriam Leitão e ouros menos votados que o digam.



Cabe agora aos eleitores que deram um crédito de confiança a Carlos Minc cobrarem do secretário a mudança de posição da água para o vinho.



Violência só gera violência


Claro que é lamentável o ataque indiscriminado contra civis, como aconteceu numa escola em Jerusalém, como é tão ou mais lamentável o método de terrorismo de Estado com realiza o Exército de Israel na Faixa de Gaza ao atacar indiscriminadamente redutos civis. A questão é que os meios de comunicação de um modo geral dão muito maior dimensão quando se trata de ações individuais, como no caso da escola, do que de um Estado, como em Gaza.



Claro, todos estes fatos remetem para uma questão: a paz na região, com a presença do esquema truculento israelense-estadunidense, fica praticamente impossível, pois violência gera violência e assim sucessivamente. Bush e Rice na prática estimulam a linguagem da truculência, linguagem esta que só favorece os grupos que se locupletam com a guerra. E este setor está sempre com Bush e não abre.



Hoje eles estão querendo que a truculência finque pé na América do Sul, haja vista o bombardeio e posterior invasão do território equatoriano por forças colombianas, bem como criar um clima de tensão permanente que resulte na divisão. Tipo da estratégia que cheira a morte e a petróleo.

Ilustração: Táia Rocha


> Mário Augusto Jakobskind é jornalista e escritor. Foi colaborador dos jornais alternativos Pasquim e Versus, repórter da Folha de S. Paulo (1975 a 1981) e correspondente da Rádio Centenária de Montevideo, além de editor de Internacional da Tribuna da Imprensa (1989 a 2004) e editor em português da revista cubana Prisma (1988 a 1989). Atualmente é correspondente do semanário uruguaio Brecha e membro do conselho editorial do Brasil de Fato. É autor, entre outros, dos livros América Que Não Está na Mídia (Adia, 2006), Dossiê Tim Lopes - Fantástico/Ibope (Europa, 2004), A Hora do Terceiro Mundo (Achiamê, 1982), América Latina - Histórias de Dominação e Libertação (Papirus, 1985) e Cuba - apesar do bloqueio, um repórter carioca em Cuba (Ato Editorial, 1986).

Derrotada ação extorsiva da ExxonMobil contra a PDVSA

“Decidi que a ordem judicial” de congelar fundos ditada em 24 de janeiro contra a empresa Petróleos de Venezuela, PDVSA, a pedido da ExxonMobil “deve ser revogada”, determinou na terça-feira o juiz Paul Walker, do Alto Tribunal da Inglaterra e Gales, instância à qual havia recorrido a multinacional norte-americana para não respeitar a decisão do governo de Hugo Chávez de retomar para o Estado o controle do petróleo do país. A sentença tem efeito imediato.

Foi uma vitória definitiva sobre a tentativa de fazer valer leis supranacionais em questões internas do país. Em Caracas, o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, disse, depois de conhecer a notícia, que a decisão do tribunal londrino “põe ponto final à abusiva estratégia do ataque financeiro por via legal da ExxonMobil contra PDVSA, e dá razão ao Estado venezuelano na defesa do direito soberano sobre o uso de seus recursos naturais”.

A decisão do juiz Walker “põe em seu lugar a ExxonMobil”, acrescentou o ministro. “O nosso país inteiro está comemorando que a decisão é 100 por cento a favor dos interesses da nação, ou seja, que derrotamos a ExxonMobil, representante dos mais vis interesses imperialistas”, declarou.

O ministro Ramírez explicou que a origem do litígio do Estado contra a ExxonMobil remontava aos anos noventa. Naquele período, assinalou, se desenvolveu no país uma política de entrega da indústria petroleira, “uma política através da qual se privatizou boa parte das atividades que correspondiam a nossa indústria Petróleos de Venezuela”.

Junto com essa privatização à margem da Constituição, assinalou, começou um desmonte do que era o regime fiscal petroleiro do Estado venezuelano pela via da diminuição das entradas petroleiras, através dos impostos e das regalias. “Esta política se conheceu em seu momento como a Apertura Petroleira. A partir de 1999, o governo do presidente Chávez iniciou uma política de recuperação da plena soberania petroleira, recuperação do uso do nosso principal recurso”.

Desde 1999, o governo venezuelano desenvolveu ações para recuperar uma parte substancial da renda petroleira (a diferença entre o custo de extração e o de venda do petróleo), tanto no terreno fiscal, a partir de cobrar maiores regalias e impostos às empresas, como no relacionado diretamente sobre a propriedade das jazidas.

NACIONALIZAÇÃO DO ORINOCO

Neste último aspecto, em 27 de fevereiro de 2007 o governo emitiu um decreto de nacionalização do petróleo da faixa do Orinoco, um dos maiores reservatórios do mundo, que tinha sido entregue pelos anteriores governos às transnacionais. No contexto deste decreto de nacionalização começou o processo para migrar ao esquema de empresas mistas de todos os projetos vigentes no Orinoco, garantindo a maioria das ações para a PDVSA.

O governo venezuelano fechou acordos com mais de dez petroleiras transnacionais, entre elas: Total, da França; Statoil, da Noruega; Emi, da Itália; British Petroleum, do Reino Unido. Com as que já operavam na faixa e não aceitaram o acordo de participação mista, o governo obteve acordos para liquidar sua participação. Só duas companhias, ambas norte-americanas, não aceitaram nenhum tipo de acerto para reduzir sua participação ou para encerrá-la, e decidiram acudir à arbitragem internacional: Conoco Phillips e ExxonMobil.

Essa possibilidade não foi aceita em nenhum momento por Caracas. A PDVSA ofereceu pagar 750 milhões de dólares, que é o valor dos ativos que a empresa estadunidense tem na faixa do Orinoco. A Exxon entrou com a ação por um valor que não tinha nada a ver com a realidade e o tribunal de Londres encerrou a questão a favor da Venezuela.


Gerry Mulligan - Mulligan and Getz and Desmond (1957)

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Gerry Mulligan - Mulligan and Getz and Desmond (1957)
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Faixas:
1. Ballad (5:46)
2. This Cant Be Love (8:490
3. Let's Fall In Love (6:30)
4. That Old Feeling (6:00)
5. Too Close For Comfort (7:00)
6. Anything Goes (3:40)
7. Scrapple From The Apple (8:11)
8. I Didn't Know What Time It Was (9:05)

Personagens:
Gerry Mulligan (baritone saxaphone)
Stan Getz (tenor saxaphone)
Lou Lery (piano)
Ray Brown (bass)
Stan Lerey (drums)

Disco dois:
9. Body And Soul (9:41)
10. Standstill (3:29)
11. Wintersong (6:59)
12. Line For Lyons (3:07)

Personagens:
Gerry Mulligan (baritone saxaphone)
Paul Desmond (alt saxaphone)
Joe Benjamin (bass)
Dare Bailey (drums)

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Part 1
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