sábado, 19 de abril de 2008

Hasta Siempre Commandante Che Guevara

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Devemos Dignificar o Bom Professor
O que dizer então dos educadores?


Por Jorge J. González.

Oficina Cultural Comunitária “Colorindo meu bairro”

San Agustín, La Lisa, Havana, Cuba

Professor como sou e, além disso, orgulhoso de sê-lo, as palavras da Dra. Graciela Pogolotti – professora, sem discussão, ela mesma de várias gerações de profissionais das artes -, e no recém finalizado o Sétimo Congresso da União de Escritores e Artistas de Cuba, me enchem de orgulho, porque vejo que teremos pensadores lúcidos, capazes de recordar que Cuba tem uma história, uma tradição pedagógica de excelência que se remonta quase aos inícios mesmo da formação de nossa nacionalidade; que durante a república neocolonial os males que sofria nosso povo eram muitos e por isso se fez uma revolução, mas a qualidade na formação de profissionais do magistério se comportava a uma altura e dignidade que poucos países poderiam se vangloriar de algo semelhante, daí que não entendemos, por mais que nos queiram explicar, e acontece que, de repente, estejamos enfrentando um fenômeno nacional em que não existia confiança na qual estejamos dando aos nossos filhos uma educação de excelência, garantia da preparação de nossa sociedade do futuro, muito, mas muito próximo.

Demasiadas mudanças em métodos, programas, estilos, se tem experimentado nas últimas três décadas no sistema de educação até o nível médio e hoje estamos JÁ pagando as tristes conseqüências: professores desmotivados (não só pelo problema salarial, que já seria muito) ante tantas pressões externas; muitos sem a preparação necessária desde o ponto de vista ético para enfrentar situações extremas em uma aula ou ser capazes de enganar ao educando ao responder perguntas com falsidade por desconhecimento do tema; escrever no quadro-negro com tantos erros ortográficos e gramaticais que alguém se pergunta quem autorizou essa pessoa a exercer uma profissão tão digna como a de professor.

Não importa quem, nem a quem lhes ocorreu a idéia de que um professor ensine quase todas as matérias a um estudante secundarista; não importa que nos insistam uma ou outra vez que foi um êxito, que os professores se sentem muito contentes com isso, porque há duas possibilidades únicas: ou se estão reunindo professores de outro planeta ou se está mentindo descaradamente à máxima direção do país com semelhantes barbaridades. Perguntemos com honestidade a qualquer professor se é capaz de dar aulas, com qualidade adequada, com um programa de matérias variadas, quando ele mesmo é titulado em uma especialidade determinada.

Por razões que desconheço e que encheriam várias enciclopédias sobre o tema, a maioria dos mortais medianamente “inteligentes”, têm preferências e habilidades desde os primeiros graus de ensino primário pelas disciplinas de humanidades ou pelas de ciências, mas muito pouco por todas. Se isto tem sido assim, como então queremos obrigar um professor que ensine todas as matérias, faça malabarismos para tratar de inter-relacionar uma com outra e fazer cada desastre que muitas vezes tem que rir – embora seja para chorar-, ante as ocorrências que tem que acudir alguns para cumprir com os “objetivos”? É que não podemos dizer, francamente: Nos equivocamos! Há que dar seguimento depois custe o que custar, caia de seu pedestal quem tiver que cair, mas sem hipotecar o futuro da inteligência deste país! Creio que estamos em um momento adequado para começar a falar com franqueza de temas como esses, porque estaríamos fazendo Pátria, porque estaríamos fazendo Socialismo real.

E com respeito aos professores o que apresentamos é uma realidade, ainda que existam infinidades de nuances e milhões de critérios, o que dizer então dos educadores?

Ninguém poderia questionar a precisão de dar um espaço a todo aquele que queira estudar, não importa inclusive sua idade, deficiência física ou outras e a Revolução se encarregou de nos dar essa possibilidade, mas daí, pretender que TODOS temos a capacidade necessária para chegar a ser universitários graduados, é como querer negar que a baía de Havana está cheia de água.

Durante anos e anos temos visto como se pedem determinados topes docentes para labores que, com honestidade e segundo minha maneira de ver as coisas, não necessitariam desses requisitos que, às vezes, ao exigir-lhes, ferem a integridade moral de alguma pessoa. Porque seguir insistindo em que toda a sociedade tem que obrigatoriamente chegar a ter ao mesmo doze graus escolares, quando os psicólogos sabem décor, que isso é impossível ou, senão, não haveria necessidade de ter escolas para ensinos especiais, mas, além disso, em todas as pessoas têm disposição para o estudo na aula, e sim, muitas possuem habilidades incríveis para desempenhar algum ofício que não requer precisamente de uma boa ou má ortografia, sendo assim porque não aproveita-las a favor da sociedade, sem obrigar a alguns a delinqüir, tratando de comprar certificados falsos de nono ou décimo primeiro grau e assim cumprir com esse requisito “imprescindível” para aceder a um posto de trabalho.

Todos os trabalhos e profissões honestas são dignas, não importa se um é doutor em medicina ou trabalhador de serviços comuns, pintor artístico ou de “broxa grande”, pedreiro, encanador, camponês, arquiteto, advogado ou engenheiro mecânico; uns necessitam, efetivamente, levar um título que os avaliem para exercer a profissão ou a sociedade correria um risco enorme ao ver como se derrubam edifícios mal desenhados e pior construídos ou operados de próstata os que sofriam de um resfriado, mas outras, aquelas que se vinculam a ofícios tão necessários em uma casa, em um escritório, em uma fábrica, requerem de habilidades provadas, não de certificados de escolaridade, ainda sim, além dos implicados tivessem obtido-o de maneira honesta, pois seria muito melhor. Por exigências desta corte muitos hoje estão desvinculados laboralmente do sistema estatal e formam uma massa heterogênea que é contratada pelos particulares e às vezes “pela esquerda” – como dizem os cubanos das coisas que se faz de forma ilegal – por alguns empresários nossos para construir moradias, consertar um banheiro, embelezar um jardim, entre muitos outros, já que os bons operários não abundam tanto, por desgraça, como o marabu. Muitos desses ofícios, imprescindíveis para a vida moderna se aprende na prática diária e, alguns só são possíveis conhecer dessa maneira, ao lado de um “professor da rua”, que hoje tem quase cem anos, é semi-analfabeto, mas é o único em sua especialidade provavelmente no país, com sua morte, não haverá quem transmita o conhecimento. Certamente que isso não queremos, mas...quantas vezes se sucedeu nas últimas décadas!

Sou das pessoas que sempre defenderei o direito a que todos recebam uma educação digna, que a torne possível, porque aquele que tenha possibilidades intelectuais de superar-se o faça, mas jamais poderei entender a educação como um plano que há que cumprir, ou metas para tal qual período e menos ainda seguir enganando-os ou tratando de enganar à máxima direção do país com lorotas a um sistema de educação que está se rachando em seus cimentos e é necessário, com urgência, escora-lo ou o edifício cairá em cima de nós.


(*) Este trabalho foi escrito originalmente para a página da web da UNEAC (união de Escritores e Artistas de Cuba), no fórum de discussão sobre os temas que se debateriam em seu 7° Congresso, ali pode se consultar, junto a outras opiniões do autor.

Versão em português: Vanessa Bortucan de América Latina Palavra Viva.




Em defesa da Procergs

Preocupados com a ameaça de desmonte, trabalhadores da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs) lançaram uma campanha em defesa da companhia. Já está no ar o blog da campanha, o Tirem as Mãos da Procergs. A campanha é organizada pela Comissão de Trabalhadores da Procergs (CT/Procergs) e pelo Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados (Sindppd/RS). As entidades denunciam:

“O desmonte do serviço público patrocinado pelo governo Yeda, que já provocou a redução da Emater, o sucateamento da educação e está vendendo, aos poucos, o Banrisul, agora está colocando em risco uma das empresas mais importantes do Estado: a Procergs. Yeda quer desmontá-la e vender os seus serviços mais valiosos aos empresários. Para isso, conta com a ajuda do secretário da Fazenda, Aod Cunha, e do presidente da Procergs, Ronei Ferrigolo, que já assumiram publicamente a redução da Companhia, o que levará à privatização de diversos serviços”.

Créditos:

AS ELEIÇÕES NO PARAGUAI


Frei Betto - Adital

No próximo domingo, 20 de abril, os eleitores paraguaios irão às urnas escolher, em turno único, o novo presidente do país. Disputam a eleição o ex-arcebispo católico Fernando Lugo; Blanca Ovelar, do Partido Colorado; e o general Lino Oviedo, ex-dirigente deste partido, acusado de participar do assassinato, em 1999, do ex-vice presidente Luis María Argaña (o que o obrigou a exilar-se quatro anos no Brasil).

Lugo, 57 anos, lidera as pesquisas eleitorais. Identificado com a Teologia da Libertação, faz questão de frisar que a sua "opção preferencial pelos pobres" não é política, é pastoral. Sabe que representa uma séria ameaça à hegemonia do Partido Colorado, há 60 anos no poder, inclusive através da ditadura de Alfredo Stroessner (1954-1989).

Fernando Lugo vive na pele a trágica história recente de seu país. Seu pai esteve preso mais de 20 vezes. Três de seus irmãos foram torturados e expulsos do Paraguai. Em 1983, também o expulsaram, devido a sermões considerados subversivos. Retornou em 1987. Ordenado bispo de San Pedro em 1994 renunciou ao ministério episcopal e aceitou candidatar-se frente ao apelo público subscrito por mais de 100 mil eleitores.

Apoiado pela Aliança Patriótica para a Mudança, que reúne nove partidos, e o Movimento Tekojoja (Vida Partilhada, articulação de movimentos populares), Lugo considera que seus principais adversários são a corrupção, a pobreza e a ignorância. "A maneira mais rápida de fazer fortuna no Paraguai é fazer política", assinala. Por isso, teme-se a tentativa de fraude na eleição de domingo.

Com pouco mais de 6,5 milhões de habitantes, e reservas de US$ 2,5 bilhões, o Paraguai ainda depende de sua economia agropecuária, voltada à exportação, sobretudo para a Argentina e o Brasil. Mais de 50% da população vivem abaixo da linha da pobreza, e 35% na miséria absoluta.

O país, no entanto, é rico em reservas de petróleo e recursos hídricos, e grande exportador (e não consumidor) de energia elétrica, através das usinas hidrelétricas de Itaipu e Yacyretá, construídas com capitais brasileiro e argentino, e cujos tratados foram assinados por ditaduras militares.

Se eleito, Lugo está decidido a convocar o Brasil a renegociar o Tratado de Itaipu. A energia paraguaia é vendida ao Brasil a baixo preço, que ele pretende multiplicar por sete, o que garantiria ao país vizinho uma arrecadação anual de US$ 1,8 bilhão. Tudo indica que o presidente Lula não poria obstáculos à renegociação.

Lugo quer ainda promover a reforma agrária para beneficiar 300 mil famílias sem-terra (70% das terras produtivas pertencem a 2,5% dos proprietários); e valorizar cooperativas e pequenas empresas, de modo a sintonizar o crescimento econômico com o desenvolvimento social. Propõe-se também superar a relação assimétrica do Paraguai com os demais países do Mercosul.

O Partido Colorado domina todo o aparelho estatal e judiciário do Paraguai. Lugo se dispõe a resgatar a autonomia dos juízes e despartidarizar a máquina estatal. Cerca de 90% da população é bilíngüe, se expressa em espanhol e guarani, embora este povo indígena represente, oficialmente, apenas 0,7% da população. Mas, pela primeira vez na história do Paraguai, uma indígena guarani é candidata a senadora.

No século XIX, o Paraguai foi o país mais independente, justo e evoluído da América do Sul. Instigados pela coroa britânica, Brasil, Argentina e Uruguai o guerrearam de 1864 a 1870. Dos 160 mil soldados e oficiais brasileiros, 50 mil não retornaram. E pelo menos 300 mil paraguaios, entre civis e militares, morreram na guerra.

As Forças Armadas do Brasil devem à nação a abertura dos arquivos da guerra do Paraguai, e também da ditadura militar (1964-1985).

* Frei dominicano. Escritor.

Janis Joplin & Jorma Kaukonen - The Typewriter Tape - 1964


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1. Trouble In Mind 3:44
2. Long Black Train 3:59
3. Kansas City Blues (False Start) 0:19
4. Kansas City Blues 3:01
5. Hesitation Blues 4:18
6. (Strumming) 0:14
7. Nobody Knows When You're Down 3:18
8. Daddy, Daddy, Daddy 3:58

Gravado em 30 de junho de 1964.

http://img73.imageshack.us/img73/2476/47319335hj2.jpg

Janis Joplin - Vocals
Jorma Kaukonen - Guitar
Margareta Kaukonen - Typewriter

A primeira gravação de Janis, com
Jorma Kaukonen o futuro guitarrista de Jefferson Airplane,
gravado na casa dele e com
Margareta Kaukonen fazendo as percussões com una máquina de escrever (typewriter).

Créditos:LoLoBLog


O Poder Paralelo

Fausto Brignol

Fica cada vez mais claro que a chamada "abertura" política, com a consequente nova Constituição e eleições diretas, em 1989, foi mais uma concessão dos militares do que uma conquista do povo. Isso aconteceu em toda a América Latina onde haviam ditaduras militares orquestradas pelos Estados Unidos. Houveram acordos tácitos, não escritos, entre as elites civil e militar para que o povo pudesse votar a cada dois ou quatro anos, elegendo os seus representantes, o que pareceria, aos olhos do próprio povo, que estaria vivendo em uma democracia.
O recente episódio entre o comandante militar da Amazônia e o presidente Lula mostra de que lado estão os militares, que são e sempre foram golpistas de plantão a serviço dos Estados Unidos. Eles são treinados nas bases amerikanas e obedecem, servilmente, as ordens de seus verdadeiros patrões. Haja vista a intervenção brasileira no Haiti, ajudando a formar uma "força de paz" da ONU - leia-se Estados Unidos - contra o que eles apelidaram de bandidos e desordeiros e que, na verdade, são pequenos focos de guerrilha contra a situação calamitosa daquele país.
A declaração dos militares de que as Forças Armadas não obedecem aos Governo, mas ao Estado deixa claro a consciência que os militares tem, atualmente, de que estão acima do Governo. E isso é um sintoma de golpismo. Da mesma forma, a aceitação subserviente do Ministro Nelson Jobim revela o quanto o Governo encontra-se desarmado e inerte em relação ao poder paralelo representado pelas Forças Armadas.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Cuba liberaliza agricultura:
de volta ao capitalismo?


Anunciadas discretamente, medidas visam sanar enorme déficit alimentar da ilha e retomam um antigo debate: como organizar a produção, em sociedades não comandadas pelo mercado?
As duas medidas começaram a ser adotadas sem alarde: nenhum discurso de dirigentes, nenhum artigo no Granma ou no Juventud Rebelde. Mas são para valer. Em diversas reuniões regionais com produtores rurais, autoridades do ministério da Agricultura de Cuba têm anunciado que: a) o planejamento da produção rural deixará de ser feito em Havana, e passará ao plano local; b) os agricultores poderão comprar autonomamente os insumos (ferramentas, equipamentos de irrigação, fertilizantes, cercas e roupas apropriadas) de que precisam para produzir, ao invés de recebê-los do Estado. As primeiras lojas já foram abertas. Não se aceitam pesos cubanos — apenas CUCs, atrelados ao dólar.

As mudanças confirmam o sentido de dois discursos pronunciados pelo novo presidente, Raúl Castro, nos últimos meses. Em julho do ano passado, ao falar na província agrícola de Camaguey, ele preconizou mudanças “estruturais” no campo, considerando-as necessárias para produzir mais alimentos e reduzir a dependência externa. Em 24 de fevereiro último, ao assumir o posto que era de seu irmão, ele afirmou que algumas restrições impostas aos camponeses “causam mais mal que bem” e prometeu eliminá-las em breve. Além disso, o secretário de Cultura do Partido Comunista Cubano, Eliadas Acosta, acaba de declarar (19/3) à imprensa internacional que o governo está estudando uma série de medidas “que o povo espera e são necessárias”. Não especificou quais são.

É possível que o semi-sigilo em torno das últimas decisões esteja relacionado ao prolongado (e quase sempre tenso) debate que a tradição marxista travou, pelo menos desde a Revolução Soviética, sobre o papel do planejamento estatal na construção do socialismo. Muitos dos participantes desta polêmica veriam as decisões agora adotadas em Cuba como um retorno à lógica do capital. Era esta a posição que prevalece na ilha hoje — embora tenha havido diversos ziguezagues, desde a tomada do poder pela guerrilha comandada por Fidel, em 1959.

A crítica do marxismo ao mercado era precisa.
O problema foram as alternativas…


Para o marxismo do século 20, a construção do socialismo baseava-se na conquista do poder e no controle da produção. O mercado era visto (corretamente…) como uma máquina de produzir desigualdades e irracionalidade. Ele tende a criar um abismo cada vez mais largo entre os mais e os menos favorecidos, numa sociedade. Imagine, para um exemplo muito simples, uma feira livre onde os camponeses oferecem diretamente seus produtos ao público. Aqueles que têm solo mais fértil, água mais abundante, conhecimentos ou capacidade empreendedora superiores, poderão vender produtos melhores ou mais baratos, conquistar fregueses, ampliar seus ganhos, adquirir máquinas e equipamentos que os tornarãm cada vez mais eficientes e competitivos.

Devido à própria eficiência, obrigarão os demais a vender suas terras, tornar-se assalariados e… ser demitidos, por ocasião das ondas de modernização tecnológica. O mesmo mercado, cujas leis básicas são o egoísmo e o lucro, estimulará os agricultores, neste exemplo, a devastar florestas e utilizar maciçamente agrotóxicos e sementes transgênicas. Farão isso sempre que houver relação custo-benefício favorável — ainda que as conseqüências para a natureza, ou a saúde dos consumidores, sejam ruins.

Preciso na crítica, o velho socialismo fracassou em oferecer uma saída superior ao comando dos mercados. A estatização da produção (em Cuba, 90% do PIB é gerado em empresas sem nenhuma autonomia real frente ao Estado) e o planejamento central separaram (”alienaram”) quem produz de quem decide. Ao invés de empreender, esperam-se ordens. Todas as decisões essenciais sobre o que e como produzir no setor rural da ilha eram tomadas, por exemplo, no edifício de 17 andares do ministério da Agricultura. Os próprios dirigentes locais do ministério eram vistos como “gente que apenas joga os problemas para a frente, porque não tem nem recursos, nem poder, para resolver nada”, segundo o presidente de uma cooperativa agrícola ouvido por Mark Frank, repórter da Agência Reuters.

Os agricultores queixavam-se. “A terra não espera, quando precisa de algo”, disse a Patrícia Grogg (da Agência IPS), Rubén Torres, um agricultor familiar de Villa Clara. Talvez por isso, a ineficiência da produção cubana de alimentos é caricatural. As importações necessárias para manter a população (11 milhões de habitantes, menor que a da cidade de S.Paulo) alimentada ultrapassam 1 bilhão de dólares ao ano, num país com enorme carência de divisas. A comida que um cubano médio pode adquirir num mercado é certamente menos variada, e de pior qualidade, do que a que se obtém na “xepa” de uma feira livre de uma capital brasileira.

As reformas são provocadas pela necessidade de encarar
o pós-Fidel. Mas julgá-las “capitalistas” seria grosseiro


As reformas são certamente impulsionadas pelo fim da era Fidel. Por quanto tempo uma população bem-formada, instruída e crítica poderá suportar a penúria alimentar (e a de itens básicos em geral), quando já não houver mais o símbolo humano que corporifica a revolução e suas conquistas?

Julgar que as novas medidas são, por si mesmas, um “retorno ao capitalismo”, seria empobrecer ao extremo o leque de alternativas ao sistema. Não haverá, além do estatismo, outras formas superar as lógicas do capital? Por que não dar ao agricultor liberdade de produzir — estabelecendo ao mesmo tempo, por exemplo, um sistema de tributos que redistribua a riqueza; normas severas de proteção ambiental; estímulos aos que optam por cultivar produtos orgânicos?
Reorganizar a produção de riquezas é um dos grandes desafios de Cuba, nos próximos anos. Será preciso (e não apenas no campo) superar a fase do planejamento burocrático, mantendo ao mesmo tempo conquistas como a igualdade, o acesso de todos a Educação e Saúde excelentes, o elevado nível cultural da população.

Haverá, certamente, impasses e solavancos. Instituído para atrair dólares e custear as importações, o sistema de duas moedas é uma terrível armadilha. Amplia incessantemente os privilégios dos cubanos com acesso a divisas estrangeiras, desfazendo a idéia de que todo es para todos e corroendo um dos trunfos simbólicos da revolução. Além disso, décadas de centralismo minaram a capacidade de empreendimento e autonomia.

Mas as mudanças revelam que a liderança cubana não está acomodada ao legado de Fidel, nem se limita a seguir burocraticamente seus passos. Busca saídas. É possível que aposte em trunfos como uma população intelectualmente refinada e criativa, ou o apoio e solidariedade internacional que Cuba sempre desperta, quando lança ao mundo sinais de esperança.

Créditos: EsquinaDemocratica

Egberto Gismonti - Dança das Cabeças (1977)



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Mariza Abreu x Professores


A edição de hoje do Diário Oficial do Estado indica que a secretária estadual de Educação, Mariza Abreu, resolveu partir para o confronto com as entidades que representam os professores. Contrariando posicionamentos históricos de ex-secretários de Educação, Abreu preteriu os nomes preferenciais da lista tríplice indicados pelo CPERS para ocupar as vagas no Conselho Estadual de Educação. Mas não foi só. A secretária também preteriu o nome indicado pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro).

Enquanto isso, professores realizaram plenárias em seis municípios do Estado. Segundo o CPERS, as aulas foram suspensas em pelo menos 40 escolas de Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Cachoeira do Sul, Santiago, Carazinho e Santana do Livramento. Em debate a pauta de reivindicações entregue ao governo do Estado no fim de março que, segundo os professores, até agora não avançou. Em Passo Fundo, centenas de educadores e estudantes promoveram uma caminhada no centro da cidade em protesto contra a política educacional do governo Yeda.

Na avaliação do CPERS, a intransigência de Mariza Abreu está impossibilitando qualquer avanço na discussão de temas que preocupam educadores, pais e estudantes. O Rio Grande do Sul está retrocedendo em suas políticas educacionais, denuncia o sindicato. “O Estado passou a conviver com salas de aula superlotadas, multisseriação e falta de professores e de funcionários. A precarização avança com o fechamento de laboratórios e bibliotecas”. No dia 25 de abril, os professores da rede pública estadual realizam sua segunda assembléia geral, no Gigantinho, em Porto Alegre.

Créditos:

Mephisto


Alemanha, 1930. Hendrik Höfgen (Klaus Maria Brandauer), é um ambicioso ator que não se interessa por política, se dedicando somente à sua carreira. Porém, quando os nazistas começam a tomar o poder, ele aproveita a oportunidade para interpretar peças de propaganda nazista para o Reich, e logo acaba se transformando no mais popular ator da Alemanha. Consumido pela fama, Handrik agora precisa sobreviver em um mundo onde a ideologia do mal é seu pior pesadelo e o verdadeiro preço da alma de um homem, se transforma na medida mais desprezível de todas.
créditos: Makingoff - parkyns
Gênero: Drama
Diretor: István Szabó
Duração: 144 minutos
Ano de Lançamento: 1981
País de Origem: Hungria / Alemanha
Idioma do Áudio: Alemão
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0082736/

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Vídeo Codec: XviD
Áudio Codec: MP3
Áudio Bitrate: 128 kbps
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 696 Mb
Legendas: No torrent


Klaus Maria Brandauer ... Hendrik Hoefgen
Krystyna Janda ... Barbara Bruckner
Ildikó Bánsági ... Nicoletta von Niebuhr
Rolf Hoppe ... Tábornagy
György Cserhalmi ... Hans Miklas
Péter Andorai ... Otto Ulrichs
Karin Boyd ... Juliette Martens
Christine Harbort ... Lotte Lindenthal
Tamás Major ... Oskar Kroge, színigazgató
Ildikó Kishonti ... Dora Martin, primadonna
Mária Bisztrai ... Motzné, tragika
Sándor Lukács ... Rolf Bonetti, bonviván


- Vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (1981)
- Vencedor do Prêmio de Melhor Roteiro em Cannes (1981)
- Indicado à Palma de Ouro em Cannes (1981)
- 7 outros prêmios conquistados. Lista completa em http://www.imdb.com/title/tt0082736/awards
István Szabó, diretor de Mephisto, nasceu em Budapeste, no dia 18 de fevereiro de 1938. Diplomou-se pela Escola Superior de Artes Teatrais e Cinematográficas, saindo da qual começou a rodar curtas-metragens (Concerto, Variações sobre o mesmo tema, Você). Seu primeiro longa-metragem foi Tempo de sonhar, seguido por biografias de gerações (Pai, Filme de Amor, Rua dos Bombeiros nº 25), seguido do filme alegórico intitulado Histórias de Budapeste. Em 1979 rodou sua obra intitulada Confiança, também indicada para o Oscar, reconhecimento que acabou vindo somente com seu filme seguinte, Mephisto, baseado num romance de Klaus Mann, e rodado em 1981. (Dentre seus filmes posteriores, Coronel Redl e Hanussen também tiveram indicações para o Oscar). Além de filmes para o cinema, fez também filmes para televisão e óperas. É vice-presidente da Academia Européia de Artes Cinematográficas desde 1991, e membro de diversas instituições nacionais e internacionais de cinema. É um excelente artista detentor do prêmio Kossuth.

Ganhou o Prêmio Joseph Pulitzer em 1996 pela produção da série "O cinema faz cem anos" da TV húngara Magyar Televízió. Em 1997 ganhou o prêmio Corvinus do Instituto Europa de Budapeste. É também importante sua atividade pedagógica: leciona como professor universitário desde 1985 na Universidade de Artes Teatrais e Cinematográficas.

Seu filme intitulado O gosto da luz do sol (Sunshine) produzido em 1999, ganhou o Prêmio de Cinema Europeu, e no ano 2000 foi eleito pelo The National Board of Review norte-americano, a Associação Nacional de Críticos, como um dos dez melhores filmes do ano.
Crítica
Mephisto é uma angustiada reflexão sobre a manipulação que os sistemas de força impõem aos indivíduos. O ator Heindrick (numa extraordinária interpretação do austríaco Klaus Maria Brandauer), que, no passado, em Hamburgo, esteve ligado a um teatro bolchevique, revolucionário e antiburguês, torna-se em Berlim mais uma força do nazismo, que acaba por manipular sua criatividade.

A linguagem de Mephisto é sóbria e sombria; há sempre uma objetividade muito forte, apesar dos símbolos goethianos de que se vale o cineasta húngaro. Buscando em Mefistófeles um equivalente da alma alemã (vendida ao nazismo), Mephisto é um trabalho de extrema sinceridade sobre a manipulação que o poder totalitário exerce sobre a personalidade das pessoas.

Se o nazismo se vale do facho de luz para atordoar os indivíduos e melhor dominá-los, o cinema, nas mãos de autores como István Szabó, dele se utiliza para aclarar a cabeça dos espectadores e alertá-los do perigo de ver estancadas suas aspirações mais pessoais graças à ingestão, em seu interior, dum simples facho de luz. (Eron Fagundes)

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