domingo, 4 de maio de 2008

É CAMPEÃO....É CAMPEÃO....É CAMPEÃO....

É CAMPEÃO....

MASSACRE NO BEIRA-RIO....

COLORADO 8 X 1 EX-TÔCA...
Eu nunca fui um neoliberal, diz FHC em entrevista no exterior

Durante uma entrevista no exterior, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso elogia Lula, diz que ele é “uma representação simbólica para o País”, além de dizer que a pobreza teve uma queda “impressionante”. FHC também frisou que “nunca fui um neoliberal”.


Quando mencionou alguns dados, de que a pobreza reduziu de 40% para 28% desde 1995, FHC foi interrompido para ouvir: “Desculpe-me Cardoso, mas muitos brasileiros diriam que a redução da pobreza tem sido muito mais efetiva e muito mais acelerada depois que o senhor deixou o governo e a partir da posse do presidente Lula. A percepção é que Lula destinou mais recursos”, disse o entrevistador.


- É verdade, disse FHC.

Quando falaram sobre corrupção, a entrevista teve um caráter revelador. FHC disse que em seu governo “não existiu nenhum caso de alguém que tenha sido indiciado, ou acusado que tenha sido protegido por mim”.

O entrevistador rebateu: “O senhor nomeou para o cargo de procurador geral o senhor Geraldo Brindeiro, que permaneceu no cargo durante anos e, segundo a imprensa brasileira, recebeu mais de 600 processos criminais contra funcionários do governo, tendo arquivado a grande maioria, o que lhe rendeu o apelido de ‘Engavetador Geral’. E o senhor quer então me dizer que não havia nada de errado no governo durante os seus mandatos, ou ele simplesmente resolveu sentar nos processos?”.

FHC foi categórico. “Ele era independente para tomar suas decisões”.

“Mas foi o senhor que nomeou ele”, indagou o entrevistador.


Assista aos vídeos

1ª parte:
http://www.youtube.com/watch?v=o0t2i5mv1cs

2ª parte:
http://www.youtube.com/watch?v=30O47FolIbI&feature=related

créditos: AHoraEAVez

Joe Satriani - Professor Satchafunkilus and the Musterion of Rock - 2008

sábado, 3 de maio de 2008

John Lee Hooker - Endless Boogie (1971)

http://i306.photobucket.com/albums/nn266/photoapo/Covers/JLH_Endless_front.jpg

John Lee Hooker - Endless Boogie (1971)
mp3 320 Kbps 164 Mb (covers) MCA Total time: 72:40


Faixas:
1. (I Got) A Good un 5:14
2. House Rent Boogie 6:23
3. Kick Hit 4 Hit Kix U (Blues For Jimi And Janis) 6:43
4. Standin At The Crossroads 6:07
5. Pots On, Gas On High 11:23
6. We Might As Well Call It Through (I Didnt Get Married To Your Two-Timing Mother) 8:04
7. Doin' The Shout 3:31
8. A Sheep Out On The Foam 6:30
9. I Dont Need No Steam Heat 4:18
10. Sittin' In My Dark Room 5:38
11. Endless Boogie, Parts 27 And 28 8:43
All song written by John Lee Hooker

Personagens:
John Lee Hooker (Guitar and Vocal)
Cliff Coulter (Electric Piano and Guitar) - 1,3,5,6,8-11
Steve Miller (Guitar) - 1-4,7,9-11
Mel Brown (Guitar) - 1,9-11
Gino Skaggs (Fender Bass) - 1-4,7,8,10
Billy Ingram (Drums) - 1,10
Mark Naftalin (Piano) - 2-6,9-11
Dave Berger (Harmonica) - 2,11
Dan Alexander (Guitar) - 2,8
Ken Swank (Drums and Tambourine) - 2-4,7,8,11
Jesse Davis (Guitar) - 5,6
Carl Radle (Fender Bass) - 5,6
Jim Gordon (Drums) - 5,6
John Turk (Electric Piano and Organ) - 9,11
Reno Lanzara (Drums) - 9,11
Jerry Perez (Guitar) - 11

Download abaixo:

http://www.filefactory.com/file/b0120d/


Todas as mulheres do mundo

Como a condição feminina mudou ao longo da história. De primeira dama do paraíso, virgem santíssima e carolas a Madonas, Leilas Diniz e mulheres-maravilha — muitas vezes à beira de um ataque de nervos. Preconceitos, assédios, triplas jornadas de trabalho: a mulher do século 21

Cláudio César Dutra de Souza, Sílvia Ferabolli

Pegamos emprestado o título do filme de Domingos de Oliveira, de 1966, com Paulo José e a paradigmática Leila Diniz no auge de sua beleza e talento, para fazer algumas reflexões pertinentes sobre o panorama histórico da condição feminina.

Há milênios, a mulher é submetida por formas mais ou menos explícitas de violência e contenção. A primeira é descrita no gênesis bíblico, no qual nossa mãe Eva é alçada a uma condição de inferioridade ao homem, primeiro por ser um “subproduto” de uma parte de seu corpo e não o resultado vivo do sopro divino como fora Adão. Em seguida, Eva é feita culpada pela expulsão do Éden, ao tomar parte ativa no processo de desobediência divina, ao dar ouvidos à serpente e, por conseqüência, nos jogando para fora da boa vida paradisíaca.

Segundo o culto mariano católico, mesmo num casamento restrito e monogâmico, a mulher é impura - já que não é possível ser mãe e virgem

Antes de Eva havia o mito de Lilith. No Talmude, ela é descrita como a primeira mulher de Adão que, devido a sua insubmissão a um plano divino que a colocava como naturalmente inferior, foi lançada aos infernos, como Lúcifer, tornando-se, entre outras coisas, o símbolo do desregramento sexual e sedução maligna. Características que alertavam para perigos envolvidos em um papel mais ativo da mulher. Na era cristã, a Virgem Maria apareceu como resgate e modelo para a mulher nos próximos séculos. Infelizmente, o culto mariano impõe à mulher um modelo nocivo ao seu desenvolvimento subjetivo. Mesmo dentro de um casamento restrito e monogâmico, ela jamais seria suficientemente “pura” - ostentando em si a vergonhosa mácula do pecado sexual, visto que a maternidade e a virgindade são obviamente incompatíveis.

Em qualquer revisão histórica que se efetue da condição feminina, chegam-se a conclusões semelhantes que apontam para períodos mais ou menos misóginos [1] no Ocidente. A Igreja Católica de 2008 é contida pelo Ocidente laico que, a partir do Renascimento, vem limitando, a muito custo e com relativo sucesso, o seu poder imperial. Se assim não fosse, as idéias do Vaticano na atualidade não difeririam muito de seus ancestrais medievos. Exemplo disso são as declarações dos últimos dois papas acerca da condição feminina, fatalmente ligadas aos pecados da carne, aborto, sexualidade e comportamentos sociais diversos. “Tirem os vossos rosários de nossos ovários”, bradam as feministas ainda hoje. E com razão.

Em contrapartida, por meio da luta de mulheres e homens, principalmente no século 20, foram formuladas leis de proteção e benefícios fundamentais à correção de injustiças de gênero históricas. Porém, elas, paradoxalmente, não inibem violências das mais diversas contra a descendência de Eva. Ainda hoje, mulheres vivem sob jugo patriarcal e, em certos casos, sofrem violências sob o beneplácito do próprio Estado, que, ou introduz a submissão em seu breviário de leis, ou é frouxo no julgamento e condenação com bases na honra viril maculada. Notadamente presente em países como a China, Tailândia, algumas regiões da África e Oriente Médio e também na América Latina, essa característica possui tentáculos suficientemente grandes para abarcar países do "primeiro mundo", que não são de modo algum isentos de registros de violência e contenção do gênero feminino.

Nada contra uma mulher adulta usar o corpo como lhe convier - inclusive fazendo sexo remunerado. O que preocupa é a relação submissa que a prostituiçao cria, sob mediação do dinheiro

Poderíamos pensar que há algo de errado com os homens... Será? Descartando, por ora, aqueles que são mais ignorantes ou provenientes de culturas que reduzem a importância do feminino, nos deteremos naqueles que possuem educação cultural e meios favoráveis para um comportamento menos machista e opressor com as mulheres. Porém, não se furtam de ser cúmplices do turismo sexual do terceiro mundo, de pertencerem a redes internacionais de pedofilia e de perpetrarem de forma oculta aquilo que já não podem fazer às claras.

Donos dos meios de produção, pertencentes à elite branca e dominante, tais homens perceberam, há muito, que existem formas sutis de burlar as regras às quais estão submetidos para poderem dar vazão ao primitivismo que resiste ainda dentro de si. A primeira e mais evidente se dá no território da prostituição. Ela prospera a passos largos no mundo inteiro. Clientes cada vez mais fiéis e assíduos utilizam-na como forma de exercer menos a sexualidade do que uma relação de poder onde, sob a mediação do dinheiro, se tem a mulher que se quer e da forma mais conveniente. A manutenção da indústria da prostituição tem como princípio a miséria de mulheres e meninas nas regiões mais vulneráveis do planeta e a demanda sempre crescente por esse serviço.

Não somos contrários à decisão de uma mulher adulta usar o seu corpo da forma como mais lhe convier, e isso pode incluir o ato sexual mediante remuneração. Contudo, preocupa-nos que esse homem descrito anteriormente está sempre ávido por “carne nova” e, ao que parece, cada vez mais jovem. Para isso não hesita em aproveitar-se da indigência financeira e moral que acomete alguns países do terceiro mundo, cujo comércio de escravas sexuais movimenta altas somas financeiras e destrói a vida de adolescentes e crianças, vítimas das mais cruéis situações de maus-tratos e violência.

Nas grandes empresas, esse mesmo homem aprendeu a valer-se da mão-de-obra feminina. Farta e abundante, está sempre disposta a dar o melhor de si no ambiente laboral, visto que o fantasma de suas avós, dependentes e oprimidas, ainda se faz presente em uma mulher que hoje em dia coloca a carreira em pé de igualdade com o desejo de casar e ter filhos. E por que seriam excludentes ambas as coisas? Infelizmente as pioneiras da década de 50 a 70 pagaram um alto preço pela sua independência. Eram vistas como condenadas a ser pouco atraentes e frustradas no campo amoroso, em troca de ascensão profissional. É algo que a mulher contemporânea já não aceita. E, graças a isso, temos as famosas duplas, triplas e quádruplas jornadas da mulher. Acorda cedo, trabalha o dia todo, dá atenção à cria e de noite é esposa atenciosa e uma amante ardente para o seu marido que, por ser homem, não precisa provar muita coisa, já que, historicamente, esse sempre teve valor em si e, de certa forma, ainda mantém essa premissa interiorizada.

Modelo por modelo, preferimos a Leila Diniz: subversiva sem ser patrulhadora, amante sem acrobacias, maternal sem culpas, trabalhadora consciente de seu valor, sedutora sem ser manipuladora

Nas classes populares percebe-se a incidência cada vez maior de um matriarcado estabelecido a partir de condições sociais que destacam uma situação favorável ao trabalho feminino, em contraste ao masculino. Mulheres da periferia obtêm renda como manicures, cozinheiras, costureiras, babás, faxineiras, ou, na pior das hipóteses prostitutas - trabalhos tradicionalmente associados ao feminino. Os homens nessas mesmas condições percebem a sua capacidade tradicional de trabalho diminuída no que se refere às atividades mais tradicionalmente ligadas ao masculino, seja por terem que dividi-las com as mulheres, seja pela perda de postos de trabalho ou exigências cada vez maiores de qualificação para ocupá-las. Assim não são raros os homens ociosos, alcoolistas e, muitas vezes, violentos com suas mulheres – aquelas mesmas que arcam com o orçamento familiar, custos de criação dos filhos e que, não raro, sofrem com a violência e desprezo masculino, que insiste em negar-lhes o valor merecido. De acordo com a pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), feita no Brasil em 1998, a violência doméstica é a causa de uma a cada cinco faltas de mulheres ao trabalho [2].

É uma premissa comum no universo do liberalismo econômico o de capitalizar as revoluções a fim de domesticá-las e inseri-las em um contexto lucrativo e palatável. E a revolução feminina das últimas décadas parece não fugir a essa mesma regra. Tendo adquirido o direito a uma sexualidade livre, a mulher ainda continua a sofrer com estigmas morais e a perder o seu valor com o declínio da beleza e da juventude. Tendo conseguido ascender ao mercado de trabalho, sofre explorações, assédios e humilhações. Isso reflete-se na vida pessoal, tornando-a estressante e sofrida, o que acarreta em moléstias que vão da depressão, ausência de libido até moléstias cardíacas - que incidem de forma cada vez mais preocupante no universo feminino.

Tais exemplos sugerem que talvez a mulher pós-feminista tenha tornado-se um bom negócio comercial, sexual e laboral. O que poderia ter dado errado em décadas de lutas feministas então? Talvez Camille Paglia tenha algumas respostas. Ela denuncia o feminismo xiita e politicamente correto dos anos 70, que tentou anular algumas premissas básicas em relação á estruturação subjetiva daquilo que nomeamos como o “feminino”, criticando violentamente a geração de Betty Friedan e o feminismo militante que anulava as diferenças entre os sexos. Palavras de Camille na Folha de São Paulo do dia 27 de março de 2006: "No começo dos anos 90 eu declarei guerra contra o stalinismo do politicamente correto no establishment feminista. Isso causou controvérsia, especialmente minha defesa da pornografia e das revistas de moda. Mas, graças à Madonna, minha ala do feminismo ganhou a batalha. Ela influenciou uma geração de mulheres que abraçou novamente o sexo e a beleza."

Afora os deslumbramentos de Miss Paglia, Madonna certamente é um ícone da modernidade, que fornece algumas pistas para o entendimento das benesses e das armadilhas em que as mulheres se vêem envolvidas atualmente, na ânsia de buscarem o absoluto, que é reservado a poucas (e poucos). Modelo por modelo, ao invés da apolínea popstar norte-americana, optamos pela nossa dionisíaca Leila Diniz que, na década de 60, já previa a multiplicidade de formas e contradições do feminino, que cada vez mais se pronunciam nesse milênio, só que de uma forma mais fluídica e prazerosa. Desobrigada da perfeição estética e da produção maquinal de gozos, Leila era subversiva sem ser patrulhadora, amante sem acrobacias, maternal sem culpas, trabalhadora consciente de seu valor, sedutora sem ser manipuladora, enfim, essa foi a imagem quase arquetípica que dela ficou.

Nunca a mulher desfrutou de tanta liberdade como hoje, em certos agrupamentos sociais. E o avanço da condição feminina só acrescenta, ao universo masculino, a companhia de uma mulher mais plena

Estamos convencidos de que o avanço da condição feminina só acrescenta benesses ao universo masculino, que, ao longo das últimas décadas, desfruta da companhia de uma mulher mais plena e companheira. Nunca ela desfrutou de tanta liberdade em certos agrupamentos sociais como nos dias de hoje. Infelizmente, ecos medievais ainda subsistem nos corações e mentes. Até mesmo nos daqueles que, aparentemente, se apresentam como os mais evoluídos, sendo que ainda estamos longe do ideal de igualdade entre os gêneros, visto que basta a experiência de uma guerra para que o nosso verniz civilizatório venha por água abaixo [3].

Mudar a mentalidade masculina torna-se um imperativo para que possamos reduzir comportamentos agressivos e misóginos no mundo atual. Para isso, entendemos ser necessário uma conscientização feminina no sentido de que as mulheres assumam a sua parcela de culpa na transmissão de inúmeros preconceitos. Principalmente, na educação das crianças, da qual ainda são as grandes responsáveis direta, como mãe e indiretamente como educadoras, visto que a quase totalidade desse ramo profissional, mais incisivamente na América Latina, se constitui de mulheres que, não raro, educam meninos e meninas sob as regras mais conservadoras possíveis - fato que, na maioria dos casos, não lhes é consciente.

Temos esperanças de que as reivindicações e lutas em prol de uma sociedade menos sexista e injusta frutifiquem nas próximas décadas. Mas para que isso se cumpra, ainda há muitas lutas a empreender. Recordemos, por exemplo, que somente com o novo Código Civil, que passou a valer a partir de 2003, o homem deixou de ser considerado como a “cabeça do casal”, bem como foram suprimidos outros arcaísmos humilhantes tal como o bizarro conceito de “mulher honesta” [4]. Que o Dia Internacional da Mulher, que comemoramos no mês de março, não sirva apenas para afagos e flores compensatórias, mas que seja também o dia em que Eva, Lilith, a Virgem Maria, Madonna, Leila Diniz, Condoleeza Rice, a mãe, a virgem, a puta, a trabalhadora, enfim, todos os arquétipos e estereótipos possam se unir em um ser integral pleno de contradições, qualidades, defeitos e subjetividades inerentes a qualquer ser humano, independente do gênero a que pertença.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Consumo Solidário e Responsável
Como deveria ser o consumo humano?

Por Leonardo Boff.

O consumismo que a cultura do capital gestou está na base da fome de bilhões de pessoas e da atual falta de alimentos da humanidade. Face a tal situação como deveria ser o consumo humano?

Em primeiro lugar o consumo deve ser adequado à natureza do ser humano. Esta, por um lado, é material, enraizada na natureza e precisamos de bens materiais para subsistir. Por outro lado, é espiritual que se alimenta com bens intangíveis como a solidariedade, o amor, a acolhida e a abertura ao Infinito. Se estas duas dimensões não forem atendidas nos tornaremos anêmicos no corpo e no espírito. Em segundo lugar, o consumo precisa ser justo e equitativo. A Declaração dos Direitos Humanos afirma que a alimentação é uma necessidade vital e por isso um direito fundamental de cada pessoa humana (justiça) e conforme as singularidades de cada um (equidade). Não atendido este direito, a pessoa se confronta diretamente com a morte.

Em terceiro lugar, o consumo deve ser solidário. É solidário aquele consumo que supera o individualismo e se auto-limita por causa do amor e da compaixão para com aqueles que não podem consumir o necessário. A solidariedade se expressa pela partilha, pela participação e pelo apoio aos movimentos que buscam os meios de vida, como terra, moradia e saúde. Implica também a disposição de sofrer e de correr riscos que tal solidariedade comporta.

Em quarto lugar, o consumo há de ser responsável. É responsável o consumidor que se dá conta das conseqüências do padrão de consumo que pratica, se suficiente e decente ou sofisticado e suntuoso. Consome o que precisa ou desperdiça aquilo que vai faltar na mesa dos outros. A responsabilidade se traduz por um estilo sóbrio, capaz de renunciar não por acetismo mas por amor e em solidariedade para com os que sofrem necessidades. Trata-se de uma opção pela simplicidade voluntária e por um padrão conscientemente contido, que não se submete aos reclamos do desejo nem às solicitações da propaganda. Mesmo que não tenha conseqüências imediatas e visíveis, esta atitude vale por ela mesma. Mostra uma convicção que não se mede pelos efeitos esperados mas pelo valor que esta atitude humana possui em si mesma.

Por fim, o consumo deve ser realizador da integralidade do ser humano. Este tem necessidade de conhecimento e então consumimos os muitos saberes com o discernimento sobre qual deles convém e edifica. Temos necessidade de comunicação e de relacionamentos e satisfazemos esta necessidade alimentando relações pessoais e sociais que nos permitem dar e receber e nesta troca nos complementamos e crescermos. Às vezes esta comunicação se realiza participando de manifestações em favor da justiça, da reforma agrária, do cuidado pela água potável, da preservação da natureza, ou também vendo um filme, assistindo a um concerto, indo a um teatro, visitando uma exposição artística, participando de algum debate. Temos necessidade de amar e de sermos amados. Satisfazemos esta necessidade amando com gratuidade as pessoas e os diferentes de nós. Temos necessidade de transcendência, de ousarmos e de estarmos para além de qualquer limite imposto, de mergurlharmos em Deus com quem podemos comungar. Todas estas formas de consumo realizam a existência humana em suas múltiplas dimensões.

Estas formas de consumo não custam e não gastam energia, pressupõem apenas o empenho e a abertura para a solidariedade, para a compaixão e para a beleza.

Tudo isso não traduz aquilo que pensamos quando falamos em felicidade?

Curtas de Aki Kaurismäki


Curtas de Aki Kaurismäki
(Rocky VI, Thru The Wire, L. A. Woman,
These Boots, Those Were The Days)

Release exclusivo MKO

Cinco vídeos promocionais do grupo Leningrad Cowboys dirigidos por Aki Kaurismäki. Os vídeos contêm, em sua maioria, narrativas deliciosamente absurdas. Rocky VI é uma suposta continuação dos filmes do Sylvester Stalone, dessa vez ambientado na Rússia. Thru The Wire conta a história de um criminoso que escapa da prisão nos EUA e acaba por participar de um show dos Leningrad Cowboys. Those Were The Days é ambientado em Paris, onde um homem encontra dificuldades em ser aceito com seu burro. These Boots é uma versão peculiar da música cantada por Nancy Sinatra e pretende ser uma metáfora da História da Finlândia. L. A. Woman é um clipe da banda Leningrad Cowboys cantando ao vivo, numa performance curiosa.

Gênero: Curta
Diretor: Aki Kaurismäki
País de Origem: Finlândia
Idioma do Áudio: Inglês
IMDB / Ano / Duração:
Rocky VI (1986): 9 min
Thru the Wire (1987): 6 min
Those Were the Days (1992): 6 min
These Boots (1992): 5 min
L. A. Woman (1987): 6 min
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Vídeo Codec: DX50
Áudio Codec: mpga
Áudio Bitrate: 128 Kbps
Resolução: 704x528
Frame Rate: 25.000 FPS
Tamanho: 345 Mb

NÃO ESQUEÇA DE FAZER O REGISTRO NO MAKINGOFF ANTES DE BAIXAR O FILME

Download via torrent:
Arquivo anexado Aki_Kaurismaki_Short_Films.torrent


Enquanto isso, na Bolívia...

Evo nacionaliza companhia telefônica e três petrolíferas


O presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou nesta quinta-feira (1º), por decreto, três petrolíferas (que possuíam participação de investidores britânicos, peruanos e alemães). A companhia telefônica Entel, filial da multinacional italiana Telecom, também foi nacionalizada.


Com os decretos promulgados por Evo, em um ato na Plaza Murillo, em La Paz, o Estado boliviano passa a controlar 50% mais uma das ações da Chaco, do grupo British Petroleum (BP), e da Transredes, controlada pela britânica Ashmore e a anglo-holandesa Shell. Além disso, o Estado também adquire 100% do capital da Companhia Logística de Hidrocarbonetos, que estava em mãos de investidores peruanos e alemães.

Agora, a companhia estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) terá a maioria acionária na Andina e lhe permitirá, após 25 anos, participar das operações da empresa.

Como foi o processo

Para obter tais mudanças, o governo da Bolívia e a empresa hispano-argentina Repsol YPF assinaram um contrato que estipula que o país sul-americano venha a recuperar a condição de acionista majoritário da Andina, filial da Repsol YPF e cuja administração passará a ser compartilhada.

O acordo foi alcançado quando se completam exatamente dois anos do decreto pelo qual o presidente boliviano, Evo Morales, ordenou a nacionalização do setor de hidrocarbonetos e após intensas negociações mantidas nas últimas horas. Na quarta-feira expirou o prazo decretado no final de março por Morales para completar o processo de nacionalização. A medida afetou justamente as petrolíferas Chaco, Transredes e Companhia Logística de Hidrocarbonetos.

"Missão cumprida"

O ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Carlos Villegas, disse que nos próximos dias será assinado um acordo de acionistas que fixará o modelo de "operação mista" para Andina, onde as cotas acionárias determinarão a participação da YPFB e da Repsol na Junta de Acionistas, no diretório, e na administração e gestão da empresa.

"Missão cumprida na negociação com a Repsol", disse Villegas ao líder, após expressar o compromisso do Governo para que a Repsol-Andina mantenha seus níveis de eficiência e rentabilidade e garantir uma política energética que assegure as demandas internas e externas do mercado.

Operação-modelo

Por sua parte, o diretor de Prospecção e Produção da Repsol YPF na Argentina, Tomás García Blanco, destacou que este acordo dá início a "uma nova etapa" na qual vão "conseguir uma operação-modelo conjunta" que "pode ser exemplo de sinergia e de trabalho em equipe entre uma companhia estadual e uma companhia privada".

A companhia petrolífera hispano-argentina Repsol YPF obteve em 2007 um resultado operacional de suas atividades na Bolívia de 92 milhões de euros (US$ 146 milhões), segundo dados da firma. O número equivale a 1,6% de seu lucro operacional consolidado, que chegou a 5,808 bilhões de euros (US$ 9,177 bilhões).