quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ameaça à segurança nacional?



“A dissolução do MST significaria colocá-lo na clandestinidade e declará-lo um movimento ilegal, mesmo que ele não tenha uma legalidade jurídica”, afirma o professor Aldo Fornazieri, doutor em Ciência Política e Diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), em entrevista à CartaCapital. A declaração do cientista político diz respeito ao relatório aprovado pelo Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul, no final de 2007, pedindo a “dissolução” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra.

O relatório é resultado da investigação das ações do MST realizada pelos promotores Luciano de Faria Brasil e Fábio Roque Sbardelotto. No documento, o MST é considerado ameaça à sociedade e à própria segurança nacional. Chamado de “movimento político-militar”, o golpe de 1964 teria “pacificado o campo”, de acordo com o relatório.

O documento despertou a atenção depois que serviu de base para a apresentação de uma ação civil pública, por promotores do Ministério Público do RS, pedindo a desocupação de dois acampamentos do MST, próximos à Fazenda Coqueiros, na região norte do estado, na terça-feira (17/06). A ação resultou no despejo de centenas de famílias de trabalhadores sem-terra pela Brigada Militar do RS. Em nota, o MST classificou a decisão do Ministério Público do Rio Grande do Sul como uma “afronta” e “grave violação” dos direitos constitucionais.

“Nem na ditadura militar, proibiu-se que um movimento social negociasse com o poder público em torno de reivindicações. Nunca vi isso”, declarou Fornazieri diante da idéia do Ministério Público do RS de proibir qualquer órgão do Estado a negociar com o movimento. Segue abaixo a entrevista que o professor concedeu à CartaCapital.

CartaCapital: O Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul aprovou relatório que pede a “dissolução” do MST. Como o senhor caracteriza essa ação?
Aldo Fornazieri: Isso é uma deliberação equivocada, pois o MST não existe juridicamente. É um movimento social legítimo como qualquer outro e se articula em torno de uma questão histórica pendente na sociedade brasileira que é a questão da reforma agrária. Ao inibir sua existência, o Conselho Superior comete um atentado à Constituição, na medida em que essa garante a liberdade de organização e expressão, desde que não haja agressão ao Estado Democrático de Direito. O histórico de criminalização dos movimentos sociais no Brasil vinha sendo superado nas últimas décadas do século XX e no início do XXI.

CC: O que indica essa deliberação?
AF: Indica a retomada desse processo. A dissolução do MST significaria, mesmo que ele não tenha uma legalidade jurídica, colocá-lo na clandestinidade e declará-lo um movimento ilegal. Significa adotar uma atitude de exclusão que só leva ao radicalismo. Isso é perigoso para a democracia brasileira. Ela deve comportar uma pluralidade de movimentos sociais, os quais, pela sua própria natureza, não precisam ser legalizados. Uma democracia sólida não deve temer os movimentos sociais. A essência da discussão é garantir a legalidade democrática contra eventuais violações por parte do MST e, ao mesmo tempo, garantir as liberdades constitucionais no sentido de conceber que os movimentos sociais são legítimos e não podem ser clandestinizados.

CC: O relatório diz que o MST não constitui um movimento social, mas um movimento político.
AF: É um movimento social, mas, sem dúvida nenhuma, tem um grau de ideologização muito grande. Todo movimento social tem contornos políticos, o que não anula o fato da luta em torno de uma questão social específica que, no caso, é o problema da terra no Brasil, a questão da reforma agrária.

CC: O senhor se lembra de algum tipo de medida parecida com essa desde o fim da ditadura?
AF: Francamente, eu não me lembro de uma iniciativa deste nível para dissolver um movimento social ou o próprio MST.

CC: Esse relatório já serviu de base para oito ações judiciais contra sem-terra, entre elas a proibição de marchas. Isso é legítimo?
AF: Isso é um atentado evidente à Constituição brasileira. Marchas e manifestações são legítimas. Não se pode inibir a liberdade de organização, manifestação e pressão desde que não haja um atentado contra o Estado. Reivindicar terras e reforma agrária é um ato político permitido.

CC: A autorização do despejo e o deslocamento dos acampamentos também estão entre essas ações.
AF: Se o acampamento está situado numa propriedade privada ou numa área pública é legal. Não dá para confundir a ação legal da Justiça com essa deliberação equivocada. O fato de um juiz determinar a desocupação de um acampamento estabelecido numa propriedade privada produtiva é absolutamente legal. Porém, de um fato ilegal do movimento não se pode derivar a tentativa da sua criminalização. Esse é o equívoco desse processo todo.

CC: De acordo com matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo, do dia 24, a idéia do Ministério Público é proibir qualquer órgão do Estado de negociar contratos e convênios, com o movimento.
AF: O Ministério Público não tem esse poder. É legítimo que os movimentos sociais negociem com o poder público. Na democracia brasileira ou de qualquer país, é legítimo que os movimentos e o poder público sentem para negociar acordos, contratos ou convênios. Se isso ocorrer nos parâmetros legais, não há problema. O atendimento de determinadas reivindicações dos movimentos existia até na época da ditadura militar. Nunca vi isso.

CC: No documento, o MST é considerado um movimento anti-capitalista e esquerdista. Isso seria perseguição ideológica?
AF: No livro “Capitalismo e Liberdade” de Milton Friedman, um dos maiores liberais da história política mundial, ele diz que para a democracia e o liberalismo serem efetivamente democráticos e liberais, devem permitir a existência de movimentos que preguem o fim do capitalismo. Pode-se considerar essa postulação ideológica equivocada, mas se for dada nos parâmetros da existência das leis, não há problema, embora do meu ponto de vista possa ser equivocado.

CC: No relatório, o golpe de 1964 é chamado de “movimento poíltico-militar”. O que o senhor acha disso?
AF: É direito se fazer essa designação, porém, do ponto de vista da historiografia política do País, há um consenso em classificar o que aconteceu em 1964 de golpe militar. Eles cometem o mesmo equívoco que atribuem ao MST, ou seja, o de assumir uma posição ideológica. O golpe foi uma clara violação da Constituição vigente em 1964. O Conselho resvala para um perigoso posicionamento ideológico, seja porque está referendando o que aconteceu em 64, seja porque agora fere a Constituição, visando combater o MST.

CC: De acordo com o relatório, as análises feitas pelo “sistema de inteligência”, do Ministério Público do RS, permitem supor que o MST esteja em “plena fase executiva de um arrojado plano estratégico” com o suporte de verbas públicas do governo federal, recursos de fontes internacionais e até das Farc. O senhor concorda que exista esse “plano arrojado”?
AF: Até agora nenhum órgão de inteligência do País evidenciou a tentativa de controle dos territórios. Se de fato estivesse fazendo isso ou se articulando com as Farc, a lei deveria ser acionada para coibir eventuais atos de violência política ou ideológica, mantendo sempre os parâmetros da lei existente. De qualquer forma, os órgãos de inteligência têm que ficar atento a isso.

CC: Como o governo gaúcho tem tratado o MST?
AF: Ao que tudo indica, há uma forte ação na tentativa de contenção do movimento no RS, pela polícia militar. A coisa descamba para o confronto. Há um nível de confrontação bastante significativo, seja entre o MST e determinados ruralistas ou entre o MST e a própria polícia militar.


(Crédito da foto da capa: Luciney Martins)

terça-feira, 24 de junho de 2008

Os novos Espelhos de Galeano

Escritor uruguaio lança seu livro mais recente: "Espejos. Una historia casi universal". Em tom de crônica poética, obra passeia por temas como arte, desigualdade, feminismo, mídia, impérios e resistências. "Le Monde Diplomatique" publica uma seleção de trechos, cedidos e escolhidos pelo próprio autor

Eduardo Galeano

Os espelhos estão cheios de gente.
Os invisíveis nos vêem.
Os esquecidos nos lembram.
Quando nos vemos, os vemos.
Quando nos vamos, eles se vão?

Este livro foi escrito para que não partam.
Nestas páginas unem-se o passado e o presente.
Renascem os mortos, os anônimos têm nome:
os homens que ergueram os palácios e os templos de seus amos;
as mulheres, ignoradas por aqueles que ignoram o que temem;
o sul e o oriente do mundo, desprezados por aqueles que
desprezam o que ignoram;
os muitos mundos que o mundo contém e esconde;
os pensadores e os que sentem;
os curiosos, condenados por perguntar, e os rebeldes e
os perdedores e os lindos loucos que foram e são o
sal da terra

Fundação da poluição

Os pigmeus, que têm corpo pequeno e memória grande, recordam os tempos de antes do tempo, quando a terra estava acima do céu.

Da terra caía sobre o céu uma chuva incessante de pó e de lixo, que sujava a casa dos deuses e lhes envenenava a comida.

Os deuses estavam, havia uma eternidade, suportando essa descarga sebosa, quando sua paciência acabou.

Enviaram um raio, que partiu a terra em dois. E através da terra aberta lançaram para alto o sol, a lua e as estrelas, e por esse caminho subiram eles também. E lá em cima, distante de nós, a salvo de nós, os deuses fundaram seu novo reino.

Desde então, estamos embaixo.

Fundação da beleza

Estão ali, pintadas nas paredes e nos tetos das cavernas.

Estas figuras, bisões, alces, ursos, cavalos, águias, mulheres, homens, não têm idade. Nasceram há milhares e milhares de anos, mas nascem de novo a cada vez que alguém as olha.

Como eles conseguiram, nossos remotos avós, pintar de maneira tão delicada? Como eles conseguiram, esses brutos que de mão limpa lutavam contra as feras, criar figuras tão cheias de graça?Como eles conseguiram desenhar essas linhas voadoras que escapam da rocha e se vão para o ar? Como eles conseguiram …?

Ou seriam elas?

Fundação da arte de te desenhar

Em algum leito do golfo de Corinto, uma mulher contempla, à luz do fogo, o perfil de seu amante adormecido.

Na parede, reflete-se a sombra.

O amante, que jaz ao seu lado, partirá. Ao amanhecer partirá para a guerra, partirá para a morte. E também a sombra, sua companheira de viagem, partirá com ele e com ele morrerá.

Ainda é noite. A mulher recolhe um tição entre as brasas e desenha, na parede, o contorno da sombra.

Esses traços não partirão.

Não a abraçarão e ela sabe disso. Mas não partirão.

Fundação literária do cão

Argos foi o nome de um gigante de cem olhos e de uma cidade grega há quatro mil anos.

Também se chamava Argos o único que reconheceu Odisseu, quando chegou, disfarçado, a Ítaca.

Homero nos contou que Odisseu regressou, ao final de muita guerra e muito mar, e se aproximou de sua casa fazendo-se passar por um mendigo enfermiço e andrajoso.

Ninguém se deu conta de que ele era ele.

Ninguém, salvo um amigo que não sabia mais latir, nem podia caminhar, nem sequer se mover. Argos jazia, às portas de um galpão, abandonado, crivado pelos carrapatos, esperando a morte.

Quando viu, ou talvez farejou, que aquele mendigo se aproximava, levantou a cabeça e abanou o rabo.

Fundação do machismo

De uma dor de cabeça pode nascer uma deusa. Atena brotou da dolorida cabeça de seu pai, Zeus, que se abriu para lhe dar à luz. Ela foi parida sem mãe.

Tempos depois, seu voto foi decisivo no tribunal dos deuses, quando o Olimpo teve que pronunciar uma sentença difícil.

Para vingar seu pai, Electra e seu irmão Orestes haviam decepado, de uma machadada, o pescoço de sua mãe.

As Fúrias acusavam. Exigiam que os assassinos fossem apedrejados até a morte, porque a vida de uma rainha é sagrada e quem mata a mãe não tem perdão.

Apolo assumiu a defesa. Sustentou que os acusados eram filhos de mãe indigna e que a maternidade não tinha a menor importância. Uma mãe, afirmou Apolo, não é mais que o sulco inerte onde o homem planta sua semente.

Dos treze deuses do júri, seis votaram pela condenação e seis pela absolvição.

Atena decidia o desempate. Ela votou contra a mãe que não teve e deu vida eterna ao poder masculino em Atenas.

Fundação dos contos de fadas

No início do século dezoito, Daniel Defoe, o criador de Robinson Crusoe, escreveu alguns ensaios sobre temas de economia e comércio. Em um de seus trabalhos mais difundidos, Defoe exaltou a função do protecionismo estatal no desenvolvimento da indústria têxtil britânica: se não fosse pelos reis que tanto ajudaram o florescimento fabril com suas barreiras aduaneiras e seus impostos, a Inglaterra continuaria sendo uma fornecedora de lã crua para a indústria estrangeira. A partir do crescimento industrial da Inglaterra, Defoe podia imaginar o mundo do futuro como uma imensa colônia submetida a seus produtos.

Depois, à medida que o sonho de Defoe ia se tornando realidade, a potência imperial foi proibindo, por asfixia ou a tiros de canhão, que outros países seguissem seu caminho.

Quando chegou ao topo, chutou a escada – disse o economista alemão Friedrich List.

Então, a Inglaterra inventou a liberdade de comércio: em nossos dias, os países ricos continuam contando esse conto aos países pobres, nas noites de insônia.

Fundação da linguagem

Em 1870, ao final de uma guerra de cinco anos, o Paraguai foi aniquilado em nome da liberdade de comércio.

Nas ruínas do Paraguai, sobreviveu o primeiro: entre tanta morte, sobreviveu o nascimento.

Sobreviveu a língua original, a língua guarani, e com ela a certeza de que a palavra é sagrada.

A mais antiga das tradições conta que nesta terra cantou a cigarra carmim e cantou o gafanhoto verde e cantou a perdiz e então cantou o cedro: da alma do cedro ressoou o canto que na língua guarani chamou os primeiros paraguaios.

Eles não existiam.

Nasceram da palavra que os nomeou.

Fundação de Hollywood

Cavalgam os mascarados, túnicas brancas, brancas cruzes, tochas ao alto: os negros, famintos de brancas donzelas, tremem diante destes cavaleiros vingadores da virtude das damas e da honra dos cavalheiros.

Em pleno auge dos linchamentos, o filme de D. W. Griffith, O nascimento de uma nação, eleva seu hino de louvor à Ku Klux Klan.

Esta é a primeira superprodução de Hollywood e o maior êxito de bilheteria de todos os anos do cinema mudo. É, também, o primeiro filme que estréia na Casa Branca. O presidente, Woodrow Wilson, o aplaude de pé. O aplaude, se aplaude: este defensor da liberdade é o autor dos principais textos que acompanham as épicas imagens.

As palavras do presidente explicam que a emancipação dos escravos foi uma verdadeira derrocada da Civilização no Sul, o Sul branco sob os calcanhares do Sul negro.

A partir de então, reina o caos, porque os negros são homens que ignoram os usos da autoridade, exceto suas insolências.

Mas o presidente acende a luz da esperança: Por fim foi dada à luz uma grande Ku Klux Klan.

E até Jesus em pessoa desce do céu, no final do filme, para dar sua bênção.

Fundação do Faroeste

Os cenários dos filmes do Oeste, onde cada revólver disparava mais balas que uma metralhadora, eram aldeias miseráveis, onde o único som eram os bocejos e os bocejos duravam muito mais que as badernas.

Os cowboys, esses taciturnos cavalheiros, cavaleiros empertigados que atravessavam o universo resgatando donzelas, eram peões mortos de fome, sem nenhuma companhia feminina além das vacas que fustigavam, através do deserto, arriscando a vida em troca de um salário de fome. E não se pareciam nem um pouquinho com Gary Cooper, nem com John Wayne, nem com Alan Ladd, porque eram negros ou mexicanos ou brancos desdentados que nunca haviam passado pelas mãos de uma maquiadora.

E os índios, condenados a trabalhar como extras no papel de maus, perversos, nada tinham a ver com esses débeis mentais, emplumados, mal pintados, que não sabiam falar e uivavam em volta da diligência crivada de flechadas.

A saga do Faroeste foi a invenção de um punhado de empresários vindos da Europa Oriental. Estes imigrantes tinham bom olho para o negócio, Laemmle, Fox, Warner, Mayer, Zukor, que nos estúdios de Hollywood fabricaram o mito universal de maior sucesso do século vinte.

Documento revela que Conselho Superior do Ministério Público quer dissolução do MST


A violência do Estado, por meio das ações da Brigada Militar, contra os movimentos sociais foi tema da audiência pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, realizada nesta terça-feira, na Assembléia Legislativa gaúcha. No encontro, foi exibido um vídeo com treze atos de violência contra os movimentos sociais. O deputado Dionilso Marcon (PT) denunciou a violência utilizada pelo comando da BM no dia 11 de junho, no Parque da Harmonia e em mais 12 eventos recentes. Naquela ocasião, o comandante da BM declarou publicamente que os manifestantes eram baderneiros e impediu que prosseguissem até o Palácio Piratini, onde estava programada uma grande manifestação contra a corrupção no governo Yeda Crusius.

Na audiência, também foi divulgada a ata do Conselho Superior do Ministério Público que deliberou a formulação de uma política de intervenção do MP pelo fim do MST, de suas escolas, pela investigação do Incra, da Conab e da Via Campesina. O documento de três páginas sugere o impedimento de marchas, de deslocamentos dos agricultores, assim como a desativação de acampamentos. Também sugere o cancelamento do alistamento eleitoral dos agricultores sem terra nas regiões em conflito e a formulação de uma política oficial do MP com a finalidade de “proteção da legalidade no campo”.
Na avaliação dos movimentos sociais, o documento do MP e as ações da BM comprovam que a Constituição Federal está sendo violada. O documento aponta vários níveis gradativos de repressão: O primeiro, segundo a denúncia dos movimentos, seria a identificação, grampeamento telefônico e de mails de manifestantes, lideranças e de parlamentares; o segundo, com a prática de violência com o uso de gás e balas de borracha, tropas de choque, prisão de manifestantes; num terceiro e último estágio seria a proibição de existência legal de associações e a mudança na legislação penal. Clique AQUI para ler a íntegra do documento do MP.

A perigo, EUA já vislumbram aliança petrolífera com o Brasil


O embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel, disse nesta segunda-feira (23) que está surgindo uma nova área de cooperação entre os dois maiores países das Américas: petróleo. Após a descoberta de importantes reservas do combustível em águas profundas do litoral brasileiro, os norte-americanos já enxergam o país como fornecedor e estudam possibilidades de parcerias entre empresas nessa área.


''Se a Petrobras quiser embarcar o petróleo para os Estados Unidos, tenho certeza que os EUA estarão muito dispostos a receber esse combustível'', disse Sobel. Depois de ressaltar que a decisão cabe ao Brasil e a Petrobras, ele acrescentou que ''os EUA esperam que o Brasil se torne um importante fornecedor de combustível fóssil no futuro''.


Segundo o embaixador, será ''natural'' que o Brasil exporte petróleo para os Estados Unidos na medida em que disponha de excedentes por conta da proximidade entre os dois países. Ele enfatizou que a Petrobras já possui refinarias nos EUA. A estatal brasileira adquiriu recentemente uma planta em Pasadena, Texas. Para garantir a segurança energética e reduzir a dependência de regiões politicamente conturbadas, os EUA buscam diversificar as fontes de petróleo.


Embora o Brasil ainda não seja um fornecedor relevante, as vendas de petróleo do país para os EUA aumentaram dez vezes em valor, saltando de US$ 330 milhões em 2004 para US$ 3,1 bilhões em 2007, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). No ano passado, o petróleo ultrapassou aviões e ocupou o posto de principal item da pauta de exportação.


Sobel – que participou nesta segunda-feira do Fórum Brasil-Estados Unidos realizado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) e pelo Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami – também enxerga oportunidades de parcerias com petrolíferas norte-americanas como Exxon e Chevron, ou empresas fornecedoras de serviços como a Halliburton.


O embaixador ressaltou que funcionários do governo norte-americano devem em breve vir ao Brasil para discutir o assunto. Na próxima semana, chega ao país o secretário de Segurança Interna, Michael Chertoff. ''Neste estágio, estamos procurando maneiras de ajudar se formos solicitados'', afirmou Sobel.


Fonte: Valor Econômico



segunda-feira, 23 de junho de 2008

Persona - Ingmar Bergman


Persona
(Persona)
Persona.Ingmar.Bergman.DVDRip.XviD.MakingOff.Org

Inédito em vídeo e DVD no Brasil, Persona é simplesmente um dos maiores filmes da história do cinema, e uma das obras centrais do mestre Ingmar Bergman, apresentada aqui em versão integral restaurada e remasterizada.
Uma atriz teatral de sucesso sofre uma crise emocional e emudece. Para se recuperar, parte para uma casa de campo, sob os cuidados de uma enfermeira, que a admira e tenta compreender a razão de seu silêncio. Isoladas, as duas mulheres desenvolvem uma relação de forte intensidade emocional.
A impressionante seqüência inicial, as atuações viscerais de Bibi Andersson e Liv Ullman, a brilhante direção de Bergman fazem de Persona uma experiência cinematográfica fascinante e inesquecível.


Gênero: Drama
Diretor: Ingmar Bergman
Duração: 83 minutos
Ano de Lançamento: 1966
País de Origem: Suécia
Idioma do Áudio: Sueco
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0060827/

Qualidade de Vídeo:
DVD Rip
Vídeo Codec: XviD
Vídeo Bitrate: 1058 Kbps
Áudio Codec: MP3
Áudio Bitrate: 121
Resolução: 544 x 400
Formato de Tela: Tela Cheia (4x3)
Frame Rate: 23.976 FPS
Tamanho: 700 Mb
Legendas: No torrent


- Indicado ao Bafta de Melhor Atriz (Bibi Andersson)

- Vencedor dos Prêmios Guldbagge de Melhor Atriz (Bibi Andersson) e Melhor Filme

- Vencedor dos Prêmios da Sociedade Nacional dos Críticos de Filmes (NFSC), EUA, de Melhor Atriz (Bibi Andersson), Melhor Diretor (Ingmar Bergman) e Melhor Filme


Esta edição deixa de lado, o titulo brasileiro original que sempre foi considerado ridículo, "Quando Duas Mulheres Pecam". É um dos grandes filmes do mestre Ingmar Bergman, notável em vários aspectos, inclusive por ter sido o primeiro trabalho com sua então nova mulher, a atriz norueguesa Liv Ullman, que seria sua parceira em algumas outras obras primas e com quem trabalha até hoje.
Começa de forma inesquecível (e original na época) mostrando o processo de projeção de um filme com um velho cartão queimando, o fotograma, o desenho animado, o filme antigo e mudo, a morte da ovelha (meio Buñuel), a mão pregada na cruz como Cristo. Deixando claro que é cinema. A seguir, as primeiras imagens são cadáveres. Mas um menino magro (o mesmo ator de "O Silencio") acorda e coloca o óculos para ler um livro, depois vê a câmera, que se torna o rosto de uma mulher (provavelmente seria o filho dela no útero, esperando para nascer). Entram os letreiros todos vanguardistas, predominando o branco, repetindo imagens que já vimos.
A historia começa com uma porta se abrindo e entrando a enfermeira Alma (Bibi Andersson). Bergman disse que concebeu o filme depois de perceber que a semelhança entre as atrizes Bibi (que também havia sido sua namorada) e Liv. É bem descrito pelo trailer original americano que diz que "Persona" "é o reconhecimento da nossa terrível solidão, nossa singularidade, nossa inabilidade de se comunicar com os outros. É uma confissão de nossos medos, do homem,do fracasso, da morte. É o drama do desespero, o silencio, o terror indescritível da vida em todos os aspectos. É um drama da sensibilidade da pele, de rostos e palavras não entendidas. Persona é uma ilusão estiçalhada,uma vitória sobre o silencio".
Popularizou o termo Persona que é o nome da máscara teatral greco-romana e, por extensão, também as mascaras que usamos na vida profissional ou pessoal. Um dueto para as duas atrizes emolduradas pela fotografia genial de Sven Nykvist. Rodado na própria casa e ilha do diretor, em Faro. Bibi fala o tempo todo e Liv diz apenas uma única palavra, "nada".

por Rubens Ewald Filho

Coopere, deixe semeando ao menos duas vezes o tamanho do arquivo que baixar.


Arquivo(s) anexado(s)
Arquivo anexado Persona.Ingmar.Bergman.DVDRip.XviD.MakingOff.Org.torrent(filme)
Arquivo anexado persona._1966_.pob.1cd._3093086_.zip(legendas)

Piratas do mundo inteiro, uni-vos!


Cid Andrade


Hakim Bey é o pseudônimo de Peter Lamborn Wilson, americano, escritor, poeta e anarquista radical. Dos anos 70 pra cá lançou uma série de ensaios e livros avassaladores, tendo se tornado ícone da contracultura, admirado por jovens esquerdistas e libertários em todo o mundo; tendo inclusive influenciado personagens célebres contemporâneos (e eles já o admitiram publicamente) como Michael Moore e Marilyn Manson. Diz-se que Bey também foi uma importante influência para os ideais e métodos guerrilheiros do sub-comandante Marcos. O depoimento de seus leitores e admiradores é sempre muito parecido: "Ler Hakim Bey foi um soco no estômago, me fez ver coisas que estavam ali diante do meu nariz e me alertou para outras sobre as quais nem desconfiava". Já Hakim Bey, enquanto persona, é envolto em mistério: não dá entrevistas, não se deixa filmar, não revela seu endereço. Dá aula em uma universidade de Nova York e sabe-se que mora numa cidadezinha a 200 km de Manhattan. E só. Não tem computador, muito menos e-mail. E segundo algumas poucas entrevistas, não esperava que fosse tornar-se um ídolo da atual juventude guerrilheira. Sua obra-prima é o livro T.A.Z, sigla para Temporary Autonomous Zone, que segundo ele são a chave e o método para o bem sucedimento da revolução que está em curso. Hakim prevê o choque, cada vez mais intenso, entre o atual modelo de sociedade baseado em grandes corporações, capitalismo selvagem, exclusão social e ausência de privacidade, e a parcela da população que visa a interrupção deste processo e a retomada de antigos (ou a tentativa de novos) sistemas sociais. Em seus ensaios, desenvolve o conceito das utopias piratas, como exemplo recente de sociedades justas e calcadas na mais extrema das democracias. Explica que, ao contrário do que a Igreja e a história moderna contam, os piratas não devem ser confundidos com meros ladrões marítimos e, sim, vistos como renegados, expulsos de seus países, invariavelmente por terem ideais que batiam de frente com a ordem. Partiam em barcos e aportavam em algum cantão do mundo para criarem sociedades alternativas. A mais célebre, e teoricamente mais bem sucedida, foi Libertatia, na ilha de Madagascar, costa leste da África. Hakim também transcorre sobre o conceito da jihad, normalmente traduzida pelos ocidentais como "guerra santa" e usada para dar nome ao radicalismo islâmico, mas que na verdade quer dizer "revolução permanente e onipresente, em cada ato, em cada momento". Diz que após a Terceira Guerra Mundial, estamos vivendo a Quarta, entre as corporações e qualquer coisa que possa dificultar suas ações rumo ao crescimento e lucro cada vez maior. E é justamente por ocasião desta Quarta Guerra Mundial ­ que prevê a conquista de territórios em áreas como genética, nanotecnologia e cyberespaço, ou seja, aspectos que podem mudar o destino da humanidade ­ que Hakim defende o uso das TAZ, guerrilha, arte e música como principais mecanismos de resistência. Pesquise sobre esse cara e suas obras e você vai descobrir indícios do tamanho da resistência jovem existente hoje no mundo (que é menor do que deveria ser e bem maior do que imaginamos). Bey é referência de grupos democratas nos EUA, de ecologistas radicais, defensores das liberdades individuais, músicos e piratas contemporâneos como os que lotam todo ano a Defcon, ou ainda os dinamarqueses dos BlackBlocks, que tocam o rebu em qualquer manifestação anti-corporativa. Pesquise sobre este cara e você vai descobrir que tudo isto que eu citei aqui, aparentemente sem muito pé nem cabeça, é apenas a pontinha do iceberg que ele criou ao longo dos últimos 30 anos.

Louis Armstrong - First Class Jazz - 2006

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01 - Louis Armstrong - Coal Cart Blues [02:57]
02 - Louis Armstrong With Gordon Jenkin's Orch [02:54]
03 - Louis Armstrong & The Allstars - New Orle [06:45]
04 - Louis Armstrong With Louis Jordan & His T [03:07]
05 - Louis Armstrong - When It's Sleepy Time D [03:16]
06 - Louis Armstrong - Introduction + Basin St [06:19]
07 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - Moonl [03:44]
08 - Louis Armstrong - Introduction + Dear Old [04:21]
09 - Louis Armstrong - And the Angels Sing [02:55]
10 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - I Won [04:47]
11 - Louis Armstrong & Ella Fitzgerald - Bess, [05:31]
12 - Louis Armstrong & Oscar Peterson - Blues [05:16]
13 - Louis Armstrong & Oscar Peterson - What's [02:43]
14 - Louis Armstrong - Shadrack [02:47]
15 - Duke Ellington & Louis Armstrong - Solitu [04:55]
16 - Duke Ellington & Louis Armstrong - It Don [03:58]
17 - Louis Armstrong - A Kiss to Build A Dream [04:35]
Alimentos, artigos de luxo






Quem de nós imaginou entrar numa butique para comprar arroz, feijão, verduras e carne? Talvez não estejamos longe disso. O preço médio dos alimentos triplicou nos últimos doze meses.

No ano passado, os donos do mundo investiram na indústria da morte - a fabricação de armamentos - US$ 1,34 trilhão, 45% a mais do que há dez anos, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz. Em gastos militares, os governos aplicaram 2,5% do PIB mundial. Por cada habitante do planeta, US$ 202 foram destinados a alimentar as bestas do Apocalipse com mísseis, bombas, minas e artefatos nucleares. Em resumo: segundo a FAO, comparado com os gastos em alimentos, o valor consumido pelos armamentos superou-os 191 vezes!

Os EUA faturaram, em 2007, 45% da venda de armas no mundo. Este mercado é, hoje, dominado por 41 empresas estadunidenses e 34 da Europa Ocidental. Nos últimos dez anos, os gastos militares dos EUA aumentaram 65%, ultrapassando o que se investiu na Segunda Guerra Mundial. É o preço das intervenções no Iraque e no Afeganistão.

Além dessa desproporção brutal entre o que se investe na morte (armas) e o que se aplica na vida (alimentos), a crise do petróleo, com o barril acima de US$ 130, eleva assustadoramente o valor dos alimentos. Nos últimos 50 anos, industrializou-se a agricultura, o que aumentou em 250% a colheita mundial de cereais. Isso não significa que se tornaram mais baratos e chegaram à boca dos famintos.

A agricultura passou a consumir petróleo na forma de fertilizantes (eles representam 1/3 do consumo de energia na lavoura e tiveram aumento, nos últimos doze meses, de 130%), pesticidas, máquinas agrícolas, sistemas de irrigação e transporte - dos caminhões que fazem chegar o alimento no mercado ao motoqueiro entregador de pizza.

A agricultura industrializada consome 50 vezes mais energia que a agricultura tradicional, pois 95% de todos os nossos produtos alimentícios exigem utilização de petróleo. Apenas para criar uma única vaca e entregá-la no mercado se esvaziam seis barris de petróleo, cada um contendo 158,9 litros.

A elevação do preço do petróleo abre um novo e vasto mercado para os produtos agrícolas. Antes, eles eram destinados ao consumo humano. Agora, são também voltados a nutrir máquinas e veículos. O preço do petróleo tabela o de alimentos simplesmente porque se o valor do combustível de uma mercadoria exceder o seu valor como alimento, ela será convertida em agrocombustível.

Quem vai investir na produção de açúcar se com a mesma cana se obtém mais lucro gerando etanol? É óbvio, o açúcar não desaparecerá da prateleira dos supermercados. Apenas será oferecido como artigo de luxo, para compensar os investimentos de quem deixou de produzir agrocombustível.

Não se trata de ser contra o etanol, e sim de ser a favor da produção de alimentos, de modo que sejam acessíveis à renda média mensal do brasileiro, que é de R$ 873. E ninguém ignora o regime de trabalho escravo e semi-escravo que predomina nos canaviais do Brasil, conforme recente denúncia da Anistia Internacional. Aliás, é urgente que o Congresso Nacional aprove a PEC 438/2001 contra o trabalho escravo. Infelizmente o Planalto acaba de editar a Medida Provisória que desobriga o registro em carteira até três meses de trabalho. Quantos bóias-frias não ficarão, agora, condenados ao regime perpétuo - e legal - de trimestralidade laboral sem direitos trabalhistas?

Algumas empresas de produção de etanol obrigam os trabalhadores a colher até 15 toneladas de cana por dia e pagam o salário, não por horas trabalhadas, e sim por quantidade colhida. Segundo especialistas, tal esforço causa sérios problemas de coluna, câimbras, tendinites, doenças nas vias respiratórias devido à fuligem da cana, deformações nos pés em razão do uso dos "sapatões", e encurtamento das cordas vocais por força do pescoço curvado durante o trabalho.

Na colheita, os trabalhadores são acometidos de sudorese em virtude das altas temperaturas e do excessivo esforço. Para cada tonelada de cana é preciso desferir mil golpes de facão. Os salários pagos por produção são insuficientes para lhes garantir alimentação adequada, pois, além dos gastos com aluguéis e transporte dos locais de origem até o interior de São Paulo e de Minas, remetem parte do que recebem às famílias.

O regime atual de trabalho reduz o tempo de vida útil dos cortadores para cerca de 12 anos. Em 1850, quando o tráfico de escravos era livre e a oferta de mão-de-obra abundante, a vida útil desses trabalhadores era também de 10 a 12 anos. A partir da proibição de importar negros, o melhor tratamento dispensado aos escravos ampliou sua vida útil de 15 a 20 anos.

Se o governo federal deseja promover o crescimento econômico com desenvolvimento sustentável, sem antagonizar essas duas metas de nosso processo civilizatório, é preciso evitar os males apontados acima e fazer a reforma agrária, de modo a multiplicar as áreas destinadas à produção de alimentos, contrabalançando com as que, hoje, são ocupadas pelo agrocombustível.


[Autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros].


* Frei dominicano. Escritor.

domingo, 22 de junho de 2008

Reflexões de Fidel

A verdade e as diatribes


Sabe-se que nos países industrializados e ricos as pessoas gastam em alimentos, na média, cerca de 25% de sua renda. Os que pertencem a povos que foram mantidos no subdesenvolvimento econômico usam para o mesmo fim 80% de sua renda. Muitos passam fome física e sofrem enormes desigualdades sociais. As taxas de desemprego são usualmente duas ou três vezes maiores. A mortalidade infantil assume proporções ainda maiores e a expectativa de vida se reduz a dois terços daquela dos países ricos. O sistema é simplesmente genocida.


Nas Reflexões que escrevi três dias atrás, afirmei: ''Nosso país demonstrou que pode resistir a todas as pressões e ajudar os outros povos''. Poderia a Europa dizer o mesmo?

O informe publicado pela Unesco [organização da ONU dedicada à educação], ontem, 20 de junho, afirma que Cuba ocupa o primeiro lugar entre todos os países da América Latina, tanto em matemática e leitura, no terceiro ano do ciclo fundamental, como em matemática e ciências, no sexto ano, entre mais de 200 mil crianças de 16 países, examinadas ao longo de dois anos; situa-se mais de 100 pontos acima da média regional. É a segunda vez que a Unesco outorga este título a nossa pátria.

É de se compreender que nenhum país onde os direitos humanos sejam sistematicamente violados alcançaria tais níveis de conhecimento.

Então, por que se bloqueia Cuba há 50 anos?

Porque se calunia Cuba?

Por que se cria obstáculos para todo acesso à informação técnica e científica?

Por que se deseja conduzir Cuba a um sistema econômico-social insustentável, que não oferece solução para nenhum dos problemas da humanidade?

Alguns milhões de cidadãos bolivianos, equatorianos, uruguaios, argentinos, brasileiros, centro-americanos e de outros países da América Latina emigraram para a Europa, onde agora poderão ser brutalmente devolvidos a seus países de origem, caso não cumpram todos os requisitos exigidos pela nova lei anti-imigrantes.

O que é pior: um número várias vezes maior de cidadãos do México, América central e do Sul emigrou para os Estados Unidos, cruzando fronteiras, muros e mares, sem documentação alguma ou Lei de Ajuste que os proteja ou estimule a emigrar. Mais de 500 deles morrem a cada ano. Milhares de outros perecem anualmente no México e América Central, vítimas do crime organizado, de disputas pelo mercado de drogas dos EUA, cujo consumo as mais altas autoridades daquele país não podem nem querem combater.

O subprocurador José Luis Santiago Vasconcelos declarou que o tráfico de seres humanos é a segunda entre as atividades ilegais mais lucrativas. Quando se trata de cubanos, os lucros são comparáveis aos do narcotráfico: ''Cobram até US$ 10 mil por indivíduo'', informou.

O dinheiro procede dos EUA> Penso que o México não pode se converter em paraíso do tráfico de migrantes quando até os próprios guardas costeiros americanos interceptam e devolvem as pessoas capturadas no mar.

O México não tem a obrigação de permitir que lhes imponham uma versão da política de ''pés secos'' e ''pés molhados''.

Em Cuba não existe crime organizado, nem há impunidade para o tráfico de drogas. Este é combatido com eficácia e sem ensangüentar a nação. O governo dos EUA só não o reconhece por cinismo.

Não escrevi nenhuma diatribe contra a Europa, simplesmente disse a verdade. Se ela ofende, não é culpa minha.

Para poupar espaço, sequer mencioneis na Reflexão de ontem a exportação de armas, os gastos militares, as aventuras bélicas da Otan, às quais se agregam os vôos secretos e a cumplicidade européia para com as torturas praticadas pelo governo dos EUA.

Ignoro se alguém foi preso, em qualquer ponto de Cuba, por violar alguma lei. Isso nada tem a ver com a Reflexão, que solicitei que fosse divulgada apenas por Cubadebate. Relacionar as duas coisas é arbitrário. Usarei este site na internet no ritmo que julgar pertinente. Não abusarei da paciência de ninguém. E não cobro um centavo, meu trabalho é gratuito.

Não sou nem nunca serei chefe de facção ou grupo. Nnao se pode deduzir, portanto, que existam pugnas dentro do partido. Escrevo porque continuo lutando e faço-o em nome das convicções que defendi em toda a minha vida.

Fidel castro Ruz,
21 de junho de 2008

* Fonte: http://www.prensa-latina.cu

sábado, 21 de junho de 2008

Vivaldi - Concertos - The English Concert Trevor Pinnock [ 5 CD]


Vivaldi - Concertos - The English Concert Trevor Pinnock CD1 @ 320

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01. Concerto in G alla rustica -I- Presto
02. Concerto in G alla rustica -II- Adagio
03. Concerto in G alla rustica -III- Allegro
04. Concerto for Oboe and Violin in Bb -I- Allegro
05. Concerto for Oboe and Violin in Bb -II- Largo
06. Concerto for Oboe and Violin in Bb -III- Allegro
07. Concerto in C con molti stromenti -I- Allegro molto
08. Concerto in C con molti stromenti -II- Andante molto
09. Concerto in C con molti stromenti -III- Allegro
10. Concerto for 2 Violins in G -I- Allegro molto
11. Concerto for 2 Violins in G -II- Andante (molto)
12. Concerto for 2 Violins in G -III- Allegro
13. Concerto for Oboe in A Minor -I- Allegro non molto
14. Concerto for Oboe in A Minor -II- Larghetto
15. Concerto for Oboe in A Minor -III- Allegro
16. Concerto for 2 Mandolins in G -I- Allegro
17. Concerto for 2 Mandolins in G -II- Andante
18. Concerto for 2 Mandolins in G -III- Allegro

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Vivaldi - Concertos - The English Concert Trevor Pinnock CD2 @ 320

01. Concerto for Strings in A major - I. Allegro
02. Concerto for Strings in A major - II. Adagio
03. Concerto for Strings in A major - III. Allegro
04. Concerto for Violon in E major "L'amoroso" - I. Allegro
05. Concerto for Violon in E major "L'amoroso" - II. Cantabile
06. Concerto for Violon in E major "L'amoroso" - III. (Allegro)
07. Concerto for Bassoon in E minor - I. Allegro poco
08. Concerto for Bassoon in E minor - II. Andante
09. Concerto for Bassoon in E minor - III. Allegro
10. Concerto for Flute in G major - I. Allegro
11. Concerto for Flute in G major - II. Largo
12. Concerto for Flute in G major - III. (Allegro)
13. Concerto for Viola d'Amore and Lute in D minor - I. Allegro
14. Concerto for Viola d'Amore and Lute in D minor - II. Largo
15. Concerto for Viola d'Amore and Lute in D minor - III. Allegro
16. Concerto for Oboe and Bassoon in G major - I. Andante molto
17. Concerto for Oboe and Bassoon in G major - II. Largo
18. Concerto for Oboe and Bassoon in G major - III. Allegro molto

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Vivaldi - Concertos - The English Concert Trevor Pinnock CD3 @ 320

01. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°1 in D major - I. Allegro
02. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°1 in D major - II. Largo e spiccato
03. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°1 in D major - III. Allegro
04. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°2 in G minor - I. Adiago e spiccato
05. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°2 in G minor - II. Allegro
06. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°2 in G minor - III. Larghetto
07. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°2 in G minor - IV. Allegro
08. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°3 in G major - I. Allegro
09. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°3 in G major - II. Largo
10. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°3 in G major - III. Allegro
11. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°4 in E minor - I. Andante
12. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°4 in E minor - II. Allegro assai
13. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°4 in E minor - III. Adiago IV. Allegro
14. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°5 in A major - I. Allegro
15. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°5 in A major - II. Largo
16. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°5 in A major - III. Allegro
17. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°6 in A minor - I. Allegro
18. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°6 in A minor - II. Largo
19. "L'estro armonico" op. 3 - Concerto n°6 in A minor - III. Presto

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Vivaldi - Concertos - The English Concert Trevor Pinnock CD4 @ 320

01. Concerto No.7 in F -I- Andante
02. Concerto No.7 in F -II- Adagio
03. Concerto No.7 in F -III- Allegro
04. Concerto No.7 in F -IV- Adagio - Allegro
05. Concerto No.8 in A minor -I- Allegro
06. Concerto No.8 in A minor -II- Larghetto
07. Concerto No.8 in A minor -III- Allegro
08. Concerto No.9 in D -I- Allegro
09. Concerto No.9 in D -II- Larghetto
10. Concerto No.9 in D -III- Allegro
11. Concerto No.10 in B minor -I- Allegro
12. Concerto No.10 in B minor -II- Largo e spiccato
13. Concerto No.10 in B minor -III- Larghetto - Adagio - Largo - Allegro
15. Concerto No.11 in D minor -II- Largo e spicatto
16. Concerto No.11 in D minor -III- Allegro
17. Concerto No.12 in E -I- Allegro
18. Concerto No.12 in E -II- Largo
19. Concerto No.12 in E -III- Allegro

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Vivaldi - Flute Concertos, Op. 10 (Orpheus Chamber Orchestra feat. Patrick Gallois) CD5 @ 320

01. N° 1 in F major "La tempesta di mare" - I. Allegro
02. N° 1 in F major "La tempesta di mare" - II. Largo
03. N° 1 in F major "La tempesta di mare" - III. Presto
04. N° 2 in G minor "La notte" - I. Largo
05. N° 2 in G minor "La notte" - II. Presto (Fantasmi)
06. N° 2 in G minor "La notte" - III. Largo
07. N° 2 in G minor "La notte" - IV Presto
08. N° 2 in G minor "La notte" - V Largo (Il Sonno)
09. N° 2 in G minor "La notte" - VI. Allegro
10. N° 3 in D major "Il gardellino" - I. Allegro
11. N° 3 in D major "Il gardellino" - II. [without tempo]
12. N° 3 in D major "Il gardellino" - III. Allegro
13. N° 4 in G major - I. Allegro
14. N° 4 in G major - II. Largo
15. N° 4 in G major - III. Allegro
16. N° 5 in F major - I. Allegro ma non tanto
17. N° 5 in F major - II. Largo cantabile
18. N° 5 in F major - III. Allegro
19. N° 6 in G major - I. Allegro
20. N° 6 in G major - II. Largo
21. N° 6 in G major - III. Allegro

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