segunda-feira, 2 de março de 2009

150 links comprometidos...

Energia

  • http://www.aspo-portugal.net/ . Sítio da secção portuguesa da Association for the Study of Peak Oil (ASPO).
  • http://www.asponews.org/ . A Associação para o Estudo do Pico Petrolífero (ASPO, Association for the Study of Peak Oil) é uma organização séria, dirigida pelo Dr. Collin Campbell, que reúne os melhores geólogos e geofísicos do mundo. Com base na Curva de Hubbert eles tentam determinar o momento em que a humanidade atingirá/atingiu o "pico" da sua produção petrolífera, ou seja, quanto de petróleo ainda resta no planeta Terra. O sítio contem a colecção dos boletins mensais da ASPO.
  • http://www.peakoil.net/ . Outro sítio da ASPO (este é o oficial). A ASPO anunciou que o seu próximo "International Workshop on Oil and Gas Depletion" será realizado em Lisboa, em 19 e 20 de Maio de 2005, nas instalações da Fundação Calouste Gulbenkian.
  • http://wolfatthedoor.org.uk/ . O guia do principiante acerca do esgotamento petrolífero (The Beginner's Guide to Oil Depletion) , elaborado por um jovem investigador britânico, é uma excelente exposição geral acerca do assunto. Ela deveria ser lida por todos os políticos do planeta Terra. O autor conseguiu um bom compromisso entre a clareza da análise e o nível científico.
  • http://www.crisisenergetica.org/ . A crise energética que a humanidade atravessará nas próximas décadas, com o fim da era do petróleo, é o tema central deste sítio web. Os seus coordenadores participam também da ASPO (ver link acima).
  • http://www.copad.org/ . O Citizens Committee on Oil Peak And Decline (COPAD) acaba de emitir uma importante declaração acerca do pico petrolífero global.
  • http://www.oilempire.us/ . A interface entre o petróleo, a política e o 11 de Setembro. Um sítio estimulante.
  • http://www.oilcrisis.com/ . Sítio com uma vasta quantidade de informação sobre petróleo e energia. A crise global que assoma (The Coming Global Oil Crisis) é o seu subtítulo.
  • http://www.energybulletin.net/ . O Energy Bulletin contem notícias e artigos constantemente actualizados.
  • http://www.oilcrash.com/ . Sítio neozelandês sobre o crash petrolífero que se avizinha.
  • http://www.unicamp.br/fea/ortega/agroecol/emergy.htm . A "Emergy" (grafado com "m"), conceito desenvolvido pelo prof. H. Odum, avalia o trabalho feito anteriormente para fabricar um produto ou serviço. A emergia é uma medida da energia usada no passado e portanto uma forma diferente de medir a energia agora. A unidade de emergia (uso da energia disponível no passado) é em 'emjoule' a fim de distinguí-la dos joules utilizados para a energia disponível agora remanescente.
  • http://www.uqac.uquebec.ca/ . Sítio dedicado a Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994), um dos economistas fundamentais do século XX. Pode-se ali descarregar o texto integral do seu livro de 1979, "La decroissance. Entropie - Écologie - Économie" — leitura indispensável para quem quiser entender o mundo de hoje.
  • http://www.peakoilandhumanity.com/ . Uma série de dez apresentações Power Point (em francês ou em inglês), elaboradas pelo canadiano Robert Bériault. Desespero e lucidez combinam-se neste trabalho. É particularmente impressionante a história do povo da Ilha da Páscoa (ficheiros 5 e 6), o qual pode ser tomado como um microcosmo da humanidade actual.
  • http://www.lifeaftertheoilcrash.net/ . O sítio "A vida após o crash petrolífero" tenta analisar as consequências económicas, sociais e políticas do colapso que se avizinha.
  • http://www.ieer.org/index.html . Institute for Energy and Environmental Research, "Onde a ciência e a democracia se reunem.
  • http://en.wikipedia.org/wiki/Hubbert_peak . Verbete da enciclopédia Wikepedia acerca da Teoria do Pico de Hubbert.
  • http://www.eroei.com/eroei/index.html . O conceito de EROEI (Energy Returned on Energy Invested) é importante para entender os problemas energéticos de hoje.
  • http://mitos-climaticos.blogspot.com/ . O mito do aquecimento global explicado em pormenor.
  • http://www.oildepletionprotocol.org . Protocolo do Esgotamento Petrolífero (Oil Depletion Protocol), um plano para facilitar a transição para o mundo pós-petróleo.
  • http://dieoff.org/ . "O caminho para o melhor começa por um pleno olhar ao pior", diz a epígrafe deste sítio. Die-off é indispensável.
  • http://countercurrents.org/peakoil.htm . Sítio indiano com uma importante colecção de artigos acerca do pico petrolífero.
  • http://www.peak-oil-crisis.com/ . Contem uma grande colecção de links para sítios sobre o pico petrolífero.
  • http://graphoilogy.blogspot.com/ . Contem análises do declínio da produção petrolífera através de gráficos.

    Portugal

  • http://www.pcp.pt/ . Sítio principal do Partido Comunista Português.
  • http://www.avante.pt/ . O semanário do PCP. Desde Abril de 2003 todas as edições estão disponíveis on line.
  • http://www.porto.pcp.pt/ Sítio da Organização Regional do Porto do PCP
  • http://www.jcp-pt.org/ Sítio web da Juventude Comunista Portuguesa.
  • http://www.cgtp.pt/ A CGTP-IN é a central sindical dos trabalhadores portugueses. A sua fundação, em pleno regime fascista, foi por si própria um acto de resistência.
  • http://aguapublica.no.sapo.pt/inicio.htm Os monopólios e o capital financeiro gostariam de privatizar até o ar que se respira. No caso da água, a Associação Água Pública luta contra as privatizações selvagens e pela manutenção nas empresas públicas dos serviços de captação, transporte e distribuição de água.
  • http://www.ansol.org/ A Associação Nacional para o Software Livre (ANSOL) é uma associação portuguesa sem fins lucrativos que tem como fim a divulgação, promoção, desenvolvimento, investigação e estudo da Informática Livre e das suas repercussões sociais, políticas, filosóficas, culturais, técnicas e científicas.
  • http://www.movimentopelapaz.org/ Movimento pela Paz, no Porto.
  • http://www.portocomcuba.org/index.htm Sítio da Comissão Regional do Porto contra o bloqueio e de solidariedade com o povo de Cuba.
  • www.carapau.pt.vu "O Carapau - Fórum Subversivo", é um grupo de discussão português sobre questões de actualidade.
  • http://tribunaliraque.no.sapo.pt/lol.htm Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque.
  • http://www.infoalternativa.org/ Sítio web progressista com actualizações diárias.
  • http://www.odiario.info/ Novo sítio web progressista destinado a combater a perfídia desinformativa dos media empresariais. Lançado em 15/Outubro/2006, terá inserções diárias.
  • http://leidassesmarias.blogspot.com/ . "Sesmarias" é realmente um sítio original: é de esquerda e é... monárquico!
  • http://www.urap.pt/ . União de Resistentes Antifascistas Portugueses.
  • http://delta02.blog.simplesnet.pt/ . Zeca Afonso, música e letras.
  • http://aspalavrassaoarmas.blogspot.com/ . Blog combativo de Cid Simões.

    Europa

  • http://solidnet.org/redlink.html Solid Net (Solidarity Network) informa as actividades dos Partidos Comunistas e Operários do mundo todo. A redacção do Solid Net fica na Grécia.
  • http://www.lahaine.org/ , projecto de desobediência informativa
  • http//www.rebelion.org/ , actualizado diariamente
  • http://www.cadtm.org/rubrique.php3?id_rubrique=1 , Comité pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (em espanhol, francês e inglês).
  • http://www.reseauvoltaire.net/ , sítio francês dirigido por Thierry Meissan, autor de L'Effroyable imposture (uma investigação que mostra as incongruências da história oficial do 11 de Setembro) e de Pentagate, livro acerca das mentiras do governo americano. A edição em papel é divulgado em simultâneo na internet. Pode descarregá-la aqui (em francês): clique com o botão direito do rato e faça "Save as..." pentagate (2651 kB). Formato PDF (necessita Acrobat Reader para leitura).
    Também há uma versão em castelhano deste sítio: http://www.redvoltaire.net/
  • http://www.asile.org/ . Este sítio francês afirma que o objecto que perfurou o Pentágono em 11/Set/01 não foi um Boeing 757. Tudo indica ter sido um míssil.
  • http://www.icdsm.org/ . Em Haia, no tribunal pago pela NATO, com dignidade e coragem Milosevic desmontava a enxurrada de difamações e calúnias inventadas pelo imperialismo. O acusado tornava-se acusador. Até que foi assassinado, em 11 de Março de 2006, pela recusa do tribunal a prestar-lhe a assistência médica de que necessitava.
  • http://initiativecommmuniste.fr/ Sítio de coordenação dos militantes comunistas franceses que combatem "a deriva social-democrata dos dirigentes 'mutantes' do PCF que viram as costas ao marxismo, aos objectivos revolucionários e à luta contra a Europa capitalista".
  • http://le.manifeste.free.fr , sítio de "Le Manifeste", novo jornal revolucionário francês.
  • http://site.voila.fr/coordination69 , sítio francês da Coordination Communiste du Rhône.
  • http://www.primeiralinha.org/ Sítio web oficial de "Primeira Linha", organização comunista galega.
  • http://obeco.planetaclix.pt/ A Krisis é uma revista estimulante, com análises poderosas e originais, dirigida pelo filósofo alemão Robert Kurz (de que resistir.info já publicou vários ensaios). O seu sítio em português, com traduções de boa qualidade, contem um vasto e rico conjunto de ideias (algumas delas de apreensão um tanto difícil devido ao seu nível de abstração e ao facto de se referirem a temas da realidade intelectual e política alemãs).
  • http://www.comms.dcu.ie/sheehanh/sheehan.htm . Sítio da dra. Helena Sheean, investigadora irlandesa no campo da história das ideias e da comunicação.
  • http://www.worldtribunal.org/ . As sessões do World Tribunal on Iraq começaram em 14/Abr/2004 em Bruxelas, as próximas decorrerão em várias cidades europeias e a sessão final está marcada para Istambul em 20/Mar/2005 (segundo aniversário da invasão do Iraque).
  • http://www.encyclopedie-marxiste.com/ . Um projecto francófono ambicioso que pretende constituir uma enciclopédia marxista on line.
  • http://www.marxmail.org/mark_jones_archive.htm . Alguns dos textos mais importantes de Mark Jones foram reunidos aqui. A maior parte deles refere-se a petróleo, acumulação de capital e crise económica. Clique aqui para saber quem foi Mark Jones.
  • http://www.cadtm.org/ Comité pela Anulação da Dívida Externa do Terceiro Mundo (em espanhol, francês e inglês).
  • http://www.legrandsoir.info/ Jornal alternativo de informação militante (em francês).
  • http://www.statewatch.org/ Observatório do Estado e das liberdades civis na União Europeia.
  • http://www.ciudadanosporlarepublica.info/ . Combate à constituição monárquica imposta em 1978 pelo moribundo ditador Franco.
  • http://www.lariposte.com/ . Sítio francês com muito interesse.
  • http://laberinto.uma.es/ . Filosofia, economia e política neste Laberinto produzido em Espanha. Contem trabalhos de investigação de grande qualidade.
  • http://www.courtfool.info/pt_home.htm . Em tempos antigos os bobos da corte eram os únicos que tinham liberdade para dizerem certas verdades aos poderosos. Este sítio, do investigador holandês Rudo de Ruijter, diz algumas verdades importantes sobre política monetária, energia e outros assuntos.
  • http://www.chemarx.org/ Sítio suíço (em francês) com cursos de marxismo. O famoso manual de Politzer pode ser descarregado em Chemarx.
  • http://www.domenicolosurdo.blogspot.com/ Blog do filósofo italiano Domenico Losurdo, da Universidade de Urbino.

    América do Norte

  • http//www.globalresearch.ca/ . Centro de Investigação sobre a Globalização, no Canadá, dirigido pelo Prof. Michel Chossudovsky.
  • http://www.monthlyreview.org/ . A Monthly Review , fundada pelos economistas Paul Sweezy, Paul Baran e Harry Magdof, é uma das melhores e mais prestigiadas revistas marxistas do mundo. O seu primeiro número (publicado em 1948) contem um artigo de Albert Einstein em defesa do socialismo.
  • http://www.marxmail.org/ , arquivo da mailing list Marxmail.org
  • http//emperors-clothes.com/ . Sítio bem informado acerca dos países balcânicos e acerca do 11 de Setembro.
  • http://www.cpusa.org/ , sítio principal do Partido Comunista dos EUA
  • http//www.iacenter.org/ . O International Action Center foi fundado pelo Dr. Ramsey Clark, antigo Procurador Geral dos EUA. Foi uma das primeiras personalidades do mundo a denunciar a criminosa utilização de urânio empobrecido (depleted uranium) em munições convencionais das forças armadas ianques. Este sítio trata de informação, activismo e resistência ao militarismo norte-americano.
  • O link para http://www.geocities.com/malcontentx/ foi inexplicavelmente desconectado. Felizmente, resistir.info efectuara previamente o descarregamento do seu conteúdo e pode agora oferecê-lo aos seus leitores. O autor deste estudo afirma que a sua intenção é "ajudar a descobrir a verdade acerca do que ocorreu em 11 de Setembro de 2001". A investigação que apresenta, em centenas de páginas, é minuciosa. Ela desvenda a teia de mentiras, omissões e meias verdades contadas pelo governo Bush. Com o 11 de Setembro deu-se um golpe de Estado.
    Para descarregar os ficheiros clique nestes links (com o botão direito do mouse) e faça "Save As":
    1) Introduçao: malcontentx.html , 4 kB
    2) Questões não respondidas: questions.html , 390 kB
    3) Ideias: thoughts.html , 39 kB
    4) Novas questões: further.html , 41 kB
  • http://www.internationalanswer.org/index.html Cresce nos EUA a resistência ao avanço do fascismo, promovido pelo governo Bush. A ANSWER (Act Now to Stop War & End Racism) é uma frente unitária de várias organizações americanas.
  • http://www.iacenter.org/ O International Action Center, com sede Nova York, foi fundado por Ramsey Clark, antigo ministro da Justiça dos EUA. O IAC conduz uma batalha tenaz contra o militarismo e a agressividade do governo Bush.
  • http://www.scienceofsociety.org "The Institute for the Study of the Science of Society" é uma instituição marxista de ensino e investigação da sociedade. Tem sede nos Estados Unidos. O sítio contem uma série de cursos, documentos de investigação, resumos das discussões que decorrem nos seus grupos de estudo, etc. É muito estimulante o ensaio "O fim do valor", de Jim Davis, que analisa a electronização da sociedade à luz da teoria do valor-trabalho.
  • http://911research.wtc7.net/index.html , este sítio norte-americano assevera — simplesmente — que em 11/Set/2001 os edifícios do World Trade Center não foram destruídos devido a choques de aviões e sim por terem sido demolidos.
  • http://physics911.org/net/index.php . A física do 11 de Setembro. Um sítio em que cientistas e técnicos dissecam as mentiras que nos foram contadas acerca do 11/Set/2001 e tentam romper a muralha de silêncio imposta pela grande imprensa empresarial.
  • http://www.thememoryhole.org/ . "O buraco da memória -- resgatar o conhecimento, libertar a informação" é um trabalho meritório. Trata-se de revelar publicamente os factos e documentos que o governo americano esconde do público. Com o governo de Bush aumentou extraordinariamente a quantidade de coisas censuradas.
  • http://www.warprofiteers.com/ . Um baralho de cartas com os aproveitadores da guerra. Ele mostra alguns dos criminosos de guerra reais na chamada "guerra ao terror" promovida pelo governo Bush. A guerra é um grande negócio para o capital monopolista. Pode descarregar o baralho aqui clicando em war_profiteer_card_deck.pdf com o botão direito do rato e fazendo Save As... O ficheiro tem 1,02 MB (carregamento lento) e precisa do Acrobat Reader para leitura.
  • http://www.blackcommentator.com/ . Vale a pena visitar este sítio da comunidade negra norte-americana. O Black Commentator nada tem a ver com a desinformação dos media corporativos.
  • http://www.cia-on-campus.org/ . A actuação da CIA no mundo académico.
  • http://www.nyu.edu/projects/ollman/index.php . Estudos de Bertell Ollman, professor da Universidade de N. York que inventou o "Jogo da lutas de classes".
  • http://www.umrc.net/default.aspx . O Uranium Medical Research Centre dispõe de serviços de análise para os que foram contaminados pelo urânio, como os envolvidos em guerras nos Balcãs, no Afeganistão e no Iraque. Há um questionário preliminar de auto-avaliação para os que suspeitam terem sido vítimas.
  • http://www.oligopolywatch.com/ . O observador dos oligopólios proporciona uma vasta colecção de dados empíricos acerca da oligopolização geral da economia americana, tendência intensificada nos últimos anos com a onda de fusões.
  • http://www.sunshine-project.org/ . O Sunshine Project procura trazer à luz factos acerca das armas biológicas que estão a ser desenvolvidas em universidades americanas por encomenda do governo dos EUA.
  • http://www.redcritique.org/ . Sítio de ensaios na óptica do marxismo.
  • http://www.chss.montclair.edu/english/furr/ . Página do Prof. Grover Furr, especialista em História Medieval e em História da União Soviética.
  • http://webusers.physics.umn.edu/~marquit/ . A MEP edita a Nature, Society, and Thought , uma revista de alto nível.
  • http://www.scienceandsociety.com/ . Publicada trimestralmente desde 1936, Science & Society é a mais antiga revista académica marxista do mundo com publicação contínua.

    Brasil

  • http://www.mst.org.br/ Em condições difíceis, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra luta com tenacidade pela Reforma Agrária no Brasil.
  • http//www.correiocidadania.com.br/ , semanário brasileiro de inspiração católica dirigido pelo Dr. Plínio de Arruda Sampaio
  • http://www.conlutas.org.br/ , A Coordenação Nacional de Lutas (CONLUTAS) do Brasil é uma entidade coordenadora de entidades sindicais, organizações populares e movimentos sociais. O seu objetivo é organizar a luta contra as reformas neoliberais do governo Lula (Sindical/Trabalhista, Universitária, Tributária e Judiciária) e contra o modelo econômico que este impõe ao Brasil, de acordo com as diretrizes do FMI.
  • http://www.redmarx.net/ A Rede Marx Latinoamericana foi criada em 1999 no V Encontro de Revistas Marxistas do Continente. Sítio em português e em espanhol.
  • http://www.brasildefato.com.br "Brasil de Fato", novo semanário lançado em 2003.
  • http://www.portoalegre2003.org/publique/index01P.htm Rumo ao 3º Forum Social Mundial. Porto Alegre, 2003.
  • http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/ "Crítica marxista" é uma revista editada pelo Centro de Estudos Marxista (Cemarx) do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Brasil).
  • http://lusomarx.cjb.net/ "Marx em português" contem uma colecção de textos económicos contemporâneos com orientação marxista.
  • http://www.guevarahome.org , um sítio brasileiro de informação e análise.
  • http://www.lpp-uerj.net/outrobrasil/ , sítio brasileiro do Laboratório de Políticas Públicas.
  • http://www.marini-escritos.unam.mx/ . Reunem-se aqui os principais escritos do economista brasileiro Rui Mauro Marini (1932-1997).
  • http://www.inverta.com.br/ . O "Inverta" é um semanário comunista brasileiro que combate a política neoliberal do governo Lula.
  • http://www.anovademocracia.com.br/ . "A Nova Democracia" é um combativo jornal apartidário editado no Rio de Janeiro.
  • http://www.vermelho.org.br/ . Sítio web do PC do B (apoiante do governo Lula).
  • http://www.cecac.org.br/ . Centro Cultural Antônio Carlos Carvalho, que funciona no Rio de Janeiro.
  • http://www.pcb.org.br/ . Sítio web do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
  • http://www.acepusp.org.br/apalavralatina/ . A Palavra Latina, jornal progressista e apartidário publicado em S. Paulo. Há também uma edição em papel, com tiragem de 12 mil exemplares.
  • http://www.expressaopopular.com.br/ . Uma excelente editora brasileira que pratica uma política de preços acessíveis.
  • http://www.nep2000.ecn.br/ . A "Nova Economia Política do III Milénio" é um sítio estimulante de dois economistas, com novas ideias sobre a emissão e distribuição da moeda.

    América Central e do Sul

  • http://www.anncol.org/ . Agência de Notícias Nueva Colombia. URL alternativa: http://www.anncol.nu/ ou http://anncol.eu/index.php
  • http://www.granma.cubaweb.cu/ . Edição diária do Granma.
  • http://www.nodo50.org/cubasigloXXI/ , Cuba Siglo XXI contem trabalhos científicos acerca de temas económicos, políticos e institucionais cubanos e latino-americanos.
  • http://www.lajiribilla.cu/ . Revista Digital de Cultura Cubana.
  • http://www.cubarte.cult.cu/ . Portal da cultura cubana.
  • http://www.rrojasdatabank.org/ Vasta colecção de documentos sobre problemas económicos e sociais organizada pelo professor chileno Robinson Rojas. Sítio trilingue (espanhol, francês e inglês).
  • http://pacocol.org/ Sítio do Partido Comunista Colombiano.
  • http://www.resistencianacional.net/ Resistência nacional, a revista das FARC-EP.
  • http://www.pcv-venezuela.org/index.php Sítio oficial do Partido Comunista da Venezuela e do seu jornal, "Tribuna Popular".
  • http://www.ppt.org.ve Sítio oficial do Pátria Para Todos, partido progressista da Venezuela.
  • http://www.espacioautogestionario.com Sítio da Venezuela que apoia o Movimento Bolivariano.
  • http://www.antiterroristas.cu/ Um sítio web cubano destinado a revelar, denunciar e combater o terrorismo em geral e, em particular, o terrorismo de Estado praticado pelo governo dos EUA.
  • http://www.yachay.com.pe/especiales/mariategui/ Casa Museu José Carlos Mariátegui, um dos maiores pensadores marxistas da América Latina. Os seus "7 ensayos de interpretación de la realidad peruana" encontram-se em http://www.yachay.com.pe/especiales/7ensayos/
  • http://laventana.casa.cult.cu "La Ventana" é o portal informativo da Casa de las Americas, uma importante instituição de Cuba e de toda a América Latina. A Casa de las Americas, criada no início da Revolução Cubana, desenvolve um vasto trabalho no campo da literatura e das artes (cinema, teatro, artes plásticas, etc). Vale a pena visitá-la.
  • http://www.chile-esmeralda.com/ A história negra de La Esmeralda, o navio-escola chileno da tortura e da morte.
  • http://www.webpcu.org/ , novo sítio do Partido Comunista do Uruguai, lançado em Outubro de 2003, com actualização semanal.
  • http://www.econoticiasbolivia.com/ , excelente sítio boliviano de análise económica e social, lúcido e combativo.
  • http://www.fundacionarismendi.org/ . Sítio da Fundación Rodney Arismendi, do Uruguai. Arismendi, juntamente com Mariátegui, foi um dos grandes marxistas criadores da América Latina. A fundação que leva o seu nome desenvolve um extenso trabalho de investigação científica.
  • http://www.comunistas-mexicanos.org/ . Partido de los Comunistas de México.
  • http://www.noidb.org/ . Campanha contra o Banco Interamericano de Desenvolvimento, pela vida, justiça & diversidade (em castelhano e inglês).
  • http://www.terrorfileonline.com/es/index.php/Inicio . Enciclopédia on line acerca do terrorismo made in USA nas Américas, iniciativa aprovada Encontro Internacional em Defesa da Humanidade.
  • http://www.refundacioncomunistapr.com/ . Refundação Comunista de Porto Rico.
  • http://www.batayouvriye.org/ . Órgão de sindicatos e comissões de trabalhadores do Haiti. Em francês, inglês, castelhano e crioulo.
  • http://www.altercom.org/ . Altercom, agência de notícas do Equador.

    Ásia/Médio Oriente

  • http://www.nodo50.org/csca/ , sítio do Comité de Solidariedade com a Causa Árabe, em espanhol.
  • http://www.freearabvoice.org/index.htm . "The Free Arab Voice, a sua voz num mundo em que o sionismo, o aço e o fogo tornaram a justiça muda" é o título deste sítio produzido por intelectuais jordanianos. Contem análises e noticiário dos acontecimentos no Iraque (em inglês e em árabe).
  • http://www.mundoarabe.org/ , sítio em espanhol com informação sempre actualizada acerca do mundo árabe.
  • http://www.fdlpalestina.org/ , sítio em espanhol da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, uma organização de esquerda e a principal dentro da OLP, da Resistência e da Intifada palestina.
  • http://electronicintifada.net/new.shtml , Notícias da Palestina.
  • http://electroniciraq.net/news/ , Notícias do Iraque.
  • http://www.iraqsnuclearmirage.com/ , um livro sério escrito por um cientista iraquiano, o Dr. Imad Kadduri, que desmistifica as mentiras inventadas e apregoadas pelo governo Bush acerca das capacidades nucleares do Iraque. O seu blog chama-se Free Iraq .
  • http://riverbendblog.blogspot.com/ . O quotidiano de Bagdad visto por uma jovem iraquiana.
  • http://www.korea-np.co.jp/pk/ A agressividade do imperialismo contra a RDPC (Coreia do Norte) intensifica-se, ameaçando-a com nova guerra logo após a do Iraque. O governo Bush iniciou uma campanha de mentiras acerca do programa nuclear norte-coreano. Mas o que diz o outro lado nunca é contado pelos medias empresariais que desinformam o mundo. Pode ver aqui a história do lado coreano.
  • http://www.rupe-india.org/ , O Research Unit for Political Economy (RUPE), em Mumbai (Bombaim), Índia, efectua análises, tanto ao nível teórico como empírico, da economia indiana.
  • http://www.wsfindia.org/index.php , Fórum Social Mundial, em Mumbai, Índia, de 16-24/Jan/2004.
  • http://www.korea-dpr.com/ , sítio oficial da RDP da Coreia.
  • http://henryckliu.com/ . Sítio web de Henry C. L. Liu, especialista em problemas monetários e financeiros.
  • http://www.aloufok.net/sommaire.php3 . Sítio libanês, do Movimento Democrático Árabe (em francês).
  • http://bdsmovement.net/ . Boycott, Divestment and Sanctions for Palestine.

    África

  • http://www.forumtiersmonde.net/fren/index.htm Forum du Tiers Monde. Contem o Apelo de Bamako.
  • http://www.penserpouragir.org/ . Um sítio dedicado aos actores do desenvolvimento local no Mali e em África. Em francês.
  • http://www.macua.org/miacouto/index.html . Página que reune escritos de Mia Couto, até então dispersos.
  • http://www.mathaba.net/menu.htm . Mathaba.Net é uma rede de notícias alternativas sobre África.

  • Fonte: www.resistir.info

    domingo, 1 de março de 2009

    Ganhamos mais uma.....


    Os campeões do primeiro turno posam para foto antes do jogo decisivo. De pé: Lauro, Bolívar, Magrão, Índio, Sandro e Álvaro; Agachados: Guiñazu, Nilmar, Kleber, Andrezinho e Taison


    Num jogo brilhante, onde se destacaram Andrezinho e Guinazú pelo excelente desempenho no meio campo colorado, tendo Taison na frente dando um cansaço na defesa gremista, o Internacional obteve mais uma vitória no clássico grenal( a sete jogos não perde), conquistando assim o primeiro turno do campeonato gaúcho e a Taça Fernando Carvalho.
    No primeiro tempo a equipe vermelha obteve duas situações claras de gol, onde na primeira delas o goleiro Vitor, do gremio fez duas defesas sensacionais e uma outra, por um cruzamento de Kleber, hoje sim jogando bem melhor, que Andrezinho cabeçou a queima roupa e Vitor defendeu novamente. No segundo tempo através de duas bolas levantadas na área aconteceram os dois gols colorados e num chute bem colocado de Alex mineiro que pegou o goleiro do Inter, Lauro, adiantado, o gremio fez seu gol.
    Essa vitória demonstrou duas coisas: Celso Roth, treinador gremista é realmente um retranqueiro, pois iniciou o jogo com apenas um atacante, tentando reproduzir o desempenho do grenal anterior, e esquecendo que naquele jogo o inter estava com seu meio campo exposto tendo apenas dois marcadores, mudando no segundo tempo inteiramente a partida ao colocar mais marcadores; e que Tite está finalmente encontrando um equilíbrio no meio campo e na defesa, embora Laura esteja com dificuldades nas saídas de bola, o que é uma característica dos goleiros brasileiros. O inter dominou toda a partida, com excessão de alguns minutos após levar o gol de empate onde a equipe de abalou um pouco.Vitória merecida e o RS continua vermelho, pelo menos no futebol.

    Artigo muito interessante...

    Quem escolhe o afogamento?

    Marcos Rolim

    Quando Virgínia Woolf entrou no Rio Ouse para se matar, sabia que a loucura a cercava. Mesmo assim, deixou dois bilhetes de amor e teve o cuidado de encher com pesadas pedras os bolsos de seu casaco. Ela ouvia vozes, mas sabia que o suicídio por afogamento não é um método simples. Por instinto, todos os mamíferos reagem à asfixia e emergem mesmo os que desejam a morte. Sabe-se que os suicidas escolhem a forma de morrer, privilegiando métodos que lhes assegurem rapidez e que eliminem ou reduzam sofrimento. Não por acaso, estima-se que 64% dos homens e 40% das mulheres que se matam em todo o mundo usam armas de fogo. Pela mesma razão, a escolha pelo afogamento é incomum sendo, por exemplo, apenas 1,3% dos suicídios nos EUA (os suicídios na Golden Gate Bridge, a propósito, raramente são afogamentos, porque as vítimas morrem pelo impacto na água queda de 75 metros a uma velocidade de 138 km/h no momento do impacto).

    A facilidade de acesso aos meios letais faz muita diferença (Marzuk et al, 1992) e a maior parte das pessoas com ideação suicida só a consuma mediante acesso a determinados métodos, desistindo da ideia na ausência deles. Na Inglaterra, a introdução de uma nova composição de gás de cozinha – muito menos tóxica – fez com que os suicídios com este meio fossem reduzidos de 2.368 casos em 1963 para 11 em 1978 (Colt, 1991) enquanto na então Alemanha Ocidental aquela mudança fez com que as taxas para este evento despencassem de 11,6% para 0,3% no mesmo período (Wiedenmann A., Weyerer S., 1993); em nenhum caso houve migração considerável para outros métodos de suicídio.

    A morte por afogamento envolve uma das mais aterrorizantes experiências. Escolhê-la é, por isso mesmo, um gesto de loucura, não de desespero ou depressão aguda. A autópsia que conclua pela morte por afogamento, por seu turno, jamais será prova de suicídio ou de homicídio. No caso do homicídio, por exemplo, seria preciso constatar ferimentos ou hematomas no cadáver ou vestígios (por exemplo, sob as unhas) que indiquem luta corporal prévia. Na ausência destes elementos, pode-se chegar à causa da morte, mas não às condições em que ela se deu (o que torna o homicídio por afogamento um crime de difícil solução).

    Digo isto apenas porque no caso da morte do ex-assessor do Governo do Estado, Marcelo Cavalcante, fiquei com a impressão de que a hipótese do suicídio foi muito rapidamente sacramentada pelo discurso oficial. Ele tinha um depoimento marcado no Ministério Público e procurou informações sobre o programa de proteção a testemunhas. Quem busca este tipo de informação está preocupado em manter sua vida, não em abreviá-la. Segundo consta, Marcelo teria dito a sua esposa que estaria indo “para outra vida”. A frase parece definitiva, mas não é. Não se cogitou que o eventual ingresso no programa de proteção a testemunhas pode significar, precisamente, outra vida, inclusive outro nome conferido legalmente ao protegido. Muitas outras hipóteses, além desta, são perfeitamente plausíveis. O que parece faltar aqui são evidências e, ao que tudo indica, a vontade de encontrá-las.

    * Jornalista

    sábado, 28 de fevereiro de 2009

    Email de Heitor Reis - Brasil

    Brasil envia 19 mil toneladas de solidariedade a Cuba........ .por quién merece amor!

    Beto Almeida, jornalista

    O Governo Lula doou a Cuba 19 mil toneladas de arroz para enfrentar os graves problemas causados pela passagem de três furacões que devastaram a ilha em outubro passado, o Ike, o Gustav e o Hannah. Uma expressão de solidariedade deste porte não pode passar sem merecer reflexões amplas, especialmente num momento em que o mundo registra principalmente é movimentação de armas. Enquanto Brasil doa arroz, os EUA seguem com o contínuo abastecimento de armas para Israel.

    O carregamento de arroz - o equivalente a 718 caminhões - saiu do porto gaúcho de Rio Grande no dia 10 de Fevereiro e está por aportar em Havana por estes dias, levado por 3 navios cedidos pela Espanha, que, com isto, também participa desta operação de solidariedade a Cuba.

    Os furacões também arrasaram o Haiti e Honduras, países que também receberão doações brasileiras, logo a seguir. Houve escassa divulgação sobre esta doação do governo brasileiro, apenas discretos registros na imprensa do sul, mas, no total ela representará 44,4 mil toneladas de arroz. Além disso, serão enviadas aos três países, em um terceiro carregamento ainda sem data prevista, 1.105 toneladas de leite em pó e 4,5 toneladas de sementes de frutas, verduras e legumes, produzidos pela agricultura familiar.

    Fidel: como um ataque nuclear

    Segundo o Itamaraty , somente no Haiti, as tempestades deixaram pelo menos 800 mortos e 800 mil desabrigados. Em Cuba, foram sete mortes e perdas calculadas em US$ 10 bilhões, com meio milhão de casas danificadas ou destruídas e centenas de milhares de hectares de plantações arrasados. O ex-líder cubano Fidel Castro chegou a comparar as imagens de destruição na ilha às que testemunhou na cidade japonesa de Hiroshima após a detonação da bomba nuclear.

    É aqui exatamente onde se faz mais necessária uma reflexão bem atenta sobre o significado desta ajuda, retirada dos estoques públicos geridos pela Companhia Brasileira de Abastecimento e que conta com expressiva produção de responsabilidade da agricultura familiar.

    Os jornalistas que acompanham há mais tempo as passagens constantes de furacões sobre o Caribe, podem observar uma diferença sobre o comportamento da sociedade cubana, de sua defesa civil, a unitária e disciplinada mobilização de seu povo. Com toda a lamentável destruição que ocorre, sobretudo em habitações, na agricultura e também no setor elétrico, é possível verificar que o caráter socialista da sociedade cubana permite sim minimização das perdas humanas. Pode-se alegar que em se tratando de furacões é difícil comparar as perdas cubanas, as 7 mortes em Cuba, com os mais de 800 que morreram no Haiti, país que vive um crise humanitária, uma tragédia social densa, além de estar sob a presença de Tropas da ONU, cuja permanência foi solicitada pelo presidente René Preval logo após sua eleição com expressivo apoio popular, superior a 73 por cento dos votos.

    O que vale registrar é que em Cuba, diante da ameaça de uma catástrofe natural, todos os instrumentos do estado e da sociedade se mobilizam de modo integrado, sobretudo os meios de comunicação, atuando em sintonia completa com a Defesa Civil, com o intuito de salvar vidas. Lá não há mídia privada que não pode suspender sua programação para difundir diretrizes de evacuação de regiões que serão mais afetadas pelos furacões. Aqui só mudam a programação para explorar o sensacionalismo mórbido como na tragédia da adolescente Eloá, sempre na linha do vale-tudo pela audiência. Quem manda na programação é o departamento comercial. Em Cuba não há mídia privada, salvar vidas é obrigação, é a pauta fundamental.

    Assim, com este esforço unitário que inclui órgãos do Estado, as Forças Armadas Revolucionárias, a Defesa Civil, os sindicatos, os meios de comunicação, os Comitês de Defesa da Revolução, o sistema de saúde, é possível em poucas horas evacuar contingentes de um milhão e meio de cubanos. Só isto já é uma façanha, pois estamos falando de mais de 10 por cento da população cubana aproximadamente, que hoje alcança pouco mais de 11 milhões de habitantes. Imaginemos o esforço que deveria ser feito, a magnitude da logística requerida se necessário fosse evacuar, em poucas horas, diante de uma ameaça climática, a 10 por cento do povo brasileiro, ou seja, algo como 19 milhões de seres humanos. Sabemos que sequer conseguimos resolver a contento ainda operações muito mais simples como a da documentação dos cidadãos, a do registro das crianças recém-nascidas, estamos sendo obrigados a dispensar boa parte dos recrutas pela impossibilidade de oferecer-lhe a refeição adequada nos quartéis.

    Jornalismo de desintegração

    Sim, o Brasil ainda não resolveu muitos problemas de séculos atrás, como diz o próprio presidente Lula, mas foi capaz de ter a sensibilidade social de enviar 19 mil toneladas de solidariedade para a Cuba que tanto merece amor. Seria necessário divulgar muito mais o que está ocorrendo de fato junto com o envio dessas toneladas de arroz-solidário. Era até mesmo necessário que a TV Brasil estivesse nos navios espanhóis que fazem o transporte para contar esta história de integração que caminha, mas que nem é compreendida adequadamente, seja porque a comunicação não opera, seja porque há a atuação do jornalismo da desintegração. Refiro-me aquela certa mídia que afirma que integração é pura retórica itamarateca.

    Antes das 19 mil toneladas de arroz solidário, já haviam ido para a Ilha rebelde o braço da Emprapa, da Petrobrás. Multiplicam- se os acordos de cooperação, os volumes de comércio, os laços culturais. Há quem não queira ver.

    Sangue brasileiro em solo cubano

    Mas, entre Cuba e Brasil os laços de solidariedade - ternura entre os povos - são muito mais antigos, sempre mal divulgados. Lutaram no Exército de Libertação Nacional de José Marti dois brasileiros, dois cariocas. Essas 19 mil toneladas de arroz aportam em solo irrigado pelo sangue de dois brasileiros que atenderam ao chamado revolucionário de Marti para a luta de libertação de Nuestra América. Solo fértil. Lá ficaram, junto com José Marti, também abatido em combate. Já havíamos doado sangue ao povo cubano.

    Em outros momentos, brasileiros e cubanos também estiveram de alguma forma juntos, como, por exemplo, na luta de libertação de Angola. Trezentos e cinqüenta mil cidadãos cubanos, homens e mulheres, incluindo a filha do Che, tomaram em armas e foram para Angola lutar contra o exército sul-africano que invadia a terra do poeta Agostinho Neto, que pessoalmente solicitou ajuda a Fidel Castro. A sanguinária democracia dos EUA apoiando o exército do Apartheid de um lado e Cuba lutando ombro a ombro com os angolanos do outro. O Movimento Negro brasileiro não mandou uma aspirina em solidariedade aos angolanos. Na Batalha de Cuito Cuanavale, 1988, os nazis do apartheid da África do Sul foram finalmente derrotados, levando Mandela a declarar: “ a Batalha de Cuito Cuanavale foi o começo do fim do Apartheid!!!” O Brasil tinha sido o primeiro país a reconhecer a independência da República Popular de Angola, o que levou Henry Kissinger, então secretário de estado dos EUA, a vir ao Brasil para reclamar de Ernesto Geisel , afirmando que o Brasil estava fazendo o jogo dos comunistas, estava junto com Cuba, etc. Geisel respondeu apenas: “a política externa brasileira não está em discussão com o senhor!” Houve um tempo em que chanceleres brasileiros tiravam o sapato diante de ordens desaforadas de qualquer guardinha de alfândega....

    Furando bloqueios

    Hoje o Brasil envia 19 mil toneladas de arroz para Cuba e dá uma banana para a tal lei Helms-Burton, fura o bloqueio com solidariedade, para lá envia a Embrapa e a Petrobrás. Com o apoio da Espanha de Zapatero. Antes, a Espanha de Aznar, mandava tropas para o Iraque, operava no Golpe de Abril de 2002 contra Chávez...

    Por quem merece amor....

    Solidariedade não se discute a quem, mas esta é matéria que Cuba pode dar aulas de sobra. Existem hoje profissionais de saúde cubanos em mais de 70 país. Apenas na Venezuela trabalham 23 mil médicos cubanos. No Timor Leste também encontram-se 350 médicos cubanos em missão de solidariedade. O presidente timorense, o jornalista e poeta Ramos-Horta, contou-me que o Embaixador dos EUA tentou pressionar para que Timor rejeitasse a ajuda cubana. Ramos, com a sabedoria humilde dos timorenses, apenas perguntou ao embaixador norte-americano quantos médicos seu país havia enviado para aquela ilha que antes foi um Vietnã Silencioso, dado seu heroísmo e dignidade, escondidos de modo vil pela mídia controlada pela indústria bélica e pela ditadura petroleira internacionais. O gringo vestiu a carapuça. Há mais médicos e professores cubanos em todos os continentes do que profissionais de todos os países ricos de idêntica especialização , somados. Mas, se a continha fosse de soldados.... ....

    A Venezuela já foi declarada pela Unesco “Território Livre de Analfabetismo” , e lá estavam os professores e pedagogos cubanos para assegurar esta conquista. Ser livre é ser culto, diz Marti. Da mesma maneira, quando em dezembro último a mesma Unesco - mais acostumada nos últimos tempos a contabilizar a devastação da educação pública no mundo - declarou oficialmente a Bolívia como “Território Livre do Analfabetismo” , lá estavam os professores cubanos, com o seu método de alfabetização “Yo si puedo”, prestando sua solidariedade para tirar o povo boliviano das trevas da ignorância neoliberal.

    Doando médicos, professores, pedagogia

    Aliás, este método de alfabetização também foi adaptado por pedagogos cubanos para aplicação via rádio no Haiti, em dialeto creolo. A observação é simples: um país que já extirpou a praga do analfabetismo há mais de 48 anos coloca agora seus profissionais a serviço de outros povos buscando soluções para problemas sociais que já não existem mais ali entre cubanos. De certo modo, lá no Haiti brasileiros e cubanos também encontram-se novamente juntos. Seus esforços de algum modo coordenam-se favoravelmente. A integração se dá. Os 500 médicos cubanos que estão no Haiti são, na prática, a espinha dorsal do que resta do serviço de saúde pública daquele país em colapso e o Batalhão de Engenharia do Exército Brasileiro lá está a construir fossas, pavimentar ruas e estradas, obras de saneamento. O tema é provoca polêmicas, inclusive por vários movimentos sociais, mesmo assim é central considerar declaração do Comandante Fidel Castro em 2006: “eu prefiro tropas brasileiras do que mariners dos EUA no Haiti. Revelando a com quê concepção geopolítica, portanto com quê visão estratégica ampla avalia a questão.

    Do mesmo modo, cabe registrar que este mesmo método de alfabetização cubano está sendo adaptado e aplicado entre indígenas na nova Zelândia e em inúmeros Assentamentos da Reforma Agrária do MST aqui no Brasil sempre combinando o uso do livro e da televisão, incluindo a participação, no caso brasileiro, de alguns artistas de telenovela, igualmente solidários com os mais necessitados.

    Cuba, Katrina e Tusinami

    O desastre do furacão Katrina nos Eua foi duplo: a catástrofe natural ceifou muitas vidas, mas foi agravada pela catástrofe da criminosa negligência dos administradores públicos que deixaram a população de Nova Orleans no deus-dará e dizendo-lhes apenas, “virem-se”. Quê diferença da mobilização disciplinada para evacuação de milhões de cidadãos em Cuba em poucas horas!!! Citemos os números: em Cuba, mais de 500 mil residências destruídas, porém, apenas 7 mortes. Uma vida perdida é sempre uma vida perdia, mas o aqui o valor da consciência, da solidariedade, do sentimento coletivo é o eixo central pois nestas evacuações, os médicos de família acompanham seus pacientes, cuidando inclusive que os animais domésticos também sejam evacuados coordenadamente, especialmente pelo efeito emocional positivo que têm sobre as crianças. É o modo como uma sociedade socialista trata seus animais. A solidariedade , por meio de políticas públicas, chega até estes.

    Cuba imediatamente ofereceu aos EUA um total de 1200 médicos para cuidar da população flagelada pelo Katrina, ajuda prontamente rejeitada pelo então presidente Bush, mais preocupado em enviar soldados para o Iraque que em receber médicos cubanos. Como é possível que a poucas horas da passagem devastadora do furacão em Nova Orleans haja a oferta de 1200 médicos prontos para embarcar para os EUA? Já estão sempre preparados para ajudar outros povos! E como é possível que o país mais rico do mundo não tenha tido a capacidade, até hoje, de reconstruir o que foi destruído pelo furacão, deixando patente, sobretudo, o desprezo pelas populações negras que perderam suas casas, seus móveis etc.?

    Eis aí um aspecto que diferencia fundamentalmente as sociedades: algumas são capazes de cuidar dos seus, mas também cuidar dos mais necessitados, mesmo que estejam em outro país, a civilizada capacidade de oferecer solidariedade. Por isso, é também importante registrar que a Venezuela continua doando para as populações pobres dos EUA óleo combustível a ser usado para a calefação neste período de frio. Sim, é comum a morte por frio entre os pobres nos EUA. E lembrando que em Cuba encontram-se hoje 500 jovens dos EUA, pobres e negros moradores do Harlen, a estudar gratuitamente na Escola Latino-Americana de Medicina.

    Até os elefantes se salvaram...

    Da mesma forma que no Katrina, também no Tsunami também ficou demonstrado o desprezo pelo salvamento de vidas. Quando os aparelhos eletrônicos dos EUA detectaram os tremores no fundo do mar, imediatamente foi possível calcular seus possíveis efeitos, o maremoto arrasador. Tanto é assim que rapidamente as embaixadas dos EUA na região foram orientadas sobre o que poderia vir. As aeronaves da base naval norte-americana da Ilha de Diego Garcia foram colocadas em área protegida. Sabia-se o que estava por vir em algumas horas. Horas suficientes para serem utilizadas na informação preventiva, mobilizadora, para organizar um operação de evacuação gigantesca. Tanto é que elefantes que percebem os tremores subterrâneos captaram a mensagem da natureza e fugiram para lugar seguro. Os elefantes escaparam!

    Mas, a magnífica parafernália de comunicação hoje em mãos da humanidade para integrar bancos, bolsas de valores, esquadras navais, satélites, internet, para operações com capitais especulativos, não foi usada para salvar vidas! Se fosse um colapso bancário, em segundos todos os países do mundo estariam informados. Mas, era um maremoto que estava se formando a partir das súbitas mudanças das placas tectônicas no fundo do mar, não era mudança de capital. Havia o espaço de tempo necessário para salvar vidas se todos os meios de comunicação, os satélites, as rádios e televisões, trabalhassem com o sentido humanitário, com o espírito de missão pública, com a consciência de que se pode sim salvar vidas, como se faz em Cuba quando vêm chegando os furacões. A tecnologia, sem consciência solidária, de nada vale quando se trata de salvar vidas, apenas isto.

    Assim, aprendamos todos com esta página de solidariedade que está sendo escrita agora pelo Brasil, coerente com uma política de integração. Militares brasileiros da Aeronautica participaram de operações de salvamento de flagelados quando das devastadoras inundações na Bolívia há alguns meses. Participaram também, recentemente, indicados pelas Farc, mas com a concordância do governo da Colômbia, da operação de resgate humanitário dos reféns coordenada pela Cruz Vermelha nas selvas do país vizinho. Mas, esta página tem muitos antecedentes, sobretudo inúmeras páginas nobres que Cuba já escreveu na história da solidariedade internacional dividindo generosamente seus escassos meios com outros povos mais necessitados.

    Assim, o arroz solidário brasileiro vai para quem merece amor, como na canção de Silvio Rodriguez.

    Beto Almeida

    Diretor de Telesur

    Mafiosos da Mídia mostram a cara:


    Para eles, a Ditadura foi mesmo branda...

    André Lux


    Como todo mundo já deve saber, um desses asnos de terno e gravata que se prostituem para o PiG em troca de uns trocados e tapinhas nas costas, chamou na Folha de S. Paulo (panfleto neoliberal do PSDB) de "ditabranda" a Ditadura que destruiu o Brasil por 21 anos e prendeu, torturou e/ou matou centenas de brasileiros - inclusive velhos, mulheres e crianças.

    O que dizer de alguém que escreve uma asneira dessas, exceto que se trata de um asno? Humano é que não é. Se bem que chamá-lo de asno é uma ofensa a esse animal irracional, porém pacato e inofensivo.

    Tudo bem o sujeito não gostar do regime cubano ou dos presidentes eleitos democraticamente Hugo Chávez e Evo Morales, agora precisa tentar reescrever a história e ofender qualquer pessoa de bom senso inventando um termo grotesco só para agradar o playboy ridículo que lhe paga o salário?

    Acho que todo mundo está careca de saber que TODA a imprensa tupiniquim não apenas apoiou, como clamou pelo Golpe Cívico-Militar que derrubou o presidente João Goulart, democraticamente eleito, colocando em seu lugar um bando de milicos babões que, entre outras aberrações, transformaram o Brasil no país mais desigual e corrupto do mundo.

    Sim, existiram exceções e muitos jornalistas que trabalhavam para essa imprensa golpista e anti-democrática certamente eram contra o apoio dado à Ditadura pelos donos da mídia. Jornalistas que pagaram caro pela sua rebeldia contra o arbítrio e a covardia, como Vladmir Herzog, morto depois de ser barbaramente torturado pelos cães de guarda do regime apoiado pelos Frias, Mesquitas, Marinhos e outros mafiosos que vendem mentiras que visam atender seus interesses financeiros ou políticos travestidas de "informações".

    Hoje, posam de vestais da defesa da democracia e da ética, porém ficaram milionários mamando nas tetas daquele governo de exceção, enquanto centenas de pessoas eram barbaramente torturadas e assassinadas covardemente.

    Alguns, mais caras-de-pau, exibem provas de que foram censurados para dizer que nunca foram favoráveis ao regime. Mentira! A Folha, por exemplo, nunca sofreu qualquer tipo de censura. O Estadão, jornal cujos ex-donos lamentam o fim da escravidão até hoje, chegou a ser censurado, mas não por defender a volta da democracia e sim por ter apoiado a ala dos milicos que foi derrotada no golpe-dentro-do-golpe que aconteceu em 1968.

    A rede Globo então, nem se fala. Funcionava como porta-voz oficioso da Ditadura e assim permanece até hoje - não ficaria chocado se soubesse que Ali Kamel, o torquemada da central de "jornalismo" da Globo, tem uma foto do general Garrastazu Médici, o carrasco, pendurada em cima da sua cama.

    O meu amigo blogueiro Eduardo Guimarães, do Cidadania.com, está organizando mais um protesto em frente ao feudo dos Frias. Eu estarei lá. Confira abaixo a programação e compareça! Precisamos mostrar a esses canalhas desumanos que eles não detém mais o monopólio da palavra e da opinião.

    PROTESTO CONTRA A "DITABRANDA" DA FOLHA
    DIA: Sábado, 7 de março,
    HORÁRIO: às 10 horas da manhã.
    LOCAL: Folha de São Paulo, Rua Barão de Limeira, no centro de São Paulo.

    Georges Labica


    Um dos filósofos marxistas mais talentosos do século XX.

    Por Miguel U. Rodrigues. Portugal

    - Um Humanista Revolucionário que amava a Palavra, o Pensamento e a Vida

    Resumo

    Georges Labica faleceu no dia 12 de Fevereiro em Saint Germain en Laye, França. A esse amigo e colaborador de odiario.info, que foi um dos filósofos marxistas mais talentosos e criativos do século XX, dedica Miguel Urbano Rodrigues este artigo.

    Foi pelo telefone que falamos pela primeira vez há uns dez anos.

    Eu estava em Paris com Henri Alleg e pedira-lhe que encontrasse editor para o livro de uma amiga chilena.

    Ele comentou: vais expor o caso a um camarada mais indicado do que eu para isso. Pegou no telefone ligou para Georges Labica, trocaram algumas palavras, e passou-me o aparelho. Eu conhecia dois ou três dos seus livros, admirava-o, mas senti algum acanhamento com a situação. Logo se desvaneceu.

    Tive a estranha sensação de falar com alguém muito próximo, pelo tom de quase intimidade que imprimiu ao nosso breve diálogo. Foi o prólogo de uma futura amizade que não parou de crescer.

    Georges visitou o Alentejo pela primeira vez em 2004. Chegou para participar no I Encontro Civilização ou Barbárie, em Serpa.

    A velha cidade da Margem Esquerda do Guadiana produziu nele um efeito de deslumbramento.

    As muralhas medievais, as ruelas tortuosas, o casario branco, a transparência do céu azul, a vastidão silenciosa dos montados, a atmosfera humana, fascinaram-no.

    Nadya, a sua mulher, uma Kabila que aos setenta anos faz pensar, pela beleza e pela figura, numa princesa das Mil e Uma Noites, sentiu-se também enfeitiçada.

    Georges e Nadya gostaram tanto que voltaram. Ele retornou a Serpa para fazer uma conferência e, posteriormente, para intervir no II Encontro Civilização ou Barbárie.

    - Sabes – confidenciou uma tarde, sorvendo com vagar um café no pátio da residencial onde estava hospedado – sentir-me numa cidade governada há três décadas por comunistas, onde a fraternidade nos envolve de manhã à noite, mergulha-me num mundo sonhado cujas portas não fomos capazes de abrir. Os comunistas do teu Alentejo fazem-me regressar à juventude, quando acreditávamos que iríamos transformar rapidamente o mundo e concretizar o projecto de Marx.

    As visitas de Georges Labica a Portugal foram ignoradas pela comunicação social caseira com excepção de um pequeno semanário de Beja, o «Alentejo Popular», que o entrevistou.

    Essa atitude não surpreende. Os jornais ditos de referência e os e canais de TV portugueses não identificam qualquer interesse noticioso na vinda ao país de um intelectual com a envergadura do autor do “Dicionário Crítico do Marxismo”.

    O Filósofo e a Obra

    Georges Labica, foi na minha opinião um dos filósofos marxistas mais criativos do século XX.

    A sua contribuição como professor e pensador foi importantíssima para que sucessivas gerações – primeiro na Universidade de Argel, depois na Universidade de Nanterre,em Paris – se aprofundassem na compreensão da obra, da mundividência e do projecto do autor de “O Capital”.

    Na sua obra vastíssima livros como “O Estatuto Marxista da Filosofia”; “O Paradigma do Grande Hornu-Ensaio sobre a Ideologia»; ”De Marx ao Marxismo»; «Frederick Engels, sábio e revolucionado” e sobretudo o “Dicionário Crítico do Marxismo” são trabalhos fundamentais numa época em que o fim da URSS funcionou como estímulo à capitulação de milhares de intelectuais progressistas e transformou em moda a satanização do marxismo.

    Pensador consciente de que a reflexão sobre o homem e a transformação da vida exigem a abertura ao universal, Labica adquiriu desde a juventude uma cultura humanista que lhe permitiu escrever sobre acontecimentos e personalidades muito diferentes que intervieram, por vezes decisivamente, no movimento da história, influenciando-lhe o rumo. Estão nesse caso ensaios sobre Ibn Kaldhoun, as Teses de Marx sobre Feuerbach, Lenin, Robespierre, Labriola e outros.

    Essa faceta da sua personalidade ajuda a compreender a trajectória do pensador para o qual a participação militante nas lutas sociais do seu tempo era complemento indispensável do trabalho criador do filósofo.

    Não se limita como outros à reflexão sobre a obra de Marx. Ao aplicar o marxismo à compreensão do mundo contemporâneo, ao utilizar o método do mestre para o entendimento de fracassos na transição do capitalismo para o socialismo, e para a análise do presente, inova, revela uma poderosa criatividade.

    O fim da sua actividade docente permitiu-lhe intensificar as colaborações em revistas e outros media progressistas e participar com mais frequência em Congressos e Seminários Internacionais promovidos por partidos e movimentos revolucionários. Correu então muito pelo mundo, da Europa à Africa, de Havana ao Médio Oriente.

    O Revolucionário

    Foi nessa fase da sua vida que cimentamos a amizade que nos unia.

    Comunista desde a juventude, afastara-se do PCF por não se rever mais num Partido que, participando no governo da gauche plurielle, avalizara uma política neoliberal tão reaccionária que – recordava – privatizara mais empresas do que, juntos, os governos de direita de Balladur e Juppé.

    “Deixei o Partido ouvi-lhe desabafar um dia – para continuar comunista!”

    Respeitado inclusive pelos inimigos, Labica conseguia com frequência nas suas intervenções em Encontros Internacionais, transmitir mensagens ideológicas de grande rigor teórico que findavam em apelos à acção revolucionária.

    Conheci poucos comunistas como ele com os quais me tenha sentido tão plenamente identificado nos terrenos da ideologia e da praxis.

    Fez do eticismo na política, como na vida quotidiana, uma exigência permanente. Essa fidelidade difícil a princípios e valores revolucionários criou-lhe ao longo da vida embaraços e antipatias mesmo entre camaradas. Era um marxista incómodo.

    Como comunista não calava críticas aos mais altos dirigentes revolucionários quando as tinha por necessárias. Era incompatível com todas as modalidades de populismo e com opções tácticas que envolviam concessões ideológicas. Recordava a opinião de Lenin para o qual o taticismo era uma forma de oportunismo.

    Mais de uma vez o vi permanecer sentado em actos públicos em que a quase totalidade dos presentes aclamava com entusiasmo um líder carismático cujo discurso resvalara para a demagogia.

    O Humanista

    Georges Labica desenvolvera um grande afecto pela América Latina. Falava com fluência o castelhano, conhecia bem a história atormentada do período colonial e a história das revoluções do século XX no Continente, desde a mexicana à venezuelana, e obviamente a cubana. Essa intimidade com o passado, remoto ou recente, de sociedades tão diferentes das europeias permitia-lhe um contacto directo com as pessoas nas cidades e nos meios rurais.

    Coincidimos mais de uma vez em Caracas e no México. Esses encontros eram extremamente gratificantes para mim e minha companheira pela amizade que nos ligava a Georges e a Nadya.

    Não esqueci uma manhã em Coyocan, na Cidade do México, quando visitámos a Casa de Frida Kahlo e Diego Rivera que todos admirávamos e, depois, aquela onde viveu e foi assassinado Trotsky.

    Horas como essas abriam portas para intermináveis conversas posteriores sobre a bela e inquietante aventura do Homem empurrado hoje para o abismo por um sistema de poder monstruoso, que ameaça a própria continuidade da vida na Terra.

    No Palácio Nacional, implantado na gigantesca Praça do Zocalo, a contemplação dos frescos de Rivera, como maravilhoso painel da história terrível e maravilhosa do seu povo, convidam, quase obrigam, a uma meditação serena e enriquecedora sobre a vida, as grandezas e misérias do homem, a sua caminhada para um futuro insondável, e os seus medos, impotência e insignificância.

    Conversar com Georges ajudava a transformar o conhecimento em cultura num processo de assimilação difícil de compreender e explicar.

    E difícil porque ele foi também um pensador que amou com paixão a palavra. Poderia ter sido como outros, um filósofo grande e um revolucionário íntegro e ético e um mau escritor. Mas Georges Labica, ao lançar pontes harmoniosas entre as ideias e a linguagem que as expressa, criou e dominou um estilo que fez dele um grande escritor. Ao ler alguns ensaios do seu último livro, A Teoria da Violência, recordo os grandes clássicos franceses do século XVIII, porque a forma e a essência do pensamento se fundem harmoniosamente, inseparáveis.

    No final de um almoço, no seu apartamento de Saint Germain en Laye, onde quadros e objetos de arte conduzem o visitante a imaginar a caminhada de Georges pelas estradas do mundo, Nadya fez uma confidência de que guardo memória:

    - Quando o vi pela primeira vez numa aula, no liceu onde ele era professor, eu era uma jovem da Kabilia que saía da adolescência. Mas pensei “este jovem vai ser o homem da minha vida”. E foi. Estamos casados há meio século e amo-o como nos anos da juventude.

    Por mim, falo da amizade que cresceu com a admiração.

    Aprendi com o rodar do tempo que o sentimento da amizade é muito diversificado. Incluo o que me ligava a Georges Labica entre os menos comuns.

    Ele tinha o poder de transmitir confiança quando me escrevia, manifestando apreço pelos meus modestos escritos e identificação com posições e ideias que eu assumira.

    É reconfortante a certeza de que a obra e o exemplo de Georges Labica vão sobreviver ao seu desaparecimento físico.

    Vila Nova de Gaia,16 de Fevereiro de 2009

    O original deste artigo encontra-se em www. odiario.info

    sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

    A transformação autoritária de Israel



    Por Sharon Weill e Valentina Azarov (tradução Victor Barone)
    Publicado originalmente no site Eletronic Intifada

    Uma das principais questões levantadas durante o recente conflito na Faixa de Gaza – além do considerável número de denúncias de violações das leis humanitárias internacionais, que não trataremos neste artigo – diz respeito ao funcionamento da lei em Israel nos casos relacionados à liberdade de expressão, opinião e acesso a informação. O Estado fez tudo que estava ao seu alcance (e além dele) para silenciar as vozes que se opuseram as políticas de governo e a recente operação militar na Faixa de Gaza.

    Estes eventos foram componentes primordiais no processo que levou ao resultado das eleições para o parlamento israelense, onde um partido, o Yisrael Beiteinu, cujo líder defende uma agenda racista e autoritária, tornou-se a terceira força política no País. As políticas de Estado, que serão examinadas neste artigo – o banimento dos protestos, as restrições à liberdade de expressão e a desqualificação dos partidos árabes – são parte da transformação de Israel em um regime autoritário baseado na segregação.

    O banimento dos protestos

    Durante as operações militares em Gaza, manifestantes pacifistas se defrontaram com a brutalidade da polícia e do exército. De acordo com relatórios de 12 de janeiro de 2009, de autoria do jornal Haaretz, e de 2 de janeiro de 2009, de autoria da organização de direitos humanos Adalah, em 230 protestos, 801 manifestantes foram presos, 277 deles crianças ou adolescentes. O motivo das prisões: “perturbação da paz”, “acenar com bandeias palestinas”, e “ferir o moral da nação”.

    Em 7 de fevereiro de 2009, 225 pessoas permaneciam detidas, incluindo 89 crianças e adolescentes; 114 pessoas foram levadas a julgamento. Outras foram interrogadas pelos serviços de segurança e alertadas a não tomar parte de outras manifestações; alguns foram mantidos em prisão domiciliar e proibidos de entrar em certas cidades.

    A grande maioria destes presos era composta por palestinos com cidadania israelense. Palestinos, israelenses e manifestantes de outros países participaram de protestos pacíficos na Cijordânia e foram violentamente reprimidos pelo exército israelense, inclusive à bala. Estes confrontos causaram a morte de quatro palestinos em Nilin, Qalqiliya e Sawad, além de inúmeros feridos.

    A liberdade de expressão e de manifestação e as liberdades pessoais foram sistematicamente violadas pelo Estado.

    Violação da liberdade de imprensa

    Jornalistas israelenses têm sido proibidos de entrar na Faixa de Gaza nos últimos dois anos. Amira Hass e Shlomi Eldar, dois conhecidos jornalistas que entraram em Gaza antes da ofensiva, foram imediatamente presos e reenviados para Israel. Jornalistas estrangeiros também tiveram acesso negado à região desde o início de novembro de 2008, devido à interrupção do cessar fogo com o Hamas e o fechamento dos pontos de passagem entre Israel e a Faixa de Gaza.

    A Foreign Press Association fez uma petição à Suprema Corte de Israel em 24 de novembro de 2008 solicitando livre acesso a região. A petição deixava claro que os repórteres eximiriam Israel de qualquer responsabilidade pela sua segurança ao adentrarem a Faixa de Gaza.

    A primeira reação surgiu apenas em 31 de dezembro de 2008, após jornalistas terem pedido pressa na decisão devido ao início da operação militar israelense na Faixa de Gaza. O exército permitiria que oito jornalistas adentrassem a zona do conflito.

    No dia 2 de janeiro de 2009 a justiça israelense se pronunciou:

    ... a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, como o direito do público a informação, mantêm-se inalterados, mesmo em tempos de guerra, e em um período como este têm uma importância especial; no entanto, estes direitos não são absolutos e diante das circunstâncias têm de ser equilibrados diante do risco para vidas humanas como resultado da abertura de pontos de passagem entre Israel e a Faixa de Gaza”.

    A corte, inequivocamente, endossou a proposta do Estado de liberar o acesso a apenas oito jornalistas estrangeiros, quando a passagem se tornasse possível para fins humanitários e esta entrada teria que ser coordenada junto às autoridades competentes com um dia de antecedência á data de entrada requerida pelos jornalistas.

    Além disso, a corte endossou a posição do Estado de que os procedimentos estariam “sujeitos a mudanças de acordo com as circunstâncias. No entanto, esperamos que sejam tomadas todas as medidas necessárias, de acordo com os procedimentos estabelecidos e em consideração aos direitos e interesses representados pelos peticionários”.

    Um dia depois, a operação terrestre em Gaza teve início. O Estado usou este fato como um fator de mudança nas condições expressas pela justiça, impossibilitando a entrada dos jornalistas na Faixa. Assim, a obrigação de viabilizar a entrada dos jornalistas, que havia sido acordada um dia antes, nunca foi implementada pelo exército israelense.

    Em 20 de Janeiro de 2009, após o fim da operação, o Estado se predispôs a garantir o acesso dos jornalistas. Ainda assim, a Foreign Press Association protocolou outra petição requerendo acesso total dos jornalistas, como havia feito em novembro de 2008, pois não estava satisfeita com uma mera declaração de intenção por parte do Estado. No curso dos dias Israel concordou em permitir o acesso, mas apenas para jornalistas estrangeiros.

    O Estado violou a primeira decisão?

    Na sua segunda decisão, a corte afirmou que não iria julgar a violação de sua decisão anterior por parte do Estado, uma vez que a questão não seria relevante ao caso em questão. O Estado, por sua vez, também alegou que não houve violação da primeira decisão, uma vez que todas as restrições foram impostas apenas por razões de segurança.

    Os peticionários não pediram que o Estado fosse confrontado pela corte. Eles ainda não tinham a informação - publicada um dia após a segunda petição ter sido feita pelo jornal Haaretz – revelada por uma carta do Ministério da Defesa endereçada ao assessor jurídico do Gabinete do primeiro-ministro, segundo a qual as condições de segurança não eram impedimentos para a entrada de jornalistas na Faixa de Gaza e que o bloqueio ao acesso dos jornalistas foi mantido por motivo de relações públicas. A questão da segurança teria sido uma desculpa.

    Na carta, o conselheiro jurídico do Ministério da Defesa alertava que se o gabinete do primeiro-ministro continuasse a bloquear o acesso dos jornalistas, o Estado poderia se ver em confronto com a corte. Deve-se notar que o Estado israelense nunca negou a existência desta carta ou seu conteúdo (O artigo foi originalmente publicado em hebreu no dia 21 de janeiro de 2009 na edição impressa do Haaretz. Uma tradução parcial foi publicada na edição online do jornal).

    Banindo partidos árabes das eleições israelenses

    A repressão sobre a minoria palestina em Israel é uma reminiscência da história sócio-política do poder militar israelense e das suas políticas de limpeza étnica. Para destacar apenas um dos muitos problemas representados pela estrutura do autoritário sistema jurídico do país seria necessário lançar uma luz sobre sua própria natureza discriminatória, que visa a erosão da identidade dos palestinos que vivem dentro das fronteiras de Israel, através da proibição da bandeira palestina e da sistemática negação dos direitos à propriedade por parte de palestinos em Israel.

    Em 12 de Janeiro de 2009, a Comissão Eleitoral Central (CEC) do parlamento israelense desqualificou a candidatura dos dois partidos árabes - United Arab List-Ta'al e Balad (ou Aliança Democrática Nacional (NDA) - que representam mais de 160 mil eleitores israelenses. Estes partidos se viram proibidos de disputar as eleições para o Knesset (Parlamento), a ser realizada em 10 de Fevereiro de 2009. A desqualificação foi seguida de uma denúncia apresentada ao CEC por Avigdor Lieberman, chefe do partido da extrema-direita Yisrael Beiteinu.

    De acordo com a secção 7A da Lei Básica de Israel, o Knesset permite a desqualificação de um partido quando seus objetivos ou os de seus candidatos envolvem: (i) a destruição do Estado de Israel como um Estado judeu e democrático, (ii) incitamento racismo, ou (iii) apoio a um estado inimigo ou de uma organização terrorista durante um conflito. Além disso, a lei foi recentemente alterada para incluir todos aqueles que visitaram um país inimigo nos últimos sete anos antes da apresentação da sua candidatura, como se tais ações pudessem ser vistas como suporte a um conflito armado contra Israel.

    A moção de desqualificação foi proposta por partidos de direita e defendidos por uma maioria dos membros da comissão, incluindo membros do partido Kadima e os trabalhistas. Vários membros da CEC equipararam o apoio dos partidos árabes aos palestinos residentes na Faixa de Gaza durante as recentes incursões, ao apoio ao terrorismo. A maior preocupação dos membros da Comissão foi a intenção destes partidos em alterar a definição da constituição de Israel de um Estado "judeu e democrático" para um Estado “democrático de todos os seus cidadãos.".

    A Adalah, uma organização não governamental dedicada a proteger os direitos dos palestinos em Israel, submeteu uma petição legal contra a decisão do Knesset.

    A principal alegação foi de que a decisão fere os direitos dos candidatos serem eleitos e que impede o direito constitucional dos cidadãos votarem nestes partidos para elegerem seus representantes para o Knesset. Além disso, a ONG alegou que maioria dos membros do CEC levou em conta argumentos irrelevantes, negligenciando a legislação e a jurisprudência existentes. As plataformas destes partidos já haviam sido avaliadas e aprovadas por uma extensa banca de juízes nas eleições anteriores e desde então não houve nenhuma mudança na sua agenda política.

    A ONG Adalah salientou que os debates na CEC foram violentos e descontrolados, não permitindo um encaminhamento construtivo sobre a questão e isolando uma das partes. A situação ficou tão fora de controle que Eliezer Rivlin, presidente da Comissão de Justiça declarou: "tendo em conta a situação que foi criada, eu decidi não votar" (Ata dos debates de 12 de Janeiro de 2009, p. 60).

    Os representantes das partes não tiveram a oportunidade de apresentar seus argumentos e foram várias vezes interrompidos (ver págs. 20-25 da ata). No curto período de tempo que foi concedido a MK Ahmed Tibi, líder da United Arab List (UALAMC), ele declarou claramente que "os partidos árabes se opõe a uma política e não a um país" e confirmou que as suas agendas políticas buscam uma solução comum para que os dois povos possam "viver em conjunto e não morrer juntos" (pp 31-33 da ata).

    Assim, a decisão tomada pela CEC foi tendenciosa e baseada em informações incompletas, colhidas muitas vezes da mídia. Mesmo que as alegações feitas pelos que pediram a desqualificação dos partidos árabes fossem verdadeiras, ainda assim não constituiriam motivo suficiente para esta desqualificação. No entanto, uma maioria esmagadora aprovou a medida: 21 votaram a favor da inelegibilidade do UALAMC, sete membros votaram contra e dois abstiveram, 26 membros votaram a favor da retirada da NDA, três membros votaram contra e um absteve-se.

    Em 21 de Janeiro de 2009 o Supremo Tribunal de Israel, com uma bancada de nove juízes, aceitou por unanimidade a petição que invalidou a decisão da CEC e reintegrou o direito de ambos os partidos disputarem a eleição para o Knesset.

    Caminhando para um regime autoritário

    Uma vez que o Estado comece a dificultar a criação e desenvolvimento de uma opinião pública; uma vez que a mídia é silenciada ou transforma-se em uma ferramenta de propaganda; uma vez que manifestações e partidos políticos são colocados na clandestinidade por se oporem ao governo, a sociedade passa a se transformar lenta mas inexoravelmente, movendo-se ao largo dos regimes democráticos rumo ao autoritarismo.

    Os alegados crimes de Guerra cometidos pelo exército israelense na Faixa de Gaza, as violações de direitos básicos de cidadãos israelenses e o resultado das eleições de 2009 são exemplos desta transformação. O que ocorreu nos dois meses que antecederam as eleições em Israel explica, em certo ponto, o voto de muitos israelenses que fizeram de um partido racista a terceira força política em Israel.

    O partido de Avigdor Lieberman advoga o banimento dos partidos árabes que clamam por um “Estado democrático para todos os cidadãos” e a repressão do que vê como “traição” por parte dos cidadãos árabes em Israel. De acordo com seu site, o Yisrael Beiteinu reivindica um “patriotismo incondicional” e exige que os cidadãos “afirmem sua lealdade ao Estado e estejam prontos a servir ao exército ou ao Serviço Nacional para poderem se tornar elegíveis para qualquer benefício estatal”.

    O partido declara em sua plataforma a intenção de fazer de Israel um Estado puramente judeu e, ao mesmo tempo, “aumentar a Presença Judia em Yehuda, Shomron, (Cijordânia em outras palavras), Golan (Colinas de Golas, território sírio ocupado) e Jerusalém Leste, assim como trabalhar para a separação entre Gaza e Cijordânia".

    De acordo com o site do partido, "Idealmente, o lobo habitará com o carneiro, mas nós não vivemos tempos ideais. A história tem mostrado que há um perigoso potencial para a eclosão de conflitos em regiões habitadas por povos que professam religiões diferentes. ...Membros desta minoria (árabe) tendem a servir como agentes terroristas sob o comando da Autoridade Palestina. Muitos já tornaram pública sua falta de lealdade para com o Estado. Esta situação pode levar ao colapso de Israel como um Estado Judeu e democrático e, talvez, como entidade coesa. Além disso, em nossa opinião, a única solução possível é a troca de territórios e de população, com o objetivo de separar as nações judia e árabe respectivamente”.

    Lieberman tem feito incitações racistas contra palestinos com nacionalidade israelense. Em uma recente coletiva de imprensa organizada pelo seu partido em Haifa, impediu a participação de jornalistas árabes. Como o Haaretz noticiou em 6 de fevereiro, durante recente visita a escolas no norte de Israel, Lieberman foi saudado com gritos de “morte aos árabes” e propostas de “revocar a nacionalidade israelense dos árabes”. O Haaretz revelou também que Lieberman foi seguidor do movimento Kahane Kach, de extrema-direita, banido em 1988.

    Idéias que já foram consideradas extremamente racistas para serem legitimamente expressas são agora parte do discurso político em Israel, enquanto outras opiniões são silenciadas. Trata-se de um sério sinal de que a situação em Israel lembra mais e mais a era do apartheid na África do Sul.

    Sharon Weill is a PhD candidate in International Humanitarian Law, University of Geneva, Research Assistant with the Rule of Law in Armed Conflicts project and lecturer in IHL. Valentina Azarov is a Legal Researcher with HaMoked - Center for the defence of the individual and author with the International Law Observer and the Alternative Information Center.

    quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

    Till Brönner - Oceana (2006)






    Músicas:

    01. Bumpin' ( music by Wes Montgomery)
    02. Love Theme From Chinatown
    03. In My Secret Life (feat. Carla Bruni)
    04. The Peacocks
    05. I'm So Lonesome I Could Cry (feat. Madeleine Peyroux)
    06. Subrosa
    07. Pra Dizer Adeus (feat. Luciana Souza)
    08. It Never Entered My Mind
    09. River Man (vocal Till Bronner)
    10. Danny Boy
    11. A Distant Episode
    12. Tarde
    13. You Won't Forget Me

    Till Bronner (trumpet)
    Dean Parks (guitar)
    Gary Foster (alto saxophone)
    Jim Cox (piano)
    Larry Goldings (Hammond b-3 organ)
    David Piltch (bass guitar)
    Jay Bellerose (drums)

    Créditos: Rogerio

    O Capitalismo em crise...

    Refeitório para americanos carentes: público crescente


    'Fome Zero made in USA' dá US$ 6 por dia para 31 milhões


    Uma notícia no diário argentino Clarín conta como vivem os 31 milhões de cidadãos americanos que recebem cupons de alimentação para viver. Um jornalista da Louisiana (o estado mais pobre do país) faz a experiência, tentando viver com US$ 6 (R$ 14) por dia. O plano de socorro de Barack Obama amplia em 13% os gastos com esses cupons, na previsão de que a crise e o desemprego aumentarão sua clientela. Veja a íntegra.


    Refeitório para americanos carentes: público crescente

    É o lado obscuro da vida em um dos países mais do mundo. Nos Estados Unidos, quem depende dos cupons de alimentação oferecidos pelo "Papai Estado" não recebe mais que um punhado de dólares. Mas a maior crise económica das últimas décadas faz o número necessitados aumentar rapidamente. Nunca houve tantos americanos vivendo desses cupons. E a tendência é aumentar.


    Jornalista conta experiência em site


    A lista de alimentos Sean Callebs assemelha-se à de uma dieta para emagracer. "Uma porção de cereal, uma banana, uma xícara de chá.. e faltam quatro longas horas até almoço", ele lamenta.


    Em uma experiência que tem tido grande impacto sobre a audiência, este jornalista da CNN resolveu experimentar na própria carne como se pode viver de cupons de alimentação. Ou não. Suas experiências são relatadas em um blog.


    Faz um mês que ele tenta viver gastando até US$ 6 por dia. Já chegou quase no fim. Mas este repórter da Louisiana queixara-se em seu blog de permanentes ataques da fome. Poucas vezes você pode comprar frutas e legumes frescos, conta.


    Fome à americana


    Embora provisoriamente, Callebs experimenta a sina de um em cada dez americanos. Em setembro passado, 31 milhões de pessoas no país compravam alimentos com os cupons.


    "Eles são os números mais elevados de todos os tempos", disse Ellen Vollinger, diretor de Frac, uma organização de Washington de pressão contra a fome.


    "Muitos americanos já não sabem onde arrumarão sua próxima refeição", destaca ela. O aumento do desemprego faz com que a procura de cupons aumente constantemente, mas as carências não terminam aí: cada vez mais pessoas, mesmo tendo um emprego, dependem dos "Food Stamps".


    Muita gente tem até mais de um emprego, mas a renda não basta. "Muitas famílias pulam refeições para pagar o aluguel", disse Ellen. "Pais deixam de comer para que fique alguma coisa para os filhos e às vezes até crianças passam fome, nos Estados Unidos. É uma vergonha."


    O estigma do cupom


    Os cupons de alimentação começaram a ser distribuídos durante a 2ª Guerra Mundial. Hoje, o governo já não distribui cupons papel, mas por meio de um cartão eletrônico, que fornece em média US$ 100 por pessoa.


    Desde 2008, o Ministério da Agricultura evita usar o termo cupom de alimentação. O título oficial agoora é "Programa de ajuda para suplementar a nutrição".


    Mas o plano ainda tem um estigma. "Aqueles que precisam muitas vezes se recusam a pedir ajuda", diz a agente social Srindhi Vijaykumar, da organização DC Hunger Solutions, que promove os cupons nas ruas de Washington. É especialmente difícil chegar até os aposentados, imigrantes e famílias operárias, diz ela.


    Quem usa os cupons é confrontado com algumas dificuldades no supermercado. O carentes têm em média US$ 3 por dia para fazer compras. Por isso muitas vezes são obrigados a fazer cortar alimentos.


    "As pessoas só compram o que é barato, não é perecível e enche a barriga", diz Vijaykumar. O crédito mensal normalmente é consumido em duas ou três semanas. "Muitas famílias vão então para os sopões", disse Ellen Vollinger.


    Obama aumenta verba do programa


    Não poucos depositam as suas esperanças no novo governo de Barack Obama. O plano de socorro económico de US$ 787 bilhões, lançado na semana passada pelo chefe da Casa Branca, permitirá um aumento de 13% na verba para os cupons de alimentação.


    No entanto, Ellen estima que a fome vai aumentar nos EUA. "Esta recessão certamente não será breve."


    A crise também atingiu duramente a classe média. De acordo com dados do Departamento do Comércio, o seu consumo caiu novamente em dezembro, pelo sexto mês consecutivo, enquanto a taxa de poupança subiu 2,9% no fim de 2008.
    Annie Moncada, 63 anos, confessa que comprava coisas "desnecessárias". Mas agora seu cupom está guardado. "Agora eu ponho na panela mais carne moída e menos bifes e também economizo mais eletricidade", diz. Tal como ela, milhares de famílias cortam gastos, passeios, idas a restaurantes ou ao cabeleireiro. O fim da crise parece longe.

    Fonte: Clarín; intertítulos do Vermelho