sexta-feira, 11 de junho de 2010

Candidatos "nanicos" sem espaço para debates...

Mídia ignora candidatos que questionam ‘status quo’
  Waldemar Rossi * Correio da Cidadania 
 
Por mais que escrevam e falem em democracia, em direito de livre opinião, em liberdade de imprensa, os órgãos da comunicação "social" - escrita, televisada e falada - não conseguem esconder suas preferências eleitorais. Conseguem, com muita maestria, iludir a maioria do povo brasileiro levando-a a crer que só temos duas escolhas: Dilma ou Serra, Serra ou Dilma. Estamos sendo assaltados pelos bandos que comandam a mídia a serviço unicamente dos interesses do capital, com a farsa das eleições "democráticas". O mais grave é que contam, para isto, com a ação militante ou mercenária de milhares de cidadãos que se dispõem a ser "cabos eleitorais" dos grandes partidos ou, especialmente, dos candidatos impostos. Para milhares deles, as campanhas eleitorais são uma oportunidade de sair do sufoco financeiro causado pelo desemprego ou pelo trabalho temporário. Aliás, bem sabem eles que essa será também uma ocupação remunerada temporária apenas.
 
São raras as pessoas que se dão conta de que essas duas candidaturas vêm sendo enfiadas goelas abaixo há tempos, a ponto de raríssimas saberem que há outros postulantes ao cargo de Presidente da República (sem falar dos governos estaduais). Para disfarçar, de vez em quando dão algum espaço para uma reserva de campanha, no caso atual da simpática Marina, porque, se ao acaso uma das candidaturas estratégicas não emplacar, tem que haver uma substituição de última hora, como no caso do tão apreciado futebol. Para o capital, o jogo eleitoral não pode ter hegemonia de uma única corrente. É preciso que haja "disputa acirrada" para que os candidatos e seus partidos busquem mais favores financeiros já reservados em seus cofres, para, com isto, os terem sob seu controle total.
 
Embora tenhamos vários outros candidatos à Presidência não há espaços na mídia para eles. As tais liberdade de imprensa e igualdade de direitos, nesse caso, são jogados na lata do lixo. Inventaram normas eleitorais que, embora nossa Constituição garanta isonomia para os direitos de todos os cidadãos, procuram explicar as "razões" para essa criminosa discriminação. É comum lermos ou ouvirmos as informações de que tais candidatos têm poucos eleitores, quase não têm representação parlamentar, são mais fracos e, portanto, não podem ter os mesmos direitos. E o povo, educado na lógica do sistema, acaba acreditando que isso é justo. O político grego Sólon (640-560 a.C) ensinava: ‘As leis são como teia de aranha: quando algo leve cai nelas, fica retido, ao passo que se for algo maior consegue rompê-la e escapar’.
 
Mal sabem os leitores que tal discriminação visa realmente impedir que candidaturas alternativas às escolhidas tenham alguma chance de se tornarem conhecidas e defendidas, assim como de fazer chegar ao conhecimento popular as denúncias das enormes injustiças que pesam sobre a vida de, pelo menos, 2/3 da população, e de propor políticas públicas voltadas para atender às reais necessidades dos brasileiros. Como pode a mídia, toda ela nas mãos do grande capital, dar espaço a candidatos que ousem combater os privilégios do agronegócio, que propõem a erradicação das sementes trangênicas, a revogação da doação das terras públicas aos latifundiários grileiros, o fim do desmatamento criminoso, o fim da produção dos agrotóxicos, que estabelecem que os movimentos sociais tenham o direito ao mesmo espaço nos meios de comunicação social quando atacados pelas grandes empresas e pela própria mídia? Para os poderosos isto é inconcebível, pois, segundo sua doutrina, "todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que os outros".
 
A farsa eleitoral visa garantir a gangorra do processo que ora coloca o candidato "A" com mais peso popular, ora coloca a candidata "B" como a preferida pelos eleitores. Essa farsa conta com os auto denominados Institutos de Pesquisa da Opinião Pública para concretizar a chantagem, promovendo o vai e vem na alta e na baixa das intenções de votos. E, assim como na palhaçada dos "BBB"s, nossos leitores ou telespectadores vão torcendo ora por uma ora por outra candidatura, não tomando conhecimento das demais alternativas, pois é e tem sido assim que o capital vai conseguindo domesticar nosso povo e lhe dizer o que ele deve querer e não o que precisa ter.
 
*Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

A Fórmula da Inteligência...

Aquecimento Global e Trapaça

Marcos Ferreira*
 
A Fórmula da Inteligência exercita hoje a avaliação do propalado aquecimento global e a sua conexão com a trapaça.


Já falamos das trapaças do mundo científico. Já falamos da importância de detectar sinais de trapaça para a perfeita aplicação da Fórmula da Inteligência. Na Fórmula da Inteligência precisamos excluir as hipóteses falsas, se queremos identificar a Verdade. A trapaça transpassa o mundo. As pessoas ingênuas caem em armadilhas, porque acreditam em tudo que escutam, leem ou foram ensinadas por alguma "autoridade" . Pois as autoridades são humanas e falíveis. Possuem interesses mundanos que contaminam a sua credibilidade. Sem a aplicação da exclusão da trapaça, nenhuma linha de raciocínio é isenta de equívocos e erros de escolha.


Tanto se fala no aquecimento global. O que sempre me chamou a atenção é que os USA nunca se empenharam nesse assunto( não assinaram o Protocolo de Kyoto, para redução da emissão global de gás carbônico na atmosfera). Nunca entendi isso completamente?


Recentemente um grupo de hackers interceptou 1000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia. As mensagens mostraram que os cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta está em processo de superaquecimento global. Os cientistas que discordam desse posicionamento têm as suas ideias boicotadas, seus dados de pesquisa bloqueados nas publicações científicas, tachados de "Céticos ".


Os "catastrofistas" , liderados pelo climatologista Phil Jones, diretor do Centro de Pesquisas Climáticas da Universidade de East Anglia, que enviou muitos e-mails comprometedores, admitiu que manipulou dados. Desde 1995 o mundo não apresenta aquecimento algum, como admitiu ele , depois que vazaram as informações comprometedoras. Uma das previsões catastróficas é o desaparecimento das geleiras do Himalaia até 2035. Mas essa previsão não tem o menor suporte científico. Há interesses pessoais de pesquisadores envolvidos nessa pseudopublicação. O IPCC( Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas-ONU) é composto por 3000 cientistas do mundo inteiro. Deixar que o interesse psicopático de alguns( 20 %) engane o mundo é inadmissível.


Quero lembrá-los que a exclusão da trapaça é vital para ficar mais inteligente. Em Wall Street, os investidores que não aplicaram a Fórmula da Inteligência( eles não leem o meu humilde blog, risos) , colocaram o seus bilhões de dólares na mão do vigarista Bernard Madoff, que foi condenado a 150 anos de prisão por lesar os clientes num regime de pirâmide financeira. Muitas pessoas perderam as economias de uma vida inteira. Os eleitores de Brasília também não aplicaram a Fórmula da Inteligência e colocaram a raposa no galinheiro. E assim segue o mundo, tanto em nível regional como global.


Lembrem-se de excluir a trapaça. Sempre há mais coisas acontecendo do que aparentemente conseguimos perceber sem a aplicação da Fórmula da Inteligência. Investigue, exclua hipóteses falsas, examine por si mesmo as evidências, recuse-se a ingerir informações de segunda mão, baseadas em alguma "autoridade infalível ". Pense por si mesmo! Investigue por si mesmo! Aplique a Fórmula da Inteligência todos os dias em diferentes assuntos do seu interesse. Quanto mais você aplicá-la, mais inteligente se tornará!

*Médico psiquiatra( CREMERS 22604), com larga experiência em psicofarmacologia e psicoterapia . Formado há 13 anos, trabalha na especialidade Psiquiatria há 11 anos. Autor de dois livros ( "Wake up,Live the Life you Love" e " Vestibular- A Maratona pelo primeiro Lugar-"). Possui formação em Coaching Integrado ( ICI-São Paulo) e ministra cursos de autodesenvolvimento nas área empresarial, utilizando técnicas de mudança acelerada. Atende no consultório privado, abordando doenças mentais com medicamentos e terapia cognitivo-comportamental. Membro Oficial da INTERNATIONAL HIGHIQSOCIETY(EUA) desde 2006= QI-158( percentil 99)/ Membro Oficial da SIGMA SOCIETY(Brazil) desde 2006- QI > 132( percentil 98 ) Consultório: Santa Maria Shopping- Torre GBOEX(calçadão) Dr. Bozano, 1259/ sala 503 Tel:(55) 3027 2777.
 

Imposto sobre grandes fortunas saindo do papel...

Imposto sobre grandes fortunas avança na Câmara



Passou meio despercebida ontem uma notícia muito importante. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou o Projeto de Lei Complementar 277/08, da deputada Luciana Genro (Psol-RS), que institui o Imposto sobre Grandes Fortunas para todo patrimônio superior a R$ 2 milhões.
É um primeiro passo para uma tributação mais justa no país, que atinja o alto da pirâmide e gere mais caixa para investimentos em saúde, educação e moradia, entre outros setores de responsabilidade primordial do Estado. O projeto ainda precisa passar pelo Plenário, e se aprovado seguirá para o Senado.
Esta é uma batalha dura. Empresários e parlamentares vivem cobrando uma reforma tributária no país, mas evitam debater o Imposto sobre Grandes Fortunas, cuja criação foi prevista na Constituição de 1988. Imposto semelhante existe na Alemanha, França e Suíça, enquanto na Inglaterra e Estados Unidos existem impostos elevados sobre heranças.
Pelo projeto aprovado, a alíquota do imposto varia de acordo com o tamanho da fortuna. Para o patrimônio de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões, a taxação será de 1%. Entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões, de 2%. De R$ 10 milhões a R$ 20 milhões, de 3%. De R$ 20 milhões a R$ 50 milhões, de 4%; e de 5% para fortunas superiores a R$ 50 milhões.
Para os que vão se levantar contra a medida, é importante ressaltar que um trabalhador que ganha R$ 5 mil por mês, paga anualmente de Imposto de Renda 13,66% de seu ganho anual. E estamos falando de imposto sobre a renda gerada pelo seu trabalho. Diante disso, o que significa pagar 1% para quem tem um patrimônio de mais de R$ 2 milhões?
O número de brasileiros milionários não é preciso, mas tomando por base levantamento após a crise de 2008, publicado por O Globo em junho do ano passado, são 131 mil indivíduos que tem mais de US$ 1 milhão em investimentos financeiros.
 

Os equívocos das sanções ao Irã...

Sanções ao Irã tornam os EUA "perdedores morais", diz Garcia

O assessor especial da Presidência da República Marco Aurélio Garcia citou nesta quinta-feira (10) declarações do presidente Barack Obama, segundo o qual a força moral dos Estados Unidos é importante componente de sua presença internacional, ao lado do poderio militar e econômico do país. Para Marco Aurélio, desde quarta (9), os Estados Unidos perderam essa força, com o peso do país no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) influenciando na aplicação de sanções ao Irã.

"No passado, quando valia a política do 'sim, senhor', achava-se que tudo tinha que ser resolvido em comum acordo com os Estados Unidos. E agora eles fizeram o que estavam acostumados a fazer", afirmou o assessor. Em visita à capital argentina, onde fez palestra a convite da Fundação Jean Jauès, Marco Aurélio disse acreditar que os americanos vão pagar um preço por isso. "Não é o Brasil que saiu ganhador moral dessa briga. Os Estados Unidos é que são os perdedores morais."

Com as sanções, perdeu-se uma grande oportunidade de negociação, afirmou Garcia. "Mais do que isso, deu-se um mau exemplo de como se enfrenta o problema." Para ele, as restrições ao Irã podem ser ineficazes e solidificar as forças políticas no país, uma vez que pressões externas tendem a ampliar o apelo à nacionalidade. Ele descarta, porém, consequências nas relações do Brasil com as potências do Conselho de Segurança da ONU por causa de tais divergências.

Segundo ele, o Brasil tem relações muito boas com alguns países e alianças estratégicas com outros. "Não concordamos com as sanções ao Irã, mas isso demonstra o que são as relações internacionais hoje. Não há mais alinhamento incondicional. Queremos debater. No caso do Irã, queríamos o debate, porque senão pareceria uma posição irresponsável da Turquia e do Brasil fazer um enorme sacrifício, deslocar o presidente [Lula] até o país, empenhar nosso prestígio internacional, fazer uma mobilização que teve grande visibilidade internacional para, em seguida, deixar de defender o acordo com o Irã."

De acordo com Garcia, o acordo sobre o programa nuclear iraniano teve um aspecto importante: "Nós criamos uma coisa que em política internacional é fundamental, que é constituir confiança com um país que estava desacreditado. Se alguém acha que para o Irã foi fácil tomar a decisão que tomou [assinar o acordo com o Brasil e a Turquia], não foi. Foi muito difícil", lembrou o assessor presidencial. Segundo ele, foram dois dias de muitas reuniões e discussões com os líderes iranianos. "Era visível que eles tinham problemas internos que não estavam conseguindo aplainar."

Não foi por um acesso de megalomania que o Brasil não participou do acordo com o Irã, disse ele. "Foi porque existe um componente universalista em nossa política externa que queremos levar à prática. Se não fizermos isso, a política externa é apenas um exercício retórico. Política internacional é isso: tem de ter credibilidade e estar apoiada em iniciativas concretas".

Ele classificou de "retórica" a declaração do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, de que jogará "no lixo" a decisão da ONU de impor sanções ao país. "Acho que a expressão disso é a seguinte: se o objetivo das sanções era frear o programa nuclear iraniano — para fins pacíficos, bélicos ou quaisquer outros — vai dar exatamente o
contrário. Anotem: exatamente o contrário."

Garcia acrescentou que a política externa brasileira continua a mesma, porque não se resume ao Irã. "Temos uma agenda global amplíssima. Temos a reunião do G20, onde o presidente Lula vai vocalizar uma série de posições sobre a crise internacional e os caminhos para sair dela. Tem muita coisa pela frente."

Sobre a situação em Honduras, ele disse que o Brasil continua apoiando o ex-presidente Manuel Zelaya, deposto no ano passado. "Nós dissemos claramente o seguinte: se o presidente Porfirio Lobo reintegrar Zelaya plenamente na vida política e anistiá-lo, não teremos nenhum problema para que Honduras volte a integrar a Organização dos Estados Americanos (OEA)".

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Estudantes conquistam 50% de recursos do pré-sal para educação

O movimento estudantil está em festa com a aprovação da emenda que garante 50% dos recursos do Fundo Social do pré-sal para a educação. Para os líderes estudantis e os senadores que asseguraram a aprovação da emenda, a matéria representa um momento histórico para a educação no Brasil. O projeto, ao sofrer alteração no Senado, será novamente votado na Câmara. A luta agora, segundo os dirigentes da UNE e Ubes, é garantir a aprovação pelos deputados e a sanção pelo Presidente Lula.

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, lembra os três últimos dias de mobilização dos líderes estudantis junto aos senadores para pressionar pela aprovação da matéria. Chagas destaca que “o relatório do governo não definia prioridade nenhuma para os recursos, procuramos os senadores e acabou sendo unânime a nossa emenda.”

Para ele, a definição dos recursos para educação prioriza o que mais vai contribuir para o desenvolvimento do País. Ian Ivanovicht, presidente da Ubes, diz o mesmo, destacando que os recursos do pré-sal são finitos e devem ser destinados a setor estratégico.

“Tivemos um grande embate com a bancada do governo e oposição, que construíram junto com o líder do governo no senado, Romero Jucá (PMDB-RR), a proposta de colocar vários setores como prioridades – sete pontos como prioritários -, o que acabaria não priorizando nenhum de modo prático”, avalia Ian.

O senador Inácio Arruda, líder do PCdoB no Senado, confirma as palavras dos líderes estudantis; “As carências educacionais são apontadas como um dos principais gargalos ao desenvolvimento nacional. Sem maciços investimentos na universalização e na qualidade da educação básica, profissional e superior, não teremos cidadãos preparados para ampliar o parque científico e tecnológico nacional, incrementar a indústria e colocar o Brasil em condições de competitividade internacional”.

Dois novos passos

Após a aprovação da proposta, que eles consideram a maior conquista do movimento de juventude do Brasil depois da instituição do voto aos 16 anos, eles já se preparam para garantir a efetivação da vitória.

“Dois passos que demos que dar, anuncia Ian. “Faremos pressão juntos aos líderes partidários para aprovação do projeto na Câmara dos Deputados. “E junto ao Presidente Lula para que não vete”, complementa Chagas.

Eles querem convencer o Presidente Lula de que não existe segmento social que mais mereça recursos do que a educação. São todos outros importantes – Bolsa Família, Luz para Todos etc, mais investir em educação é investir nas futuras gerações, que terá resultado permanente com a geração do conhecimento, dizem em uníssono os dois dirigentes estudantis.

O mesmo argumento eles usarão junto aos deputados para garantir a aprovação na Câmara. Para isso, anunciaram que vão convocar uma “guerrilha virtual”, com os estudantes do Brasil inteiro enviando mensagens favoráveis a proposta para as caixas postais e twitter dos deputados para pressionar.

Nessa empreitada, eles dizem que contam com uma vantagem. A tática do governo é concluir a votação da matéria ainda este semestre. E, tendo o governo maioria na Câmara, fica mais fácil convencê-la da aprovação do projeto com as alterações feitas no Senado para acelerar o processo.

Bandeira única

Os líderes estudantis relembraram a luta de um ano do movimento estudantil em torno da bandeira dos 50% de recursos do pré-sal para educação, destacando que ela tornou-se prioridade para a gestão da UNE e Ubes. Em seguida, o tema foi levado para debate na Conferência Nacional de Educação, tornando-se prioridade para todo o movimento educacional do país.

Eles destacaram também o empenho dos senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE), Fátima Cleide (PT-RO) e Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), que apresentaram a emenda e comandaram a articulação com os demais senadores, garantindo uma votação unânime a favor da proposta.

De Brasília no Vermelho
Márcia Xavier

Inclusão digital na África

Inclusão Digital: NEPAD começa a ter sucesso na África



Fonte: Pravda.ru
     
NEPAD, a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África, foi criada em 2001 para produzir um quadro Africano, dirigido por africanos, para o desenvolvimento social e econômico do continente. A história de sucesso mais recente é a NEPAD TIC Infra-estrutura da Rede de Banda Larga, que oferece conexões à Internet de banda larga em todo o continente, eliminando o fosso digital e providenciando aos africanos a igualdade de oportunidades. 
Os dias em que o fado de um ser humano foi decidido pelo acidente do local de nascimento, felizmente são numerados. Em vias de extinção também, é o mundo em que as pessoas eram rotuladas de acordo com qual lado de uma linha invisível nasceram, uma linha que determina se iriam ser ricos ou os pobres, ou se eles tinham acesso a direitos básicos como a liberdade de circulação, educação ou saúde.
NEPAD tem sido fundamental no fornecimento de quadros de pessoal africanos, trabalhando para os africanos, classificando e resolvendo os problemas de África sem a interferência das potências ex-coloniais que criaram os problemas do continente por desmembramento de territórios, divisão das sociedades e o hábito de traçar linhas em mapas. Fornecendo soluções em diversas áreas, incluindo Desenvolvimento de Género, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento de Recursos Humanos em Educação e Saúde, Governação e Capacitação, Infra-estrutura, Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Agricultura e Segurança Alimentar, Comércio e Acesso a Mercados, a mais recente história de sucesso da NEPAD é na área de acesso à Internet de banda larga.

Numa altura em que uma criança que não tem acesso à Internet vive em desvantagem, a Rede tem como principal objectivo a meta de conectar todos os países africanos entre si e ligados aos outros continentes através de sistemas de cabos existentes e previstas.
De acordo com NEPAD, "O objetivo principal do programa é integrar o continente, para que as trocas comerciais, sociais e culturais sejam mais fáceis e mais baratas". Esta será implementada através de cabos submarinos (Uhurunet) e terrestres (Umojanet).

Haverá três principais vantagens desta nova rede. Em primeiro lugar, irá reduzir o fosso digital, permitindo que as comunidades digitais isoladas possam comunicar via Internet; em segundo lugar, irá fornecer uma plataforma mais barata e mais acessível para as comunicações regionais e internacionais, abrindo as comunidades da África ao resto do mundo e oferecendo oportunidades; em terceiro lugar , a conectividade regional e internacional terá maior fiabilidade e qualidade.

Até hoje, o consórcio ACE e a NEPAD ligaram a África Ocidental para a Europa através da rede de cabo submarino Uhurunet, a primeira etapa de um projeto Pan-Africano, um processo que deve ser prosseguida nos órgãos da Comissão e-Africa da governação no Senegal a partir de 7-9 de Junho.

Depois que o continente africano sofreu tão profundamente ao longo de tanto tempo, vivendo com cicatrizes causadas por estranhos criando uma via de canais para a saída de seus recursos para mãos estrangeiras, é o dever da comunidade internacional facilitar o desenvolvimento de África e dar aos seus filhos uma oportunidade igual . É altura que a noção de que as hipóteses de um ser humano possam ser moldadas através do lugar onde ele(a) nasceu, deixe de existir de imediato.

Timothy BANCROFT-HINCHEY

PRAVDA.Ru

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Sanções contra o Irã...

ONU aprova sanções ao Irã. Brasil e Turquia dizem não.


Acaba de sair a notícia de que o Conselho de Segurança da ONU aprovou novas sanções contra o Irã, com 12 votos favoráveis e dois contrários, o do Brasil e o da Turquia. O Líbano, que se opõe às sanções mas ocupa a presidência (rotativa) do Conselho,  se absteve.
Era um resultado esperado. Rússia e China fizeram os EUA diminuirem o peso das sanções, mantendo, pragmaticamente, seus negócios com aquele país. Mas evitaram explicitar o confronto que mantém com os Estados Unidos em matéria de influência externa.  Afinal, estão na “primeira divisão” do Mundo, com direito a veto a qualquer decisão da ONU. E a ambos também não interessa muito um vizinho mais desenvolvido, inclusive em termos de tecnologia.
Eu quero cumprimentar a postura do nosso Itamaraty. Foram muitas as pressões para que o Brasil se abstivesse, como forma de não criar “mal-estar” maior com as grandes potências. O Brasil e a Turquia conservaram estatura moral para continuarem a ser aceitos como interlocutores por teerã.
Seria uma desmoralização impensável que Brasil e Turquia, que apresentaram uma proposta efetiva para encontrar-se o caminho da paz, aceitassem uma dança hipócrita em torno de sanções que não resolvem coisa alguma e servem apenas para mostrar “quem manda aqui” e se abstivessem.
Não sou eu quem  diz que estas sanções não ajudam, senão, a agravar a crise. Quem o diz é o próprio premier russo, e homem-forte do governo daquele país.  Embora tenha votado pela sanção, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, afirmou que a punição contra o Irã é ineficaz. “Você conhece um único exemplo de sanções eficazes? Em seu conjunto, são ineficazes”, declarou Putin.
As grandes potências – e seus aliados “de confiança” – não querem um mundo livre de armas atômicas. Querem, apenas, que ninguém, além deles, as possua.  Olhe o mapa, publicado pelo UOL, que ilustra este post. Procure o Irã. Não está lá. Mas é quem vai pagar o pato atômico.
 

terça-feira, 8 de junho de 2010

Marcha contra a Monsanto....

Camponeses marcham contra a Monsanto e pela soberania nacional

A marcha foi uma resposta à doação de 475 toneladas de milho híbrido que a multinacional Monsanto ofereceu ao governo do Haiti no último mês de maio

Thalles Gomes
Enche /Haiti

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Lanbi é o termo em kreyòl para designar uma espécie de concha marítima muito comum no litoral haitiano e que costuma servir de alimento para o povo dos litorais. Mas lanbi não é somente uma concha. É também um instrumento de guerra. Nos tempos da colônia, os escravos haitianos sopravam seus lanbis ao calar da noite e o som grave que saia deles era o sinal para convocar as reuniões que planejariam os passos da independência haitiana. Foi ao som dos lanbis que se levou a cabo a primeira revolução vitoriosa de escravos que se tem notícia na história da humanidade. O ruído grave e oco do lanbi foi o prenúncio da libertação das Américas.

Na última sexta-feira, 04 de Julho de 2010, o som do lanbi voltou a ser ouvido na pequena ilha do Caribe. Na região de Papay, no departamento Central do Haiti, milhares de camponeses e camponesas marcharam ao ritmo dos lanbis. Eles vinham de todos os confins do país e gritavam em uníssono: “Abaixo a Monsanto. Abaixo as sementes transgênicas e híbridas. Viva as Sementes Nativas Crioulas!”

A Marcha foi uma resposta à doação de 475 toneladas de milho híbrido que a multinacional Monsanto ofereceu ao governo do Haiti no último mês de maio. Esta doação está sendo encarada pelas famílias e movimentos camponeses como um verdadeiro presente mortal e representa um “ataque muito forte à agricultura camponesa, aos camponeses e às camponesas, à biodiversidade, às sementes crioulas que estamos defendendo, ao que resta de nosso meio ambiente no Haiti”, de acordo com Chavannes Jean-Baptiste, coordenador do MPP (Mouvman Peyizan Papay) e membro da Via Campesina haitiana, responsáveis pela convocação e coordenação da Marcha.

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Percorrendo uma distância de dez quilômetros desde a região de Papay rumo ao centro da capital departamental Enche, a marcha contou com a presença estimada de 8.000 a 12.000 pessoas, de acordo com seus organizadores. Além da Via Campesina Haiti, participaram também diversas articulações e movimentos camponeses como o FONDAMA, RENAHSSA, PLANOPA, KABA GRANGOU, VETERINAIRES SANS FRONTIÈRES, FRÈRES DES HOMMES, DÉVELOPPEMENT ET PAIX, FONDASYON MEN KONTRE AYITI e ACTIONAID.

A solidariedade internacional mostrou-se presente com lideranças camponesas oriundas da República Dominicana, Estados Unidos, França, Itália e Brasil. Os camponeses e camponesas que compõem a Via Campesina Brasil externaram sua “indignação e preocupação” com a entrada da Monsanto no Haiti, afirmando em carta pública que “não podemos concordar que a catástrofe de 12 de Janeiro seja utilizada como desculpa para abrir as portas do Haiti aos interesses e lucros de multinacionais delinqüentes como a Monsanto. Sob uma ilegítima e violenta ocupação militar levada a cabo há seis anos pelas tropas da MINUSTAH – vergonhosamente liderada pelo exército brasileiro - e tendo que lidar com os desafios da reconstrução do país, o povo do Haiti não pode sofrer esse novo terremoto social que a entrada de sementes transgênicas no país representaria.”

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Durante a Marcha, sementes de milho crioulo foram distribuídas e plantadas pelos camponeses de Papay para demonstrar sua firme posição em defesa das sementes nativas. Imbuídos dessa mesma convicção, ao final do ato os camponeses queimaram simbolicamente uma pequena porção do milho transgênico da Monsanto que começou a ser distribuído pelo Ministério de Agricultura do Haiti. "Temos de lutar por nossas sementes locais", afirmou Chavannes enquanto o milho transgênico ardia no chão. "Devemos defender a nossa soberania alimentar", concluiu.

Os manifestantes não esconderam sua indignação com o Presidente Rene Preval. As atitudes do presidente haitiano após o terremoto de 12 de Janeiro de 2010 – que vitimou mais de 300 mil pessoas e desabrigou milhões de famílias – vêm sendo bastante contestadas. A anuência com a permanência das tropas de ocupação da MINUSTAH, a aprovação de uma Lei de Emergência que prorroga seu mandato por mais 18 meses e que cria uma Comissão Provisória para a Reconstrução do Haiti sob o comando geral de Bill Clinton, somadas a este acordo com a multinacional Monsanto, vêm transformando o nome de Rene Preval em sinônimo de subserviência e corrupção nos meios populares. "Estou aqui porque estou com raiva do Preval", afirmou o marchante Pierre Charité, camponês de 61 anos que cultiva milho, banana e cana-de-açúcar no departamento Central do Haiti. "Ele aceitou esse milho ruim da Monsanto que vai matar o milho do Haiti. Eu não vou usá-lo", asseverou Pierre.

O terremoto de 12 de Janeiro derrubou casas e destruiu estradas, mas não abalou a força dos camponeses haitianos. O som do lanbi voltou a ecoar pelas montanhas da ilha.

Belissimo filme iraniano....

Tartarugas podem Voar
(Lakposhtha Hâm Parvaz Mikonand )

Crianças mutiladas ganham a vida desarmando minas terrestres que vendem a um intermediário, que, por sua vez, ganha a vida vendendo as minas à ONU. É essa a imagem da luta pela sobrevivência num campo de refugiados curdos pouco antes da invasão americana do Iraque, documentada no filme Tartarugas Podem Voar.

Um acampamento de refugiados curdos no limite entre Irã e Iraque é comandado pelo garoto Satélite. Em meio a muito sofrimento, descaso e uma situação precária, o grupo segue a liderança do menino e acompanha notícias da iminente ocupação das tropas norte-americanas no Iraque.

Neste cenário, surge a jovem Agrin, uma menina de 14 anos que chega acompanhada do irmão. Ariscos, eles não conseguem se relacionar com o restante das pessoas e passam por um momento muito difícil, pois tiveram os pais mortos. Quando resolvem sair do campo de refugiados, os soldados dos Estados Unidos chegam à fronteira. 

O longa-metragem foi vencedor do Hugo de Prata do Festival Internacional de Cinema de Chicago, além de ter sido premiado nos festivais de cinema de Berlim, San Sebastian e México. 

O filme pode atrair um público atento simplesmente por seu tema e pela maneira como reafirma a capacidade humana de sobreviver à crueldade extrema.

O campo de refugiados parece um lugar saído do inferno. Numa paisagem árida e rochosa, as barracas são montadas entre crateras, tanques de guerra destruídos e cartuchos de munição.

Mais estranho ainda é que em meio à imundície e à miséria geral, se vêem peças de equipamento de alta tecnologia. 


Quem desejar o Torrent do filme entre em contato por email...

Soran Ebrahim (Satellite)
Avaz Latif (Agrin)
Saddam Hossein Feysal (Pashow)
Hiresh Feysal Rahman (Hengov)
Abdol Rahman Karim (Riga)
Ajil Zibari (Shirkooh) 
Gênero: Drama
Diretor: Bahman Ghobadi
Duração: 95 minutos
Ano de Lançamento: 2004
País de Origem: Irã / Iraque
Idioma do Áudio: Árabe
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0424227/
Qualidade de Vídeo: DVD Rip
Tamanho: 699 Mb
Legendas: No torrent

O Capitalismo carece de humanidade....

A Desumanidade do Sistema Capitalista

Atílio Borón*
ATILIO
 BORON 
Agora, os epígonos do capitalismo regressam ao lançamento de ilusões em torno do FMI da OMC, do BIRD que, “arrependidos dos erros do passado – irão efetivamente resolver os grandes problemas que afetam a humanidade. Todas essas instituições são incorrigíveis e irreformáveis e qualquer esperança de mudanças em seus comportamentos não é nada mais do que pura ilusão”.

O capitalismo tem legiões de apologistas. Muitos o fazem de boa fé, produto de sua ignorância e como dizia Marx porque «o sistema é opaco e sua natureza exploradora e predatória não fica evidente, perante os olhos de homens e mulheres do mundo». Outros o defendem porque são seus grandes beneficiários arregimentam enormes fortunas graças a suas injustiças e iniqüidades. Há também outros (gurus, financistas, opinólogos, jornalistas especializados, acadêmicos bem pensantes e diversos representantes do pensamento único) que conhecem perfeitamente o que o sistema impõe em termos de custos sociais, degradação humana e do meio ambiente, mas como estão muito bem remunerados procuram omitir essas questões em seus relatos. Eles sabem muito bem, que a «batalha de idéias» que foi convocada por Fidel Castro é algo que pode ser perigoso para as ideologias que, no intimo, defendem e por isso não se empenham em denunciar as mazelas do capitalismo.
Para contraditar a proliferação de versões idílicas sobre o capitalismo e de sua capacidade de promover o bem estar geral examinemos alguns dados obtidos de documentos oficiais das ONU. Eles são sumamente didáticos quando se lê, principalmente em relação à crise atual – indicando que a solução dos problemas do capitalismo se obtém com mais capitalismo; ou que o G20, o FMI, a OMC e o BIRD, arrependidos dos erros do passado – irão efetivamente resolver os grandes problemas que afetam a humanidade. Todas essas instituições são incorrigíveis e irreformáveis e qualquer esperança de mudanças em seus comportamentos não é nada mais do que pura ilusão. Seguem propondo o mesmo, somente que o discurso é diferente e adotando uma estratégia de «relações públicas» desenhada para ocultar suas verdadeiras intenções. Quem tenha dúvidas que constate o que estão propondo para «solucionar» a crise na Grécia: as mesmas receitas que aplicaram e seguem aplicando na América Latina e África desde os anos oitenta do século passado.
Em continuação, podemos citar alguns dados com suas respectivas fontes recentemente sistematizados pelo Programa Internacional de Estudos Comparativos sobre a Pobreza localizado na Universidade de Bergen, Noruega, que fez um grande esforço para, desde uma perspectiva crítica, combater o discurso oficial sobre a pobreza elaborado desde mais de trinta anos pelo Banco Mundial e reproduzido incansavelmente pelos meios de comunicação, autoridades governamentais, acadêmicos e “especialistas” variados.
População mundial: 6,8 bilhões [mil milhões] de habitantes em 2009.
1,02 [mil milhões] bilhão de pessoas são desnutridos crônicos (FAO,2009);
2 bilhões [mil milhões] de pessoas não tem acesso a medicamentos (www.fic.nih.gov);
884 milhões de pessoas não têm acesso à água potável (OMS/UNICEF 2008);
925 milhões de pessoas são “sem teto” ou residem em moradias precárias (ONU Habitat 2003);
1,6 bilhões [mil milhões] de pessoas não tem acesso à energia elétrica (ONU Habitat, Urban Energy);
2,5 bilhões [mil milhões] de pessoas não são beneficiados por sistemas de saneamento, drenagens ou instalações sanitárias domiciliares (OMS/UNICEF 2008);
774 milhões de adultos são analfabetos ( www.uis.unesco.org );
18 milhões de mortos por ano devido à pobreza, a maioria são crianças menores do que cinco anos de idade (OMS);
218 milhões de crianças entre 5 e 17 anos de idade, trabalham em condições de escravidão com tarefas perigosas ou humilhantes, como soldados da ativa atuando em guerras e/ou conflitos civis, na prostituição infantil, como serventes, em trabalhos insalubres na agricultura, na construção civil ou industria têxtil (OIT: “La eliminación Del trabajo infantil, un objetivo a nuestro alcance” 2006);
Entre 1988 e 2002, os 25% mais pobres da população mundial reduziram sua participação no produto interno bruto mundial (PIB mundial) de 1,16% para 0,92%; enquanto os opulentos 10% mais ricos acrescentaram fortunas em seus bens pessoais passando a dispor de 64% para 71,1% da riqueza mundial. O enriquecimento de uns poucos tem como seu reverso o empobrecimento de muitos;
Somente esses 6,4% de aumento da riqueza dos mais ricos seriam suficientes para duplicar a renda de 70% da população mundial, salvando muitas vidas e reduzindo os sofrimentos dos mais pobres. Entendam bem: tal coisa somente seria obtida se houvesse possibilidade de redistribuir o enriquecimento adicional produzido entre 1988 e 2002 dos 10% mais ricos da população mundial, deixando ainda intactas suas exorbitantes fortunas. Mas nem isso passa a ser aceitável pelas classes dominantes do capitalismo mundial.
CONCLUSÃO
Não se pode combater a pobreza (nem erradicá-la) adotando-se medidas capitalistas. Isso porque o sistema obedece a uma lógica implacável centrada na obtenção do lucro, o que concentra a riqueza e aumenta incessantemente a pobreza e as desigualdades sócio-econômicas a nível mundial.
Depois de cinco séculos de existência é isto e somente isto que o capitalismo tem para oferecer ao mundo! Que esperamos então para mudar o sistema? Se a humanidade tem futuro, esse será claramente socialista! Com o capitalismo, não haverá futuro para ninguém! Nem para os ricos, nem para os pobres! A sentença de Friedrich Engels e também de Rosa Luxemburg: «socialismo ou barbárie» é hoje mais atual do que nunca. Nenhuma sociedade sobrevive quando seu impulso vital reside na busca incessante do lucro e seu motor é a ganância, a usura. Mais cedo ou mais tarde provocará a desintegração da vida social, a destruição do meio ambiente, a decadência política e a crise moral.
Todavia estamos ainda em tempo para reverter esse quadro – então vamos à luta!

* Atilio Borón, doutor em Ciência Política pela Harvard University, é professor titular de Filosofia Política da Universidade de Buenos Aires, Argentina.

Tradução: Jacob David Blinder