quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ella Fitzgerald & Louis Armstrong - Porgy & Bess
1958 - 320 Kbps - Mp3 - Jazz - Time: 66:04
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1. Porgy And Bess: Overture Louis Armstrong 10:50
2. Summertime Louis Armstrong 4:58
3. I Wants To Stay Here Ella Fitzgerald 4:36
4. My Man's Gone Now Ella Fitzgerald 4:00
5. I Got Plenty O' Nuttin' Ella Fitzgerald 3:51
6. Buzzard Song Ella Fitzgerald 2:57
7. Bess You Is My Woman Now Ella Fitzgerald 5:28
8. It Ain't Necessarily So Ella Fitzgerald 6:33
9. What You Want Wid Bess? Ella Fitzgerald 1:59
10. A Woman Is A Sometime Thing Louis Armstrong 4:47
11. Oh, Doctor Jesus Ella Fitzgerald 1:59
12. Porgy And Bess: Medley: Here Come De Honey Man / Crab Man / Oh, Dey's So Fresh And Fine Louis Armstrong 3:29
13. There's A Boat Dat's Leavin' Soon For New York Ella Fitzgerald 4:53
14. Bess, Oh Where's My Bess? Louis Armstrong 2:35
15. Oh Lawd, I'm On My Way Louis Armstrong 2:57

Créditos: HeverCosta
Downloads abaixo:

Parte 1
Parte 2
Por que permitem EUA e Israel competir nas Olimpíadas?


A direita hidrófoba, comandada a partir de sua sede mundial, os Estados Unidos, usa sua imprensa "livre" para disparar as baterias contra a China, às vésperas da abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Pequim. Com isso ela oculta os motivos, muito mais sérios e palpáveis, que serviriam para banir Estados Unidos e Israel da vida esportiva internacional.

Por Humberto Alencar



Desde março deste ano, após os atos terroristas cometidos pelos separatistas comandados pelo dalai-lama no Tibete, os Estados Unidos têm discretamente e "extra-oficialmente" apoiado as ações pró-boicote disparadas ao redor do mundo por Ongs e mídias sustentadas pelo seu governo, como por exemplo a Repórteres Sem Fronteira e a seita Falun Gong, que cometeu atos criminosos durante a viagem da tocha olímpica ao redor do planeta.


E-mails apócrifos, construidos por essa direita, têm sido redistribuídos nos últimos dias por milhares de pessoas ingenuas a favor do boicote às Olimpíadas, porque a China "fere" os direitos humanos e "pratica" crueldades contra os animais. Pobres animais.


Um deles, que rola na internet brasileira há já algum tempo, é constituído por algumas imagens chocantes. Uma delas mostra um suposto bebê na sarjeta, morto, enquanto pessoas caminham sem dar importância ao fato.


Realizando uma busca na Internet, descobre-se que as supostas fotografias teriam sido feitas em 2001, há sete anos, portanto, na província de Hunan e teriam sido motivo de um "artigo" na revista de futilidades Marie Claire.


A revista alegou na epoca que a criança, uma menina, teria sido abandonada para morrer por causa da política populacional conduzida pelo governo chinês, que "proíbe" um casal ter mais de um filho.


A Marie Claire cometeu uma falta no jornalismo correto, que não recomenda construir suposições a partir de um quadro que não possibilite encontrar informações precisas. Mas, quem disse que a mídia ocidental pratica um jornalismo correto?


Na suposição, deixaram de lado o combate exercido pelo governo chinês aos costumes ancestrais feudais, que fizeram pais assassinar bebês meninas ao longo dos séculos, privilegiando filhos masculinos. Costume defendido pelos senhores feudais, é claro, já que os meninos seriam "mais úteis" que as meninas.


A educação na China reduziu de forma colossal o infanticídio, mesmo assim ainda existem aqueles que preferem viver à margem. Mas eles não são apenas chineses. São alemães, por exemplo. Vejamos o caso, recente, de outro bebê, abandonado à morte.


Bebês também são abandonados nas ruas das cidades do mundo "livre", ainda mais na maior potência européia da atualidade a Alemanha.


Em 5 de junho deste ano um bebê foi encontrado morto, na sarjeta de uma das ruas de Halle, na Alemanha "livre", e teria ficado ali por horas, até a polícia recolher o cadáver. Reportagem distribuída pela agência Associated Press conta que o bebê foi achado morto, mas que a taxa de infanticídio na Alemanha é semelhante à dos demais países europeus. Onde estão as fotografias?


A Alemanha é tão desenvolvida no aspecto "bebês abandonados" que criou uma "Caixa para Bebês", onde as mães arrependidas podem abandonar seus rebentos sem deixá-los à morte, como costumeiramente fazem. A tal caixa foi inaugurada em 2000.


Lançada por uma associação de apoio à infância, a Sternipark, a tal "Babyklappe", como é conhecida, recebe cerca de 78 bebês por ano na cidade portuária de Hamburgo, no norte do país.


Juergen Moysich, diretor da associação, reconheceu em declarações à mídia "livre", que continuam a aparecer todos os anos, na Alemanha, 20 bebês abandonados mortos.


Cadê as fotografias? Cadê os defensores dos direitos humanos e a campanha pelo boicote ao Mundial de Futebol disputado na Alemanha em 2006?


É preciso dizer algo sobre bebês abandonados à morte no Brasil?


Voltemos à China, ao boicote proposto por Estados Unidos e seus vassalos midiáticos. Tudo é motivo de protesto. Rodízio de carros em Pequim é totalitarismo. Nevoeiros costumeiros em Pequim são fotografados e exibidos como a "poluição comunista".


Até a arquitetura do estádio Ninho de Pássaro é motivo de críticas, como se os estádios tivessem de reproduzir fielmente os obsoletos Bowl americanos, de arquitetura "vintage".


Vamos então seguir a lógica do boicote e defender a exclusão, pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pela Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA), dos Estados Unidos e de Israel. Não faltam motivos para pedir a exclusão desses países.


Em relação aos Estados Unidos, é fácil. Invadiu dois países entre 2001 e 2003, um deles de forma absolutamente ilegal (Iraque) e outro por supostamente abrigar um terrorista internacional (Afeganistão).


Os EUA ocupam militarmente o Iraque há quase seis anos e são os responsáveis pela morte de quase um milhão de iraquianos. Cerca de quatro mil afegãos são mortos, em média, a cada mês, nos quase sete anos de ocupação, de acordo com dados publicados pelo site de investigação Unknown News e também pela prestigiosa revista médica britânica The Lancet.


É preciso lembrar que a invasão e posterior ocupação do Iraque é ilegal, pois não foi autorizada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.


Argumentar pela exclusão de Israel dessas duas entidades esportivas mundiais também é fácil. Basta lembrar os 41 anos de ocupação ilegal dos territórios palestinos em seguida à guerra de 1967. Basta lembrar os milhares de palestinos mortos durante a ocupação, as guerras desferidas contra o Líbano (A mais recente, de 2006, matou mais de 1.000 civis, a maior parte deles composta por crianças, com suas bombas fornecidas e subsidiadas pelo Pentágono).


Basta COI e Fifa acessarem o site das Nações Unidas e baixarem as dezenas de resoluções da ONU direcionadas a paralisar o genocídio cometido por Israel, olimpicamente ignoradas pelo governo sionista e por seu tutor, os Estados Unidos. Basta as autoridades esportivas visitarem, in loco, a Faixa de Gaza, onde Israel construiu o maior campo de concentração do planeta.


O que dizer do protesto que ciclistas "olímpicos" americanos fizeram ao chegar à China, portando máscaras anti-poluição? Quer maior hipocrisia? Os EUA respondem por 25% da poluição mundial, devido ao intenso uso de energia fóssil e ao atraso tecnológico de suas principais indústrias. Não seria o caso de seus ciclistas usarem máscaras em casa também? Durante o banho, por exemplo?


A ciclista Jennie Reed, cujo rosto ilustra hoje uma das matérias anti-China publicadas pela avassalada Folha de S.Paulo, deve considerar que seu país é um "paraíso ambiental", para portar uma máscara em Pequim.


Logo eles, os americanos, que realizaram quatro olimpíadas e que, na última, deram um gigantesco mau exemplo de organização. Até o direitista Diário de Notícias lisboeta faz críticas aos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. "Foram um mau exemplo de organização e de verdadeiro espírito desportivo", diz o vetusto jornal.


"Os americanos fizeram daquele evento uma grande manifestação de chauvinismo", prossegue.


"Todas as competições em que participasse um americano eram consideradas importantes. Todas as outras, nem que caíssem recordes do mundo, se não fosse um atleta americano a batê-lo era como se não tivesse acontecido".


"E foi naqueles mesmos Jogos que o terrorismo voltou para atormentar a história das Olimpíadas, 24 anos depois de Munique, com um atentado à bomba no Parque Centenário Olímpico, tirando a vida de duas pessoas, deixando feridas mais de uma centena e que permanece até hoje sem explicações" arremata o Diário de Notícias, em artigo publicado nesta quarta feira.


Não custa lembrar que uma das Olimpíadas, a de 1984, foi realizada na cidade que alterna com Pittsburgh o "honroso" título de mais poluída dos Estados Unidos: Los Angeles.


Então, por que os defensores do boicote às Olimpíadas de Pequim não passam agora a defender a exclusão de Estados Unidos e Israel das competições internacionais? Exemplos não faltam: o COI e a Fifa excluíram das competições a África do Sul durante o regime do Apartheid. O terrorismo de Estado praticado pelos governos americano e israelense não justificam sua exclusão?


E Guantânamo, com seu campo de concentração em que são detidos ilegalmente dezenas de presos das ilegais agressões americanas, em condições que deixariam indignados até os guardas nazistas de Auschwitz?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

A HISTORIA DAS COISAS



Mais de dois milhões de pessoas já assistiram a esse pequeno documentário, mas até agora eu não havia encontrado uma versão com legendas em português, e por isso não havia postado nada aqui.

O filme é um murro no estômago do consumismo, do "American way of life" (estilo americano de vida) e das grandes corporações. Vale a pena assistir até o fim.

Para quem é fluente em inglês (fluente MESMO, porque a apresentadora fala muito rápido), vale a pena visitar o site original do projeto, onde o vídeo é apresentado de forma mais interativa.

Créditos: AtitudeVerde

GOSTO DE CEREJA

Ta'm e Guilass, Abbas Kiarostami



Formato: rmvb
Áudio: Árabe
Legenda: Português
Tamanho: 317 MB (04 partes)
Servidor: RapidShare

Créditos: F.A.R.R.A.- fishii1411

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Sinopse:
Homem viaja pelos campos, tentando angariar trabalhadores avulsos para satisfazer desejos reprimidos, que se situam perigosamente na linha entre o amor proibido e a morte. O diretor Abbas Kiarostami aborda a questão do tabu da homossexualidade na sociedade muçulmana. Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.



Ficha Técnica:
Título Original: Ta'm e Guilass
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento (Irã): 1997
Site Oficial: www.zeigeistfilm.com/current/tasteofcherry/cherry.html
Estúdio: Abbas Kiarostami Productions / CiBy 2000
Distribuição: Zeitgeist Films
Direção: Abbas Kiarostami
Roteiro: Abbas Kiarostami
Produção: Abbas Kiarostami
Direção de Fotografia: Homayun Payvar
Edição: Abbas Kiarostami

Elenco:
Homayon Ershadi (Sr. Badii)
Abdolrahman Bagheri (Sr. Bagheri)
Afshin Khorshid Bakhtiari (Soldado)
Safar Ali Moradi (Soldado)
Mir Hossein Noori (Seminarista)

Premiações:
• Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, empatado com Unagi.

Fonte: http://www.adorocinema.com/

CONCEIÇÃO LEMES: FAÇA O TESTE PARA SABER SE VOCÊ BEBE "COM MODERAÇÃO"

Blog do Azenha

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Dra. Laura explica o que é "beber com moderação"

por CONCEIÇÃO LEMES

Final de tarde, travessa da Avenida Paulista, São Paulo. Toda sexta-feira um grupo de amigos se reúne num freqüentado bar da região para relaxar, comemorar, conversar. Num desses happy hours, regado a muitas cervejas e caipirinhas de vodca, pegou fogo o debate sobre a Lei nº 11.705, de 19 de junho de 2008 – a “lei seca”. Ela estabelece que o nível de concentração de álcool no sangue do motorista é zero. Quem for flagrado dirigindo, após beber qualquer quantidade de bebida alcoólica, é multado em R$ 955 e perde a carteira de habilitação por 12 meses.

“Conversa vai, conversa vem, bebo duas a três cervejas [das grandes]”, diz Renato Campos*, 31, operador de um banco de investimentos. “Se a noite está quente, gostosa, vai mais. Extremamente gelada, não dá para resistir.”

“Cerveja não me desce bem. Prefiro caipirinha de vodca. Esta é a segunda hoje. Hummmmmm... Está ótima. Quer experimentar?”, convida Patrícia de Castro*, 27, promotora de eventos. “Mas o que eu gosto mesmo é de Proseco. A gente vai tomando, tomando, tomando... não sente. Desce como uma luva.”

“Normalmente, paro na segunda latinha de cerveja”, conta Luíza Junqueira*, 29, designer. “Álcool sobe muito rápido para mim. Hoje, tomei uma só.”

“Como você está vendo, aqui é todo mundo é amador. Bebo cinco, seis cervejas, e não sinto nada”, afirma João Arruda*, 34, gerente de uma operadora de telemarketing. “Se eu dirijo depois? Tranqüilamente. Meus reflexos não mudam em nada!”

Luíza voltou para casa de táxi. Renato e João dirigiram os próprios carros. “Ah, agora à noite, quem vai parar a gente para fazer o teste do bafômetro?”, desdenham. Patrícia pegou carona com um amigo, que passou para pegá-la. Detalhe: os quatro acham que bebem com moderação. Tremendo engano.

“Luíza, além de não correr o risco de ser autuada, é a única que realmente bebe com moderação”, alerta a médica psiquiatra Laura Helena Andrade. “Renato, João e Patrícia são bebedores ‘pesados’, mesmo que consumam bebida alcoólica apenas uma vez por semana nos níveis mencionados.” Laura é autora de uma pesquisa sobre o padrão de consumo de álcool e seus riscos na cidade de São Paulo, coordena o Núcleo de Epidemiologia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e é professora colaboradora da Faculdade de Medicina da USP.

VOCÊ BEBE MODERADA OU ‘‘PESADAMENTE”?

Pensou em dificuldades com bebida alcoólica, a imensa maioria das pessoas pensa automaticamente em alcoolismo: a dependência que vem com o uso crônico, por tempo prolongado. Ou seja, só considera problema quem fica doente por causa do álcool. Mas existe outro problema que é o padrão de beber da população.

“A ‘lei seca’ visa proteger não apenas o já doente, que é minoria, mas uma porção de gente que, numa sentada, bebe a ponto de se intoxicar, se expondo a comportamentos de risco”, ressalta a professora Laura. “É o heavy drinking, ou beber ‘pesado’.” Segundo o Ministério da Saúde, só em 2007 ocorreram no Brasil 17 mil acidentes devido à ingestão de álcool. Em mais de um mês de vigência da “lei seca”, os acidentes nas estradas brasileiras caíram. Vidas foram salvas.

“O que é o heavy drinking, ou beber ‘pesado’”?

Bem, desde que você não vá dirigir, tudo bem, de vez em quando, se reunir com amigos, parceiros, familiares para celebrar, conversar, comer e “tomar alguma coisa”. Em geral, em pequenas doses, o álcool deixa as pessoas mais relaxadas, alegres e descontraídas, sem ameaçar a saúde. É o famoso beba com moderação.

E você, bebe com moderação? Pelo sim, pelo não, que tal fazer um teste bem simples preparado pela doutora Laura? Vamos lá? Primeiro, os homens. Pensem no consumo de bebida alcoólica no último mês. Você lembra de ter consumido em um único happy hour, balada, festa, evento:

1) Cinco latinhas de cerveja ou de garrafa pequena (long neck)?

2) Três garrafas normais de cerveja?

3) Cinco doses de uísque, vodca, aguardente ou rum? Uma dose, aqui, é aquela medida de dosador de destilados, que contém 36 ml. Normalmente, a “dose” de bares e restaurantes contém duas doses de destilado.

4) Três caipirinhas de vodka ou de aguardente? Em geral, são usadas duas ou mais doses do destilado para fazer uma caipirinha.

5) Cinco taças ou copos de vinho?

Agora, as mulheres. Pensem também no consumo de bebida alcoólica no último mês. Você lembra de ter consumido num único happy hour, balada, festa, evento:

1) Quatro latinhas de cerveja ou de garrafa pequena (long neck)?

2) Duas garrafas normais de cerveja?

3) Quatro doses de uísque, vodca, aguardente ou rum? Vale a explicação dada na pergunta dirigida aos homens.

4) Duas caipirinhas de vodka ou de aguardente? Lembre-se de que, em geral, são usadas duas ou mais doses do destilado para fazer uma caipirinha.

5) Quatro taças ou copos de vinho?

“Se respondeu não às cinco questões, significa que é você um (a) bebedor (a) moderado (a)”, diagnostica Laura. “Já o sim a qualquer uma das alternativas indica que você ultrapassou o limite da moderação; é um (a) bebebor (a) ‘pesado’ (a), ainda que ocasional.”

O chamado heavy drinking, ou beber “pesado”, significa o homem consumir cinco doses de álcool numa sentada; a mulher, quatro, já que seu organismo é naturalmente mais suscetível aos efeitos do álcool. “Uma vez por mês já é suficiente para se dizer que a pessoa tem padrão heavy”, justifica Laura. “Ele é bastante freqüente.”

Uma dose de álcool equivale ao consumo de uma latinha de cerveja (350 ml) ou de uma taça de vinho (de 120 ml) ou de uma dose de uísque, rum, vodca, aguardante ou outro destilado (36 ml). Num daqueles copinhos tradicionais de pinga, uma dose de destilado “pega” um pouco acima da segunda listra.

“Então se eu beber todo dia três doses sou bebedor moderado?”

Não. Considera-se que um homem beba com moderação quando não ultrapassa 14 doses por semana; a mulher, 7 doses. “Acima disso por semana”, adverte Laura, “é um padrão de beber de risco, que pode levar à dependência.”

Laura pesquisou 1.464 moradores acima de 18 anos de Vila Madalena e Pinheiros (bairros de classe média alta) de São Paulo: 12% dos homens e 5,5% das mulheres eram bebedores “pesados” episódicos. A pesquisa analisou também quantos tinham padrão heavy e freqüente, isto é, bebiam “pesado” pelo menos três vezes por semana. O resultado: 14,3% dos homens e 5,4% das mulheres eram bebedores “pesados” freqüentes.

PADRÃO HEAVY E RISCOS LIGADOS À INTOXICAÇÃO

“É incrível como boa parte dos bebedores ‘pesados’ não tem noção de que ultrapassam o limite da moderação”, observa Laura. “Tanto o padrão heavy ocasional quanto o heavy e freqüente estão associados diretamente a vários problemas devido à intoxicação ou à ação biológica do álcool , independentemente de gênero.”

A lista de possíveis conseqüências imediatas da intoxicação pelo álcool é extensa:

* Estimula a violência doméstica e de rua.

* Favorece acidentes de trânsito (carro, moto, bicicleta, atropelamentos), no trabalho (operação de máquinas) e em casa (quedas). É que, mesmo em baixas doses, diminui os reflexos e a coordenação motora.

* Contribui para relação sexual sem proteção, ou seja, sem camisinha. Aumenta, assim, o risco de HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis e de gravidez não planejada.

* Prejudica a memória e o raciocínio.

* Aflora ou agrava dificuldades emocionais.

* Pode causar arritmia cardíaca: alteração dos batimentos cardíacos, causando palpitação; às vezes, essa alteração leva à morte.

“O padrão heavy nem sempre leva à dependência”, frisa Laura. “Porém, há risco, sim, de a pessoa perder o controle. E, ‘apesar dos problemas por causa da bebida’, continuar bebendo. É o que denominamos abuso do álcool. Se continuar bebendo assim, pode chegar à dependência..”

BEBA COM MODERAÇÃO. NUNCA DIRIJA DEPOIS!

Por tudo isso, atenção:

1) Se não bebe, não se sinta compelido (a) a começar só porque os seus amigos bebem.

2) Se beber, faça-o – sempre! -- com moderação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera como de baixo risco até duas doses de álcool por ocasião/dia para um homem e uma dose/dia para mulher.

3) Se estiver grávida, nem uma dose de bebida alcoólica. Há maior risco de aborto e de malformações.

4) Bebida alcoólica também é contra-indicada a quem sofre de doença no fígado ou no pâncreas, utiliza remédios que interagem com o álcool, como antidepressivos, ansiolíticos, antialérgicos e certos antibióticos.

5) Ao beber, faça-o junto com as refeições. O alimento ajuda a competir com o álcool na hora da absorção, tornando-a mais lenta.

6) Beba devagar. Beber deve ser para celebrar, confraternizar, e não para afogar as mágoas e tristezas nem resolver desencantos e dificuldades. O maior espaçamento entre os drinques faz a metabolização do álcool ocorrer aos poucos.

7) Se beber qualquer que seja a quantidade, não dirija carro ou moto nem ande de bicicleta “Em hipótese alguma”, reforça a professora Laura Helena Andrade. Vá de metrô, ônibus, táxi, ou peça a alguém que não bebeu para guiar. Você protege a sua vida, a das pessoas de quem gosta e a de quem está passando por perto. Afinal, bebida é para ser curtida e não para causar infelicidade, dor, sofrimento.

* Esses nomes não os verdadeiros dos entrevistados; por solicitação deles, a repórter trocou-os.

Para CTB, retrocesso no piso dos professores é inaceitável


Depois de uma luta intensa e longa pela aprovação do piso nacional dos professores, secretários de educação querem revisão da lei. A lei que instituiu o piso nacional da rede pública, sancionada pelo presidente Lula no último dia 16, foi discutida na 3ª Reunião do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed).


Segundo Valéria Silva, dirigente nacional da CTB e diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco, a intenção do Consed é um absurdo inaceitável.

“Sabíamos que a adoção do novo piso nos estados e municípios não seria uma luta fácil, mas agora o Consed vai além ao anunciar a intenção de entrar com Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin)”, diz ela.

Para Valeira, estes questionamentos do Consed revelam que educação nunca foi uma prioridade dos governantes brasileiros. “Este projeto foi discutido por longos 13 meses no Congresso Nacional, os professores reivindicavam um piso superior a esse mas resolveram apoiar o projeto e agora são ameaçados pelo Consed”, afirma. “Isso é inaceitável”, enfatiza.

Ela lembra que esta investida mostra como é nefasta esta política econômica que privilegia interesses financeiros em detrimento das necessidades da população. “É preciso ver quanto que estados e municípios estão pagando de juros e encargos de suas dívidas, nesta ciranda financeira instituída pelo neoliberalismo, para se discutir a questão com realismo”, destaca Valéria.

Outros fatores

Além do piso de R$ 950, o projeto estabelece que um terço da carga horária do professor deve ser reservado para atividades fora de sala de aula, como planejamento e coordenação. Mas uma resolução anterior do Conselho Nacional de Educação (CNE) prevê que esse tempo deve variar entre 20% e 25% da carga total.

Com mais tempo de atividades fora de sala, as redes terão que contratar mais professores para compor o quadro, o que, segundo a presidente do Consed, Maria Auxiliadora Rezende, é atualmente inviável para muitos estados e municípios.

"A preocupação dos estados não é referente ao piso em si, mas a outros fatores que passaram a compor a lei e entram em critérios de carreira, trazendo uma série de complicações para estados e municípios. E o que é pior, passa a inviabilizar a lei do piso que para nós é importante assegurar", afirmou Auxiliadora.

Segundo ela, o gasto com pessoal deve aumentar imediatamente em cerca de 20% as folhas de pagamento das secretarias, levando-se em conta apenas a mudança da carga horária em sala de aula.

Movimento sindical

Como a nova demanda implica em aumento do orçamento num ano que já está em curso, o artigo é visto pelo Consed como inconstitucional, por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal. O mesmo argumento foi usado para impedir a retroatividade do pagamento a janeiro de 2008, prevista no projeto.

O ponto foi vetado pelo presidente e os ajustes começam a partir de 2009. O Ministério da Educação (MEC) garante que a complementação orçamentária para pagar o novo piso será feita pela União, por meio do Fundo da Educação Básica (Fundeb).

Segundo Maria Auxiliadora, o Fundeb não foi criado para isso, mas sim para ajudar estados e municípios que não atingiam o valor mínimo por aluno. "Os recursos passados pelo Fundeb incluem todos os gastos com educação, não só com pagamento de pessoal. Nós vamos (agora) investir 100% dos recursos da educação com pessoal? E como a escola vai funcionar?", questiona.

A secretária de educação do Rio Grande do Sul, Mariza Abreu, afirmou que "o Congresso estragou o projeto". "A proposta original do Executivo era correta, tratava de piso e não de jornada. Foi o Congresso que se submeteu à pressão do movimento sindical", analisou.


segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Renato Teixeira - Romaria (1978)





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Chávez: 'século 21 é do socialismo venezuelano'


O dinâmico processo de mudanças liderado desde 1999 pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, desemboca atualmente numa etapa de aprofundamento, que o presidente vislumbra como o início do trânsito para o socialismo.



O eixo do novo período, na opinião de Chávez, inicia com o triunfo eleitoral que se propõe conseguir em 23 de novembro próximo, quando estarão em jogo mais de 600 cargos de governadores, prefeitos e representantes públicos regionais.


Num ato de apresentação de candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para os estados de Bolívar e do Delta Amacuro, o estadista pediu ontem aos seus partidários que se prepararem para avançar ao socialismo "de maneira precisa, planificada e acelerada".


"Estou convencido, à frente do timão central deste barco que se chama Venezuela, que estamos em condições de entrar já nesse novo período da Revolução", assegurou.


Chávez apontou também que em dezembro passado, quando foi recusada em referendo uma reforma constitucional, "não estávamos prontos para fazê-la na dimensão que se pretendeu".


No entanto, opinou que a população venezuelana está pronta já para a partir do próximo dezembro, quando assumam as novas autoridades regionais, abrir o novo período da revolução de 2008 a 2021 e começar 2009 "em galope revolucionário"


"O socialismo é o único caminho para ter Pátria. Pátria não só para Venezuela, senão também para o mundo", afirmou o presidente venezuelano, que afirmou que o século 21 será o do socialismo venezuelano.


Com esse propósito, Chávez, convocou a "pulverizar à oposição" nas próximas eleições, com um trabalho unitário na Aliança Patriótica integrada pelo PSUV e os partidos Comunista, Pátria para Todos e Movimento Eleitoral do Povo, entre outros.


A esse respeito, ressaltou o avanço unitário conseguido nesta semana por essa aliança, depois de discrepâncias e críticas de Chávez ao que considerou como uma "anteposição de interesses eleitorais" à proposta estratégica de construir o socialismo.


Igualmente, considerou que em reuniões realizadas nesta semana foi dado "um salto tático estratégico da Aliança" e convidou aos líderes dos partidos a preservar o conseguido e continuar debatendo internamente, mas com discurso e prática de unidade.

VA - Mystic Highlands III
2008, 192Kbps, 91Mb

http://i36.tinypic.com/10450ll.jpg


01. Aethera - Into Blue
02. Michael Danna & Jeff Danna - Hills Of Ireland
03. Blackmore´s Night - Home Again
04. Heritage - The Tower
05. Llynya - Another Day
06. Darby Devon - Highlands
07. Greg Joy - Magical Child
08. Medwin Goodall - Candle In The Dark
09. Bill Douglas - Sweet Rain
10. Joannie Madden - Down By The Sally Gardens
11. Bekki Williams - The Plains
12. Vico McDonald - Connor
13. Michel Petit - Hero
14. Julius Vincent - Days Gone By
15. Corciolli - Lumen Naturae
16. Celtic Spirit - Theme From Braveheart

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domingo, 3 de agosto de 2008

Pablo Neruda

O Teu Riso

Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não me tires o teu riso.
Não me tires a rosa, a lança que desfolhas,
a água que de súbito brota da tua alegria,
a repentina onda de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados às vezes por ver
que a terra não muda, mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me e abre-me

Todas as portas da vida.

Meu amor, nos momentos mais escuros solta
o teu riso e se de súbito vires que o meu sangue

Mancha as pedras da rua, ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
Como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono, teu riso deve erguer
sua cascata de espuma, e na primavera, amor,
quero teu riso como a flor que esperava,
a flor azul, a rosa da minha pátria sonora.

Ri-te da noite, do dia, da lua,

ri-te das ruas tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro rapaz que te ama,
Mas quando abro os olhos e os fecho,
Quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
Nega-me o pão, o ar, a luz, a primavera,
Mas nunca o teu riso, porque então morreria.

Pablo Neruda