terça-feira, 10 de julho de 2007


Bush corrige a pontaria (2): Líbano



Luiz Eça


A nova estratégia americana para o Oriente Médio, que elege os xiitas como inimigos-chave e os sunitas como eventuais aliados, conseguiu equilibrar as coisas no Líbano.
Os americanos estavam desmoralizados pelo apoio prestado a Israel na invasão, ao lhes fornecer armamentos e retardar o cessar fogo da ONU para dar tempo aos israelenses de infligirem o máximo de danos ao Hezbolá. Foram cúmplices no massacre de mais de mil civis, o que uniu todas as forças políticas libanesas contra Bush. Ele buscou reaproximar-se do governo do sunita Fued Siniora, doando 1 bilhão de dólares ao país que ajudara a destruir. E mais: co-organizou uma reunião de países em Paris, que prometeram quase 8 bilhões para a reconstrução do Libano. Com isso, o governo Siniora voltou às boas com os Estados Unidos e sua aliança com os xiitas começou a ruir. Foi ao chão quando ele recusou a solicitação do Hezbolá para que fosse aumentada a participação xiita no ministério.Os xiitas reagiram retirando os ministros que tinham no governo Siniora e promovendo grandes manifestações de protesto. A temperatura da crise subiu com a ONU marcando data para o julgamento por um tribunal internacional dos responsáveis pelo assassinato do ex-primeiro ministro sunita, Rafik Hariri em 2005. E se aqueceu ainda mais com o ataque do Fatah al Islam, entricheirado no campo de refugiados de Nahrl AL Bared, contra o exército libanês. O governo Siniora e autoridades americanas acusaram a Síria de estar por trás destas ações delituosas.A Síria tem uma grande presença no Líbano desde o fim da guerra civil que dilacerou o país, opondo muçulmanos a cristãos. Em 1991, as facções se reconciliaram e solicitaram, com aval da ONU e dos Estados Unidos, a entrada do exército sírio para garantir a paz e reorganizar o exército libanês.Formou-se, então, um governo de união nacional. Mas, depois de alguns anos, as divergências voltaram. Enquanto os xiitas e parte dos cristãos queriam que os sírios permanecessem mais tempo como proteção contra Israel, os sunitas, drusos e parte dos cristãos consideravam-nos força de ocupação e exigiam sua saída.Em 2005, o ex-primeiro ministro Rafik Hariri, sunita, foi assassinado. Tendo sido, inicialmente, aliado dos sírios , ele passara para a oposição. Tendo acusado o governo da Síria pelo crime, os partidários de Hariri promoveram uma grande campanha, com respaldo internacional, que resultou na retirada do exército sírio. Chamada a intervir, a ONU nomeou uma comissão de investigação dirigida pelo o alemão Detlev Mehlis.As primeiras conclusões, largamente difundidas pelo governo americano e agências de notícias internacionais, culpavam a Síria.Houve, porém, opiniões discordantes até de figuras insuspeitas como o professor Eyal Zisser, especialista em Síria, do Instituto Dayan da Universidade de Tel-Aviv : “É completamente ilógico supor que a Síria o tenha feito. Seria uma decisão imbecil de sua parte. O mundo inteiro está de olho na Síria e ela não teria interesse algum em desestabilizar o Líbano". Parece que ele tinha razão.As conclusões de Mehlis baseavam-se em dois depoimentos que se provaram duvidosos. Muhammad Said Saddik, segundo a revista Der Spiegel, jactou-se publicamente de que seu testemunho no caso Hariri iria torná-lo um milionário. Por sua vez, Hussam Taher Hussam, posteriormente, voltou atrás, dizendo que era mentira, depois de raptado, torturado e de ter recebido a oferta de 1,3 milhão de dólares de agentes libaneses.Mehlis se resignou e o seu sucessor, o promotor público belga Serge Brammertz, recomeçou toda a investigação considerando divesas hipóteses. Para os sírios e xiitas, o atentado teria sido obra do Mossad. Ou mesmo da CIA, que, pelas últimas revelações dos seus arquivos secretos, seria bem capaz disso.O tribunal da ONU deve começar breve. A Síria recusa-se a colaborar. Sustenta que o processo será político, não jurídico, e que, sob a influência dos Estados Unidos, não se pode esperar isenção. O relatório Mehlis, apontando os suspeitos, ainda não é conhecido. Depois da farsa da primeira investigação, o receio sírio é compreensível.O caso do Fatah al Islam não foi bem apresentado pela nossa imprensa.O repórter investigativo Seymour Hersh, da revista New Yorker, deixa as coisas claras: "Uma torrente de dinheiro americano, não aprovado pelo Congresso, foi para o governo do Líbano, o qual, por sua vez, o direcionou para ao menos três grupos jihadistas". Um deles seria o Fatah Al Islam. Hersh cita uma das suas fontes, Alastair Crooke, ex-agente da inteligência britânica: "Fui informado de que, dentro de 24 horas, eles (o Fatah Al-Islam) receberiam armas e dinheiro de pessoas que se apresentaram como representantes dos interesses do governo libanês”.O Fatah al Islam foi formado por sunitas que se separaram do Fatah al Intifada, adotando uma orientação jihadista (tipo al Qaeda). Diz Abu Hazem, um dos líderes do Al Intifada: "Eles nos disseram que estavam treinando para atacar Israel. De repente, descobrimos que estavam treinando para atacar xiitas no Líbano”.Para isso, o Fatah Al Islam contaria com recursos dos Estados Unidos e da poderosa família Hariri, liderada por Saad Hariri, filho do líder assassinado, e inimigo dos sírios e do Hezbolá.Por que então atacaram o exército dos seus aliados do governo libanês?Frank Lamb, jornalista freelancer, que investigou o assunto no campo de refugiados, explica, no semanário Mother Jones. Os jihadistas teriam exigido um aumento nos fundos fornecidos através do banco Hariri. Como foi negado, eles assaltaram o banco, seguindo-se o tiroteio com militares libaneses, início do conflito que já causou 140 mortes.No momento, o Líbano está dividido: metade apóia o Hezbolá e os xiitas e metade defende o governo sunita-cristão, pró-americano e anti-Síria. Fala-se que a instalação do tribunal da ONU para julgar o affair Hariri poderá ser o estopim de uma nova crise. Não é provável. Como todos os tribunais, este será lento e muitos meses se passarão antes de funcionar pra valer. Até lá, os desdobramentos são imponderáveis.


Luiz Eça é jornalista.

Armas não atiram Rosas...



O documentário relata os acontecimentos de 9 de junho de 1997, quando pistoleiros contratados por latifundiários atacaram o acampamento do MST no Engenho Camarazal, na Zona da Mata de Pernambuco, ferindo cinco trabalhadores - inclusive duas crianças - e tirando a vida de outros dois sem-terra depois de uma tortura brutal.




Ficha Técnica
Duração: 14 min
Direção: Maria Luísa Mendonça e Thalles Gomes
Roteiro: Joba Alves, Marluce Melo, Maria Luísa Mendonça e Thalles Gomes
Produção: Cássia Bechara, Ana Emília Borba e Natália Paulino
Trilha sonora: Grupo Galante e Ivan Vilella
Realização: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.

O justo



A virtude moral ou ética consiste na capacidade de escolher o justo meio entre dois extremos viciosos, em que um peca por excesso e o outro por defeito.
A coragem, que é o justo meio entre a vileza e a temeridade, incide sobre tudo aquilo que se deve ou não deve temer.
A parcimônia, que é o justo meio entre a intemperança e a insensibilidade, diz respeito ao uso imoderado dos prazeres.
A liberalidade, que é o justo meio entre a avareza e a prodigalidade, diz respeito ao uso ajuizado das riquezas. A magnanimidade, que é o justo meio entre a vaidade e a humildade, diz respeito à justa opinião de si próprio.
A mansidão, que é o justo meio entre a irascibilidade e a indolência, diz respeito à ira.
Nicola Abbagnano
Copiado de:AmigosDoFreud
Corpo mental, uma expressão clínica da mente

Nubor Orlando Facure



RESUMO

O autor apresenta o “corpo mental” como uma hipótese alternativa para a abordagem da mente. Na atualidade a mente é vista como um conjunto particular de funções desempenhadas pelo cérebro. Esse modelo parece não dar à mente uma noção compatível com o organismo como um todo.

Usando como método a semiologia neurológica, procuramos demonstrar a existência de um “corpo mental” que se revela em diversas situações clínicas como na histeria, na hipnose, na narcolepsia, no membro fantasma e nas chamadas experiências fora do corpo.

Essa forma de estudar a mente sob a perspectiva de um corpo que se identifica semiologicamente, pode abrir um vasto campo de experimentação, e de interpretação de fenômenos tanto psicológicos como neurológicos.

Termos de indexação: Mente, corpo mental, histeria, hipnose, narcolepsia, membro fantasma, experiências fora do corpo.

INTRODUÇÃO

A matemática nos ensina que os elementos de um conjunto não conseguem explicar a natureza inteira desse conjunto. O conceito do todo escapa ao que cada uma das partes isoladamente possa representar (Bertrand Russell 1,2). Considerando os neurônios cerebrais como elementos de um conjunto que se pressupõe conter a mente, poderemos questionar se será possível uma compreensão completa do conceito de mente baseado nas funções dos neurônios. Essa interrogação nos autoriza, pelo menos teoricamente, colocarmos a mente, como situada, tanto fora quanto dentro do conjunto dos neurônios cerebrais.

Por outro lado, novas teorias (Ilya Prigogine in Del Nero 3), sugerem que “sistemas de alta complexidade” têm capacidade de se auto-organizarem. O sistema nervoso, além da sua estrutura física, pode ser visto como um biossistema altamente complexo, dotado de particularidades e propriedades específicas dos seres vivos. Uma “teoria da mente”4, tida como monista, materialista e “emergentista”, identifica os “estados mentais” como sendo um subconjunto distinto dos “estados cerebrais”, que são claramente de natureza física, e que seriam, por sua vez, um subconjunto de estados do sistema nervoso. Segundo essa teoria, as atividades dos neurônios nas suas trocas eletroquímicas produziriam uma nova qualidade de fenômenos que “emergem” como função mental, semelhante à ordem que resulta nos sistemas de alta complexidade.

As diversas teorias da mente4 disponíveis na atualidade não conseguem, entretanto, passar de hipóteses com boa estruturação teórica, sem que possam dar conta de toda uma série de fenômenos conhecidos que a atividade mental expressa. Nenhuma teoria conseguiu até agora efetuar predições específicas sobre os fenômenos mentais e muito menos nos garantiu a possibilidade de testá-la na clínica ou no laboratório.
OBJETIVO E MÉTODO
É exatamente pela possibilidade de testar a hipótese tanto do ponto de vista clínico como laboratorial, que estou sugerindo o conceito de “corpo mental” em substituição ao de mente. Apresento diversas situações onde a semiologia neurológica pode confirmar essa hipótese como compatível com as expressões clínicas. Nesse trabalho, considero o corpo mental como um modelo que tem uma identidade clínica, que pode ser revelada pelos instrumentos de avaliação que a semiologia neurológica oferece.

MODELOS SEMIOLÓGICOS

Histeria – Pacientes histéricos que apresentam distúrbios sensitivos ou motores revelam um padrão semiológico típico, notando-se, antes de mais nada, que eles não obedecem as distribuições anatômicas adequadas às diversas vias de inervação do sistema nervoso.

Por outro lado, nas lesões orgânicas do cérebro, o mapa das anestesias revela distribuições muito conhecidas dos neurologistas, que aprenderam a constatar os níveis de anestesia metaméricos ou haloméricos e as síndromes chamadas de alternas, caracterizadas pelo comprometimento anestésico na hemiface de um lado e do tronco e membros no hemicorpo contralateral.

Os estudos semiológicos mostram que o paciente histérico faz um padrão de anestesia diferente, comprometendo, às vezes, todo seu corpo; ele não sabe que a inervação sensitiva da face percorre o nervo trigêmeo, enquanto as regiões posteriores do couro cabeludo, na nuca, seguem inervações muito distantes, situadas ao nível da medula cervical. As anestesias nos membros do histérico não poupam nenhuma forma de sensibilidade, havendo comprometimento global das sensibilidades superficiais e profundas. A organização dessa “anatomia” elaborada pelo histérico é produto da concepção mental que ele faz do seu corpo. O histérico se expressa semiologicamente como se possuindo um “corpo” organizado por sua mente e não pelo seu cérebro. Essa atitude é conhecida na história da histeria e, sem dúvida é universal, como se pode ler num dos tratados clássicos da neurologia, o “Sémiologie des affections du système nerveux” de J. Dejerine (1914)5. Na avaliação semiológica do histérico podemos identificar como ele expressa seu corpo mental.

A paralisia histérica também revela contrastes com a semiologia das síndromes lesionais orgânicas. A flacidez é extravagante, a hipertonia costuma ser difusa em toda musculatura, não respeitando a distribuição entre agonistas e antagonistas que o sistema gama exige. A perna desse paciente oferecerá resistência tanto para ser flexionada como para ser estendida. O hemiplégico ou o paraplégico histérico constrói uma deficiência dentro de um modelo imaginário obedecendo a uma construção mental e não a uma perda de vias nervosas.

Hipnose – indivíduos que assimilam as sugestões que induzem à hipnose podem produzir tanto paralisias como anestesias. A experiência médica, vasta nessa área6, tem demonstrado que as paralisias e as anestesias seguem o mesmo padrão dos quadros histéricos7,8,9. Em um e outro quadro podemos perceber que o “corpo” construído pelo histérico e pelo hipnotizado tem origem nos seus “modelos mentais” e não obedece a sistematização das vias neurais.

As memórias do hipnotizado – Na experiência comum do transe hipnótico sabemos que, ao despertar, o hipnotizado não retém as lembranças do que ele ouviu ou desempenhou durante o transe. Uma segunda indução, feita logo a seguir, o faz resgatar essas memórias retornando à cena do primeiro transe, sem se dar conta agora do que ouviu ou fez no intervalo entre os dois transes. Essa experiência parece nos revelar dois arquivos distintos de memorização. Eu diria que um deles se localiza no cérebro físico, quando ele está desperto, e outro no corpo mental, quando ele está em transe. Essa situação pode ser comparada ao que fazemos no computador: um arquivo que criamos para determinado texto, não abre o texto de outro. Para que isso aconteça, é preciso copiar e colar um no outro para se proceder a essa leitura. No caso da hipnose, podemos usar a sugestão hipnótica para transferirmos as memórias de um ambiente para outro, o que se consegue com certa facilidade.

Narcolepsia – A narcolepsia é um distúrbio do sono no qual o paciente entra subitamente em um estado de sonolência que ele não consegue controlar. Os episódios se repetem com freqüência incômoda perturbando as atividades diárias do paciente. A duração dos episódios costuma ser variada podendo ser de alguns minutos ou horas. Ao despertar, esses pacientes fazem relatos curiosos. Podem permanecer aparentemente lúcidos durante a sonolência realizando nesse período atividades complexas. Sentem sua saída do corpo físico e convivem com cenários e personagens diversos. Alguns relatam uma experiência atemporal, podem ser testemunhas de episódios passados ou que venham a se confirmar no futuro. De qualquer forma, eles parecem ser possuidores de um corpo com o qual vivenciam suas experiências. Os clássicos da neurologia rotulam esses quadros de alucinações hipnagógicas. Aqui estariam também incluídos os chamados sonhos lúcidos que indivíduos normais relatam. Parece-nos, porém, que na narcolepsia a experiência é mais “consciente” e menos simbólica que as vivências oníricas de todos nós. Não é difícil para esses pacientes descreverem as características físicas e funcionais desse corpo mental que lhes permite transitar pelos seus “sonhos”.

Membro fantasma – amputações quase sempre ocorridas em acidentes violentos podem produzir no paciente a percepção da continuidade da existência do seu membro amputado (amputações em outras partes do corpo como mama, nariz, língua, escroto e pênis, podem produzir sintomas semelhantes ao membro fantasma)10. Melzack11, 12 acredita na existência, no cérebro, de uma imagem do corpo inteiro numa matriz neural. Ela seria composta por uma rede de interconexões neurais, organizada geneticamente e, a partir de estímulos sensoriais, criando um padrão de identificação do eu que Melzack10 chama de “neuro-assinatura”. Mesmo crianças que nascem sem membros podem revelar a existência dessa matriz corporal11. Em que pese as hipóteses neurofisiológicas que tentam justificar os sintomas do membro fantasma, sua manifestação clínica pode complementar os exemplos de corpo mental que queremos estudar. O membro fantasma dá ao paciente toda sensação de um membro real (sentiment du realité concrète, segundo Lhermitte)10 onde ele sente dor, cócegas, movimentos espontâneos e reações de evitamento como bater em um móvel. Considerando esse membro como parte do corpo mental, veremos que a consciência do paciente não exerce controle sobre suas funções, quer motoras ou sensitivas. Podemos dizer que essa falta de controle é pertinente aos quadros de histeria e hipnose que anotamos.

Uma série de outros fenômenos clínicos parece sugerir a existência dessa representação corporificada da mente que estamos analisando. A construção da imagem corporal e as síndromes de negligência são bons exemplos. A literatura leiga e neuropsiquiátrica produziu de uns tempos para cá uma enormidade de textos referindo-se a experiências fora do corpo e experiências de quase morte. Nós neurologistas encontramos com freqüência, entre as manifestações psíquicas dos epilépticos, a chamada “noção de uma presença”, onde uma “entidade” parece acompanhar como testemunha o desenrolar da crise epiléptica.

COMENTÁRIOS

Não temos dúvida de que o dilema cérebro/mente é inesgotável, contraditório e, às vezes, irreconciliável. Ao propor discutir o tema em termos de corpo mental, sabemos da dificuldade de se introduzir uma idéia nova num contexto de tamanha complexidade. Lembramos, porém, de uma afirmação do evolucionista Stephen Jay Gould13 que propôs a evolução pontual das espécies. “Novos fatos, coletados à moda antiga, sob a tutela de velhas teorias, raramente levam a qualquer revisão substancial do pensamento. Os fatos não “falam por si só”; são lidos à luz da teoria. O pensamento criativo, tanto na ciência quanto nas artes, é o motor para a mudança de opinião”

A discussão da mente parece se esgotar entre a Filosofia e a Ciência sem chegar a um fim. O “corpo mental” parece-me que tem o mérito de especificar um objeto de estudo mais adequado devido seu comportamento clínico e experimental.

Esperamos que estudos subseqüentes possam comprovar a validade da nossa proposta. Ainda precisamos aprofundar as características semiológicas sobre o corpo mental e identificarmos suas características anatômicas e funcionais fundamentais, já que ele pode ser avaliado clinicamente na histeria, testado experimentalmente na hipnose, reconhecido no membro fantasma, confirmado na narcolepsia e nas experiências fora do corpo, conforme exemplificamos.

REFERÊNCIAS:

1 – Russel B. História do pensamento ocidental: a aventura dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro - Ediouro 2001

2 – Macrone M. Eureka! Um livro sobre idéias –São Paulo Ed. Rótterdan 1997 pag. 121 e 122.

3 – Del Nero H.S. O sítio da mente: pensamento, emoção e vontade no cérebro humano. São Paulo: Collegium Cognitio, 1977 Pag 193.

4 - Tripicchio A, Tripicchio AC. Teorias da mente - Ribeirão Preto, S.P. Ed Tecmedd 2003 Pag 72 a 77

5 - Dejerine J. Sémiologie dês affections du Systeme nerveux 12 ed - Masson et Cie Éditeurs Paris 1914 pag 540 a 549 e 927.

6 - Ferreira MV. Hipnose na prática clínica São Paulo Ed Atheneu 2003

7 - Halligan PW, Athwal, BS Oakley, DA, Franckowiak, RSJ. Imaging hipnotic paralysis: Implications for conversion hysteria. The Lancet, 2000; 355:986-987

8 - Halligan PW. New approaches to conversion hysteria. BMJ 2000; 320: 1488-1489 (3june)

9 - Marshall JC, Halligan PW, Fink GR, Wade DT, Frackwdak, RSJ. The functional anatomy of a hysterical paralysis. Cognition 1997; 64(1) Pag. B1B8

10 - Jensen TS, Rasmussen P. Amputation. Pag 402-412. Textbook of pain Ed. Patrick D. Wall, Ronald Melzack (Churchill Livingstone) Londres 1984

11 - Melzack R, Israel R, Lacroix R, Schultz G. Phantom limbs in people with congenital limb deficiency or amputation in early childhood. Brain 1997; 120 (9) 1603-1620

12 - Melzack R. Phantom limbs. Sci Am April 1992; 266: 120-126

13 - Gould S. J. Darwin e os grandes enigmas da vida. Tradução de Maria Elizabeth Martinez 2a Ed. São Paulo - Martins Fontes 1999 Pag. 158

Agradecimento: `A Kátia Gomes Facure Giaretta pela colaboração e apoio.