EUA já cassaram 141 concessões desde 1934, segundo jornalista chileno
Renato Rovai
O leitor que acompanha este blog sabe dos meus questionamentos a respeito de como se deu o processo de não-renovação da concessão da RCTV. Acho que o governo Chávez comete o mesmo erro de outros governos ao agir apenas politicamente no trato do direito à comunicação. Mas quando digo faz exatamente como outros governos, não é só força de expressão.
Acabo de ler uma entrevista do presidente do Colégio de Periodistas do Chile, Ernesto Carmona, em que ele diz que nos EUA a FCC, sigla da Administração Federal das Comunicações, órgão regulador que existe desde 1934, já teria fechado 141 emissoras de televisão. Entre elas 101 que não tiveram suas concessões renovadas e outras 39 que foram cassadas antes mesmo do vencimento da licença. Nesta conta, falta uma. Vamos seguir com essa apuração.
Também diz na mesma entrevista que foram revogadas recentemente concessões de emissoras no Perú, Canadá e no Reino Unido. E lembra que nesses casos a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) não protestou.
Para o meu gosto, o fato de os EUA terem feito isso não significa que outros países devem fazer também. Mas isso revela como essa defesa da liberdade de imprensa só seve para a Venezuela e governos não-alinhados ao modelo neoliberal. É mero discurso de ocasião para certas pessoas. Não tem nada a ver com liberdade nem com imprensa. Algo que para este blogueiro precisam ser defendidas de forma radical. E que por esse mesmo motivo o faz não concordar com o modelo Chávez de comunicação. Não gosto de estatização em comunicação. Acho que basta uma TV para fazer esse papel. Prefiro que empresários, movimentos sociais, ONGs etc, façam TV em vez de governos. Mas essa é uma outra história.
Fonte: Blog do Rovai
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