EE.UU SOU O TAL
Sandro Villar*
Vamos brincar de Alca, mas quem manda sou EE.UU. Ah, já estou pra lá de aborrecido com as estripulias do Huguinho e, por causa da influência dele, vejo-me compelido (compelido? Eta língua bonita que vocês têm, seus cucarachas) a ficar de olho no Lulinha, no Nestorzinho, no Tabarézinho, na Michelinha e, principalmente, no Evinho, esse indiozinho boliviano metido a besta. Todos são moleques travessos e EE.UU já não tenho mais idade para tolerar travessuras de quem quer que seja.
Eles precisam entender de uma vez por todas que quem sempre manda sou EE.UU. Sempre foi assim e, pelo andar da carruagem atômica, assim será e quem não gostar que vá se queixar ao prelado mais próximo.
Atenção, assessores de meia-tigela: desta vez acertei na mosca e em outros insetos, pois EE.UU disse prelado e não pelado.
Ufa, acho que me redimi das gafes cometidas na Austrália. Depois de trocar as bolas, chamando os australianos de austríacos e a Apec de Opep, vou tomar cuidado e serei mais atento nos meus pronunciamentos aos nossos escravos, quer dizer, nossos colonizados ao redor do mundo. Ou nos cinco continentes. Tanto faz.
Quero deixar explícito aos mencionados moleques que EE.UU não engulo esse negócio de Mercosul até porque quem faz negócio mesmo sou EE.UU. Aliás, EE.UU sou o mercado do mundo, como definiu muito bem o saudoso Paulo Francis.
Compro quase tudo dessa turma e ainda assim eles reclamam. Até petróleo compro do Huguinho e mesmo assim esse garoto ingrato me xinga sem medir as conseqüências. Vai ver é porque não existe Ipem na Venezuela.
A sorte deles é que os tempos são outros, pois do contrário tomaríamos providências, como na época dos inesquecíveis Richard Nixon, Henry Kissinger e, principalmente, Vernon Walters e Lincoln Gordon. Tenho certeza absoluta que eles matariam o Mercosul no ninho. Ou, se me permitem outra metáfora, abortariam esse bloco mesmo já em adiantado estado de gestação. Alca neles e, quando o assunto é comércio, concorrente bom é concorrente morto. Estamos conversados?
Só mais um dedinho de anão de prosa: quero deixar bem claro que, no frigir das claras e das gemas do mercado financeiro, o primeiro beneficiado sou EE.UU, o segundo também e o terceiro idem. Só depois é que vem o resto, como naquela piada do brasileiro avarento: “Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto eu, quinto a minha família, sexto as minhas amantes e só depois é que vem o resto”.
EE.UU mando prender e mando soltar. Tás pensando o quê, cara-pálida? Não sou pouca porcaria. EE.UU sou o dono do mundo e minha hegemonia está longe de terminar, apesar dos avanços da Rússia, rica em petróleo, gás natural e o escambau. E o colega russo que não se meta a besta comigo, ficando Putin da vida por causa de algum deslize meu. No mais, abraços ao Alanzinho e ao Uribinho, os únicos que ainda me apóiam “in South América”, meu ex-quintal (pô, desse jeito vou acabar no bloco do EE.UU sozinho).
“Deus protege as crianças, os bêbados e os Estados Unidos da América”.
(Bismark)
*Sandro Villar é jornalista e escritor
Eles precisam entender de uma vez por todas que quem sempre manda sou EE.UU. Sempre foi assim e, pelo andar da carruagem atômica, assim será e quem não gostar que vá se queixar ao prelado mais próximo.
Atenção, assessores de meia-tigela: desta vez acertei na mosca e em outros insetos, pois EE.UU disse prelado e não pelado.
Ufa, acho que me redimi das gafes cometidas na Austrália. Depois de trocar as bolas, chamando os australianos de austríacos e a Apec de Opep, vou tomar cuidado e serei mais atento nos meus pronunciamentos aos nossos escravos, quer dizer, nossos colonizados ao redor do mundo. Ou nos cinco continentes. Tanto faz.
Quero deixar explícito aos mencionados moleques que EE.UU não engulo esse negócio de Mercosul até porque quem faz negócio mesmo sou EE.UU. Aliás, EE.UU sou o mercado do mundo, como definiu muito bem o saudoso Paulo Francis.
Compro quase tudo dessa turma e ainda assim eles reclamam. Até petróleo compro do Huguinho e mesmo assim esse garoto ingrato me xinga sem medir as conseqüências. Vai ver é porque não existe Ipem na Venezuela.
A sorte deles é que os tempos são outros, pois do contrário tomaríamos providências, como na época dos inesquecíveis Richard Nixon, Henry Kissinger e, principalmente, Vernon Walters e Lincoln Gordon. Tenho certeza absoluta que eles matariam o Mercosul no ninho. Ou, se me permitem outra metáfora, abortariam esse bloco mesmo já em adiantado estado de gestação. Alca neles e, quando o assunto é comércio, concorrente bom é concorrente morto. Estamos conversados?
Só mais um dedinho de anão de prosa: quero deixar bem claro que, no frigir das claras e das gemas do mercado financeiro, o primeiro beneficiado sou EE.UU, o segundo também e o terceiro idem. Só depois é que vem o resto, como naquela piada do brasileiro avarento: “Primeiro eu, segundo eu, terceiro eu, quarto eu, quinto a minha família, sexto as minhas amantes e só depois é que vem o resto”.
EE.UU mando prender e mando soltar. Tás pensando o quê, cara-pálida? Não sou pouca porcaria. EE.UU sou o dono do mundo e minha hegemonia está longe de terminar, apesar dos avanços da Rússia, rica em petróleo, gás natural e o escambau. E o colega russo que não se meta a besta comigo, ficando Putin da vida por causa de algum deslize meu. No mais, abraços ao Alanzinho e ao Uribinho, os únicos que ainda me apóiam “in South América”, meu ex-quintal (pô, desse jeito vou acabar no bloco do EE.UU sozinho).
“Deus protege as crianças, os bêbados e os Estados Unidos da América”.
(Bismark)
*Sandro Villar é jornalista e escritor
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