Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Formato: rmvb
Áudio: Francês
Legendas: Português (BR)
Duração: 27 min
Tamanho: 88MB (01 parte)
Servidor: Rapidshare
Créditos: RapaduraAzucarada - Welk
http://rapidshare.com/files/55305982/LA_JET_E__1962_.rmvb
Sinopse:
Filme que serviu de inspiração para o excepcional ’Os 12 Macacos’, de Terry Gilliam, ‘La Jetée’ é, indubitavelmente, uma obra-prima do cinema fantástico e único filme de ficção Chris Marker, cineasta sempre inovador e um mago das imagens e da montagem. Poucos cineastas conseguiram, como ele, imprimir um selo de modernidade numa obra vasta, que ultrapassa os limites de todos os gêneros e suportes.
O curta-metragem narra a aventura de um sobrevivente da Terceira Guerra Mundial que vive como prisioneiro nos subterrâneos de uma Paris destruída. Esse homem guarda lembranças de uma infância feliz na superfície, em tempos anteriores à guerra, quando costumava ser levado pelos pais para admirar os aviões no aeroporto de Orly. Cientistas do pós-guerra o escolhem como cobaia para experiências de viagem no tempo. Como a superfície do planeta foi devastada pela guerra e pela radiatividade, a humanidade vive reclusa no subsolo e com parcos recursos. A única saída para um renascimento da civilização estaria no sucesso das viagens no tempo e na mobilização de conhecimento e fontes de energia advindas desse artifício. Depois de alguns viajantes do tempo não terem sobrevivido ou acabarem loucos, o protagonista de La Jetée é reconhecido como o homem mais apto para realizar essa missão.
'La Jetée' trabalha essencialmente com dois temas recorrentes no cinema de ficção científica: o holocausto nuclear e a viagem no tempo. Contudo, nenhum desses temas é tratado por Marker de forma corriqueira. O paradoxo temporal é intensamente examinado, em especial à máxima da imutabilidade do tempo. As imagens da Paris destruída e do refúgio subterrâneo também impressionam pela crueza e melancolia. Mas a característica mais marcante do filme reside em sua forma, na opção pela fotomontagem.
La Jetée é um filme sonoro e em preto e branco, mas que prescinde de uma das, senão a mais característica qualidade de um filme: o movimento. A narrativa decorre da sucessão de imagens estáticas, fotografias filmadas. No entanto, em nenhum momento pode-se afirmar que o filme carece de montagem ou que não é cinema, pois, na construção da narrativa por meio da sucessão de fotografias, Marker faz uso de praticamente todos os dispositivos da linguagem cinematográfica.
Duas características denunciam a influência do documentário, ou pelo menos de uma estilística documentária, sobre o filme La Jetée: o voice-over, narração onipresente e onisciente, e a ênfase fotográfica, realce concedido pela exclusão do movimento interno ao plano, algo que caracteriza fundamentalmente o cinema. É assim que o documentarista Chris Marker engendra um documentário hipotético sobre a trajetória de um homem com fortes conexões com o passado, tendo como palco o futuro de uma humanidade devastada pela Terceira Guerra Mundial.
Elenco:
Jean Négroni (Narrador)
Hélène Chatelain (A mulher)
Davos Hanich (O homem)
Jacques Ledoux (O cientista)
Detalhes técnicos:
Chris Marker (realização, argumento e direção de fotografia)
Jean Chiabaut (direção de fotografia)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário