Democracy Now
Depois que o Canadá semanas atrás desse a conhecer através de um documento de seu Ministério das Relações Exteriores uma lista onde se incluía os Estados Unidos e Israel como países que torturam. Em menos de uma semana, estas duas nações foram retiradas da lista de forma precipitada, mas não surpreendente.
Segundo uma matéria de Democracy now, o governo do Canadá retirou o seu par usamericano e Israel de uma lista de países onde os prisioneiros correm o risco de ser torturados, como resposta a uma pressão exercida por funcionários estadunidenses e israelenses.
É bom destacar, que antes desta decisão, o Canadá através de seu documento, elaborado para instruir diplomáticos canadenses sobre o tema, tinha exposto o caso da prisão estadunidense de Guantânamo como um lugar onde provavelmente se tortura, mas não especificava o sítio israelense onde houve este tipo de casos.
Este documento sob o título "Definição de tortura", exemplificava no informe as "técnicas de interrogatório estadunidenses" como olhos vendados, afogamento, reclusão e privação do sono.
Também explicam que -o documento- tinha sido elaborado para um curso que davam membros do serviço diplomático, cujo objetivo foi responder às críticas contra o governo do primeiro ministro, o conservador Stephen Harper, por não ter reclamado a repatriação de um cidadão canadense preso em Guantânamo, Omar Khadr.
Este canadense de 22 anos, detido no Afeganistão em 2002 na idade de 15 anos, é acusado de ter matado um soldado estadunidense, mas não foi apresentado em um processo formal nos tribunais.
Por outra parte, o Ministro de Assuntos Exteriores canadense agora afirma que os Estados Unidos e Israel foram incluídos na lista por engano. A lista também incluía a Síria, a China, o Irã e o Afeganistão. Diante da decisão de retirar estes dois países após receber pressões, a Anistia Internacional do Canadá disse que está decepcionada com a ação do governo canadense.
Alex Neve, de Anistia, disse: “quando se trata de um tema como a tortura, a principal preocupação do governo não deveria ser se envergonha seus aliados”.
Versão em português: Tali Feld Gleiser de América Latina Palavra Viva.
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