quinta-feira, 13 de março de 2008

Samir Amin: "O socialismo do Século 21"


O portal Vermelho oferece aos internautas o ensaio do renomado pensador marxista egípcio Samir Amin. O autor é economista, diretor do Fórum do Terceiro Mundo em Dakar (no Senegal, onde reside) e do Fórum Mundial das Alternativas. Sua vasta obra – na maior parte dedicada ao estudo das relações assimétricas entre os países imperialistas e os países subdesenvolvidos do chamado Terceiro Mundo - já foi traduzida em muitos idiomas. Com 76 anos, Samir Amin é um duro crítico da chamada globalização que tende a criar uma desigualdade crescente entre povos e nações.

Apresentação de Augusto Buonicore



Amin: alternativa é socialismo ou barbárie

Enviado pelo autor para o Vermelho, o texto foi traduzido do original em francês com exclusividade pela professora de línguas Maria Lucília Ruy.


Neste ensaio Amin trata do programa do socialismo para o século 21. Deixando claro, no entanto, logo no início, que sua intenção “não é formular o ‘que será’ ou o que "deverá ser" o socialismo do século 21”, pois o socialismo “só pode ser o produto da luta de classes e dos povos explorados e dominados, não a realização de um ‘projeto intelectual’ concebido a priori”. Ele não se furta de traçar em grandes linhas o que seria este projeto socialista futuro. Entre elas estaria a necessidade de construção de um mundo “fundado sobre a solidariedade”, na “afirmação plena e total dos cidadãos e na igualdade dos sexos” e na “socialização da democracia”. Um mundo “fundado no reconhecimento do estatuto não mercantilista da natureza” e da vida. Isso passaria, atualmente, pela afirmação da “solidariedade dos povos do Norte e do Sul na construção de um internacionalismo sobre uma base antiimperialista”.


Para o pensador egípcio, a fase que estamos vivendo é marcada pelo fim da ofensiva do capital e do imperialismo, sob a bandeira do neoliberalismo e da “globalização”. A euforia do capitalismo foi de curta duração, estendeu-se apenas a primeira metade da década de 1990. Ela foi sustada pela resistência imposta pelas classes populares e algumas nações periféricas.


No entanto, isso é insuficiente. É preciso que os movimentos anticapitalistas e antiimperialistas retomem a ofensiva política. Isso implicará na “radicalização das lutas e sua convergência na diversidade (...) (através) de planos de ação comuns, os quais implicam uma visão estratégica, a definição de objetivos imediatos e de mais longo prazo (a perspectiva que para nós define a alternativa é a do socialismo do Século 21)”. Para o autor, “o Sul continua a ser a zona das tempestades que só pode ser controlado por meio da demonstração contínua de ameaças e intervenções militares das potências imperialistas”.


Clique aqui para ver a íntegra do artigo, polêmico e instigante pelos problemas que coloca e alternativas que apresenta.


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