Mulheres
José Eduardo Degrazia
A visão da história se repete
E designa simples mortais,
Heróis, armaduras e batinas,
Mulheres santas, cafetinas,
Brancas das Ilhas, mulatas da Bahia,
Negras de Angola,
Italianas da Lombardia,
Alemãs da Pomerânia,
Mulheres lindas e vadias,
Levando odres de vinho,
Ouvindo dobres de sino
Batendo na freguesia.
Mulheres agüentando machos
Em seus corpos e sesmarias,
Mulheres de tantas cores
Parindo na ventania.
Mulheres índias fazendo cestos,
Fazendo filhos no meio do mato,
Rezando para o deus dos vencidos,
Mulheres índias mascando inhame
Para a chicha dos guaranis.
Mulheres de tantas cores
Palmilhando campo e história,
Mulheres esquecidas lavando panos e memórias,
Mulheres guerreiras de faca e pistola,
Mulheres montando potros
Plantando milho e vitórias.
Mulheres sangrando lua nas terras ainda sem dono.
Mulheres levando bivaques
Acompanhando batalhas,
Para enterrar os mortos,
Outras para saqueá-los.
Mulheres levando fronteiras nas aspas dos touros,
Mulheres sendo princesas de perdidos mouros.
Mulheres fazendo terra,
Tremendo os horizontes,
Mulheres amamentando
Machos e fêmeas
Bezerros e bizontes.
Mulheres são Ana Terra,
Heroínas de romances,
Mulheres são santificadas
Como Marias-degoladas.
Mulheres são Marias
E são Madalenas,
São puras e são matreiras,
São virgens
Namoradeiras.
Mulheres vão povoando
Os campos, as sesmarias,
Vão levando seus maridos,
Seus amantes, seus quebrantos.
Mulheres foram tantas
E fizeram tempo e história,
Mulheres dóceis e valentes,
Parindo guerreiros e gentes.
Mulheres e mais mulheres,
De todas as etnias,
Mulheres de fartos seios amamentando
O futuro que se anuncia
E designa simples mortais,
Heróis, armaduras e batinas,
Mulheres santas, cafetinas,
Brancas das Ilhas, mulatas da Bahia,
Negras de Angola,
Italianas da Lombardia,
Alemãs da Pomerânia,
Mulheres lindas e vadias,
Levando odres de vinho,
Ouvindo dobres de sino
Batendo na freguesia.
Mulheres agüentando machos
Em seus corpos e sesmarias,
Mulheres de tantas cores
Parindo na ventania.
Mulheres índias fazendo cestos,
Fazendo filhos no meio do mato,
Rezando para o deus dos vencidos,
Mulheres índias mascando inhame
Para a chicha dos guaranis.
Mulheres de tantas cores
Palmilhando campo e história,
Mulheres esquecidas lavando panos e memórias,
Mulheres guerreiras de faca e pistola,
Mulheres montando potros
Plantando milho e vitórias.
Mulheres sangrando lua nas terras ainda sem dono.
Mulheres levando bivaques
Acompanhando batalhas,
Para enterrar os mortos,
Outras para saqueá-los.
Mulheres levando fronteiras nas aspas dos touros,
Mulheres sendo princesas de perdidos mouros.
Mulheres fazendo terra,
Tremendo os horizontes,
Mulheres amamentando
Machos e fêmeas
Bezerros e bizontes.
Mulheres são Ana Terra,
Heroínas de romances,
Mulheres são santificadas
Como Marias-degoladas.
Mulheres são Marias
E são Madalenas,
São puras e são matreiras,
São virgens
Namoradeiras.
Mulheres vão povoando
Os campos, as sesmarias,
Vão levando seus maridos,
Seus amantes, seus quebrantos.
Mulheres foram tantas
E fizeram tempo e história,
Mulheres dóceis e valentes,
Parindo guerreiros e gentes.
Mulheres e mais mulheres,
De todas as etnias,
Mulheres de fartos seios amamentando
O futuro que se anuncia
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