segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Chávez: 'século 21 é do socialismo venezuelano'


O dinâmico processo de mudanças liderado desde 1999 pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, desemboca atualmente numa etapa de aprofundamento, que o presidente vislumbra como o início do trânsito para o socialismo.



O eixo do novo período, na opinião de Chávez, inicia com o triunfo eleitoral que se propõe conseguir em 23 de novembro próximo, quando estarão em jogo mais de 600 cargos de governadores, prefeitos e representantes públicos regionais.


Num ato de apresentação de candidatos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) para os estados de Bolívar e do Delta Amacuro, o estadista pediu ontem aos seus partidários que se prepararem para avançar ao socialismo "de maneira precisa, planificada e acelerada".


"Estou convencido, à frente do timão central deste barco que se chama Venezuela, que estamos em condições de entrar já nesse novo período da Revolução", assegurou.


Chávez apontou também que em dezembro passado, quando foi recusada em referendo uma reforma constitucional, "não estávamos prontos para fazê-la na dimensão que se pretendeu".


No entanto, opinou que a população venezuelana está pronta já para a partir do próximo dezembro, quando assumam as novas autoridades regionais, abrir o novo período da revolução de 2008 a 2021 e começar 2009 "em galope revolucionário"


"O socialismo é o único caminho para ter Pátria. Pátria não só para Venezuela, senão também para o mundo", afirmou o presidente venezuelano, que afirmou que o século 21 será o do socialismo venezuelano.


Com esse propósito, Chávez, convocou a "pulverizar à oposição" nas próximas eleições, com um trabalho unitário na Aliança Patriótica integrada pelo PSUV e os partidos Comunista, Pátria para Todos e Movimento Eleitoral do Povo, entre outros.


A esse respeito, ressaltou o avanço unitário conseguido nesta semana por essa aliança, depois de discrepâncias e críticas de Chávez ao que considerou como uma "anteposição de interesses eleitorais" à proposta estratégica de construir o socialismo.


Igualmente, considerou que em reuniões realizadas nesta semana foi dado "um salto tático estratégico da Aliança" e convidou aos líderes dos partidos a preservar o conseguido e continuar debatendo internamente, mas com discurso e prática de unidade.

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