O governo Yeda está irredutível. Não aceita abonar faltas de professores que estão em greve e de policiais que fizeram paralisações. Nem o compromisso dos professores de recuperar as aulas perdidas e nem o argumento dos policiais de que não é mais possível enfrentar a crescente hostilidade dos delinqüentes sem as mínimas condições de trabalho, demovem a governadora. Do alto de sua arrogância, Yeda não consegue perceber que há mais virtude no diálogo do que na força. Cega, teimosa e refugiada em seus próprios argumentos, Yeda não vê que quem está na Praça da Matriz a lutar por justos direitos, são trabalhadores que servem não à ela, governadora, mas à sociedade gaúcha que leva os filhos para a escola e que precisa da proteção dos policiais.
Esta rigidez, contudo, é prática nova na conduta da governadora. Ela nem sempre foi tão radical assim. Veja-se, por exemplo, o caso de Carlos Dahlem da Rosa (foto), o advogado que é um dos denunciados pela Justiça, acusado de integrar a quadrilha que roubou R$ 44 milhões do Detran. Pois é, antes de ter seu nome citado pela Justiça Federal, Carlos Dahlem da Rosa era funcionário da CEEE desde 1980 e, em março de 2007, teve autorizada sua cedência para a Casa Civil de Yeda. Entretanto, o advogado ficou nove meses sem aparecer para trabalhar em nenhum dos dois órgãos e nem Yeda, nem qualquer secretário seu, cortaram-lhe o ponto ou descontaram seu salário.
Yeda até pode alegar que alguém garantia a efetividade do advogado e, segundo a imprensa, isto teria sido obra de outro réu do Detran, o então diretor administrativo da CEEE, Antônio Dorneu Maciel. Não consta, porém, que Maciel tenha recebido alguma sanção de Yeda por ter assinado uma falsa efetividade durante quase um ano. Yeda também pode alegar que afastou os dois, mas vale lembrar que isto só aconteceu depois que a Justiça "sugeriu" este procedimento. E não foi pela falcatrua da efetividade, foi por suspeita de roubo mesmo.
Os diretores das escolas, ao contrário, provavelmente serão punidos por não terem fornecido ao governo os nomes dos professores em greve que não compareceram às escolas. Ora, os diretores também estão em greve... Mas Yeda não quer explicações, quer cortes; não quer conversa, quer punição; não quer acordo, quer queda-de-braço. Se esta disposição houvesse sido manifestada com relação ao Detran os cofres públicos agradeceriam.
No caso de Dahlem Rosa, a situação só foi regularizada em novembro de 2007, nove meses depois da cedência, e ainda assim porque a imprensa denunciou que ele recebia sem trabalhar e não por obra da "coerência" do governo Yeda. O advogado teve seus salários devolvidos num acordo que lhe garantiu a devolução de quase 40 mil reais (quantos anos um professor deve ficar em greve para dever 40 mil ao Estado?!) em módicas parcelas que não ofendessem o sustento da família... Talvez valha para Yeda a frase de que lançou mão na CPI do Detran outro denunciado pela fraude, Carlos Ubiratan dos Santos, o Bira Vermelho. Encurralado por perguntas dos deputados sobre envolvimento com a quadrilha, sem saída, Bira lascou algo como "...nesta vida, deputado, tudo são relações..." (Maneco)
Esta rigidez, contudo, é prática nova na conduta da governadora. Ela nem sempre foi tão radical assim. Veja-se, por exemplo, o caso de Carlos Dahlem da Rosa (foto), o advogado que é um dos denunciados pela Justiça, acusado de integrar a quadrilha que roubou R$ 44 milhões do Detran. Pois é, antes de ter seu nome citado pela Justiça Federal, Carlos Dahlem da Rosa era funcionário da CEEE desde 1980 e, em março de 2007, teve autorizada sua cedência para a Casa Civil de Yeda. Entretanto, o advogado ficou nove meses sem aparecer para trabalhar em nenhum dos dois órgãos e nem Yeda, nem qualquer secretário seu, cortaram-lhe o ponto ou descontaram seu salário.
Yeda até pode alegar que alguém garantia a efetividade do advogado e, segundo a imprensa, isto teria sido obra de outro réu do Detran, o então diretor administrativo da CEEE, Antônio Dorneu Maciel. Não consta, porém, que Maciel tenha recebido alguma sanção de Yeda por ter assinado uma falsa efetividade durante quase um ano. Yeda também pode alegar que afastou os dois, mas vale lembrar que isto só aconteceu depois que a Justiça "sugeriu" este procedimento. E não foi pela falcatrua da efetividade, foi por suspeita de roubo mesmo.
Os diretores das escolas, ao contrário, provavelmente serão punidos por não terem fornecido ao governo os nomes dos professores em greve que não compareceram às escolas. Ora, os diretores também estão em greve... Mas Yeda não quer explicações, quer cortes; não quer conversa, quer punição; não quer acordo, quer queda-de-braço. Se esta disposição houvesse sido manifestada com relação ao Detran os cofres públicos agradeceriam.
No caso de Dahlem Rosa, a situação só foi regularizada em novembro de 2007, nove meses depois da cedência, e ainda assim porque a imprensa denunciou que ele recebia sem trabalhar e não por obra da "coerência" do governo Yeda. O advogado teve seus salários devolvidos num acordo que lhe garantiu a devolução de quase 40 mil reais (quantos anos um professor deve ficar em greve para dever 40 mil ao Estado?!) em módicas parcelas que não ofendessem o sustento da família... Talvez valha para Yeda a frase de que lançou mão na CPI do Detran outro denunciado pela fraude, Carlos Ubiratan dos Santos, o Bira Vermelho. Encurralado por perguntas dos deputados sobre envolvimento com a quadrilha, sem saída, Bira lascou algo como "...nesta vida, deputado, tudo são relações..." (Maneco)
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