Empresários uruguaios prevêem um aumento dos conflitos sindicais durante o ano de 2009, por conta da crise econômica internacional e das eleições gerais de outubro no país.
O assessor da Câmara de Indústria do Uruguai, Gonzalo Irazábal, declarou nesta sexta-feira ao jornal "Ultimas Noticias" que devido à crise, em algum momento os empresários deverão fazer ajustes nos salários ou na oferta de emprego.
"Sem dúvida, [os sindicatos] nos enfrentarão, por que não nos sentamos para prever os impactos negativos [da crise] quando era o momento", explicou. Irazábal fez questão também de enfatizar que "2009 não será um ano bom para o país, nem para empresas e trabalhadores".
Por sua vez, o gerente para Assuntos Trabalhistas da Câmara de Comércio, Juan Milhos, declarou que "não resta a menor dúvida de que os trabalhadores usarão todas as forças contra o setor empresarial, provocando altos níveis de conflito, e farão o mesmo contra o governo, porque temos um ano eleitoral pela frente".
A central trabalhista PIT-CNT, alinhada à coalizão governista Frente Ampla, já aprovou diversas medidas em benefício dos trabalhadores desde que iniciou sua gestão, em março de 2005. Dentre elas, destacam-se a retomada dos Conselhos de Salários, a lei de fóruns sindicais e a aplicação da lei de jornada de trabalho de oito horas para as empregadas domésticas e trabalhadores rurais.
Os Conselhos de Salários envolvem empresários, trabalhadores e Estado em negociações de aumentos salariais e melhoras das condições de trabalho.
Fonte: Ansa
Créditos: www.vermelho.org.br
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