Do blog Cloaca News
O tablóide Zero Hora, principal veículo impresso do grupo RBS (do qual a Globo é sócia) estampou na edição desse domingo, 28, um revelador editorial, sob o título "O antagonismo que atrapalha".
Como sabemos, os editoriais representam o pensamento dos proprietários, a opinião dos donos. Nada mais legítimo, desde que essa mesma opinião não contamine o noticiário a ponto de distorcê-lo e, mais ainda, não permeie a narrativa factual a ponto de fraudá-la. Que lindo! Pena que seja assim apenas na teoria.
Salvo honrosas e raríssimas exceções, a chamada "grande imprensa" brasileira - ou, se preferir, a mídia corporativa - editorializou até a previsão do tempo. Desde que Lula assumiu a Presidência da República, em 2002, essa oligarquia midiática (Máfia mesmo!) mal disfarça seu ressentimento por não ter conseguido emplacar o vampiro Serra no Planalto. A coisa piorou a partir de 2006, com a reeleição do "sapo barbudo". Você que nos lê sabe exatamente do que estamos falando. Julgamos que não há necessidade de recordar cada um dos "cases" com que tentaram "sangrar" o presidente Lula. Sobre a previsão do tempo a que nos referimos há pouco, relembre as insistentes pautas do "apagão" levantadas diariamente por Miriam Leitão, SarDEMberg, Joelmir Betting...e mais um punhado de mequetrefes da mesma casta.
No Rio Grande do Sul, onde o editor desta Cloaca tem o prazer de viver há mais de 10 anos, a encrenca é mais antiga. Começou quando o PT conquistou a Prefeitura de Porto Alegre, em 1989, com Olívio Dutra. Como todos sabem, foram quatro administrações petistas consecutivas na capital gaúcha. Acredite: os veículos da RBS fizeram o diabo para que os resultados dessas eleições fossem outros. Mas o bicho pegou de verdade, mesmo, quando Olívio Dutra (ele, de novo!) derrotou Antônio Britto (funcionário da RBS) e conquistou o Governo do Estado. Foi demais para os coronéis de bombacha. Só quem vive no Rio Grande do Sul, e conhece a índole perniciosa dos barões da mídia local, sabe das barbaridades cometidas por eles no afã de derrubar o Galo Missioneiro. O jogo foi pesado, sujo e, claro, desigual. Não foi à toa que um dos próceres do "jornalismo" da RBS, um certo Lasier Martins (provavelmente, o maior sabujo da história da imprensa mundial), comemorou com espumante, ao vivo, na TV, a "derrubada" do PT do governo estadual, em 2002. Em 2004, ao "retomarem" também a prefeitura, parece que sossegaram o facho (ou seria o fascio?).
Hoje, 2008, o grupo RBS toma a bênção a tucana fascista Yeda Crusius, que lhes repassa cerca de 70% das verbas publicitárias estaduais. Hoje, 2008, segundo a máfia midiática local, o Rio Grande do Sul tem rumo, tem projetos, tem determinação, tem eficiência administrativa. Mas, veja você, cara leitora, caro leitor: hoje, há também um "antagonismo que atrapalha"!!!
Segundo o editorial do tablóide, as coisas neste Estado sempre foram na base do GRENAL, com uma "bipolaridade nascida da história de lutas e revoluções rio-grandenses". MAS: "Ultimamente, este dualismo extremado, aliado a um ranço de natureza ideológica de parte de alguns segmentos político-sociais, vem entravando o desenvolvimento do Estado. Quase todos os projetos são boicotados, as tentativas de mudança esbarram na oposição sistemática e organizada de corporações interessadas em manter suas prerrogativas, a convergência política em torno de interesses do Estado tornou-se uma utopia."
Não é lindo o exercício da liberdade de expressão, queridos leitores? Não pense, porém, que acabou! A melhor parte vem agora, com um certo viés nostálgico: "Já faz tempo que o Rio Grande não repete uma mobilização coletiva e suprapartidária como a que garantiu ao Estado a implantação do Terceiro Pólo Petroquímico do país, na década de 70. Naquela ocasião, o Executivo e o Legislativo criaram comissões conjuntas, as indústrias privadas engajaram-se no esforço cívico, a imprensa divulgou intensamente o movimento, as posições políticas e opiniões antagônicas foram deixadas de lado, possibilitando uma ação integrada das duas frentes partidárias então existentes, a Arena e o MDB. Foi um momento edificante da história moderna do Estado".
Não é comovente a pregação de Zero Hora pela união, pelo diálogo e pela tolerância? Principalmente neste momento em que a pobre governadora tucana não conseguiu levar adiante a mutreta de prorrogar contratos de pedágio sem licitação? Que oposição malvada, não é mesmo?
Como sabemos, os editoriais representam o pensamento dos proprietários, a opinião dos donos. Nada mais legítimo, desde que essa mesma opinião não contamine o noticiário a ponto de distorcê-lo e, mais ainda, não permeie a narrativa factual a ponto de fraudá-la. Que lindo! Pena que seja assim apenas na teoria.
Salvo honrosas e raríssimas exceções, a chamada "grande imprensa" brasileira - ou, se preferir, a mídia corporativa - editorializou até a previsão do tempo. Desde que Lula assumiu a Presidência da República, em 2002, essa oligarquia midiática (Máfia mesmo!) mal disfarça seu ressentimento por não ter conseguido emplacar o vampiro Serra no Planalto. A coisa piorou a partir de 2006, com a reeleição do "sapo barbudo". Você que nos lê sabe exatamente do que estamos falando. Julgamos que não há necessidade de recordar cada um dos "cases" com que tentaram "sangrar" o presidente Lula. Sobre a previsão do tempo a que nos referimos há pouco, relembre as insistentes pautas do "apagão" levantadas diariamente por Miriam Leitão, SarDEMberg, Joelmir Betting...e mais um punhado de mequetrefes da mesma casta.
No Rio Grande do Sul, onde o editor desta Cloaca tem o prazer de viver há mais de 10 anos, a encrenca é mais antiga. Começou quando o PT conquistou a Prefeitura de Porto Alegre, em 1989, com Olívio Dutra. Como todos sabem, foram quatro administrações petistas consecutivas na capital gaúcha. Acredite: os veículos da RBS fizeram o diabo para que os resultados dessas eleições fossem outros. Mas o bicho pegou de verdade, mesmo, quando Olívio Dutra (ele, de novo!) derrotou Antônio Britto (funcionário da RBS) e conquistou o Governo do Estado. Foi demais para os coronéis de bombacha. Só quem vive no Rio Grande do Sul, e conhece a índole perniciosa dos barões da mídia local, sabe das barbaridades cometidas por eles no afã de derrubar o Galo Missioneiro. O jogo foi pesado, sujo e, claro, desigual. Não foi à toa que um dos próceres do "jornalismo" da RBS, um certo Lasier Martins (provavelmente, o maior sabujo da história da imprensa mundial), comemorou com espumante, ao vivo, na TV, a "derrubada" do PT do governo estadual, em 2002. Em 2004, ao "retomarem" também a prefeitura, parece que sossegaram o facho (ou seria o fascio?).
Hoje, 2008, o grupo RBS toma a bênção a tucana fascista Yeda Crusius, que lhes repassa cerca de 70% das verbas publicitárias estaduais. Hoje, 2008, segundo a máfia midiática local, o Rio Grande do Sul tem rumo, tem projetos, tem determinação, tem eficiência administrativa. Mas, veja você, cara leitora, caro leitor: hoje, há também um "antagonismo que atrapalha"!!!
Segundo o editorial do tablóide, as coisas neste Estado sempre foram na base do GRENAL, com uma "bipolaridade nascida da história de lutas e revoluções rio-grandenses". MAS: "Ultimamente, este dualismo extremado, aliado a um ranço de natureza ideológica de parte de alguns segmentos político-sociais, vem entravando o desenvolvimento do Estado. Quase todos os projetos são boicotados, as tentativas de mudança esbarram na oposição sistemática e organizada de corporações interessadas em manter suas prerrogativas, a convergência política em torno de interesses do Estado tornou-se uma utopia."
Não é lindo o exercício da liberdade de expressão, queridos leitores? Não pense, porém, que acabou! A melhor parte vem agora, com um certo viés nostálgico: "Já faz tempo que o Rio Grande não repete uma mobilização coletiva e suprapartidária como a que garantiu ao Estado a implantação do Terceiro Pólo Petroquímico do país, na década de 70. Naquela ocasião, o Executivo e o Legislativo criaram comissões conjuntas, as indústrias privadas engajaram-se no esforço cívico, a imprensa divulgou intensamente o movimento, as posições políticas e opiniões antagônicas foram deixadas de lado, possibilitando uma ação integrada das duas frentes partidárias então existentes, a Arena e o MDB. Foi um momento edificante da história moderna do Estado".
Não é comovente a pregação de Zero Hora pela união, pelo diálogo e pela tolerância? Principalmente neste momento em que a pobre governadora tucana não conseguiu levar adiante a mutreta de prorrogar contratos de pedágio sem licitação? Que oposição malvada, não é mesmo?
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