quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Grande Evo Morales....

Bolívia anuncia rompimento de relações com Israel


O governo boliviano anunciou nesta quarta-feira (14) que rompe relações diplomáticas com Israel em solidariedade com a população palestina. A decisão foi comunicada pelo presidente Evo Morales, que condenou os ataques israelenses na Faixa de Gaza, que até o momento deixou mais de mil mortos palestinos.


"Quero indicar que Bolívia tinha relações diplomáticas com Israel, [mas] diante dos fatos graves de atentado contra a vida e a humanidade, Bolívia rompe relações diplomáticas com Israel", declarou o presidente em uma reunião com diplomatas.


"Qualquer Estado pode promover a investigação e a sanção destes crimes", continuou Evo, qualificando a Bolívia como "Estado soberano e independente que manifesta sua adesão ao princípio de não agressão e respeito à vida".


"É urgente convocar uma Assembléia Geral extraordinária das Nações Unidas para emitir um voto de condenação contra a atitude criminosa de Israel contra o povo palestino", acrescentou.


Evo também anunciou que seu governo apresentará uma acusação por genocídio contra o premier israelense, Ehud Olmert, e os demais ministros de seu gabinete, na Corte Penal Internacional. Além disso, o presidente boliviano solicitou ao comitê do Prêmio Nobel que retire o Nobel da Paz concedido a Shimon Pérez, atual presidente israelense, no ano de 1994.


Palestinos aplaudem Evo


A comunidade palestina na Bolívia agradeceu a decisão do presidente Evo Morales de romper relações com Israel em razão dos ataques na Faixa de Gaza, horas depois do anúncio oficial


"Agradecemos cordialmente em nome de nosso povo palestino, especialmente da Faixa de Gaza, o apoio moral e humanitário do presidente Morales por esta condenação", declarou médico palestino residente em La Paz Aiman Altaramsi.


Além disso, o porta-voz da comunidade palestina na Bolívia pediu que outros governantes processem o presidente de Israel, Shimon Peres, e seus ministros "que estão o acompanhando no massacre do povo palestino, no qual já morreram quase mil pessoas".


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