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www.esquerda.net Pela primeira vez em muitos anos, os oito principais sindicatos uniram-se para protestar contra o desemprego e o ataque aos serviços públicos e acusam o governo de, perante a crise económica , apenas proteger os banqueiros e os grandes empresários. Esperam-se cerca de 200 manifestações em todo o país, e a greve deve afectar transportes públicos, escolas, universidades, hospitais, correios, aeroportos, rádios e televisões públicas, bem como a indústria automóvel. Na origem desta greve está uma declaração comum que junta os oito principais sindicatos dos sectores público e privado: "Mesmo não sendo responsáveis, os trabalhadores, os desempregados e reformados, são as primeiras vítimas desta crise. Ela ameaça o futuro dos jovens, prejudica a coesão social e a solidariedade, e agudiza as desigualdades e a precariedade", cita o jornal francês Liberation, que considera esta greve não uma jornada de protesto clássica mas sim um verdadeiro "grito de alarme". Segundo uma sondagem do jornal Le Parisien, 69% dos franceses apoiam a greve, considerando que Sarkozy devia apoiar desempregados e trabalhadores como foi capaz de acudir aos bancos. Um responsável do sindicato Force Ouviere afirma que "o Estado acaba sempre por encontrar uma forma de ajudar os bancos ou a indústria" mas quando os trabalhadores precisam de alguma coisa a resposta é sempre "não há dinheiro". Cerca de 200 manifestações estão previstas no país. Os protestos devem afectar transportes públicos, escolas, universidades, hospitais, correios, aeroportos, rádios e televisões públicas, portos, empresas de energia e telecomunicações e vários outros serviços. Desta vez os trabalhadores do sector privado também se uniram ao movimento de protesto. Trabalhadores da Renault, Peugeot-Citroën, bancos, supermercados, metalúrgicas e até pilotos de helicóptero e operadores da bolsa Euronext anunciaram sua participação na greve. Tal como em protestos anteriores, o grosso das manifestações deverá ser constituído por professores e alunos, contra as reformas neoliberais na educação. Os despedimentos e as privatizações em vários outros sectores motivam igualmente esta grande onda de revolta, à qual se associa também a Liga dos Direitos do Homem, num amplo arco de alianças contra as políticas de Sarkozy. Perante tamanha mobilização, Sarkozy foi obrigado a moderar seu discurso. Na semana passada, havia dito "eu ouço, mas não levo em conta", referindo-se às diferentes críticas às suas reformas. Mas na terça-feira, 48 horas antes da greve, Sarkozy preferiu dizer que "ouvia as preocupações dos franceses e as levava em conta".
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