Deputada acusa PSDB de cercear direito de denunciar Yeda
A deputada federal Luciana Genro (Psol-RS) criticou o PSDB por entrar com uma representação na Mesa Diretora da Câmara em que pede a cassação do seu mandato. O líder dos tucanos na Casa, José Aníbal (SP), afirmou que a parlamentar fez acusações "irresponsáveis" contra a colega de legenda e governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. "O PSDB nunca entrou com representação no Conselho de Ética contra nenhum parlamentar acusado de corrupção e agora tenta cercear o meu direito de exercer meu mandato na denúncia de corrupção no governo gaúcho", disse Luciana.
Na visão de Aníbal, ao falar sobre o suposto envolvimento da governadora no caso de corrupção no Departamento de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul, Luciana teria feito declarações sem apresentar nenhum tipo de prova que incriminasse Yeda. "Ela não pode acusar sem provas", disse Aníbal.
A deputada disse que todas as provas contra a governadora estão em poder do Ministério Público (MP) Estadual, que investiga o caso. "Se essa ação tiver prosseguimento, (...) vou me defender pedindo para que requeiram ao MP do RS as provas que eu não tenho aqui em minhas mãos, mas estão lá. Não estamos fazendo denúncia sem provas, as provas estão lá", falou.
Em artigo ao portal do PSOL, o presidente do partido no RS, Roberto Robaina, diz que "numa coletiva de imprensa apresentamos fatos graves que ocorreram (caixa dois, desvio de recursos públicos, compra da mansão da governadora com dinheiro ilegal, etc) e que provam o que temos sustentado, isto é, o caráter não apenas antipopular mas corrupto do governo. Foi uma coletiva feitas às vésperas do carnaval, mas que teve sua urgência imposta pela tragédia da morte misteriosa de uma das principais testemunhas - o senhor Marcelo Cavalcante, ex-representante do governo Yeda Crusius em Brasília - que iria corroborar na justiça as denúncias que trouxemos a público. A cobertura de nossa coletiva foi enorme. Todos reconheceram imediatamente a gravidade das denúncias. A imprensa nacional, em particular a Folha de SP, deu destaque para o assunto. No mesmo dia da entrevista o governo fez uma declaração de apenas uma linha, refutando nossas acusações. A nota lacônica do governo, depois de uma reunião de quatro horas às portas fechadas, era um claro sinal de que o governo tinha sido posto na defensiva. Infelizmente, uma parte da imprensa gaúcha começou cedo a dizer que nossas acusações poderiam não ser verdadeiras já que, afinal, não apresentamos as provas. Alguns tentaram questionar nossa responsabilidade e passar a idéia de que o mandato de nosso vereador Pedro Ruas e nossa Deputada Federal Luciana Genro estavam em questão", explica Robaina.
Créditos: www.vermelho.org.br
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