Por Lucas Azevedo
A empresária Magda Cunha Koenigkan, viúva do ex-representante do governo gaúcho em Brasília, Marcelo Cavalcante, reafirmou sua disposição de revelar tudo o que sabe para ajudar a polícia a desvendar a morte do marido.
A entrevista exclusiva da empresária, publicada pelo Jornal JÁ nesta quinta-feira, 16, repercutiu em todo o país. Um dos pontos que mais chamou atenção foi a revelação de Magda sobre uma gravação na qual Cavalcante aparece conversando com uma pessoa, não identificada, que participou da campanha para o Piratini em 2006.
Na conversa gravada, o ex-representante do governo gaúcho se mostra surpreso ao saber que parte do dinheiro arrecadado para a campanha tomou outro fim. “Foi aí que tudo começou”, segundo Magda.
Nas diversas entrevistas que deu sexta-feira, ela confirmou ter visto a gravação várias vezes, mas que não tem mais acesso a ela. Cavalcante, talvez por precaução, havia deixado o material com um amigo, que teria devolvido pouco antes de sua morte. Magda não sabe onde foi parar.
Magda desmentiu a declaração do comerciante Marcos Cavalcante de que ela seria ré em processos na Justiça do Distrito Federal. Ela afirma que seu nome é citado apenas como autora num processo de separação, de seu casamento anterior. “Meu ex-cunhado está sendo leviano nas suas informações, pois não sou ré em nenhum processo. Ele não me preocupa, pois era com quem Marcelo não conversava há quase dois anos, e o que menos conhecia sua vida profissional.”
Magda, que é diretora-geral da revista de análise política Sras&Srs, se disse preocupada com a repercussão que suas declarações estão tomando em Brasília. “Fui pega de supetão nessa história. Me sinto como se um copo de vinho tivesse caído sobre mim e manchado minha roupa. Não pude me defender nem do copo, nem do vinho.”
Em entrevista ao programa Espaço Aberto, da Rádio Guaíba, veiculada na tarde dessa sexta-feira (17), a empresária revelou que tem procurado a polícia em Brasília para saber do andamento do inquérito, mas não tem obtido resposta.
Na 10ª. Delegacia, em Brasília, a expectativa é de após o feriado de Tiradentes, haja manifestação da Justiça em relação ao pedido do Aélio Caracelli, que quer mais prazo para concluir as investigações.
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