Honduras: A resistência está firme, afirma Frente Nacional
A Frente Nacional contra o golpe de Estado de Honduras afirmou que a resistência contra o governo de facto está firme e não poderá ser derrotada apesar da repressão. Não puderam golpear a moral do povo. Nossa resistência é ativa, mas pacífica, assegurou o dirigente sindical e da Frente, José Luis Baquedano, em declarações a jornalistas.
O coordenador geral dessa aliança de forças populares surgida horas após o golpe militar de 28 de junho, Juan Barahona, expressou que a capacidade de mobilização do povo foi imensa.
Relatou que nesta sexta-feira, quando o canal 36 de televisão e a emissora Rádio Globo denunciaram tentativas de fechamento, milhares de pessoas se dirigiram para proteger esses meios, defensores da causa popular.
A presença da resistência evitou que os retirassem do ar. O povo deu proteção a esses meios, disse.
Barahona narrou que no momento em que tiveram conhecimento das denúncias das duas emissoras, se encontravam na saída da capital para o noroeste do país, mas a passos largos os milhares de manifestantes se apressaram para chegar a esses meios.
Agregou que a ampla resistência popular e o apoio da comunidade mundial à restituição da ordem constitucional em Honduras, dá confiança ao povo sobre o regresso do presidente, Manuel Zelaya.
Desde o dia da ação militar, a Frente traçou esses dois objetivos, junto à demanda de convocação de uma assembleia nacional constituinte que elabore uma carta magna que estabeleça a igualdade e justiça no país.
Barahona e Baquedano asseguraram que Zelaya deve retornar a seu posto, no mais tardar a fins deste mês, para que possam ser reconhecidas as eleições programadas para 29 de novembro deste ano.
Baquedano, candidato a deputado pela ala antigolpista da Partido Inovação e Unidade (PINU), recordou que a Frente não aceitará eleições tuteladas por golpistas".
Barahona anunciou que neste sábado os membros da resistência se reunirão com a família de Zelaya, em um festejo popular do aniversário do estadista.
Hortensia Rosales, mãe de Zelaya, disse ontem à noite que o presidente se mantém firme junto ao povo e voltará ao país para continuar o processo democratizador interrompido pelo golpe militar.
Fonte: Pátria Latina
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