Sexo, gênero e o bicho homem
Regina Abrahão *Dois sexos, independente da orientação sexual que possuam, é a regra básica de quase todos os seres vivos existentes na natureza. Tirando algumas espécies como bactérias, fungos, etc., para a reprodução ocorrer é necessário que haja um ser masculino e outro feminino.
As
diferenças morfológicas e as relações entre os dois sexos, entretanto,
variam a cada espécie, mas não apresentam diferenças entre casais da
mesma espécie. A relação entre casais animais são sempre iguais,
independente da cor, da raça ou do continente destes.
Entre os seres humanos, porém, a maneira como o casal se relaciona varia de acordo com a época, o local, a religiosidade, a cultura e outros inúmeros fatores. Podendo, inclusive, o casal ser formado por dois seres do mesmo sexo, já que, entre humanos, a procriação não é o eixo central das relações. Portanto sexo como definição biológica e gênero como definição cultural.
Mas o que diferencia homens e animais?
Para o marxismo, é a capacidade que o homem tem de transformar a natureza. Seja em transformar galhos em armas, ou encontrando novas plantas no lugar das sementes enterradas, esta foi a diferença fundamental entre nós, seja do jeito que éramos, e o resto da fauna do planeta.
Da transformação da madeira em apetrecho à agricultura, passando pela descoberta da produção do fogo, muito tempo se passou. O que sabemos destes homens primitivos? Muito pouco. E grande parte de nosso conhecimento foi obtido misturando-se a pesquisa histórica, arqueológica e a observação antropológica, em tribos ou povos em estágios de evolução semelhantes. E como eram as relações familiares entre estes nossos antepassados?
Presume-se que nestas sociedades primitivas, a capacidade gestacional conferia às mulheres a condição de seres superiores, uma vez que o ato sexual não era identificado como fator responsável pela reprodução. Estas primeiras sociedades foram chamadas de matrilineares: A descendência era definida em função da origem materna, e, o cuidado com as crianças era responsabilidade coletiva. As tarefas eram divididas de acordo com a força física.
Quando o ser humano deixa de ser um coletor (que pega da natureza o que precisa), descobre a agricultura e começa a domesticar animais, as relações familiares e sociais também mudam. Com a plantação, surgem as primeiras cercas, delimitando a propriedade. Neste período o homem já entendia que a geração de novos seres dependia não só da mulher, mas do casal. E ao acumular terra e animais, preocupou-se em transmitir sua herança a quem possuísse laços consangüíneos, ou seja, seus filhos. E aí as coisas complicaram-se um pouco mais.
Entre os seres humanos, porém, a maneira como o casal se relaciona varia de acordo com a época, o local, a religiosidade, a cultura e outros inúmeros fatores. Podendo, inclusive, o casal ser formado por dois seres do mesmo sexo, já que, entre humanos, a procriação não é o eixo central das relações. Portanto sexo como definição biológica e gênero como definição cultural.
Mas o que diferencia homens e animais?
Para o marxismo, é a capacidade que o homem tem de transformar a natureza. Seja em transformar galhos em armas, ou encontrando novas plantas no lugar das sementes enterradas, esta foi a diferença fundamental entre nós, seja do jeito que éramos, e o resto da fauna do planeta.
Da transformação da madeira em apetrecho à agricultura, passando pela descoberta da produção do fogo, muito tempo se passou. O que sabemos destes homens primitivos? Muito pouco. E grande parte de nosso conhecimento foi obtido misturando-se a pesquisa histórica, arqueológica e a observação antropológica, em tribos ou povos em estágios de evolução semelhantes. E como eram as relações familiares entre estes nossos antepassados?
Presume-se que nestas sociedades primitivas, a capacidade gestacional conferia às mulheres a condição de seres superiores, uma vez que o ato sexual não era identificado como fator responsável pela reprodução. Estas primeiras sociedades foram chamadas de matrilineares: A descendência era definida em função da origem materna, e, o cuidado com as crianças era responsabilidade coletiva. As tarefas eram divididas de acordo com a força física.
Quando o ser humano deixa de ser um coletor (que pega da natureza o que precisa), descobre a agricultura e começa a domesticar animais, as relações familiares e sociais também mudam. Com a plantação, surgem as primeiras cercas, delimitando a propriedade. Neste período o homem já entendia que a geração de novos seres dependia não só da mulher, mas do casal. E ao acumular terra e animais, preocupou-se em transmitir sua herança a quem possuísse laços consangüíneos, ou seja, seus filhos. E aí as coisas complicaram-se um pouco mais.
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Funcionária pública, dirigente municipal do PCdoB de Porto Alegre,
estudante de ciências sociais da UFRGS. Dirigente da Semapi - RS
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