La
Paz (Prensa Latina)
A apresentação do livro "Evo na mira: CIA e DEA na
Bolívia", da escritora argentina Stella Calloni, foi palco na semana
que se encerra hoje para denunciar planos de ingerência dos Estados
Unidos na nação sul-americana.
Em
um emotivo encontro, celebrado na quinta-feira passada na cidade de
Cochabamba, Calloni apresentou sua mais recente pesquisa diante do
presidente Evo Morales, de outras autoridades do governo e de centenas
de bolivianos.
Em
suas palavras introdutórias, a destacada jornalista destacou que desde
a década de 1950, os Estados Unidos entraram com força na nação andina
com seus organismos de inteligência, marcando o início do que se
tornaria com o tempo uma ingerência eterna.
Para
a escritora, a intromissão imperialista, continuada pela invasão
neoliberal, produziu uma série de rebeliões inevitáveis que receberam o
melhor da resistência no Estado andino desde a época em que o líder
indígena Túpac Katari dirigiu a primeira rebelião contra o colonialismo
espanhol.
"Nessas
circunstâncias nasceu o que é hoje um modelo de país para a América
Latinoa, liderado por Morales, que tem tomado para si essas lutas e
desafiado o neocolonialismo", afirmou a prolífica jornalista nas
palavras introdutórias do último de seus textos.
Calloni
destacou que quando o dirigente cocaleiro assumiu a presidência
boliviana em janeiro de 2006, já tinha estado na mira de uma série de
atentados, espionagens e conspirações, que o tinham convertido em um
alvo permanente dos Estados Unidos.
A
postura firme do primeiro presidente indígena da Bolívia e a
resistência de seu povo - afirmou Calloni - ajuda a desmascarar a face
escura de um império em decadência.
Calloni
é reconhecida por seu profundo conhecimento da história política da
América Latina e em particular por seu trabalho sobre o Plano Côndor,
uma rede de espionagem conformada pelas ditaduras do Cone Sul na década
dos anos 1970 e 1980.
Na
noite de apresentação de "Evo em mira", o mandatário referiu-se a
detalhes sobre atentados dos quais foi objeto por organismos
estadunidenses durante sua carreira política e sindical de 20 anos,
desde 1985 até 2005, quando ascendeu por eleição popular à presidência
de Bolívia.
Ao
referir-se ao livro, Morales recordou episódios em que, desde policiais
e militares até legisladores e cocaleiros lhe alertaram para fugir a
tempo de emboscadas destinadas a acabar com sua vida.
Nesta
semana também foi notícia na Bolívia a apresentação de plano de
investimentos programado para a petroleira Yacimientos Petrolíferos
Promotores Bolivianos (YPFB), que chegam a 11 bilhões de dólares em
cinco anos.
"Sonho
com que nossa estatal petroleira esteja em pouco tempo no nível das
petroleiras Petróleos de Venezuela Sociedade Anônima (PDVSA) ou
Petróleos Brasileiros (PETROBRAS)", manifestou, ao conhecer o plano da
entidade para o período 2010-2015.
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