domingo, 22 de agosto de 2010

Rede Globo na mira da Justiça....


Na terça-feira (dia 24), acontecerá o julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) - instância máxima da Justiça no Brasil -, da fraude cometida pela família Marinho (RJ) contra as Organizações Victor Costa (SP).
Entenda o caso:
Superior Tribunal de Justiça julga na semana que vem suposta fraude na compra da Globo

Documentos de herdeiros de Roberto Marinho são apontados como provas 'montadas’;
uma das alegações é a de falsificação de assinaturas de pessoas mortas

A terça–feira da semana que vem, dia 24, será decisiva para os rumos da Rede Globo. Nesse dia será julgada pelo Superior Tribunal de Justiça a compra da emissora em novembro de 1964 por Roberto Marinho.
A ação foi proposta pelos antigos herdeiros dos acionistas da empresa que hoje atende por Rede Globo, a Rádio Televisão Paulista S/A, que eram controladores de 52% do capital social inicial da empresa (espólios dos já falecidos Manoel Vicente da Costa, Hernani Junqueira Ortiz Monteiro, Oswaldo J. O. Monteiro, Manoel Bento da Costa e outros).
No processo, os advogados de Roberto Marinho alegaram que ele comprou, em novembro de 1964, ações que pertenciam a Victor Costa Junior, sendo que este jamais fora acionista da emissora, mas sim herdeiro do então diretor-presidente, Victor Costa.
Os herdeiros de Roberto Marinho alegam terem perdido as procurações originais e os recibos da compra. Analisados pelo Instituto Del Picchia de Documentoscopia, os documentos apresentados pelos herdeiros de Roberto Marinho foram apontados como provas “anacrônicas, falsificadas, montadas”.
Houve duas assembleias Gerais para tentativa de legalização da transferência do controle majoritário da emissora realizadas por Roberto Marinho. A primeira foi em 10 de fevereiro de 1965 e a segunda, em 30 de junho de 1976. Ambas são rechaçadas pelos herdeiros dos antigos acionistas, pois apontam que o negócio com Victor Costa Junior não teria validade. Na Assembleia de 1965 apenas um acionista esteve presente. Ele disse ser representante de dois acionistas majoritários anteriores, mortos em junho de 1962 e dezembro de 1964.

ORGANIZAÇÕES VICTOR COSTA

Wikipédia*

Na década de 1950, quando a televisão chegou, eram três os principais grupos de radiodifusão: Diários Associados (da TV Tupi), Grupo Paulo Machado de Carvalho (da TV Record) e também a OVC (Organização Victor Costa).
A trajetória deste último grupo começa antes dele. Victor Costa era diretor da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, principal emissora de rádio do país e de propriedade do Governo Federal. Ele, que começou como ponto, depois foi radioator, cresceu rapidamente no rádio (sua maior paixão). Em 1953, ele vem a São Paulo na tentativa de criar um negócio. É quando ele adquire a Rádio Excelsior de Paulo Machado de Carvalho, dono da Rádio Record e fundador nesse ano da Rede Record e monta a Rádio Nacional de São Paulo (sem vínculos com a do Rio). Adquiriu também a Rádio Cultura. E aos poucos começou a comprar diversas emissoras de rádio pelo país. Onde os outros viam a dificuldade de manter uma estação, Victor Costa enxergava oportunidades e negócios pertinentes na área. Era o grande profissional. Foi ainda em 1953 que fundou a OVC (Organização Victor Costa), que estabeleceu uma ordem para consolidação e construção do grupo.
Com seus diversos contatos, Victor Costa trouxe do Rio de Janeiro os principais nomes da Rádio Nacional. As "cantoras do rádio", orquestras, os humoristas da PRK-30, entre outros. Começou a fazer transmissões em "pool" entre as rádios.
Em 1954 começou a negociar com o deputado Ortiz Monteiro a compra da TV Paulista, canal 5. Um ano depois comprou a emissora. O canal, que estava com pouquíssimos recursos era prejudicado pela ascensão e a estrutura da TV Tupi e TV Record. Com a chegada da OVC, a TV Paulista se transformou. E criou programas de sucesso como "Teledrama Três Leões" e "Hit Parade". E com o tempo, a OVC passou a criar novas emissoras de TV, como a TV Santos, a TV Bauru e uma emissora em Recife. A OVC chegou a obter uma concessão para ter outro canal em São Paulo, o 9, que no entanto foi vendida, antes mesmo da emissora ser inaugurada, para um grupo de empresários que mantiveram o nome escolhido pelos donos originais da concessão (TV Excelsior).
Em 22 de dezembro de 1959, faleceu Victor Costa. Sua esposa e um enteado começaram a gerir os negócios da OVC. A emissora começou a ser sucateada, com o intuito de venda. E foi assim que em 1966 Roberto Marinho adquiriu toda a OVC, inclusive as rádios, criando a Rede Globo juntamente com sua emissora, a TV Globo (canal 4 do Rio de Janeiro). A TV Paulista se transformaria em TV Globo São Paulo, a Rádio Nacional em Rádio Globo de São Paulo, a Rádio Excelsior manteria o nome, transformando-se em CBN em 1991. A OVC teve uma passagem meteórica, que deixou sua marca na história da radiodifusão nacional.

* Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es_Victor_Costa"

Recebido via email por:

vidalonga@linkbr.com.br

Um comentário:

dil disse...

Valeu meu irmão, Latuff tava lá em Sampa também...Segue texto sobre o 1o Encontro Nacional dos Blogueiros.

abração!

http://eagora-dil.blogspot.com/