“Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?”
A frase célebre é da pintora mexicana Frida Kahlo. Mas parece que o espírito da coisa foi totalmente incorporado pela fotógrafa (e pintora) russa Anka Zhuravleva em sua série Gravidade Distorcida.
Na série, a russa desafia as leis da física e exibe pessoas levitando em pleno ar. Em geral, as fotos passam uma sensação idílica de paz e sonho.
Tão intrigante quanto as fotografias é a própria história de Anka. Ela sempre estudou artes, por influência de sua mãe, que também era artista. Mas, na adolescência, ficou repentinamente ófã – seus pai faleceram em um intervalo de menos de dois anos – e seu mundo virou de cabeça para baixo.
Anka começou a viver no submundo de Moscou. Sempre bebendo muito, trabalhou como tatuadora e cantou numa banda de rock. Também fez alguns trabalhos como modelo, aparecendo nua na Playboy russa e em outras revistas masculinas.
Em 2001, ela conheceu o músico Alexander Zhuravlev, em São Petersburgo. Apaixonou-se e imediatamente mudou-se para a casa dele. Desde então, os dois vivem em harmonia – Alexander incentiva a produção artística de Anka, e ambos convivem comn diversos intelectuais e artistas da Rússia.
Você pode conferir mais trabalhos de Anka – inclusive suas pinturas, de tinta a óleo – acessando o site da artista.
Viciada em todo e qualquer tipo de arte. Tudo que tem são vinte e dois anos, um violão com uma corda constantemente arrebentada, e centenas de dúvidas. Ama Tchekov, Nirvana e cinema iraniano. Uma metamorfose ambulante, uma pedra no caminho – ou, resumindo tudo, uma gaivota.
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