sábado, 31 de outubro de 2015

RÚSSIA SHOW: OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DO SIÃO:FRAUDE DA OKHRANA OU CONSPIRAÇÃO?

OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DO SIÃO:FRAUDE DA OKHRANA OU CONSPIRAÇÃO?


Este
livro se trata de uma polêmica que envolve a polícia secreta tzarista -
a Okhrana, dos tempos de Nilolai II - o último tzar. Estamos falando de
"Os Protocolos dos sábios do Sião". No Brasil, o editor
Sigfried Ellwanger, da ed.Revisão, foi condenado por editar, entre outros, este  livro, conforme você pode ler aqui:

Sobre Ellwanger não vou me estender: deixo com o leitor o link do Wikipedia, onde você poderá se inteirar melhor do caso.
 
A aquisição deste livro é  super difícil, praticamente impossível, a não ser em sebos, como - por exemplo, o Estante Virtual. Eu possuía um exemplar sem data de edição da Jupiter
(que não sei se ainda existe), com 160 páginas. Comprei há mais de
trinta anos, pagando caro a um livreiro que me vendeu um exemplar usado.
O que a curiosidade intelectual não faz...
De autoria  anônima, nenhuma obra despertou mais a atenção do mundo no século XX do que “Os Protocolos dos Sábios de Sião”,
discutido há décadas na grande mídia estrangeira (aqui, seu destaque é
muito menor, ou quase nulo), por críticos e escritores. 
O
alvoroço criado a seu redor se deve ao fato de ele conter o mais
terrível e cínico plano da história. Não sou eu quem vai julgar se o seu
conteúdo é uma farsa ou não, mas devo dizer que, muitas vezes, ao
relê-lo, chego a me arrepiar, pois muito do que contém a gente está
vendo a todo momento.Fala sobre a imprensa e a assimilação de seu papel
na política; fala sobre pregar "o veneno do liberalismo"; sobre o
uso da espionagem, enfim, sobre um cem número de coisas que vários
governos de países hegemônicos (principalmente EUA) têm aplicado ao
longo da história moderna. Coincidência ou não, acho que vale a pena
conhecer o livro e que cada um tire sua própria conclusão. 
As
opiniões dividem-se e confrontam-se acerca de sua autoria e
autenticidade. Os judeus negam-no sob o pretexto de maldosa
falsificação. Os inimigos dos judeus usam este "plano" como argumento
contra os judeus. Pensadores estudam-no com cuidado e se documentam a
respeito, saindo, de tais documentações e estudos, diversas versões para
o"Protocolos", que foi traduzido em quase todas as línguas modernas. 
Andei dando uma vasculhada na rede e descobri que existem algumas versões com títulos diferentes deste livro. Por exemplo: - Mistificações literárias,
do brasileiro Anatol Rosenfeld, pela editora Perspectiva, com apenas 64
páginas eque trata o livro como sendo uma mistificação, deixando claro
que 
"O
interesse desta é tanto maior quanto os danos por ela cometidos, na
medida em que não são apenas de natureza literária mas também política e
social, tendo sido uma das grandes armas que o hitlerismo brandiu e que
o antissemitismo internacional continua brandindo contra todo um povo
que só pode, neste caso, apresentar a seu favor a simples verdade, tal
como é expressa neste livro
".
 Existe uma outra versão, intitulada "O Complô a História Secreta dos Protocolos dos Sábios do Sião",
lançada pela Cia.Das Letras, de Will Eisner, que vai mais ou menos pela
linha da versão anterior, de que tudo não passaria de uma mistificação,
só que, neste livro, a autora afirma ter a mistificação sido feita sob
encomenda por Nikolai II, o último Tzar da Rússia, mais ou menos assim: 
"Em
1864, o escritor francês Maurice Joly publicou clandestinamente o livro
O diálogo no inferno, de Maquiavel e Montesquieu, uma sátira ao
imperador Napoleão III. Quase 35 anos depois, o livro caiu nas mãos de
Mathieu Golovinski, russo exilado na França a serviço da polícia secreta
do tzar Nicolau II. O objetivo dessa polícia era provar a Nicolau II
que havia uma conspiração judaica por detrás das revoltas que começavam a
assolar a Rússia. Percebendo o potencial do livro de Joly, Golovinski
produziu um plágio grosseiro - Os protocolos dos sábios do Sião -, em
que um suposto grupo de judeus influentes descrevia seu plano de
dominação mundial, traçado durante um encontro secreto.
 O
complô conta a história da fabricação dessa farsa, e de como ela se
tornou uma das mais duradouras e cruéis peças de literatura antissemita
já produzidas. Nesta graphic novel, concluída poucos meses antes
de sua morte, Will Eisner investiga também por que nem mesmo as inúmeras
provas que vieram à tona, já na década de 1920, de que os Protocolos
eram falsos, conseguiram minar sua credibilidade. As histórias em
quadrinhos, acreditava, seriam uma maneira de levar a um público maior a
verdade sobre os protocolos. Um dos grandes mestres do gênero, Eisner percorre, em O complô, mais de um século da história da intolerância, sem deixar de lado aqueles que tentaram combatê-la."




 Estes
dois livros citados (Mistificação e o Complô) são mais fáceis de
encontrar, já que foram editados, respectivamente, em 1982 e 2006. Para
os que não se incomodam de ler na tela do computador, você encontra o
PDF a seguir: 






Aos
que quiserem ler mais a respeito, deixo a indicação de ois artigos: um
contra e outro a favor, sempre tentando ser imparcial e deixando ao
leitor do blog tirar suas próprias conclusões: http://www.angelfire.com/journal2/midiajudaica/especiais/protocolos/protocolos.htm http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/osprotocolos.html




Finalizo,
deixando minha opinião, apesar dela pouco valer, já que não sou
historiadora nem especialista no assunto: considerando a versão que
acredita que, realmente, houve um plano de "judeus" para dominar o
mundo, devo dizer que, particularmente, discordo do uso da palavra
judeus. Se houve plano, não acredito ter sido de judeus, mas de sionistas,
o que são coisas bem diferentes. Nem todo judeu é sionista, muito pelo
contrário: o número de judeus que contestam o sionismo é muito elevado,
basta dar uma olhada na oferta de livros  a este respeito, ou acessar o YoTube em busca de vídeos de judeus que contestam o sionismo;  portanto,  não confundam judaísmo com sionismo.Lembro,
que o antissemitismo é mais abrangente do que um simples repúdio ao
sionismo: é o repúdio a um povo, o que é inaceitável.




(Texto de Milu Duarte)

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