Em maio de 2011, israelenses e palestinos se reuniram em Hebron, no primeiro encontro das esquerdas da Palestina e de Israel. Nos primeiros dias de setembro eles voltaram a se reunir e elaboraram uma nova declaração conjunta, de apoio à luta palestina e aos protestos populares israelenses. O grupo lançou um documento histórico, apoiando o pleito que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) levará à ONU no dia 20, solicitando o reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras anteriores a 1967. O artigo é de Baby Siqueira Abrão, direto de Ramallah.
Baby Siqueira Abrão - de Ramallah (Palestina) no CARTA MAIOR
As lutas populares palestinas têm contado, ao longo da história, com fieis apoiadores israelenses. São pessoas de todas as idades, profissões, formações, religiões e preferências políticas que defendem os direitos dos palestinos e se colocam radicalmente contra o sionismo e suas políticas de ocupação, colonização, exclusão, militarização, violência e opressão.
Esse apoio aos palestinos já lhes valeram perseguições, detenções, prisões, ferimentos graves, processos na Justiça israelense, ameaças. Alguns foram obrigados a deixar o país, por estar na “lista de inimigos” que o governo sionista atualiza periodicamente, impedindo a seus cidadãos o acesso ao trabalho ou ao estudo.
Todas as sextas-feiras eles se dividem em grandes grupos e se distribuem nas vilas palestinas, participando dos protestos não violentos contra a ocupação das terras da Palestina pelo governo israelense. Dormem nas casas de palestinos ameaçados de prisão. Acorrentam-se às oliveiras para impedir que sejam retiradas e levadas para as colônias judaicas. Apanham dos soldados. Praticam a desobediência civil e levam palestinas a locais onde elas são proibidas de entrar, como as praias mediterrâneas e as cidades israelenses. Praticam o boicote aos produtos fabricados nas colônias construídas em território palestino. Lutam contra a demolição das casas palestinas. Contatam ótimos advogados, também israelenses, para ajudar colegas palestinos a defender os presos políticos da Palestina.
Em maio de 2011, muitos desses israelenses se reuniram em Hebron, com os palestinos, no primeiro encontro das esquerdas da Palestina e de Israel. Foi um dia inteiro de palestras e debates, de levantamento de demandas e de problemas, de conhecimento mútuo e de congraçamento. A declaração final do encontro prometeu luta conjunta para pôr fim à ocupação e para isolar o sionismo, considerado o inimigo comum, o responsável pela situação em que vivem palestinos, israelenses e vários povos do mundo árabe.
Nos primeiros dias de setembro eles voltaram a se reunir e elaboraram uma nova declaração conjunta, de apoio à luta palestina e aos protestos populares israelenses. A ocupação e a “política do medo” – que levam à criação da “necessidade de segurança” e ao consequente investimento quase sem limites na militarização do Estado sionista – são, para esse grupo de palestinos e israelenses, faces da mesma moeda. Para eles, as altas verbas destinadas à área militar e à continuidade da ocupação, além da adoção de políticas neoliberais, deixam a descoberto as necessidades sociais dos cidadãos de Israel e submetem os palestinos à injustiça e à opressão.
Em 5 de setembro o grupo lançou um documento histórico, apoiando o pleito que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) levará à ONU no dia 20, solicitando o reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras anteriores a 5 de junho de 1967 (quando Israel invadiu e tomou Gaza, Cisjordânia e Jerusalém oriental, na Guerra dos Seis Dias) e o status de membro pleno das Nações Unidas.
A declaração conjunta também denuncia a propaganda do governo de Israel, que procura convencer a população dos “perigos” do estabelecimento do Estado palestino, entre os quais uma inexistente luta armada e a ameaça de deslegitimização do Estado de Israel. E afirma que apenas a luta popular conjunta poderá acabar com “a ocupação, os colonatos, o racismo, o colonialismo, [...] as políticas de exclusão, enfraquecimento, pobreza, racismo e apartheid em Israel”.
Conheça, a seguir, a íntegra do documento.
Declaração histórica de palestinos e israelenses em apoio ao protesto social israelense e à luta anticolonialista
Juntos para pôr fim à ocupação e ao racismo, em apoio à luta do povo palestino para conquistar seus direitos e contra a opressão nacional e social;
Apesar da encorajadora mobilização no Oriente Médio, da onda de protestos sociais e do despertar das lutas dos povos por liberdade e pelo direito de viver com dignidade, a população palestina ainda vive sob o jugo da ocupação israelense, a despeito de sua luta persistente e permanente por liberdade. A comunidade internacional, por sua vez, demonstra impotência e não estende a mão para apoiar a luta palestina por justiça e libertação.
Os movimentos de protesto e os ventos de mudança que sopram no mundo árabe têm despertado entusiasmo, em todo o planeta, entre os que buscam a liberdade, incentivando muitos a adotar o modelo de luta popular.
Esses movimentos de protesto tiveram um profundo impacto sobre vários grupos em Israel, entre judeus e palestinos, e deram uma importante contribuição para a ascensão do movimento de protesto popular israelense em prol de justiça social.
Movidos por nossa aspiração de alcançar uma paz justa – que é verdadeiramente essencial para os povos da região e que pode ajudar na promoção da luta por justiça e progresso para todos –, nós, palestinos e israelenses, forças sociais e políticas, representantes de associações de mulheres e jovens de ambos os lados da Linha Verde [Green Line], enfatizamos a necessidade de uma luta conjunta, com o objetivo de libertar os povos da região do colonialismo e da hegemonia, em especial a do sionismo, de deter a ocupação e a agressão militar israelense e de apoiar a justa luta do povo palestino por seu direito à autodeterminação, de acordo com as decisões da comunidade internacional.
Estamos ansiosos pela libertação de todos os povos da região da ditadura, da tirania e de todas as formas de opressão nacional, social e econômica. Portanto, os signatários deste documento enfatizam:
1. Apoiamos a iniciativa palestina nas Nações Unidas – instituição que tem a responsabilidade de estabelecer as bases da paz internacional –, solicitando sua inclusão na ONU como membro pleno, o reconhecimento de seu Estado nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém oriental como capital, e o fortalecimento dos esforços para acabar com a ocupação das terras do povo palestino, com a preservação de seu direito de opor-se a essa ocupação e de seu direito de exigir o retorno dos refugiados, em conformidade com a Resolução 194 das Nações Unidas. Nesse contexto, enfatizamos que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é o único e legítimo representante do povo palestino, derivando sua legitimidade dos palestinos que vivem em sua terra natal, dos que vivem no exílio e do reconhecimento que recebeu da Liga Árabe e das Nações Unidas.
A iniciativa palestina na ONU é um passo legítimo. As Nações Unidas devem cumprir sua responsabilidade de estabelecer a paz e a justiça no plano internacional. Esse passo fortalece os direitos do povo palestino e não representa, de maneira alguma, uma ameaça para Israel, apesar dos enormes esforços do governo israelense em apresentar esse passo, para o povo israelense, como uma declaração de guerra ou como uma ameaça à legitimidade da existência de Israel.
2. Entendemos que uma das principais razões para o sofrimento social e econômico dos cidadãos em Israel, além das políticas econômicas capitalistas, é a continuação da ocupação e as verbas excessivas destinadas à segurança, que o governo de Israel tenta justificar como necessárias para defender suas colônias, por um lado, e as fronteiras do Estado, por outro. Por isso acreditamos que o fim da ocupação e o estabelecimento de uma paz justa são essenciais para uma vida de paz e bem-estar.
Contamos com a participação e com a integração da população palestina nos protestos sociais de Israel. Essa é uma oportunidade importante para apresentar aos vários grupos da sociedade israelense as angústias dos palestinos e as injustiças que sofrem, para que esses grupos possam assumir sua responsabilidade na luta contra as políticas de marginalização e de discriminação contra os palestinos em Israel, para pôr um fim ao confisco de terras e para conseguir a igualdade plena, para acabar com a ocupação dos territórios palestinos que foram invadidos em 1967.
Protestamos novamente contra as já conhecidas tentativas do governo ocupante de fugir das crises, de suas crises internas e da pressão das ondas de protesto usando a política do medo, que aponta para uma ameaça externa: a de apresentar o apelo palestino nas Nações Unidas como um “perigo" e a de realizar ações militares, como temos presenciado nos últimos dias na brutal escalada [militar israelense] que leva ao derramamento de sangue do povo palestino em Gaza.
3. Reconhecemos o direito do povo palestino, vivendo sob ocupação, de fazer uso de todas as formas legítimas de resistência, de acordo com as normas internacionais, para a remoção dos ocupantes de sua terra e por autodeterminação. Nesse contexto, enfatizamos a importância da luta popular conjunta de palestinos e israelenses. A luta popular conjunta é um dos princípios centrais orientadores da luta contra a ocupação, os colonatos, o racismo, o colonialismo, contra as políticas de exclusão, enfraquecimento, pobreza, racismo e apartheid em Israel.
Setembro de 2011
Assinam [a declaração] partidos políticos, organizações sociais e jovens ativistas, mulheres e homens, palestinos e israelenses (em ordem alfabética):
Association of Palestinian Democratic Youth (Associação da Juventude Democrática Palestina; Palestina)
Association of Progressive Students (Associação dos Estudantes Progressistas; Palestina)
Democratic Front for the Liberation of Palestine (Frente Democrática para a Libertação da Palestina; Palestina)
Democratic Front for Peace and Equality (Frente Democrática para a Paz e a Igualdade; Israel)
Democratic Teachers’ Union (União Democrática dos Professores; Palestina)
Democratic Union of Professionals in Palestine (União Democrática dos Profissionais na Palestina; Palestina)
Democratic Women’s Movement in Israel (Movimento Democrático das Mulheres em Israel; Israel)
Israeli Communist Party (Partido Comunista Israelense; Israel)
National Campaign for Return of the Bodies of Arab and Palestinian Martyrs Captured by the Israeli Government (Campanha Nacional Pelo Retorno dos Corpos dos Mártires Árabes e Palestinos Capturados Pelo Governo de Israel; Palestina)
Palestinian People’s Party (Partido do Povo Palestino; Palestina)
Popular Campaign for the Boycott of Israeli Products (Campanha Popular Pelo Boicote de Produtos Israelenses; Palestina)
Progressive Workers’ Union (Sindicato dos Trabalhadores Progressistas; Palestina)
Tarabut-Hithabrut – Arab-Jewish Movement for Social and Political Change (Tarabut-Hithabrut - Movimento Árabe-Judaico pela Mudança Social e Política; Israel)
The Alternative Information Center (Centro de Informação Alternativa; Palestina/Israel)
Union of Palestinian Farmers’ Unions (União dos Sindicatos de Agricultores Palestinos; Palestina)
Union of One World for Justice (União Um Mundo por Justiça; Palestina)
Union of Palestinian Working Women (União de Mulheres Trabalhadoras Palestinas; Palestina)
Workers’ Unity Bloc (Grupo Unidade dos Trabalhadores; Palestina)
Tradução: Baby Siqueira Abrão
Esse apoio aos palestinos já lhes valeram perseguições, detenções, prisões, ferimentos graves, processos na Justiça israelense, ameaças. Alguns foram obrigados a deixar o país, por estar na “lista de inimigos” que o governo sionista atualiza periodicamente, impedindo a seus cidadãos o acesso ao trabalho ou ao estudo.
Todas as sextas-feiras eles se dividem em grandes grupos e se distribuem nas vilas palestinas, participando dos protestos não violentos contra a ocupação das terras da Palestina pelo governo israelense. Dormem nas casas de palestinos ameaçados de prisão. Acorrentam-se às oliveiras para impedir que sejam retiradas e levadas para as colônias judaicas. Apanham dos soldados. Praticam a desobediência civil e levam palestinas a locais onde elas são proibidas de entrar, como as praias mediterrâneas e as cidades israelenses. Praticam o boicote aos produtos fabricados nas colônias construídas em território palestino. Lutam contra a demolição das casas palestinas. Contatam ótimos advogados, também israelenses, para ajudar colegas palestinos a defender os presos políticos da Palestina.
Em maio de 2011, muitos desses israelenses se reuniram em Hebron, com os palestinos, no primeiro encontro das esquerdas da Palestina e de Israel. Foi um dia inteiro de palestras e debates, de levantamento de demandas e de problemas, de conhecimento mútuo e de congraçamento. A declaração final do encontro prometeu luta conjunta para pôr fim à ocupação e para isolar o sionismo, considerado o inimigo comum, o responsável pela situação em que vivem palestinos, israelenses e vários povos do mundo árabe.
Nos primeiros dias de setembro eles voltaram a se reunir e elaboraram uma nova declaração conjunta, de apoio à luta palestina e aos protestos populares israelenses. A ocupação e a “política do medo” – que levam à criação da “necessidade de segurança” e ao consequente investimento quase sem limites na militarização do Estado sionista – são, para esse grupo de palestinos e israelenses, faces da mesma moeda. Para eles, as altas verbas destinadas à área militar e à continuidade da ocupação, além da adoção de políticas neoliberais, deixam a descoberto as necessidades sociais dos cidadãos de Israel e submetem os palestinos à injustiça e à opressão.
Em 5 de setembro o grupo lançou um documento histórico, apoiando o pleito que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) levará à ONU no dia 20, solicitando o reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras anteriores a 5 de junho de 1967 (quando Israel invadiu e tomou Gaza, Cisjordânia e Jerusalém oriental, na Guerra dos Seis Dias) e o status de membro pleno das Nações Unidas.
A declaração conjunta também denuncia a propaganda do governo de Israel, que procura convencer a população dos “perigos” do estabelecimento do Estado palestino, entre os quais uma inexistente luta armada e a ameaça de deslegitimização do Estado de Israel. E afirma que apenas a luta popular conjunta poderá acabar com “a ocupação, os colonatos, o racismo, o colonialismo, [...] as políticas de exclusão, enfraquecimento, pobreza, racismo e apartheid em Israel”.
Conheça, a seguir, a íntegra do documento.
Declaração histórica de palestinos e israelenses em apoio ao protesto social israelense e à luta anticolonialista
Juntos para pôr fim à ocupação e ao racismo, em apoio à luta do povo palestino para conquistar seus direitos e contra a opressão nacional e social;
Apesar da encorajadora mobilização no Oriente Médio, da onda de protestos sociais e do despertar das lutas dos povos por liberdade e pelo direito de viver com dignidade, a população palestina ainda vive sob o jugo da ocupação israelense, a despeito de sua luta persistente e permanente por liberdade. A comunidade internacional, por sua vez, demonstra impotência e não estende a mão para apoiar a luta palestina por justiça e libertação.
Os movimentos de protesto e os ventos de mudança que sopram no mundo árabe têm despertado entusiasmo, em todo o planeta, entre os que buscam a liberdade, incentivando muitos a adotar o modelo de luta popular.
Esses movimentos de protesto tiveram um profundo impacto sobre vários grupos em Israel, entre judeus e palestinos, e deram uma importante contribuição para a ascensão do movimento de protesto popular israelense em prol de justiça social.
Movidos por nossa aspiração de alcançar uma paz justa – que é verdadeiramente essencial para os povos da região e que pode ajudar na promoção da luta por justiça e progresso para todos –, nós, palestinos e israelenses, forças sociais e políticas, representantes de associações de mulheres e jovens de ambos os lados da Linha Verde [Green Line], enfatizamos a necessidade de uma luta conjunta, com o objetivo de libertar os povos da região do colonialismo e da hegemonia, em especial a do sionismo, de deter a ocupação e a agressão militar israelense e de apoiar a justa luta do povo palestino por seu direito à autodeterminação, de acordo com as decisões da comunidade internacional.
Estamos ansiosos pela libertação de todos os povos da região da ditadura, da tirania e de todas as formas de opressão nacional, social e econômica. Portanto, os signatários deste documento enfatizam:
1. Apoiamos a iniciativa palestina nas Nações Unidas – instituição que tem a responsabilidade de estabelecer as bases da paz internacional –, solicitando sua inclusão na ONU como membro pleno, o reconhecimento de seu Estado nas fronteiras de 4 de junho de 1967, com Jerusalém oriental como capital, e o fortalecimento dos esforços para acabar com a ocupação das terras do povo palestino, com a preservação de seu direito de opor-se a essa ocupação e de seu direito de exigir o retorno dos refugiados, em conformidade com a Resolução 194 das Nações Unidas. Nesse contexto, enfatizamos que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) é o único e legítimo representante do povo palestino, derivando sua legitimidade dos palestinos que vivem em sua terra natal, dos que vivem no exílio e do reconhecimento que recebeu da Liga Árabe e das Nações Unidas.
A iniciativa palestina na ONU é um passo legítimo. As Nações Unidas devem cumprir sua responsabilidade de estabelecer a paz e a justiça no plano internacional. Esse passo fortalece os direitos do povo palestino e não representa, de maneira alguma, uma ameaça para Israel, apesar dos enormes esforços do governo israelense em apresentar esse passo, para o povo israelense, como uma declaração de guerra ou como uma ameaça à legitimidade da existência de Israel.
2. Entendemos que uma das principais razões para o sofrimento social e econômico dos cidadãos em Israel, além das políticas econômicas capitalistas, é a continuação da ocupação e as verbas excessivas destinadas à segurança, que o governo de Israel tenta justificar como necessárias para defender suas colônias, por um lado, e as fronteiras do Estado, por outro. Por isso acreditamos que o fim da ocupação e o estabelecimento de uma paz justa são essenciais para uma vida de paz e bem-estar.
Contamos com a participação e com a integração da população palestina nos protestos sociais de Israel. Essa é uma oportunidade importante para apresentar aos vários grupos da sociedade israelense as angústias dos palestinos e as injustiças que sofrem, para que esses grupos possam assumir sua responsabilidade na luta contra as políticas de marginalização e de discriminação contra os palestinos em Israel, para pôr um fim ao confisco de terras e para conseguir a igualdade plena, para acabar com a ocupação dos territórios palestinos que foram invadidos em 1967.
Protestamos novamente contra as já conhecidas tentativas do governo ocupante de fugir das crises, de suas crises internas e da pressão das ondas de protesto usando a política do medo, que aponta para uma ameaça externa: a de apresentar o apelo palestino nas Nações Unidas como um “perigo" e a de realizar ações militares, como temos presenciado nos últimos dias na brutal escalada [militar israelense] que leva ao derramamento de sangue do povo palestino em Gaza.
3. Reconhecemos o direito do povo palestino, vivendo sob ocupação, de fazer uso de todas as formas legítimas de resistência, de acordo com as normas internacionais, para a remoção dos ocupantes de sua terra e por autodeterminação. Nesse contexto, enfatizamos a importância da luta popular conjunta de palestinos e israelenses. A luta popular conjunta é um dos princípios centrais orientadores da luta contra a ocupação, os colonatos, o racismo, o colonialismo, contra as políticas de exclusão, enfraquecimento, pobreza, racismo e apartheid em Israel.
Setembro de 2011
Assinam [a declaração] partidos políticos, organizações sociais e jovens ativistas, mulheres e homens, palestinos e israelenses (em ordem alfabética):
Association of Palestinian Democratic Youth (Associação da Juventude Democrática Palestina; Palestina)
Association of Progressive Students (Associação dos Estudantes Progressistas; Palestina)
Democratic Front for the Liberation of Palestine (Frente Democrática para a Libertação da Palestina; Palestina)
Democratic Front for Peace and Equality (Frente Democrática para a Paz e a Igualdade; Israel)
Democratic Teachers’ Union (União Democrática dos Professores; Palestina)
Democratic Union of Professionals in Palestine (União Democrática dos Profissionais na Palestina; Palestina)
Democratic Women’s Movement in Israel (Movimento Democrático das Mulheres em Israel; Israel)
Israeli Communist Party (Partido Comunista Israelense; Israel)
National Campaign for Return of the Bodies of Arab and Palestinian Martyrs Captured by the Israeli Government (Campanha Nacional Pelo Retorno dos Corpos dos Mártires Árabes e Palestinos Capturados Pelo Governo de Israel; Palestina)
Palestinian People’s Party (Partido do Povo Palestino; Palestina)
Popular Campaign for the Boycott of Israeli Products (Campanha Popular Pelo Boicote de Produtos Israelenses; Palestina)
Progressive Workers’ Union (Sindicato dos Trabalhadores Progressistas; Palestina)
Tarabut-Hithabrut – Arab-Jewish Movement for Social and Political Change (Tarabut-Hithabrut - Movimento Árabe-Judaico pela Mudança Social e Política; Israel)
The Alternative Information Center (Centro de Informação Alternativa; Palestina/Israel)
Union of Palestinian Farmers’ Unions (União dos Sindicatos de Agricultores Palestinos; Palestina)
Union of One World for Justice (União Um Mundo por Justiça; Palestina)
Union of Palestinian Working Women (União de Mulheres Trabalhadoras Palestinas; Palestina)
Workers’ Unity Bloc (Grupo Unidade dos Trabalhadores; Palestina)
Tradução: Baby Siqueira Abrão