Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Razão e da Paixão
Vossa alma é freqüentemente um campo de batalha onde vossa razão e vosso juízo combatem vossa paixão e vosso apetite.
Pudesse eu ser o pacificador de vossa alma, transformando a discórdia e a rivalidade entre vossos elementos em união e harmonia.
Mas como poderei faze-lo, a mesmo que vós mesmos sejais também pacificadores, mais ainda, enamorados de todos os vossos elementos?
Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas de vossa alma navegante.
Se vossa velas ou vosso leme se quebram, só podereis derivar ou permanecer imóvel no meio do mar.
Pois a razão, reinando sozinha, restringe todo impulso: e a paixão, deixada a si, é um fogo que arde até sua própria destruição.
Que vossa alma eleve, portanto, vossa razão à altura de vossa paixão, para que ela possa cantar,
E que dirija vossa paixão a par com vossa razão, para que ela possa viver numa ressurreição cotidiana e, como a fênix renascer das próprias cinzas.
Gostaria que tratásseis vosso juízo e vosso apetite como trataríeis dois hóspedes amados em vossa casa.
Certamente não honraríeis um hóspede mais do que o outro; pois quem procura tratar melhor um dos dois, perde o amor e a confiança de ambos.
Entre as colinas, quando vos sentardes à sombra fresca do álamos brancos, compartilhando a paz e a serenidade dos campos e dos prados distantes, então que vosso coração diga em silêncio:
DEUS REPOUSA NA PAIXÃO.
E quando bramir a tempestade, e o vento poderoso sacudir a floresta, e o trovão e o relâmpago proclamarem a majestade do céu, então que vosso coração diga com temor e respeito: DEUS AGE NA PAIXÃO.
E já que sois um sopro na esfera de Deus e uma folha na floresta de Deus, vós também devereis descansar na RAZÃO e agir na PAIXÃO.
Gibran.
Pudesse eu ser o pacificador de vossa alma, transformando a discórdia e a rivalidade entre vossos elementos em união e harmonia.
Mas como poderei faze-lo, a mesmo que vós mesmos sejais também pacificadores, mais ainda, enamorados de todos os vossos elementos?
Vossa razão e vossa paixão são o leme e as velas de vossa alma navegante.
Se vossa velas ou vosso leme se quebram, só podereis derivar ou permanecer imóvel no meio do mar.
Pois a razão, reinando sozinha, restringe todo impulso: e a paixão, deixada a si, é um fogo que arde até sua própria destruição.
Que vossa alma eleve, portanto, vossa razão à altura de vossa paixão, para que ela possa cantar,
E que dirija vossa paixão a par com vossa razão, para que ela possa viver numa ressurreição cotidiana e, como a fênix renascer das próprias cinzas.
Gostaria que tratásseis vosso juízo e vosso apetite como trataríeis dois hóspedes amados em vossa casa.
Certamente não honraríeis um hóspede mais do que o outro; pois quem procura tratar melhor um dos dois, perde o amor e a confiança de ambos.
Entre as colinas, quando vos sentardes à sombra fresca do álamos brancos, compartilhando a paz e a serenidade dos campos e dos prados distantes, então que vosso coração diga em silêncio:
DEUS REPOUSA NA PAIXÃO.
E quando bramir a tempestade, e o vento poderoso sacudir a floresta, e o trovão e o relâmpago proclamarem a majestade do céu, então que vosso coração diga com temor e respeito: DEUS AGE NA PAIXÃO.
E já que sois um sopro na esfera de Deus e uma folha na floresta de Deus, vós também devereis descansar na RAZÃO e agir na PAIXÃO.
Gibran.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Bush corrige a pontaria (2): Líbano
Luiz Eça
A nova estratégia americana para o Oriente Médio, que elege os xiitas como inimigos-chave e os sunitas como eventuais aliados, conseguiu equilibrar as coisas no Líbano.
Os americanos estavam desmoralizados pelo apoio prestado a Israel na invasão, ao lhes fornecer armamentos e retardar o cessar fogo da ONU para dar tempo aos israelenses de infligirem o máximo de danos ao Hezbolá. Foram cúmplices no massacre de mais de mil civis, o que uniu todas as forças políticas libanesas contra Bush. Ele buscou reaproximar-se do governo do sunita Fued Siniora, doando 1 bilhão de dólares ao país que ajudara a destruir. E mais: co-organizou uma reunião de países em Paris, que prometeram quase 8 bilhões para a reconstrução do Libano. Com isso, o governo Siniora voltou às boas com os Estados Unidos e sua aliança com os xiitas começou a ruir. Foi ao chão quando ele recusou a solicitação do Hezbolá para que fosse aumentada a participação xiita no ministério.Os xiitas reagiram retirando os ministros que tinham no governo Siniora e promovendo grandes manifestações de protesto. A temperatura da crise subiu com a ONU marcando data para o julgamento por um tribunal internacional dos responsáveis pelo assassinato do ex-primeiro ministro sunita, Rafik Hariri em 2005. E se aqueceu ainda mais com o ataque do Fatah al Islam, entricheirado no campo de refugiados de Nahrl AL Bared, contra o exército libanês. O governo Siniora e autoridades americanas acusaram a Síria de estar por trás destas ações delituosas.A Síria tem uma grande presença no Líbano desde o fim da guerra civil que dilacerou o país, opondo muçulmanos a cristãos. Em 1991, as facções se reconciliaram e solicitaram, com aval da ONU e dos Estados Unidos, a entrada do exército sírio para garantir a paz e reorganizar o exército libanês.Formou-se, então, um governo de união nacional. Mas, depois de alguns anos, as divergências voltaram. Enquanto os xiitas e parte dos cristãos queriam que os sírios permanecessem mais tempo como proteção contra Israel, os sunitas, drusos e parte dos cristãos consideravam-nos força de ocupação e exigiam sua saída.Em 2005, o ex-primeiro ministro Rafik Hariri, sunita, foi assassinado. Tendo sido, inicialmente, aliado dos sírios , ele passara para a oposição. Tendo acusado o governo da Síria pelo crime, os partidários de Hariri promoveram uma grande campanha, com respaldo internacional, que resultou na retirada do exército sírio. Chamada a intervir, a ONU nomeou uma comissão de investigação dirigida pelo o alemão Detlev Mehlis.As primeiras conclusões, largamente difundidas pelo governo americano e agências de notícias internacionais, culpavam a Síria.Houve, porém, opiniões discordantes até de figuras insuspeitas como o professor Eyal Zisser, especialista em Síria, do Instituto Dayan da Universidade de Tel-Aviv : “É completamente ilógico supor que a Síria o tenha feito. Seria uma decisão imbecil de sua parte. O mundo inteiro está de olho na Síria e ela não teria interesse algum em desestabilizar o Líbano". Parece que ele tinha razão.As conclusões de Mehlis baseavam-se em dois depoimentos que se provaram duvidosos. Muhammad Said Saddik, segundo a revista Der Spiegel, jactou-se publicamente de que seu testemunho no caso Hariri iria torná-lo um milionário. Por sua vez, Hussam Taher Hussam, posteriormente, voltou atrás, dizendo que era mentira, depois de raptado, torturado e de ter recebido a oferta de 1,3 milhão de dólares de agentes libaneses.Mehlis se resignou e o seu sucessor, o promotor público belga Serge Brammertz, recomeçou toda a investigação considerando divesas hipóteses. Para os sírios e xiitas, o atentado teria sido obra do Mossad. Ou mesmo da CIA, que, pelas últimas revelações dos seus arquivos secretos, seria bem capaz disso.O tribunal da ONU deve começar breve. A Síria recusa-se a colaborar. Sustenta que o processo será político, não jurídico, e que, sob a influência dos Estados Unidos, não se pode esperar isenção. O relatório Mehlis, apontando os suspeitos, ainda não é conhecido. Depois da farsa da primeira investigação, o receio sírio é compreensível.O caso do Fatah al Islam não foi bem apresentado pela nossa imprensa.O repórter investigativo Seymour Hersh, da revista New Yorker, deixa as coisas claras: "Uma torrente de dinheiro americano, não aprovado pelo Congresso, foi para o governo do Líbano, o qual, por sua vez, o direcionou para ao menos três grupos jihadistas". Um deles seria o Fatah Al Islam. Hersh cita uma das suas fontes, Alastair Crooke, ex-agente da inteligência britânica: "Fui informado de que, dentro de 24 horas, eles (o Fatah Al-Islam) receberiam armas e dinheiro de pessoas que se apresentaram como representantes dos interesses do governo libanês”.O Fatah al Islam foi formado por sunitas que se separaram do Fatah al Intifada, adotando uma orientação jihadista (tipo al Qaeda). Diz Abu Hazem, um dos líderes do Al Intifada: "Eles nos disseram que estavam treinando para atacar Israel. De repente, descobrimos que estavam treinando para atacar xiitas no Líbano”.Para isso, o Fatah Al Islam contaria com recursos dos Estados Unidos e da poderosa família Hariri, liderada por Saad Hariri, filho do líder assassinado, e inimigo dos sírios e do Hezbolá.Por que então atacaram o exército dos seus aliados do governo libanês?Frank Lamb, jornalista freelancer, que investigou o assunto no campo de refugiados, explica, no semanário Mother Jones. Os jihadistas teriam exigido um aumento nos fundos fornecidos através do banco Hariri. Como foi negado, eles assaltaram o banco, seguindo-se o tiroteio com militares libaneses, início do conflito que já causou 140 mortes.No momento, o Líbano está dividido: metade apóia o Hezbolá e os xiitas e metade defende o governo sunita-cristão, pró-americano e anti-Síria. Fala-se que a instalação do tribunal da ONU para julgar o affair Hariri poderá ser o estopim de uma nova crise. Não é provável. Como todos os tribunais, este será lento e muitos meses se passarão antes de funcionar pra valer. Até lá, os desdobramentos são imponderáveis.
Luiz Eça é jornalista.
Armas não atiram Rosas...
O documentário relata os acontecimentos de 9 de junho de 1997, quando pistoleiros contratados por latifundiários atacaram o acampamento do MST no Engenho Camarazal, na Zona da Mata de Pernambuco, ferindo cinco trabalhadores - inclusive duas crianças - e tirando a vida de outros dois sem-terra depois de uma tortura brutal.
Ficha Técnica
Duração: 14 min
Direção: Maria Luísa Mendonça e Thalles Gomes
Roteiro: Joba Alves, Marluce Melo, Maria Luísa Mendonça e Thalles Gomes
Produção: Cássia Bechara, Ana Emília Borba e Natália Paulino
Trilha sonora: Grupo Galante e Ivan Vilella
Realização: Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Rede Social de Justiça e Direitos Humanos.
O justo
A virtude moral ou ética consiste na capacidade de escolher o justo meio entre dois extremos viciosos, em que um peca por excesso e o outro por defeito.
A coragem, que é o justo meio entre a vileza e a temeridade, incide sobre tudo aquilo que se deve ou não deve temer.
A parcimônia, que é o justo meio entre a intemperança e a insensibilidade, diz respeito ao uso imoderado dos prazeres.
A liberalidade, que é o justo meio entre a avareza e a prodigalidade, diz respeito ao uso ajuizado das riquezas. A magnanimidade, que é o justo meio entre a vaidade e a humildade, diz respeito à justa opinião de si próprio.
A mansidão, que é o justo meio entre a irascibilidade e a indolência, diz respeito à ira.
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