Um blog de informações culturais, políticas e sociais, fazendo o contra ponto à mídia de esgoto.
sábado, 19 de junho de 2010
Uma grande perda....
SARAMAGO
REPRESENTA UM TRIUNFO PARA A LÍNGUA PORTUGUESA
Elenilson Nascimento - no blog literatura clandestina
O escritor português José Saramago morreu nesta última
sexta-feira, 18/06, aos 87 anos. Fontes da família confirmaram a
agências internacionais que o escritor estava em sua casa em Lanzarote,
nas Ilhas Canárias, onde morava há vários anos. Vencedor do prêmio Nobel
de Literatura em 1998, Saramago nasceu em Azinhaga em novembro de 1922.
Autodidata, publicou seu primeiro trabalho, "Terra do Pecado", em 1947. Alguns
amigos de Saramago já se manifestaram, como o Eduardo Galeano, escritor uruguaio: "Era o mais jovem dos escritores. E seguirá
sendo". Mia Couto,
escritor moçambicano: "Éramos amigos.
Ele esteve por perto em momentos da minha obra, fez a apresentação de
dois dos meus livros, em 1989 e há três anos, quando já estava doente.
Se nós somos [os lusófonos] uma família linguística, quem nos abriu as
portas para o mundo foi Saramago. O português era uma língua periférica,
ele ajudou a vencer essa barreira". E Eduardo Agualusa, escritor angolano: "O que mais admirava em Saramago era a sua
vitalidade e a sua combatividade de homem que acreditava em causas.
Mudou a forma como a nossa língua passou a ser percebida em todo o
mundo". Confira abaixo várias fotos de momentos de Saramago:
Saramago posa para foto no dia de seu 86º aniversário,
em Lisboa. (foto: Isabel Bastos/Efe)
Posando para foto com a “imortal” brasileira Nélida Piñón, durante encontro na ABL, no Rio de Janeiro (RJ). (foto: Marcelo Sayão/Efe)
Durante lançamento do livro "A Viagem do Elefante". (foto: Tuca Vieira/Folhapress)
Posando para foto antes da sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP), em 2008. (foto: Tuca vieira/Folhapress)
Chegando à cerimônia do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em Lisboa. (foto: Nacho Doce/Reuters)
Mostrando o diploma de Doutor Honoris Causa da Universidade do Uruguai, em Montevideo; à direita está o reitor Rafael Guarga. (foto: Reuters)
Durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP). (foto: Tuca Vieira/Folhapress)
Abraçando o escritor argentino Ernesto Sabato, em Getafe, Espanha. (foto: Efe/AP)
Durante entrevista onde fala sobre o seu novo lançamento, o livro "As Intermitências da Morte", em São Paulo (SP). (foto: Marlene Bergamo/Folhapress)
Ainda sobre o livro "As Intermitências da Morte", falando sobre o que ocorreria se a morte deixasse de matar. (foto: Daniel Kfouri/Folhapress)
Durante um ato comemorativo pelo décimo aniversário de seu Prêmio Nobel de Literatura, em Lisboa, em 2008. (foto: Antonio Cotrim/Efe)
Recebendo o Prêmio Nobel de Literatura de 1998 do rei Carl Gustaf, da Suécia, em Estocolmo. (foto: Peter Mueller/Reuters)
Conversando com Maria Kodama, viúva do escritor argentino Jorge Luis Borges. (foto: Rickey Rogers/Reuters)
Escritor lançando o livro "A Viagem do Elefante", em 2008, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. (foto: Jose Patricio/AE)Fernando Meirelles e Saramago promovendo o excelente filme "Ensaio Sobre a Cegueira". (foto: Susana Vera/Reuters)
+ Saramago na Literatura Clandestina:Posando para foto com a “imortal” brasileira Nélida Piñón, durante encontro na ABL, no Rio de Janeiro (RJ). (foto: Marcelo Sayão/Efe)
Durante lançamento do livro "A Viagem do Elefante". (foto: Tuca Vieira/Folhapress)
Posando para foto antes da sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP), em 2008. (foto: Tuca vieira/Folhapress)
Chegando à cerimônia do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em Lisboa. (foto: Nacho Doce/Reuters)
Mostrando o diploma de Doutor Honoris Causa da Universidade do Uruguai, em Montevideo; à direita está o reitor Rafael Guarga. (foto: Reuters)
Durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, em São Paulo (SP). (foto: Tuca Vieira/Folhapress)
Abraçando o escritor argentino Ernesto Sabato, em Getafe, Espanha. (foto: Efe/AP)
Durante entrevista onde fala sobre o seu novo lançamento, o livro "As Intermitências da Morte", em São Paulo (SP). (foto: Marlene Bergamo/Folhapress)
Ainda sobre o livro "As Intermitências da Morte", falando sobre o que ocorreria se a morte deixasse de matar. (foto: Daniel Kfouri/Folhapress)
Durante um ato comemorativo pelo décimo aniversário de seu Prêmio Nobel de Literatura, em Lisboa, em 2008. (foto: Antonio Cotrim/Efe)
Recebendo o Prêmio Nobel de Literatura de 1998 do rei Carl Gustaf, da Suécia, em Estocolmo. (foto: Peter Mueller/Reuters)
Conversando com Maria Kodama, viúva do escritor argentino Jorge Luis Borges. (foto: Rickey Rogers/Reuters)
Escritor lançando o livro "A Viagem do Elefante", em 2008, no Sesc Pinheiros, em São Paulo. (foto: Jose Patricio/AE)Fernando Meirelles e Saramago promovendo o excelente filme "Ensaio Sobre a Cegueira". (foto: Susana Vera/Reuters)
Resenha do livro “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”.
Fernando Meirelles participou do projeto “Cinema de Artista”, promovido pelo Museu de Arte Moderna da Bahia, e fala sobre o filme “Ensaio sobre Cegueira”.
Saramago falando sobre o “Muro da Vergonha” do Rio de Janeiro.
O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes
Belo documentário mostrando a vida de um dos mais emblemáticos politicos de esquerda do Brasil. De lider "tenentista" à secretário geral do Partido Comunista brasileiro(PCB), o "Cavaleiro da Esperança" foi um dos personagens mais marcantes da historia política brasileira do século vinte. Os créditos pertencem ao blog AcervoNacional...
Sinopse:
O fim da guerra fria e da
ditadura militar tornou possível a realização de um filme inédito sobre
um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil no século XX:
Luiz Carlos Prestes. Um nome, por si só, carregado de estigma, aversão,
entusiasmo, desconfiança ... O Velho, a história de Luis Carlos Prestes
é a história de um mito, de um homem que encarnou uma causa. Um
comunista convicto que carregou ideais, hoje soterrados pelos escombros
do muro. O roteiro atravessa setenta anos da história contemporânea
brasileira, da qual Prestes foi um dos agentes principais. O caminho de
"ouro de Moscou" na insurreição comunista de 35; Olga Benário, o
primeiro amor de Prestes, na verdade espiã do Exército Vermelho; a
participação dos agentes estrangeiros no levante; o cruel assassinato de
Elza por importantes dirigentes do PCB; o surpreendente acordo entre
Vargas e Prestes em 46; a equivocada posição do Velho diante do iminente
golpe de 64 ... Finalmente, estes fatos marcantes e obscuros são
trazidos à tona para ajudar a entender nosso passado recente. Foram
colhidos os depoimentos de políticos, historiadores, escritores,
jornalistas, amigos, família e ex-membros do Comitê Central do PCB. Uma
exaustiva pesquisa de filmes de época na precária memória da país revela
imagens raríssimas de Luiz Carlos Prestes. O Velho é um abrangente
painel sobre a história da esquerda brasileira. Sempre clandestinos ou
foragidos, poucos registros visuais sobre os comunistas brasileiros
resistiram à feroz perseguição policial. É a primeira iniciativa do
gênero, um filme sobre a história não oficial do Brasil. O Velho
carregou durante toda sua vida um projeto coletivo. Neste final de
século, onde as utopias viraram pó histórico e a humanidade se encontra
envolvida com seus pequenos projetos individuais, o filme nos resgata a
trajetória de um Quixote que entregou sua vida a uma causa social. No
índice remissivo da história, as páginas da vida de Prestes, como o
destino do Brasil, estão coladas num epílogo sem fim ...
Ficha Técnica:
Direção: Toni Venturi
Roteiro e assistência de direção: Di Moretti
Fotografia: Cleumo Segond
Montagem: Cristina Amaral
Edição de som: Aritana Dantas
Música: Marcelo Goldman
Narração: Paulo José
Produção: Renato Bulcão e Toni Venturi
Co-produção: Casa de Produção (Renato Bulcão) e Olhar Imaginário Filmes (Toni Venturi) e finalizado com recursos provenientes da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Ano de produção: 1997
Duração: 105 minutos
Distribuição em cinema: Riofilme
Distribuição em vídeo: Riofilme
Ficha Técnica:
Direção: Toni Venturi
Roteiro e assistência de direção: Di Moretti
Fotografia: Cleumo Segond
Montagem: Cristina Amaral
Edição de som: Aritana Dantas
Música: Marcelo Goldman
Narração: Paulo José
Produção: Renato Bulcão e Toni Venturi
Co-produção: Casa de Produção (Renato Bulcão) e Olhar Imaginário Filmes (Toni Venturi) e finalizado com recursos provenientes da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Ano de produção: 1997
Duração: 105 minutos
Distribuição em cinema: Riofilme
Distribuição em vídeo: Riofilme
Download Link Direto (Avi, 698Mb)
A Carne é Fraca - 2005
A Carne é Fraca" mostra os bastidores das fazendas industriais que quase
nunca chegam ao conhecimento do grande público, assim como as
conseqüências que o ato corriqueiro de comer carne tem para a saúde,
para o sofrimento dos animais e para o meio ambiente. Um dos pontos
fracos deste documentário é que muito dos depoimentos apresentados são
repetições de lugares-comuns sentimentais e argumentos pouco
sofisticados. Com algumas exceções, como é o caso dos depoimentos da
filósofa Sônia Felipe, há muito amadorismo e pouco conhecimento dos
argumentos apresentados na área. Mas apesar desses defeitos ainda
estamos falando de um filme bastante informativo, que merece nossa
atenção.Os Créditos do filme ficam a cargo do sitio Laranja Psicodélica...
SINOPSE
O documentário tenta traçar um panorama
geral do consumo da carne animal nas refeições, como também suas
implicações diretas e indiretas para o meio ambiente e para a nossa
saúde. Para isso, eles vão aos pastos, matadouros, frigoríficos,
mercados e restaurantes, tentando acompanhar o bife do momento em que
ele nasce até a hora em que ele é engolido por um satisfeito esfomeado. O
objetivo do vídeo não é transformar as pessoas em vegetarianos, mas sim
apresentar uma faceta da realidade que a grande massa desconhece sobre a
maneira como tratamos os animais com crueldade.
DADOS DO ARQUIVO
Diretor: Denise Gonçalves
Áudio: Português
Duração: 54 min.
Qualidade: DVDRip (AVI)
Tamanho: 389 MB
Servidor: Uploading (4 partes)
LINKS
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Industria petroleira: descaso com o planeta...
Cortina de fumaça, manchas de petróleo
Por Brizola Neto em seu blog tijolaco
Enquanto o óleo jorra sem parar do furo no fundo do mar deixado
pela plataforma “Deepwater Horizon”, na maior catástrofe ambiental que
os Estados Unidos, o New York Times publica uma matéria
intitulada “Longe do Golfo, vazamento de petróleo na Nigéria dura 50
anos”.
Confesso que em um primeiro momento, pensei se tratar de uma “cortina
de fumaça”, já que os dados técnicos contidos na matéria datam de 2006,
e me pareceram “convenientemente requentados” para dizer algo como:
“É, aqui no Golfo está ruim… mas lá está pior!” Ou seja , uma matéria
para amenizar a irresponsabilidade da British Petroleum no episódio .
Sabem como é, de tantas que a nossa mídia faz, a gente fica assim
Mas a reportagem é chocante, sobretudo pela postura “Pôncio
Pilatos” assumida pelas multinacionais que operam na região justificam a
catástrofe. Com uma população majoritariamente miserável, reservas
gigantes de petróleo, e uma economia que depende quase que
exclusivamente de sua extração, fica fácil descobrir quem manda
realmente na Nigéria.
O sistema de concessões, tão elogiadopor nossos privatistas, é o que
vigora na Nigéria. Nas licitações, claro que todos os projetos de
perfuração e exploração são “limpos e seguros” . Na realidade, como
mostram as fotos, a coisa é diferente. Segundo a reportagem até
“546 milhões de galões de petróleo foram derramados no Delta do (Rio)
Níger nas últimas cinco décadas, ou quase 11 milhões de galões por ano,
concluiu um relatório de 2006 feito por uma equipe de especialistas do
governo da Nigéria e de grupos ambientalistas locais e internacionais”
O incrível é que o óleo derramado, segundo a matéria, não é
unicamented oriundo de problemas nos poços, mas também dos oleodutos e árvores
de natal (aquela válvula que “tampa” os poços terrestres)
abandonadas. Ou seja, pela pura falta de manutenção e monitoramento. O
óleo invade manguezais próximos ao delta do rio Níger, expulsando
pescadores, forçando os moradores a buscar água para beber, banhar-se e
cozinhar, cada vez mais longe de suas casas. “Há petróleo Shell no
meu corpo” – resume Hannah Baage, moradora do entorno da região
afetada.
Segundo os moradores, quando recauchutam um cano, logo
outro estoura, e não parece haver muita vontade do governo em melindrar
seus principais patrocinadores, que preferem culpar a população. Veja a
inacreditável declaração de Caroline Wittgenstein, porta-voz da Shell
no país:
“Nós não discutimos vazamento individuais” – “a vasta maioria é
causada por sabotagem ou roubo, com apenas 2% devido à falha de
equipamento ou erro humano. Nós não acreditamos que nos comportamos de
forma irresponsável, mas operamos em um ambiente único onde a segurança e
a ilegalidade são os maiores problemas”.
O que ela quer dizer é que o derrame é culpa dos nigerianos
miseráveis que furam os oleodutos para obter combustível e de movimentos
políticos que estariam sabotando os dutos. Os ambientalistas, porém,
apontam a falta de manutenção como o vilão ecológico.
Boa parte dos “ladrões” de petróleo, aliás, são as pessoas que ali
moram há séculos, milênios, e que nas últimas décadas já nem conseguem
mais o que pescar para seu próprio sustento.
A mancha de óleo no Golfo do México é um notícia , e tem que ser
mesmo um escândalo. A mancha de óleo na Nigéria é um escândalo, mas não
é notícia.
Amanhã vou publica um vídeo muito interessante, de uma escritora
nigeriana, Chimamanda Adichie, que mostra como o Ocidente “civilizado”
“entende” os africanos. Não deixe de assistir, é uma luz que se abre em
nossas cabeças sobre o quanto somos incapazes de entendermos que somos
uma só humanidade.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Reflexões de Fidel...
A
contenda
inevitável
(Extraído de CubaDebate)
RECENTEMENTE, afirmei que o mundo
esqueceria em breve a tragédia que estava prestes a
produzir-se, como resultado da política aplicada,
durante mais de dois séculos, pela superpotência
vizinha: os Estados Unidos.
Temos conhecido sua forma sinuosa
e ardilosa de agir; o impetuoso crescimento
econômico atingido a partir do desenvolvimento
técnico e científico; as enormes riquezas acumuladas
a custa da imensa maioria de seu povo trabalhador e
do resto do mundo por uma exígua minoria que, nesse
país e nos demais, dispõe e desfruta de riquezas sem
limite.
Quem é que se queixam senão os
trabalhadores, os profissionais, os que prestam
serviços à população, os aposentados, os que carecem
de emprego, as crianças de rua, as pessoas
desprovidas de conhecimentos elementares, que
constituem a imensa maioria dos quase sete bilhões
de habitantes do planeta, cujos recursos vitais se
esgotam visivelmente?
Como são tratados pelas chamadas
forças da ordem que deveriam é protegê-los?
Em quem batem os polícias,
armados com todos os instrumentos de repressão
possível?
Não preciso descrever fatos que
os povos em todos lados, incluído o dos Estados
Unidos, percebem através dos televisores, dos
computadores e outros meios de informação em massa.
Um bocado mais difícil é
desvendar os projetos sinistros daqueles que têm em
suas mãos o destino da humanidade, pensando
absurdamente que se pode impôr semelhante ordem
mundial.
O que é que escrevei nas últimas
cinco Reflexões com as quais ocupei o espaço do
jornal Granma e do site CubaDebate, entre 30 de maio
e 10 de junho de 2010?
Já os elementos básicos de um
futuro muito próximo foram expostos com clareza e
não têm recuo possível. Os impactantes
acontecimentos da Copa Mundial de Futebol na África
do Sul, no decurso de uns breves dias, concentraram
a atenção de nossas mentes.
Mal temos tempo de respirar
durante as seis horas de jogo que se transmitem o
vivo e em direto pela televisão de quase todos os
países do mundo.
Tendo assistido os jogos entre as
seleções de mais prestígio em apenas seis dias, e
aplicando meus pouco confiáveis pontos de vista,
atrevo-me a considerar que entre a Argentina,
Brasil, Alemanha, Inglaterra e Espanha se encontra o
campeão da Copa.
Já não resta seleção proeminente
que não tenha mostrado suas presas de leão nesse
esporte, onde antes eu não via mais do que pessoas
correndo no extenso campo de uma rede à outra. Hoje,
graças a nomes famosos como Maradona e Messi,
conhecedor das façanhas do primeiro como o melhor
jogador da história deste esporte e seu critério de
que o outro é igual ou melhor que ele, posso já
diferenciar o papel de cada um dos onze jogadores.
Conheci também nestes dias que a
nova bola de futebol é de geometria variável no ar,
mais veloz e rebota muito mais. Os próprios
jogadores, a começar pelos goleiros, queixam-se
destas novas características, porém, inclusive, os
atacantes e os defesas também se queixam, e muito,
de que a bola viaja mais rápido, pois a vida toda
eles aprenderam a manipular outra. Os dirigentes da
FIFA é que decidem sobre o assunto em cada Copa
Mundial.
Desta vez
transfiguraram esse esporte; é outro, embora
continue se chamando da mesma forma.
Os fãs, que não conhecem as
mudanças introduzidas na bola — que é a alma de um
grande número de atividades esportivas— e lotam as
bancadas de qualquer estádio, são os que desfrutam
imenso e aceitarão tudo, sob o mágico nome do
glorioso futebol. Até Maradona, que foi o melhor
jogador de sua história, aceitará tranquilamente que
outros futebolistas marquem mais gols, a maior
distância, mais espetaculares e com maior pontaria
que ele, na mesma rede e do mesmo tamanho, do que
aquela onde sua fama atingiu patamar tão alto.
No beisebol amador era diferente,
os tacos passaram de madeira a serem de alumínio, ou
destes novamente a madeira, só estabelecendo
determinados requisitos.
Os poderosos clubes profissionais
dos Estados Unidos decidiram aplicar normas rígidas
com relação ao taco e outros requisitos
tradicionais, que mantêm as características deste
velho esporte. Realmente, deram interesse especial
ao espetáculo e também nos enormes lucros derivados
da assistência do público e da publicidade.
No atual turbilhão esportivo, um
esporte extraordinário e nobre como o vôlei, que
tanto gosta em nosso país, está imerso em sua Liga
Mundial, o torneio mais importante desta
especialidade cada ano, excetuando os títulos que
derivam do primeiro lugar numas competições
olímpicas ou campeonatos mundiais.
Sexta e sábado da semana passada,
na Cidade Desportiva, de Havana, efetuaram-se os
penúltimos jogos que devem ter lugar em Cuba. Nosso
time até agora não perdeu nenhum jogo. O último
adversário foi nada mais nada menos que a Alemanha.
Entre seus atletas tinham um gigante alemão de 2m14
de altura, excelente rematador. Foi uma verdadeira
façanha ter vencido todos os set, exceto o terceiro
do segundo jogo. Os membros de nossa seleção, muito
jovens, um dos quais apenas conta com 16 anos,
mostraram uma surpreendente capacidade de reação. O
atual campeão da Europa é a Polônia, e o time alemão
venceu nos dois encontros com aquele time. Antes
destes sucessos, ninguém supunha que a seleção de
Cuba estaria de novo entre as melhores do mundo.
Infelizmente, por outro lado, na
esfera política, o caminho está prenhe de enormes
riscos.
Um assunto ao que me referi
antes, entre os elementos básicos de um futuro muito
próximo expostos por mim, que não têm recuo
possível, é o afundamento do Cheonan, navio insígnia
da marinha sul-coreana, que naufragou em 26 de
março, em questão de minutos, matando 46 marinheiros
e deixando dezenas de feridos.
O governo da Coreia do Sul
ordenou uma investigação para conhecer se o fato foi
em consequência de uma explosão interna ou externa.
Ao comprovar que vinha do exterior, acusou o governo
de Pyongyang pelo afundamento do navio. Coreia do
Norte apenas dispunha de um velho modelo de torpedo
de fabrico soviético. Carecia de qualquer outro
elemento, exceto a lógica mais simples. Não
podia sequer imaginar outra causa.
No passado mês de março, como
primeiro passo, o governo da Coreia do Sul ordenou a
ativação dos alto-falantes de propaganda em 11
pontos da fronteira comum desmilitarizada que separa
as duas Coreias.
O alto comando das forças armadas
da República Popular Democrática da Coreia, de sua
parte, declarou que destruiria os alto-falantes tão
logo fosse reatada essa medida, que tinha sido
suspensa no ano 2004. A República Popular
Democrática da Coreia declarou textualmente que
converteria Seúl em um "mar de fogo".
Sexta-feira passada, o exército
da Coreia do Sul anunciou que a iniciaria tão logo o
Conselho de Segurança anunciasse suas medidas, pelo
afundamento do navio sul-coreano Cheonan. Ambas as
repúblicas coreanas já estão com o dedo no gatilho.
O governo da Coreia do Sul nem
sequer podia imaginar que seu estreito aliado, os
Estados Unidos, tinha colocado uma mina no fundo do
Cheonan, como relata em um artigo o jornalista
investigador Wayne Madsen, publicado pelo Global
Research, em 1º de junho de 2010, com uma explicação
coerente do acontecido. Alicerça no fato de que a
Coreia do Norte não possui nenhum tipo de missil ou
instrumento algum para afundar o Cheonan, que não
pudesse ter sido detectado pelos sofisticados
equipamentos do caça-submarinos.
A Coreia do Norte tinha sido
acusada de uma coisa que não fez, o qual determinou
a viagem urgente de Kim Jong Il à China, no trem
blindado.
Quando estes fatos se produzem de
súbito, na mente do governo da Coreia do Sul não
havia nem há espaço para outra causa possível.
Em meio do ambiente esportivo e
alegre, o céu escurece-se cada vez mais.
As intenções dos Estados Unidos
são óbvias desde há algum tempo, na medida em que
seu governo age obrigado por seus próprios desígnios
sem alternativas possíveis.
Seu propósito —acostumados à
imposição de seus desígnios pela força—, é que
Israel ataque as instalações produtoras de urânio
enriquecido no Irã, utilizando os mais modernos
aviões e o armamento sofisticado que,
irresponsavelmente, a grande potência lhe fornece.
Estados Unidos sugeriram a Israel, que não tem
fronteiras com Irã, solicitar da Arábia Saudita
permissão para sobrevoar o país por um longo e
estreito corredor aéreo, encurtando
consideravelmente a distância entre o ponto de
partida dos aviões atacantes e os objetivos a
destruir.
Segundo o plano, que em suas
partes essenciais foi divulgado pelos órgãos de
inteligência de Israel, esquadrilhas de aviões
atacarão uma e outra vez, até esmagar os objetivos.
Em 12 de junho passado,
importantes órgãos da mídia occidental, publicaram a
notícia acerca de um corredor aéreo concedido pela
Arábia Saudita a Israel, prévio acordo com o
Departamento de Estado norte-americano, com o
objetivo de fazer testes de voo com os
caça-bombardeiros israelenses para atacar por
surpresa o Irã, que já estes tinham realizado no
espaço aéreo saudita.
Porta-vozes de Israel nada
negaram, declarando apenas que os mencionados países
tinham mais medo do desenvolvimento nuclear iraniano
que o próprio Israel.
Em 13 de junho, quando o Times de
Londres publicou uma informação extraída de fontes
de inteligência, assegurando que a Arábia Saudita
divulgara um acordo que concede permissão a Israel
para a passagem por um corredor aéreo sobre seu
território para o ataque a Irã, o presidente
Ahmadinejad declarou, ao receber as cartas
credenciais do novo embaixador saudi no Teerã,
Mohamad ibn Abbas al Kalabi, que havia muitos
inimigos que não desejavam relações estreitas entre
ambos os países, "...Mas se o Irã e a Arábia Saudita
permanecem um ao lado do outro, esses inimigos
abrirão mão de continuarem com a agressão… ".
Do ponto de vista iraniano,
segundo a minha opinião, essas declarações eram
justificadas, quaisquer que fossem as suas razões
para o fazer. Possivelmente não desejava ferir no
mais mínimo seus vizinhos árabes.
Os ianques não disseram uma única
palavra, o que reflete mais do que nunca seu desejo
fervente de varrerem o governo nacionalista que
dirige o Irã.
É preciso preguntar agora, quando
o Conselho de Segurança examinará o tema do
afundamento do Cheonan, outrora navio insígnia da
armada sul-coreana; que conduta seguirá depois que
os dedos nos gatilhos das armas na península coreana
as façam disparar; se é verdade ou não que a Arábia
Saudita, de acordo com o Departamento de Estado,
autorizou um corredor aéreo para que as esquadrilhas
de modernos bombardeiros israelenses ataquem as
instalações iranianas, o que possibilita inclusive,
o emprego das armas nucleares fornecidas pelos
Estados Unidos.
Entre jogo e jogo da Copa Mundial
de Futebol, as diabólicas notícias vão deslizando
aos poucos, de forma tal que ninguém se ocupe delas.
Fidel
Castro Ruz
Vietnã e o tráfico humano...
O Vietnã desmente acusações dos EUA sobre tráfico humano |
Beatriz Quintana Valle no Prensalatina | |||
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terça-feira, 15 de junho de 2010
YES - Fragile - 1971
Fragile -
1971
1. "Roundabout" (Jon Anderson/Steve Howe) - 8:33
2. "Cans And Brahms" (Johannes Brahms, Arr. Rick Wakeman)- 1:38
3. "We Have Heaven" (Jon Anderson) - 1:40
4. "South Side Of The Sky" (Jon Anderson/Chris Squire) - 7:58
5. "Five Per Cent For Nothing" (Bill Bruford) - 0:35
6. "Long Distance Runaround" (Jon Anderson) - 3:30
7. "The Fish (Schindleria Praematurus)" (Chris Squire) - 2:39
8. "Mood For A Day" (Steve Howe) - 3:00
9. "Heart Of The Sunrise" (Jon Anderson/Chris Squire/Bill Bruford) - 11:27
* Jon Anderson: vocales
* Chris Squire: bajo, vocales
* Steve Howe: guitarra eléctrica y acústica, vocales
* Rick Wakeman: órgano, piano (eléctrico y clave) , melotrón y sintetizador
* Bill Bruford: batería, percusiones
Créditos: Loooloblog
O PiG globalizado....
A arte negra da "administração de notícias" | ||||
John Pilger
"Os mestres do ilusionismo, que concebem a propaganda negra e arranjam falsos pretextos para a chicana política e para guerras e atrocidades, tais como o Iraque e o assalto israelense à flotilha da paz de Gaza
"A CIA", disse ele, "carregou um junco, um junco norte-vietnamita, com armas comunistas – a Agência mantém arsenais comunistas nos Estados Unidos e por todo o mundo. Eles rebocaram este junco ao longo da costa do Vietnã central. Então dispararam sobre ele e fizeram aparentar que tinha havido um incêndio, e levaram isto à imprensa americana. Com base nesta evidência, duas equipes de Marines aterraram em Danang e uma semana depois disso a força aérea americana começou o bombardeio regular do Vietnã do Norte". Uma invasão que ia custar três milhões de vida estava a iniciar.
Os israelenses têm jogado este jogo assassino desde 1948. O massacre de ativistas da paz em águas internacionais a 31 de Maio foi uma "pirueta" para o público israelense durante a semana passada, preparando-o para ainda mais assassínios por parte do seu governo, com a flotilha desarmada de trabalhadores humanitários a serem descritos como terroristas ou enganados por terroristas. A BBC ficou tão intimidada que relatou a atrocidade basicamente como um "potencial desastre de relações públicas para Israel", a perspectiva dos assassinos, e uma desgraça para o jornalismo.
Um ilusionismo semelhante preocupa atualmente os governos asiáticos. Em 20 de Maio a Coréia do Sul anunciou que tinha "prova esmagadora" de que um dos seus navios de guerra, o Cheonan, fora afundado em Março por um torpedo disparado por um submarino norte-coreano com a perda de 46 marinheiros. Os Estados Unidos mantêm 28 mil soldados na Coréia do Sul, onde o sentimento popular há muito apóia uma distensão com Pyongyang.
A 26 de Maio, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, foi a Seul e afirmou que a "comunidade internacional deve responder" ao "ultraje da Coréia do Norte". Ela viajou a seguir ao Japão, onde a nova "ameaça" da Coréia Norte convenientemente eclipsou a breve política externa independente do primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama, eleito no ano passado com a popular oposição à ocupação militar permanente do Japão pelos Estados Unidos. A "prova esmagadora" é uma hélice de torpedo que "tem estado a corroer-se durante pelo menos vários meses", informou o Korea Times. Em Abril, o diretor da inteligência nacional da Coréia do Sul, Won See-hoon, disse a um comitê parlamentar que não havia prova ligando o afundamento do Cheonan à Coréia do Norte. O ministro da Defesa concordou. O chefe de operações militares da marinha da Coréia do Sul disse: "Nenhum vaso de guerra norte coreano foi detectado nas águas em que o acidente se verificou". A referência a "acidente" sugere que o navio abalroou um recife e partiu-se em dois.
Para os media americanos, a culpa da Coréia da Norte é indubitável, assim como não havia dúvida da culpa do Vietnã do Norte, nem de que Saddam Hussein dispunha de armas de destruição em massa, nem de que Israel pode aterrorizar com impunidade. Contudo, ao contrário do Vietnã e do Iraque, a Coréia do Norte tem armas nucleares, as quais ajudam a explicar porque não foi atacada, ainda não: uma lição saudável para outros países, tais como o Irão, atualmente no centro das atenções.
Na Grã-Bretanha, temos os nossos próprios ilusionistas mestres. Imagine alguém no estado apanhado a beneficiar-se de £40 mil [€45,4 mil] de dinheiro dos contribuintes numa fraude com uma segunda casa. Seguir-se-ia quase certamente uma sentença de prisão. David Laws, secretário chefe do Tesouro, fez o mesmo e é assim descrito:
"Sempre admirei a sua inteligência, seu sentido do dever público e sua integridade pessoal" (Nick Clegg, vice-primeiro-ministro). "O Sr. é um homem bom e honrado. Estou certo de que foi sempre motivado pelo desejo de proteger a sua privacidade ao invés de qualquer outra coisa". (David Cameron, primeiro-ministro). Laws é "um homem de nobreza bastante excepcional" (Julian Grover, Guardian ). Uma "mente brilhante" (BBC).
O Clube Oxbridge e seus membros associados à política e aos media tentaram ligar o "erro de julgamento" e a "ingenuidade" de Laws ao seu "direito à privacidade" como gay, uma irrelevância. A "mente brilhante" é um rico banqueiro de investimento cultivado em Cambridge e corretor de ouro dedicado à nobre tarefa de cortar os serviços públicos da maior parte das pessoas pobres e honestas.
Agora imagine outro responsável público, um dos grandes criminosos e mentirosos de guerra. Este responsável "articulou" a invasão ilegal de um país indefeso que resultou na morte de pelo menos um milhão de pessoas e o despojamento de muitos mais: com efeito, o esmagamento de uma sociedade humana. Se isto fosse nos Bálcãs na África, ele muito provavelmente teria sido processado pelo Tribunal Penal Internacional.
Mas o crime compensa para os membros do clube. Em sintonia com o caso Laws, esta verdade foi demonstrada pela contínua celebração de Alastair Campbell, cujas freqüentes aparições na mídia proporcionam uma emoção indireta para a inteligência liberal. Para o Guardian, Campbell é "obstinado, por vezes mal direcionado, mas sem medo de pressionar onde outros podiam ter hesitado". O interesse imediato do Guardian é a publicação "exclusiva" dos diários "politicamente explosivos" e "não censurados" de Campbell. Aqui está uma amostra: "Sábado 14 de Maio. Telefonei a Peter [Mandelson] e perguntei por que ele não respondeu aos meus telefonemas de ontem. 'Você sabe por que'. "Não, não sei'. Ele disse que estava em brasa com a minha entrevista ao Newsnight".
Numa entrevista promocional ao Guardian, Campbell dispensou deste incesto datado, referindo-se assim ao banho de sangue de que foi o principal apologista: "Fez-nos o Iraque perder apoio em 2005?", perguntou retoricamente. "Sem dúvida..." Portanto, uma tragédia criminosa de escala igual à do genocídio de Rwanda foi minimizada como uma "perda" para o New Labour: um ilusionista mestre de notável brutalidade.
O original encontra-se em http://www.johnpilger.com/page.asp?partid=578
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
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segunda-feira, 14 de junho de 2010
As verdadeiras razões das guerras imperiais.....
Bin Laden eles não acharam, mas em compensação…
Milhares de homens, satélites,
aviões “fantasmas” e de controle remoto, durante quase dez anos e os
Estados Unidos não acharam Osama Bin Laden nos desertos e cavernas o
Afeganistão. Em compensação – e que compensação! -, o New York Times publicou ontem que oficiais do
Pentágono e geólogos norte-americanos “descobriram” reservas minerais
gigantescas no Afeganistão, avaliadas em aproximadamente US$ 1 trilhão. A
notícia foi reproduzida no mundo todo e em vários sites brasileiros.
A descoberta pode transformar o Afeganistão em um dos maiores
produtores de minério do mundo e na “Arábia Saudita do lítio”, segundo
um memorando do Pentágono. Nem é preciso dizer nas mãos de quem isso
dficará, não é?
Toda essa riqueza, que inclui ouro, ferro, cobre, cobalto, lítio e
nióbio, é claro, não foi encontrada por acaso. Desde os anos 80 já havia
indicações de importantes depósitos minerais, e os geológos americanos
se valeram de mapas soviéticos do tempo da invasão ao Afeganistão para
iniciar as pesquisas. Afinal de contas, não se entra numa guerra para
não levar nada, não é mesmo?
Em 2006, os EUA esquadrinharam 70% do Afeganistão, usando avançados
equipamentos magnéticos e de gravidade acoplados a uma aeronave Orion
P3. Os dados recolhidos foram tão promissores, que os geólogos voltaram
no ano seguinte para levantamentos ainda mais sofisticados, usando um
antigo bombardeiro inglês, equipado com instrumentos que permitiam um
exame tridimensional dos depósitos minerais debaixo da superfície da
terra.
Confirmada a riqueza, era hora do butim. Em 2009, uma força-tarefa do
Pentágono que tinha criado “programas de negócios” no Iraque foi
transferida para o Afeganistão e se debruçou sobre os dados geológicos.
Firmas internacionais de contabilidade especializadas em contratos de
mineração foram contratadas para prestar “consultoria” ao Ministério
Afegão de Minas e os dados técnicos estão sendo preparados para as
licitações internacionais.
Em breve, toda a riqueza mineral do Afeganistão estará à disposição
das multinacionais e de investiores estrangeiros. Para os afegãos só
restará assistir à pilhagem imobilizados pela ocupação disfarçada.
Depois de fazer guerra pelo petróleo do Iraque usando Saddam Hussein
como argumento, vê-se agora que por trás do combate aos talibãs estão
interesses bem “fundamentalistas” do capital.
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