A Grande Depressão do século XXI
Michel Chossudovsky e Andrew Gavin Marshall*
Publicamos hoje o prefácio de Michael Chossudvosky e Andrew
Gavin Marshall ao livro colectivo The Global Economic Crisis. The Great
Depression of the XXI Century.
Numa linguagem despida dos jargões do economês, Michel Chossudovsky e
Andrew Gavin Marshall dizem-nos como “A opinião pública continua a ser
enganada quanto às causas e às consequências da crise económica, para
não falar as soluções políticas. As pessoas são levadas a acreditar que a
economia tem uma lógica por si própria a qual depende da livre
inter-actuação de forças de mercado e que os poderosos actores
financeiros, que puxam os cordéis nos gabinetes das administrações
corporativas, não poderiam, sob quaisquer circunstâncias, ter
deliberadamente influenciado o curso dos acontecimentos económicos.”
Em todas as
regiões do mundo a recessão económica está profundamente enraizada,
resultando no desemprego em massa, no colapso de programas sociais do
Estado e no empobrecimento de milhões de pessoas. A crise económica é
acompanhada por um processo de militarização à escala mundial, uma
«guerra sem fronteiras» liderada pelos Estados Unidos da América e seus
aliados da NATO. O comportamento do Pentágono na «longa guerra» está
intimamente relacionado com a reestruturação da economia global.
Estamos a tratar de uma crise ou recessão económica definida de modo
estreito. A arquitectura das finanças globais sustenta objectivos
estratégicos e de segurança nacional. Por sua vez, a agenda militar
EUA-NATO serve para endossar uma poderosa elite dos negócios a qual
implacavelmente eclipsa e mina as funções do governo civil.
O livro conduz o leitor através dos corredores do Federal Reserve e
do Council on Foreign Relations, por trás das portas fechadas do Bank
for International Settlements, dentro de luxuosos gabinetes de conselho
de administração na Wall Street onde transacções financeiras de extremo
alcance são rotineiramente efectuadas a partir de terminais de
computador ligados aos principais mercados de acções, ao toque de um
botão de rato.
Cada um dos autores aqui reunidos escava por trás da superfície
dourada para revelar uma complexa teia de enganos e distorções dos
media, os quais servem para esconder os trabalhos do sistema económico
global e os seus impactos devastadores sobre as vidas das pessoas. A
nossa análise centra-se no papel de poderosos actores económicos e
políticos num ambiente forjado pela corrupção, pela manipulação
financeira e pela fraude.
Apesar da diversidade de pontos de vista e de perspectivas
apresentados neste volume, todos os colaboradores acabam por chegar à
mesma conclusão: a humanidade está na encruzilhada da mais grave crise
económica e social da história moderna.
O colapso dos mercados financeiros em 2008-2009 foi o resultado da
fraude institucionalizada e da manipulação financeira. Os «resgates
bancários» foram implementados com base nas instruções da Wall Street,
levando à maior transferência de riqueza monetária da história
registada, enquanto simultaneamente criava uma dívida pública
inultrapassável.
Com a deterioração à escala mundial de padrões de vida e o
afundamento dos gastos de consumo, toda a estrutura do comércio
internacional de mercadorias está potencialmente em risco. O sistema de
pagamentos de transacções em dinheiro está caótico. Em consequência do
colapso do emprego, o pagamento de salários é quebrado, o que por sua
vez dispara uma queda nas despesas com bens e serviços de consumo
necessários. Esta queda dramática do poder de compra faz ricochete no
sistema produtivo, resultando numa cadeia de despedimentos,
encerramentos de fábricas e bancarrotas. Exacerbado pelo congelamento do
crédito, o declínio na procura do consumidor contribui para a
desmobilização de recursos materiais e humanos.
Este processo de declínio económico é cumulativo. Todas as
categorias da força de trabalho são afectadas. O pagamento de salários
deixa de ser cumprido, o crédito é interrompido e os investimentos de
capital estão paralisados. Enquanto isso, em países ocidentais, a «rede
de segurança social» herdada do estado previdência, a qual protege os
desempregados durante uma retracção económica, está também em perigo.
O mito da recuperação económica
A existência de uma «Grande Depressão» na escala da década de 30, se bem
que muitas vezes reconhecida, é obscurecida por um consenso inflexível:
«A economia está a caminho da recuperação».
Apesar de haver conversas acerca de uma renovação económica,
comentadores da Wall Street persistentemente e intencionalmente têm
deixado de lado o facto de o colapso financeiro não ser unicamente
composto por uma bolha – a bolha imobiliária da habitação – que já
explodiu. De facto, a crise tem muitas bolhas que superam a explodida
bolha habitacional de 2008.
Embora não haja desacordo fundamental entre os analistas da corrente
dominante acerca da ocorrência de uma recuperação económica, há debates
tempestuosos sobre quando ocorrerá, se no próximo trimestre ou no
terceiro trimestre do próximo ano, etc. Já no princípio de 2010, a
«recuperação» da economia dos EUA fora prevista e confirmada através de
uma barragem de desinformação dos media com palavras cuidadosamente
escolhidas. Enquanto isso, os problemas sociais do desemprego agravado
na América foram criteriosamente camuflados. Economistas houve que viram
a bancarrota como um fenómeno microeconómico.
As informações dos media acerca de bancarrotas, ainda que revelando
realidades a nível local que afectam uma ou mais fábricas, não
apresentam um quadro geral do que está a acontecer aos níveis nacional
de internacional. Quando todos estes encerramentos simultâneos de
fábricas em cidades por toda a terra são somados, emerge um quadro muito
diferente: sectores inteiros de uma economia nacional estão a fechar.
A opinião pública continua a ser enganada quanto às causas e às
consequências da crise económica, para não falar as soluções políticas.
As pessoas são levadas a acreditar que a economia tem uma lógica por si
própria a qual depende da livre inter-actuação de forças de mercado e
que os poderosos actores financeiros, que puxam os cordéis nos gabinetes
das administrações corporativas, não poderiam, sob quaisquer
circunstâncias, ter deliberadamente influenciado o curso dos
acontecimentos económicos.
A implacável e fraudulenta apropriação de riqueza é sustentada como
uma parte integral do «sonho americano», como um meio de difundir os
benefícios do crescimento económico. Como foi dito por Michael Hudson,
arreiga-se o mito de que «sem riqueza no topo, nada poderia gotejar para
baixo». Tal lógica enviesada do ciclo de negócios ofusca o entendimento
das origens estruturais e históricos da crise económica global.
Fraude financeira
A desinformação dos media serve em grande medida os interesses de um
punhado de bancos globais e especuladores institucionais, que utilizam o
seu comando sobre mercados financeiros e de commodities para acumularem
vastas quantias de riqueza monetária. Os corredores do Estado são
controlados pelo establishment corporativo, incluindo os especuladores.
Enquanto isso, os «resgates bancários», apresentados ao público como um
requisito para a recuperação económica, facilitaram e legitimaram um
processo ulterior de apropriação de riqueza.
Vastas quantias de riqueza monetárias são adquiridas através da
manipulação do mercado. Mencionada muitas vezes como
«desregulamentação», o aparelho financeiro desenvolveu instrumentos
refinados de manipulação e engano sem rodeios. Com informação interna e
conhecimento antecipado, os principais actores financeiros, utilizando
os instrumentos do comércio especulativo, têm a capacidade para
manipular e burlar os movimentos do mercado em seu proveito, precipitar o
colapso de um competidor e arruinar economias de países em
desenvolvimento. Estas ferramentas de manipulação tornaram-se uma parte
integral da arquitectura financeira; elas estão incorporadas no sistema.
O fracasso da teoria económica dominante
A profissão das Ciências Económicas, particularmente nas
universidades, raramente trata do funcionamento de mercados no «mundo
real». Construções teóricas centradas em modelos matemáticos servem para
representar um mundo abstracto e ficcional no qual os indivíduos são
iguais. Não há distinção teórica entre trabalhadores, consumidores ou
corporações, todos eles referidos como «actores individuais». Nenhum
indivíduo isolado tem o poder ou a capacidade para influenciar o
mercado; nem pode haver qualquer conflito entre trabalhadores e
capitalistas dentro deste mundo abstracto.
Ao deixar de examinar a interacção de actores económicos poderosos
na economia da «vida real», os processos de falsificação do mercado, a
manipulação financeira e a fraude são ignorados. A concentração e
centralização da tomada de decisão económica, o papel das elites
financeiras, os thinks-tanks económicos, os gabinetes dos conselhos de
administração das corporações: nada destas questões é examinada nos
programas de ciências económicas das universidades. A construção teórica
é disfuncional; ela não pode ser utilizada para o entendimento da crise
económica.
A ciência económica é uma construção [construct] ideológica que
serve para camuflar e justificar a Nova Ordem Mundial. Um conjunto de
postulados dogmáticos serve para preservar o capitalismo de livre
mercado pela negação da existência da desigualdade social e a natureza
orientada para o lucro do sistema é negada. O papel de actores
económicos poderosos e como estes actores são capazes de influenciar o
funcionamento dos mercados financeiros e de commodities não é um assunto
que preocupe os teóricos da disciplina. Os poderes de manipulação de
mercado que servem para a apropriação de vastas quantias de riqueza
monetária raramente são tratados. E quando são reconhecidos,
considera-se que pertencem ao âmbito da sociologia ou da ciência
política.
Isto significa que a estrutura política e institucional por trás
deste sistema económico global, a qual foi moldada no decorrer dos
últimos trinta anos, raramente é analisada pelos economistas da corrente
principal. Segue-se que a teoria económica como disciplina, com algumas
excepções, não proporcionou a análise necessária para compreender a
crise económica. De facto, os seus principais postulados do livre
mercado negam a existência de uma crise. O foco da teoria económica
neoclássica está no equilíbrio, desequilíbrio e »correcção de mercado»
ou «ajustamento» através do mecanismo de mercado, como meio de colocar a
economia outra vez «dentro do caminho do crescimento auto-sustentado».
Pobreza e desigualdade social
A política económica global é um sistema que enriquece muito pouco a
expensas da grande maioria. A crise económica global contribuiu para
ampliar desigualdades sociais tanto dentro como entre países. Sob o
capitalismo global, a pobreza que aumenta cada vez mais não é o
resultado de uma escassez ou de uma falta de recursos humanos e
materiais. Exactamente o oposto é que é verdadeiro: a depressão
económica é marcada por um processo de separação de recursos humanos e
de capital físico. Vidas de pessoas são destruídas. A crise económica
está profundamente enraizada.
As estruturas de desigualdade social foram, de modo muito
deliberado, reforçadas, levando não só a um processo generalizado de
empobrecimento como também ao fim dos grupos de rendimento médios e
acima da média.
O consumismo da classe média, sobre o qual este modelo desregrado de
desenvolvimento capitalista está baseado, também está ameaçado. As
bancarrotas atingiram vários dos sectores mais activos da economia do
consumidor. As classes médias no ocidente foram, durante várias décadas,
sujeitas à erosão da sua riqueza material. Se bem que a classe média
exista em teoria, é uma classe construída e sustentada pelo
endividamento das famílias.
Os ricos, ao contrário da classe média, estão rapidamente a
tornar-se a classe consumidora, levando ao crescimento inexorável da
economia de bens de luxo. Além disso, com a secagem dos mercados de bens
manufacturados para a classe média, verificou-se uma mutação central e
decisiva na estrutura do crescimento económico. Com o fim da economia
civil, o desenvolvimento da economia de guerra da América, suportado por
um colossal orçamento de defesa de quase um milhão de milhões de
dólares, atingiu novos patamares. Quando os mercados de acções caiem a
pique e a recessão alastra, as indústrias de armamento de elevada
tecnologia, os militares, empreiteiros da segurança nacional e as
prósperas companhias de mercenários (entre outras) vivem uma expansão e
um crescimento desmedido das suas actividades.
Guerra e crise económica
A guerra está umbilicalmente ligada ao empobrecimento do povo,
internamente e em o mundo. A militarização e a crise económica estão
intimamente relacionadas. O fornecimento de bens e serviços essenciais
para atender necessidades humanas básicas foi substituído por uma
«máquina de matar» orientada para o lucro a apoiar a «Guerra global ao
terror» da América. Os pobres existem para combater os pobres. Mas a
guerra enriquece a classe superior, a que controla a indústria, os
militares, o petróleo e a banca. Numa economia de guerra, a morte é um
bom negócio, a pobreza é boa para a sociedade e o poder é bom para os
políticos. Os países ocidentais, particularmente os Estados Unidos,
gastam centenas de milhares de milhões de dólares por ano para
assassinar pessoas inocentes em distantes países empobrecidos, enquanto
internamente o povo sofre as disparidades de pobreza, classe, género e
racial.
Uma «guerra económica» total que resulta em desemprego, pobreza e
doença é executada através do livre mercado. As vidas de povos estão em
queda livre e o seu poder de compra é destruído. Num sentido muito real,
os últimos vinte anos de economia global de «livre mercado» terminaram,
através da pobreza e da exclusão social, com as vidas de milhões de
pessoas.
Em vez de impedir a catástrofe social, os governos ocidentais, que
servem os interesses das elites económicas, instalaram uma polícia de
Estado «Big Brother», com mandato para confrontar e reprimir todas as
formas de oposição e discordância social.
A crise económica e social não atingiu de forma alguma o seu clímax e
todos os países, incluindo a Grécia e a Islândia, estão em risco. Basta
apenas olhar para a escalada da guerra no Médio Oriente e Ásia Central e
para as ameaças dos EUA-NATO à China, Rússia e Irão para testemunhar
como a guerra e a economia estão intimamente relacionados.
A nossa análise neste livro
Os colaboradores deste livro revelam as complicações da banca global
e o seu insidioso relacionamento com o complexo militar industrial e os
conglomerados petrolíferos. O livro apresenta uma abordagem
inter-disciplinar e multi-facetada, dando também um entendimento das
dimensões históricas e institucionais. As relações complexas da crise
económica com a guerra, o império e a pobreza mundial são destacadas.
Esta crise tem um alcance verdadeiramente global e sobre as repercussões
que se reflectem em todos os países e sociedades.
Na Parte I, as causas gerais da crise económica global bem como os
fracassos das teorias económicas dominantes são evidenciados. Michel
Chossudovsky foca a história da desregulamentação financeira e da
especulação. Tanya Cariina Hsu analisa o papel do Império Americano e o
seu relacionamento com a crise económica. John Bellamy Foster e Fred
Magdoff asseguram uma revisão abrangente da política económica da crise,
explicando o papel central da política monetária. James Petras e
Claudia von Werlhof apresentam uma revisão pormenorizada e crítica do
neoliberalismo, centrando-se sobre as repercussões económicas, políticas
e sociais das reformas do «livre mercado». Shamus Cooke examina o papel
central da dívida, tanto pública como privada.
A Parte II, que inclui capítulos de Michel Chossudovsky e Peter
Philips, analisa a maré ascendente de pobreza e desigualdade social
resultante da Grande Depressão.
Com contribuições de Michel Chossudovsky, Peter Dale Scott, Michael
Hudson, Bill Van Auken, Tom Burghardt e Andrew Gavin Marshall, a Parte
III examine o relacionamento entre crise económica, Segurança Nacional, a
guerra conduzida pelos EUA-NATO e o governo mundial. Neste contexto,
descrito por Peter Dale Scott, a crise económica cria condições sociais
que favorecem a instauração da lei marcial.
A atenção da Parte IV incide sobre o sistema monetário global, sua
evolução e seu papel cambiante. Andrew Gavin Marshall examina a história
da banca central bem como várias iniciativas para criar sistemas de
divisas regionais e global. Ellen Brown foca a criação de um banco
central global e de uma divisa global através do Bank for International
Settlements (BIS). Richard C. Cook examina o sistema monetário baseado
na dívida como um sistema de controle e apresenta linhas mestras para
democratizar o sistema monetário.
A Parte V foca o funcionamento do Sistema Bancário Sombra, o que
provocou o colapso dos mercados financeiros em 2008. Os capítulos de
Mike Whitney e Ellen Brown descrevem em pormenor como o esquema de Ponzi
da Wall Street foi utilizado para manipular o mercado, transferir
milhares de milhões de dólares para os bolsos dos banksters.
Estamos em dívida para com os autores pela sua investigação
cuidadosamente documentada, análise incisiva e, acima de tudo, pelo
compromisso inquebrantável para com a verdade: Tom Burghardt, Ellen
Brown, Richard C. Cook, Shamus Cooke, John Bellamy Foster, Michael
Hudson, Tanya Cariina Hsu, Fred Magdoff, James Petras, Peter Phillips,
Peter Dale Scott, Mike Whitney, Bill Van Auken e Claudia von Werlhof
apresentaram, com absoluta clareza, um entendimento dos diversos e
complexos processos económicos, sociais e políticos que estão a afectar
as vidas de milhões de pessoas por todo o mundo.
Temos uma dívida de gratidão para com Maja Romano da Global Research
Publishers, incansavelmente supervisionou e coordenou a edição e
produção deste livro, incluindo a ideia criativa da capa. Agradecemos a
Andréa Joseph a cuidadosa foto composição do manuscrito e dos gráficos
da capa. Também estendemos nossos agradecimentos a Isabelle Goulet,
Julie Lévesque e Drew McKevitt pelo seu apoio na revisão e correcção do
manuscrito.
TABLE OF CONTENTS
Preface Michel Chossudovsky and Andrew Gavin Marshall
PART I THE GLOBAL ECONOMIC CRISIS
Chapter 1 The Global Economic Crisis: An Overview
Michel Chossudovsky
Chapter 2 Death of the American Empire Tanya Cariina Hsu
Chapter 3 Financial Implosion and Economic Stagnation John Bellamy
Foster and Fred Magdoff
Chapter 4 Depression: The Crisis of Capitalism James Petras
Chapter 5 Globalization and Neoliberalism: Is there an Alternative to
Plundering the Earth? Claudia von Werlhof
Chapter 6 The Economy’s Search for a “New Normal” Shamus Cooke
PART II GLOBAL POVERTY
Chapter 7 Global Poverty and the Economic Crisis Michel
Chossudovsky
Chapter 8 Poverty and Social Inequality Peter Phillips
PART III WAR, NATIONAL SECURITY AND WORLD GOVERNMENT
Chapter 9 War and the Economic Crisis Michel
Chossudovsky
Chapter 10 The “Dollar Glut” Finances America’s Global Military Build-Up
Michael Hudson
Chapter 11 Martial Law, the Financial Bailout and War Peter Dale Scott
Chapter 12 Pentagon and Intelligence Black Budget Operations Tom
Burghardt
Chapter 13 The Economic Crisis “Threatens National Security” in America
Bill Van Auken
Chapter 14 The Political Economy of World Government Andrew Gavin
Marshall
PART IV THE GLOBAL MONETARY SYSTEM
Chapter 15 Central Banking: Managing the Global
Political Economy Andrew Gavin Marshall
Chapter 16 The Towers of Basel: Secretive Plan to Create a Global
Central Bank Ellen Brown
Chapter 17 The Financial New World Order: Towards A Global Currency
Andrew Gavin Marshall
Chapter 18 Democratizing the Monetary System Richard C. Cook
PART V THE SHADOW BANKING SYSTEM
Chapter 19 Wall Street’s Ponzi Scheme Ellen Brown,
Chapter 20 Securitization: The Biggest Rip-off Ever Mike Whitney
* Michel Chossudovsky, Professor (Emérito) de Teoria Económica
na Universidade de Ottawa e Director do Centre for Research on
Globalization, Montreal, é amigo e colaborador de odiario.info. Andrew
Gavin Marshall, que se tem debruçado sobre as estruturas contemporâneas
do capitalismo e a história da política económica global, é investigador
associado do Centre for Research on Globalization.