A libra de arroz teve alta média de 10 por cento. A unidade do ovo de 4%, a arroba de batata teve uma das maiores altas: 20%. O quilo do frango aumentou 10%, da cebola quase 50 por cento e o da vargem e da ervilha 400%.
Segundo informações da Agência Boliviana de Informação (ABI), o presidente do Comitê Cívico Pró Santa Cruz, Branko Marinkovic expressou, por meio de uma conferência de imprensa, o total apoio à realização da Marcha em Defesa da Cesta Básica Familiar e disse que é a população pobre a que mais sofre com a escassez dos alimentos pelo aumento dos preços.
"A escassez de gás liquefeito e o aumento do preço do pão e dos produtos da cesta básica, afetou diretamente ao bolso das pessoas e é legítimo que as mulheres usem o direito de expressar sua preocupação e protesto pelo aumento da cesta básica, saiam em uma marcha pacífica e democrática", acrescentou Marinkovic. Ele também criticou o fato de que os bolivianos têm um grande número de recursos naturais, mas seu povo sofre com o desabastecimento de gás liquefeito.
O apoio de Branko Marinkovic à marcha não impediu o vice-presidente do Comitê Cívico, Jaime Choque, de acusá-lo de ser um dos promovedores do ágio, já que o presidente é dono de uma empresa produtora de azeite. Choque responsabilizou também, pela alta dos preços de alguns produtos da cesta básica, os empresários produtores. E convocou o movimento social organizado e ao povo em geral a concentrar-se, no dia 23 de julho na esquina do Plano Três Mil, em defesa da economia da população cruzenha, contra os especuladores e contra os que trabalham para o fracasso da Assembléia Constituinte.
"Vamos dizer aos empresários que eles não nos imponham os preços da cesta básica familiar porque eles são os donos dos meios de produção. Não vamos permitir que nos chantageiem, querem fazer fracassar a Assembléia Constituinte", disse Jaime Choque à ABI.
O vice-presidente disse que, como movimento social, o Comitê Cívico não está tendo um papel decisivo na defesa da população porque os empresários estão ingressando no movimento. Há dirigentes regionais do Comitê que controlam várias indústrias. A manifestação popular dos cruzenhos é contra o estatuto autonômico, que eles consideram desproporcionada.
Enquanto as mulheres de Santa Cruz organizam sua marcha, as de Cochabamba já foram às ruas para protestar contra a subida de preços. O Governo disse que para cortar a especulação e nivelar os preços de venda, a população não deve consumir os que tiveram variações ascendentes, mas fica difícil não consumir pão e arroz, produtos que tiveram grande alta. O Banco Central da Bolívia (BCB) informou ontem que para frear a inflação está controlando a emissão monetária e o tipo de cambio. Em uma economia altamente dolarizada como a boliviana, a depreciação do dólar permite controlar a inflação.
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