sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

CHÁVEZ CRITICA EXTREMA-ESQUERDA VENEZUELANA; PESQUISA DIZ QUE TAXA DE APROVAÇÃO DELE É DE 67%

Blog do Azenha

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sugeriu que a extrema-esquerda que o apóia pode ter sido infiltrada para provocar atos que resultem em dano político para o governo. Ele fez referência explícita à ativista Lina Ron, que liderou a ocupação do Palácio Episcopal de Caracas. A hierarquia da Igreja Católica se opõe fortemente a Chávez.

Falando no programa La Hojilla, da emissora estatal VTV, Chávez afirmou: "Não entendo a camarada Lina Ron, não consigo entendê-la, é uma coisa totalmente absurda, tomaram o Palácio Episcopal; seria bom fazer uma investigação sobre o dano que a ultraesquerda causou a Salvador Allende, que não se dava conta da infiltração da CIA e provocava."

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Da sede da ocupação, Lina Ron pediu ao governo que tome ações contra o canal de oposição Globovisión - que em parceira com outras emissoras privadas ajudou a promover o golpe que afastou Hugo Chávez do poder durante cerca de 72 horas, em abril de 2002.

Chávez também repudiou o uso de violência política. Um grupo que se identifica como Frente Guerrilheira Venceremos explodiu quatro bombas desde o início deste ano em Caracas. O grupo diz que apóia o governo. Num dos atentados, diante da Fedecámaras, a FIESP da Venezuela, morreu o homem que aparentemente "plantava" a bomba. O vigia do prédio estava dormindo. Panfletos encontrados junto ao corpo acusavam a Fedecámaras de causar desabastecimento na Venezuela.

A grande mídia venezuelana continua sua campanha diária contra o governo. Mais recentemente, apoiou a petroleira Exxon Valdez, que tem uma disputa comercial com o governo Chávez. Hoje dá ampla cobertura ao depoimento de militares americanos no Congresso, em Washington. Um deles disse que a Venezuela "tem quatro vezes mais armas do que o necessário." Ninguém perguntou se os Estados Unidos tem mais armas do que o necessário.

O diretor de inteligência nacional, J. Michael McDonnell, e o diretor da Agência de Inteligência para a Defesa, Michael D. Maples, depuseram ontem no Comitê das Forças Armadas do Senado. McDonnell afirmou textualmente, sobre as compras de armas do governo Chávez: "Provavelmente três ou quatro vezes mais do que necessita." O grifo é meu. Eles chutam qualquer coisa e a imprensa publica.

Então o senador Mel Martinez, republicano da Flórida que representa interesses da extrema-direita americana, perguntou se o objetivo de Chávez seria "desestabilizar governos vizinhos, entre eles o da Colômbia, e ajudar as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC)".

McDonnell respondeu: "Poderia ser". O grifo é meu. Poderia ser ou poderia não ser. Ele não apresentou provas. Especulou - e a mídia distribuiu a notícia mundo afora.

O apagão da segurança pública e o apagão alimentar são apontados como os principais problemas do país. São problemas reais, resultam em parte da incompetência do governo Chávez mas são amplificados pela mídia venezuelana.

Segundo a pesquisa mais recente do Instituto Venezuelano de Dados (IVAD) a taxa de aprovação de Chávez no governo é de 67,3%. O maior programa social, conhecido como Las Missiones, tem aprovação de 73,1% e é rechaçado por 15%.

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