Negroponte, indagado sobre o fim do bloqueio, disse que não imagina como o fim das restrições possa ser anunciado "logo". Bush, em visita à África, não se referiu ao bloqueio nas declarações que fez sobre Cuba após a divulgação da mensagem de Fidel.
O atual chefe da Casa Branca, em dificuldades até para influir sobre sua própria sucessão, em novembro, julgou-se no direito de ditar o que deve acontecer em Cuba. Disse que "este deve ser o começo de uma transição", que, "no final", ""deve levar a eleições livres e justas, livres e justas de verdade - não esse tipo de eleições encenadas que os irmãos Castro tentam empurrar como sendo verdadeira democracia".
Candidatos americanos são pró-bloqueio
A nove meses das eleições presidenciais estadunidenses, não se espera mudanças de atitude da administração em Washington. O peso eleitoral dos 1,2 milhões de cubano-americanos, politicamente dominados por sua ala direita, faz com que o bloqueio mais longo da história permaneça como um assunto tabu.
Todos os candidatos com chances de chegar à Casa Branca se declaram favoráveis à continuidade da política restritiva. Apenas o senador democrata Barak Obama acena com mudanças homeopáticas, mesmo assim ressaltando que "uma abertura democrática em Cuba será o objetivo primordial de nossa política".
Barak propõe o fim das restrições a viagens de cubano-americanos que queiram visitar suas famílias na Ilha, e às transferências de dinheiro para seus familiares. Defende também conversações bilaterais entre os governos dos dois países. E acena, mais vagamente, com uma gradual flexibilização do bloqueio, conforme o comportamento de um "governo pós-Fidel".
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