Formato: AVI
Áudio: Russo
Legendas: Português (embutidas)
Duração: 1:48
Tamanho: 809 MB (08 partes)
Servidor: Rapidshare
Créditos: F.A.R.R.A.-dylan dog
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Código:
Senha: http://farra.clickforuns.netDireção: Sergei Eisenstein
Roteiro: Sergei Eisenstein e Pyotr Pavlenko
Música: Sergei Prokofiev
Fotografia: Eduard Tisse
Desenho de Produção: Iosif Shpinel
Direção de Arte: Sergei Eisenstein e Nikolai Solovyov
Figurino: Konstantin Yeliseyev
Edição: Sergei Eisenstein e Esfir Tobak
Elenco:
Nikolai Cherkasov (Príncipe Alexandre Nevsky)
Nikolai Okhlopkov (Vasili Buslaj)
Andrei Abrilkosov (Gavrilo Oleksich)
Dmitri Orlov (Igant)
Vasili Novikov (Pavsha)
Nikolai Arsky (Domash Tverdislavich)
Varvara Massalitinova (Mãe de Buslaj)
Vera Ivashova (Olga Danilovna)
Aleksandra Danilova (Vasilisa)
Sinopse: Rússia, primeira metade do século XIII. Em um momento difícil da sua história o país é invadido em uma frente pelos cavaleiros teutônicos e por outra frente pelos tártaros. Como resultado, a pátria é saqueada e a moral da população fica bem baixa. Finalmente, o deprimido e instável príncipe Alexander Yaroslavich Nevsky (Nikolai Cherkasov) é chamado para liderar seu povo na luta contra os opressores.
Sergei Eisenstein regressou à União Soviética em 1932, abaladíssimo pelo fracasso do projeto Que Viva México!. O país estava diferente, cada vez mais centralizado e dominado pela figura de Stalin. O cinema não era evidentemente exceção. Definitivamente proibida a experimentação de caráter formalista, alegadamente “incompreensível” para as massas proletárias, toda a produção cinematográfica tinha sido colocada sob a alçada direta do Partido, de modo que este pudesse exercer um controle rigoroso sobre tudo que do cinema se fazia - e à frente do organismo responsável fora nomeado Boris Shumyatsky, desde há muito um opositor de Eisenstein e do cinema que se revia nas suas idéias.
Apesar da reputação de Eisenstein nunca ter estado tão em baixo, com Aleksandr Nevsky as coisas passaram-se substancialmente para melhor. O seu patriotismo havia sido posto em causa, e então Eisenstein anunciou que, no seu novo filme, “o patriotismo seria o tema”. Com a Alemanha de Hitier a crescer como ameaça, a altura para semelhante demonstração era propícia - e de resto, Nevsky incorpora referências muito diretas ao “perigo alemão”, seja pelo retraio da luta do povo russo contra os teutônicos, seja pela mensagem de aviso, perfeitamente explícita, deixada no fim do filme (qualquer coisa como “Quem contra a Rússia vier de armas em riste, pelas armas perecerá”). No entanto Eisenstein estava escaldado: diz-se que escolheu centrar o filme na figura de Nevsky porque, tratando-se de uma personagem envolta numa aura lendária nebulosa, “ninguém sabia muito sobre ele, e portanto ninguém poderia acusar-me de incorreções”. Nevsky marcaria o retorno do cineasta às boas graças do regime, contando-se que Stalin, no dia da estréia, teria cercado de Eisenstein para lhe dar um tapinha nas costas e, como que passando uma esponja sobre os problemas dos últimos anos, dizer alto e bom som: “Ah, Sergei Mikhailovitch, afinal de contas és um bom Bolchevique!...”.
É evidente que Nevsky já não tem praticamente nada a ver com os cânones do “realismo socialista”, alinhando no tom fulgurantemente épico (e de novo, como em Encouraçado Potemkin, fabricante de iconografia) que as circunstâncias da época exigiam - e repare-se no trabalho sobre a figura (mais do que sobre a personagem) do ator Nikolai Tcherkassov, transformado num bloco vertical de inquebrável retidão, imagem de força que muito agradaria a Stalin e que este gostaria de ver acentuada em Ivan Groznii. Mas Nevsky é também o ponto onde Eisenstein começa a revelar a influência da ópera, construindo o filme num permanente diálogo entre as imagens e a música de Prokofiev, espécie de sinfonia épica onde tudo trabalha e é trabalhado (quase subliminarmente) em função da exaltação emocional do sentido de patriotismo dos espectadores. Ou seja, se alguma coisa Eisenstein tinha aprendido com tantos contratempos, era a fazer convergir todo o seu trabalho teórico e toda a sua atração por um “cinema intelectual” numa estrutura formal que aparentemente o dissolvia mas que não trazia mais do que o devolver, em termos emocionais, verdadeiramente à flor da pele.
Miguel Oliveira (texto adaptado) - Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema.
Apesar da reputação de Eisenstein nunca ter estado tão em baixo, com Aleksandr Nevsky as coisas passaram-se substancialmente para melhor. O seu patriotismo havia sido posto em causa, e então Eisenstein anunciou que, no seu novo filme, “o patriotismo seria o tema”. Com a Alemanha de Hitier a crescer como ameaça, a altura para semelhante demonstração era propícia - e de resto, Nevsky incorpora referências muito diretas ao “perigo alemão”, seja pelo retraio da luta do povo russo contra os teutônicos, seja pela mensagem de aviso, perfeitamente explícita, deixada no fim do filme (qualquer coisa como “Quem contra a Rússia vier de armas em riste, pelas armas perecerá”). No entanto Eisenstein estava escaldado: diz-se que escolheu centrar o filme na figura de Nevsky porque, tratando-se de uma personagem envolta numa aura lendária nebulosa, “ninguém sabia muito sobre ele, e portanto ninguém poderia acusar-me de incorreções”. Nevsky marcaria o retorno do cineasta às boas graças do regime, contando-se que Stalin, no dia da estréia, teria cercado de Eisenstein para lhe dar um tapinha nas costas e, como que passando uma esponja sobre os problemas dos últimos anos, dizer alto e bom som: “Ah, Sergei Mikhailovitch, afinal de contas és um bom Bolchevique!...”.
É evidente que Nevsky já não tem praticamente nada a ver com os cânones do “realismo socialista”, alinhando no tom fulgurantemente épico (e de novo, como em Encouraçado Potemkin, fabricante de iconografia) que as circunstâncias da época exigiam - e repare-se no trabalho sobre a figura (mais do que sobre a personagem) do ator Nikolai Tcherkassov, transformado num bloco vertical de inquebrável retidão, imagem de força que muito agradaria a Stalin e que este gostaria de ver acentuada em Ivan Groznii. Mas Nevsky é também o ponto onde Eisenstein começa a revelar a influência da ópera, construindo o filme num permanente diálogo entre as imagens e a música de Prokofiev, espécie de sinfonia épica onde tudo trabalha e é trabalhado (quase subliminarmente) em função da exaltação emocional do sentido de patriotismo dos espectadores. Ou seja, se alguma coisa Eisenstein tinha aprendido com tantos contratempos, era a fazer convergir todo o seu trabalho teórico e toda a sua atração por um “cinema intelectual” numa estrutura formal que aparentemente o dissolvia mas que não trazia mais do que o devolver, em termos emocionais, verdadeiramente à flor da pele.
Miguel Oliveira (texto adaptado) - Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema.
O ditador Joseph Stalin queria que Alexandre Nevsky fosse produzido como propaganda para alertar os cidadãos russos do perigo de uma invasão alemã. Entretanto, quando foi lançado nos cinemas o filme foi rejeitado inicialmente, devido à proximidade da assinatura de um acordo de não-agressão entre Rússia e Alemanha. Porém, após a invasão alemã ao território russo em 1941 Stalin ordenou que Alexandre Nevsky fosse exibido em todo cinema russo, na intenção de inspirar a população local a resistir à invasão.
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