O Irã tem um programa nuclear que provoca suspeitas nos Estados Unidos e, por conseqüência, no PiG (*).
Israel tem bomba atômica, o que não provoca suspeitas nos Estados Unidos e, por conseqüência, no PiG.
O Irã diz que o programa nuclear é para fins pacíficos.
O Irã desenvolveu uma tecnologia original dentro da cadeia da indústria nuclear.
O Brasil, o maior produtor de urânio do mundo, tem um programa
nuclear e desenvolveu uma tecnologia original para processar urânio.
O Brasil defendeu essa tecnologia com unhas e dentes para evitar cópias piratas.
O Irã diz que defende a sua tecnologia original também com unhas e
dentes e, por isso, dificulta o acesso dos Estados Unidos ao seu
programa.
O Brasil, aparentemente, não quer fazer a bomba. Essa seria uma das
heranças malditas do governo FHC, pior do que a indicação de Gilmar
Dantas (**) para o Supremo.
Fazer ou não a bomba é um problema que a sociedade brasileira breve
terá de discutir. E o Conversa Afiada desde já se manifesta a favor da
bomba.
Os Estados Unidos tem bomba; a Inglaterra tem bomba; França tem
bomba; a China tem bomba; a Índia tem bomba; o Paquistão tem bomba e
Israel tem bomba. Por que o Brasil não pode ter?
Se o Irã também quer, problema dele.
O Irã diz ao Brasil que o seu programa é pacífico. O Brasil e 99% dos países do mundo acreditam.
O PiG, não.
Problema do PiG.
Se o Farol de Alexandria não tivesse renunciado à bomba como
renunciou à soberania nacional, o PiG diria que a bomba só não é melhor
do que os vinhos Bordeaux do Renato Machado.
O problema do PiG não é nem a bomba nem o Irã.
O problema do PiG e dos chanceleres do PiG é o sucesso da política
externa independente do Presidente Lula e seu chanceler, Celso Amorim.
O presidente Lula honrou uma tradição da política externa
brasileira, defendeu o Estado de Israel, a contenção dos assentamentos
dos colonos judeus e a criação de um Estado Palestino Autônomo.
E fez isso diante do ilustre convidado.
O Irã é hoje um dos maiores consumidores de carne bovina brasileira.
O Farol e seus chanceleres, hoje sublocados à Globo, são adeptos da política externa da genuflexão.
A diplomacia brasileira desempenha com o Irã e outros países da região do Oriente Médio uma política de potência.
O Conversa Afiada tira o chapéu à colonista (***) Eliane Cantanhêde que, hoje na Folha (****), faz uma análise isenta da relação Brasil-Irã.
O PiG, de resto, está acometido de um vírus que combina
provincianismo com golpismo. Nesse aspecto, a Fox News que, aqui no
Brasil, se sintoniza na Globo e na Globo News, continua a desempenhar
um papel partidário, do partido do Calabar.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores,
de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de
televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram
num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(***) Não tem nada a ver com cólon. São os
colonistas do PiG (**) que combatem na milícia para derrubar o
presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no
Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no
capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do
mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(****) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler,
porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que
entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele acha
da investigação, da “ditabranda”, do câncer do Fidel, da ficha falsa da
Dilma, de Aécio vice de Serra, e que nos anos militares emprestava os
carros de reportagem aos torturadores.
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