Candidato governista lidera com 49,6% das intenções de voto
Cristovão Feil - Diario Gauche
A
três dias do segundo turno da eleição presidencial no Uruguai, o
candidato governista José Mujica (Frente Ampla, centro-esquerda) mantém
a dianteira nas pesquisas com 49,6% das intenções de voto, contra 42,1%
de Luis Alberto Lacalle (Partido Nacional, direita). A informação foi
tirada parcialmente da Folha, de hoje.
Analistas consultados pela Folha dão como certa a vitória do ex-guerrilheiro e senador Mujica, 75 anos, candidato do presidente Tabaré Vázquez, cuja gestão é aprovada por 70% da população.
"Lacalle não vence nem com os votos de todos os indecisos", afirmou Juan Doyenart, da Interconsult, responsável pela pesquisa que ouviu 900 pessoas de 19 a 22 de novembro. Votos em branco somam 3,8% e indecisos, 4,5%.
Para o cientista político Gerardo Caetano, o ex-presidente Lacalle (1990-1995), 68 anos, errou ao tentar vincular Mujica a um caso policial. "Houve efeito bumerangue", afirma. Tentou ainda outra estratégia, com tom emocional na propaganda e ênfase em uma ampla baixa de impostos, mas a mudança veio tarde, diz Caetano.
O clima de enfrentamento foi responsável pela ausência de debate durante o segundo turno - os candidatos não entraram em acordo sobre regras.
Outro revés na opinião pública para Lacalle, segundo Caetano, foi a revelação de que sua publicidade de TV usou sobras de imagens de campanha do deputado eleito na Argentina Francisco De Narváez. O ex-presidente contratou o mesmo publicitário do deputado argentino.
Já Mujica (foto) apostou em uma campanha discreta, com poucas entrevistas e aparições públicas, para evitar erros e garantir a vitória. O candidato da Frente Ampla recebeu nesta semana mensagem de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi entregue pessoalmente pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT).
Analistas consultados pela Folha dão como certa a vitória do ex-guerrilheiro e senador Mujica, 75 anos, candidato do presidente Tabaré Vázquez, cuja gestão é aprovada por 70% da população.
"Lacalle não vence nem com os votos de todos os indecisos", afirmou Juan Doyenart, da Interconsult, responsável pela pesquisa que ouviu 900 pessoas de 19 a 22 de novembro. Votos em branco somam 3,8% e indecisos, 4,5%.
Para o cientista político Gerardo Caetano, o ex-presidente Lacalle (1990-1995), 68 anos, errou ao tentar vincular Mujica a um caso policial. "Houve efeito bumerangue", afirma. Tentou ainda outra estratégia, com tom emocional na propaganda e ênfase em uma ampla baixa de impostos, mas a mudança veio tarde, diz Caetano.
O clima de enfrentamento foi responsável pela ausência de debate durante o segundo turno - os candidatos não entraram em acordo sobre regras.
Outro revés na opinião pública para Lacalle, segundo Caetano, foi a revelação de que sua publicidade de TV usou sobras de imagens de campanha do deputado eleito na Argentina Francisco De Narváez. O ex-presidente contratou o mesmo publicitário do deputado argentino.
Já Mujica (foto) apostou em uma campanha discreta, com poucas entrevistas e aparições públicas, para evitar erros e garantir a vitória. O candidato da Frente Ampla recebeu nesta semana mensagem de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi entregue pessoalmente pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT).
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