Uma espécie em perigo de extinção
Por Fidel Castro
Na
Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente convocada pela ONU no
Rio de Janeiro, afirmei quando era o chefe do Estado cubano: “Uma
espécie está em perigo de extinção: o homem”. Quando proferi e
fundamentei aquelas palavras, recebidas e aplaudidas pelos chefes de
Estado ali presentes – inclusive o presidente dos Estados Unidos, um
Bush menos tenebroso que seu filho George W. – estes acreditavam dispor
ainda de vários séculos para enfrentar o problema. Eu próprio não o via
numa data tão próxima como sessenta ou oitenta anos.
Hoje se trata de um perigo realmente iminente e seus efeitos são já visíveis. A temperatura média aumentou 0,8 grau centígrado desde 1980, segundo o Instituto de Estudos Espaciais da NASA. As últimas duas décadas do século 20 foram as mais quentes em centenas de anos. As temperaturas no Alasca, no oeste canadense e no leste da Rússia subiram a um ritmo que duplica a média mundial. O gelo do Ártico está desaparecendo rapidamente e a região pode experimentar seu primeiro verão completamente livre de gelo no ano 2040. Os efeitos são visíveis nas massas de gelo de mais de 2 Km de altura que se derretem na Groenlândia, nas zonas glaciais da América do Sul, do Equador ao Cabo Horn, fontes fundamentais de água, e a gigantesca camada de gelo que cobre a extensa zona antártida.
As atuais concentrações de dióxido de carbono atingiram o equivalente a 380 partes por milhão, cifra que supera a geração natural dos últimos 1650.000 anos. O aquecimento está já afetando os sistemas naturais de todo o mundo. Se isso ocorrer, será devastador para todos os povos.
Desde a Antiguidade, os filósofos e pensadores mais avançados procuraram a justiça social. Apesar disso, a escravidão física durou legalmente até há 129 anos, quando se decretou a abolição da escravatura na colônia espanhola de Cuba.
Hoje, os Estados Unidos possuem milhares de armas nucleares que poderiam exterminar várias vezes a população do mundo. São, por sua vez, os maiores produtores e exportadores de todo tipo de armas. O ritmo acelerado das pesquisas científicas em todas as áreas da produção material e dos serviços, sob a ordem econômica imposta ao mundo depois da Segunda Guerra Mundial, conduziu a humanidade a uma situação insustentável.
Nosso dever é exigir a verdade. A população de todos os países tem direito de saber os fatores que originam a mudança climática e quais são as possibilidades atuais da ciência para reverter a tendência, se ainda se dispõe realmente delas.
O povo cubano, especialmente sua magnífica juventude, demonstrou que, ainda em meio a um brutal bloqueio econômico, é possível ultrapassar obstáculos inimagináveis.
Hoje se trata de um perigo realmente iminente e seus efeitos são já visíveis. A temperatura média aumentou 0,8 grau centígrado desde 1980, segundo o Instituto de Estudos Espaciais da NASA. As últimas duas décadas do século 20 foram as mais quentes em centenas de anos. As temperaturas no Alasca, no oeste canadense e no leste da Rússia subiram a um ritmo que duplica a média mundial. O gelo do Ártico está desaparecendo rapidamente e a região pode experimentar seu primeiro verão completamente livre de gelo no ano 2040. Os efeitos são visíveis nas massas de gelo de mais de 2 Km de altura que se derretem na Groenlândia, nas zonas glaciais da América do Sul, do Equador ao Cabo Horn, fontes fundamentais de água, e a gigantesca camada de gelo que cobre a extensa zona antártida.
As atuais concentrações de dióxido de carbono atingiram o equivalente a 380 partes por milhão, cifra que supera a geração natural dos últimos 1650.000 anos. O aquecimento está já afetando os sistemas naturais de todo o mundo. Se isso ocorrer, será devastador para todos os povos.
Desde a Antiguidade, os filósofos e pensadores mais avançados procuraram a justiça social. Apesar disso, a escravidão física durou legalmente até há 129 anos, quando se decretou a abolição da escravatura na colônia espanhola de Cuba.
Hoje, os Estados Unidos possuem milhares de armas nucleares que poderiam exterminar várias vezes a população do mundo. São, por sua vez, os maiores produtores e exportadores de todo tipo de armas. O ritmo acelerado das pesquisas científicas em todas as áreas da produção material e dos serviços, sob a ordem econômica imposta ao mundo depois da Segunda Guerra Mundial, conduziu a humanidade a uma situação insustentável.
Nosso dever é exigir a verdade. A população de todos os países tem direito de saber os fatores que originam a mudança climática e quais são as possibilidades atuais da ciência para reverter a tendência, se ainda se dispõe realmente delas.
O povo cubano, especialmente sua magnífica juventude, demonstrou que, ainda em meio a um brutal bloqueio econômico, é possível ultrapassar obstáculos inimagináveis.
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