O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, considerou “descabida” a decisão da Universidade Bandeirante (Uniban) de expulsar a aluna Geisy Arruda, após o episódio em que ela foi humilhada por outros alunos por usar um vestido curto.
De
acordo com Chagas, a atitude criminaliza a vítima. “É como nos casos em
que se responsabiliza a vítima de um assalto por estar segurando a
carteira, ou se diz que uma mulher é culpada quando sofre um assédio ou
abuso por causa da sua roupa. Isso nos parece lamentável”, afirmou.
A UNE, segundo ele, vai chamar a atenção de outras instituições para que recebam a aluna, se for o caso, inclusive oferecendo bolsas de estudo a ela. “Não podemos permitir que ela interrompa sua trajetória escolar por causa disso”, completou Chagas.
Ele demonstrou ainda preocupação com a possibilidade de o caso gerar reações negativas quanto à organização coletiva de estudantes. Segundo o presidente da UNE, a falta de espaço de mobilização dos alunos para assuntos importantes da vida acadêmica é um dos fatores que propiciam esse tipo de interação não saudável.
Em nota publicada hoje em jornais de São Paulo, estado onde fica a Uniban, a instituição responsabiliza a aluna pelo episódio ocorrido no último dia 22, quando estudantes formaram uma multidão que a ameaçou de linchamento por causa da roupa que ela usava.
“Foi constatada atitude provocativa da aluna, que buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar”, diz a nota da Uniban. A instituição considerou ainda que a atitude dos outros alunos foi uma “reação coletiva de defesa do ambiente escolar”.
Apesar de também suspender, temporariamente, das atividades acadêmicas os demais alunos envolvidos e devidamente identificados no incidente, a universidade ressaltou o apoio a seus “60 mil alunos injustamente aviltados” pela cobertura midiática sobre o caso.
Mariana Jungmann,
Da Agência Brasil
A UNE, segundo ele, vai chamar a atenção de outras instituições para que recebam a aluna, se for o caso, inclusive oferecendo bolsas de estudo a ela. “Não podemos permitir que ela interrompa sua trajetória escolar por causa disso”, completou Chagas.
Ele demonstrou ainda preocupação com a possibilidade de o caso gerar reações negativas quanto à organização coletiva de estudantes. Segundo o presidente da UNE, a falta de espaço de mobilização dos alunos para assuntos importantes da vida acadêmica é um dos fatores que propiciam esse tipo de interação não saudável.
Em nota publicada hoje em jornais de São Paulo, estado onde fica a Uniban, a instituição responsabiliza a aluna pelo episódio ocorrido no último dia 22, quando estudantes formaram uma multidão que a ameaçou de linchamento por causa da roupa que ela usava.
“Foi constatada atitude provocativa da aluna, que buscou chamar a atenção para si por conta de gestos e modos de se expressar”, diz a nota da Uniban. A instituição considerou ainda que a atitude dos outros alunos foi uma “reação coletiva de defesa do ambiente escolar”.
Apesar de também suspender, temporariamente, das atividades acadêmicas os demais alunos envolvidos e devidamente identificados no incidente, a universidade ressaltou o apoio a seus “60 mil alunos injustamente aviltados” pela cobertura midiática sobre o caso.
Mariana Jungmann,
Da Agência Brasil
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