do Blog do Bourdoukan, por ele mesmo...
A propósito da manifestação do chanceler Celso Amorim em dialogar com o Hamas, o jornal O Estado de São Paulo de ontem, domingo, em seu caderno Aliàs pediu
dois textos a "dois especialistas", favoráveis e contrários ao diálogo,
para responderem a peregunta acima. O meu texto foi que sim. O não, ficou por conta de outra pessoa.
A seguir, o meu texto:
O Brasil deve sim, dialogar com o Hamas.
O Hamas é um movimento político e de libertação.
Seus dirigentes foram escolhidos em eleições transparentes, sobejamente reconhecidas pelos observadores internacionais.
O Hamas representa o povo palestino e como tal não deve ser marginalizado.
O Brasil, ao dialogar com o Hamas, envia um recado claro a todos aqueles que se opõem ao diálogo. Nada substitui o diálogo.
A Palestina é uma nação ocupada e tem direito a resistir. E isto está na Carta da ONU. A mesma ONU que deu legitimidade ao Estado de Israel e também ao Estado palestino.
O Brasil reconhece essa legitimidade e por isso não pode se omitir. Essa atitude reforça a grandeza do país no concerto das nações.
Hoje o Brasil é reconhecido internacionalmente como um interlocutor isento e de primeira linha.
Não é visto com desconfiança como, por exemplo, os Estados Unidos que não tem interesse real na paz.
Que o Brasil dialogue com o Hamas.
Palestinos, israelenses e todos os que privilegiam a paz, agradecem.
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