Migração de audiência da TV aberta é alerta para monopólio
Muita coisa está em transformação no mundo da comunicação. O
surgimento de novos instrumentos e de novas ferramentas tecnológicas, ao
lado do crescimento da luta dos povos por mais democracia e mais
direitos, está colocando em xeque o modelo de comunicação que foi
hegemônico no século XX. Isso tem tornado os velhos barões da mídia mais
ofensivos na defesa do seu poder e do seu modelo de negócios.
por Renata Mielli no blog "Janela sobre a palavra"
Aos poucos, o ingresso de novas
mídias tem corroído a audiência dos veículos tradicionais. É o que
mostra a reportagem da Ilustrada deste domingo (28). As TV´s por
assinatura, as emissoras públicas e outras mídias como o DVD e os
videogames têm disputado com as emissoras de TV aberta a audiência da
sociedade. Segundo dados do Ibope obtidos pela Folha, em 2005, os DVDs e
games respondiam por 1,6 pontos nas medições do instituto. Já, em 2009,
saltou para 3,6 pontos, o que equivale a 1,92 milhão de domicílios.“É
mais do que obtiveram a Band (3,4) e Rede TV (2,1) e mais da metade do
SBT (6,3), a terceira maior em 2009”.
Enquanto os novos ganharam, as cinco maiores redes juntas perderam 4,3 pontos de audiência. Isoladamente, esses números podem parecer pequenos, mas se vistos como tendência são devastadores e explicam a reação virulenta a toda e qualquer iniciativa de empreender mudanças que reforcem o caráter público da radiodifusão ou que despertem o Estado para a importância de desenvolver políticas públicas de comunicação.
O diretor executivo do Ibope avalia que essas mudanças são “características de uma sociedade que busca novidades”. E buscar novidade é buscar diversidade e pluralidade. Daí o crescimento de iniciativas não-comerciais, como as emissoras públicas.
Por isso, investir no fortalecimento da rede pública, do sistema que compreende a TV Brasil e as emissoras estaduais é parte indispensável da luta pela democratização da comunicação e para alterar o cenário monopolizado da radiodifusão brasileira. Essa foi uma das pautas da Confecom e que precisa de desdobramentos para avançar.
Fonte: http://www.vermelho.org.br/blogs/renatamielli/
Enquanto os novos ganharam, as cinco maiores redes juntas perderam 4,3 pontos de audiência. Isoladamente, esses números podem parecer pequenos, mas se vistos como tendência são devastadores e explicam a reação virulenta a toda e qualquer iniciativa de empreender mudanças que reforcem o caráter público da radiodifusão ou que despertem o Estado para a importância de desenvolver políticas públicas de comunicação.
O diretor executivo do Ibope avalia que essas mudanças são “características de uma sociedade que busca novidades”. E buscar novidade é buscar diversidade e pluralidade. Daí o crescimento de iniciativas não-comerciais, como as emissoras públicas.
Por isso, investir no fortalecimento da rede pública, do sistema que compreende a TV Brasil e as emissoras estaduais é parte indispensável da luta pela democratização da comunicação e para alterar o cenário monopolizado da radiodifusão brasileira. Essa foi uma das pautas da Confecom e que precisa de desdobramentos para avançar.
Fonte: http://www.vermelho.org.br/blogs/renatamielli/
Um comentário:
Aqui em casa é um bom exemplo: utilizo a televisão à cabo (mesmo sabedor dos limites desta) ou então o aparelho de dvd.
Tv aberta a pelo menos 4 anos é coisa quase inutilizável, isso sem falar nas horas e horas em frente ao computador.
Este fenômeno, que é um caminho sem volta, é extremamente positivo - podendo significar mudanças paradigmáticas nas telecomunicações deste país.
Faustão, Gugu, Sílvio Santos, Sonia Abraão, Hebe, Xuxa, Luciano Hulk, Datena, Ana Maria Braga, Boris Casoy, Luciana Gimenez, Didi, Jô Soares, Adriane Galisteu, Pânico, NUNCA MAIS!!!!!
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