sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Seminário conceitua mídia como forma de pasteurizar a cultura mundial


  Por Redação do Correio do Brasil

O seminário Globalização e Diferenças Emergentes, promovido pela Academia da Latinidade, uma instância da Universidade Cândido Mendes, reúne até esta sexta-feira intelectuais e parlamentares para o debate sobre a ação da mídia no comportamento cultural da humanidade. Em sua palestra, durante o encontro, o ministro dos Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães afirmou que a mídia é a responsável pela uniformização cultural mundial, com padronização de valores, de consumo e da língua das potências.
A mediação do debate foi feita pelo professor Candido Mendes de Almeida, Reitor da UCAM, que também é Secretário-Geral da Academia da Latinidade. E foi justamente ele quem deu o pontapé inicial na Conferência, para depois passar a palavra ao ministro Pinheiro Guimarães, que falou sobre a expansão dos idiomas.
– Os impérios são a grande característica da política internacional desde 1492. São impérios distintos, mas que mantêm a unidade de estilo: baseiam-se na ideia de superioridade cultural e supremacia militar – declarou o ministro.
Segundo o senador Cristovam Buarque (PDT), outro debatedor, “o mundo hoje é um imenso Terceiro Mundo”.
– Um bilhão de pessoas vivem no mundo internacional globalizado da riqueza e cinco bilhões vivem em arquipélagos de pobreza sem ligação, como Gulags da modernidade – afirmou.
Para o filósofo italiano Gianni Vattimo, que encerrou o primeiro seminário, cabe “ao lulismo resistir à homologação” dos poderes das grandes potências.
Ainda durante o seminário, após receber a medalha Pedro Ernesto, principal condecoração da cidade do Rio, o sociólogo Alain Tourraine, afirmou que a candidatura de Marina Silva (PV) à Presidência representou “êxito impressionante de profunda mudança cultural e política”. Tourraine agradeceu ao Brasil e à América Latina por ter aprendido a “universalidade da diferença”.

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