O seminário Globalização e Diferenças Emergentes,
promovido pela Academia da Latinidade, uma instância da Universidade
Cândido Mendes, reúne até esta sexta-feira intelectuais e parlamentares
para o debate sobre a ação da mídia no comportamento cultural da
humanidade. Em sua palestra, durante o encontro, o ministro dos Assuntos
Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães afirmou que a mídia é a
responsável pela uniformização cultural mundial, com padronização de
valores, de consumo e da língua das potências.
A mediação do debate foi feita pelo professor Candido Mendes de
Almeida, Reitor da UCAM, que também é Secretário-Geral da Academia da
Latinidade. E foi justamente ele quem deu o pontapé inicial na
Conferência, para depois passar a palavra ao ministro Pinheiro
Guimarães, que falou sobre a expansão dos idiomas.
– Os impérios são a grande característica da política internacional
desde 1492. São impérios distintos, mas que mantêm a unidade de estilo:
baseiam-se na ideia de superioridade cultural e supremacia militar –
declarou o ministro.
Segundo o senador Cristovam Buarque (PDT), outro debatedor, “o mundo hoje é um imenso Terceiro Mundo”.
– Um bilhão de pessoas vivem no mundo internacional globalizado da
riqueza e cinco bilhões vivem em arquipélagos de pobreza sem ligação,
como Gulags da modernidade – afirmou.
Para o filósofo italiano Gianni Vattimo, que encerrou o primeiro
seminário, cabe “ao lulismo resistir à homologação” dos poderes das
grandes potências.
Ainda durante o seminário, após receber a medalha Pedro Ernesto,
principal condecoração da cidade do Rio, o sociólogo Alain Tourraine,
afirmou que a candidatura de Marina Silva (PV) à Presidência representou
“êxito impressionante de profunda mudança cultural e política”.
Tourraine agradeceu ao Brasil e à América Latina por ter aprendido a
“universalidade da diferença”.
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