Rui Felten
Uma medida anunciada nesta quinta-feira (03) pelo Ministério da
Educação (MEC) pretende ampliar o número de professores da Educação
Básica matriculados em cursos superiores. O governo federal decidiu
estender os benefícios do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para
permitir que professores que já trabalham na rede pública de ensino
possam frequentar faculdades.
Desde 2010, o Fies vinha financiando cursos de licenciatura a
professores que vão pagar o crédito depois da formatura não em dinheiro,
mas com aulas em escolas públicas. Para cada mês de trabalho, com carga
horária de 20 horas por semana, será abatido 1% do débito. Dessa forma,
a dívida será considerada quitada depois de oito anos e quatro meses,
sem acréscimos financeiros. Agora, a oportunidade se abre também para
aqueles que já estejam trabalhando na rede pública. Para estes, o tempo
em que estiverem dando aulas já será contado para o desconto da dívida.
Uma pesquisa feita pelo MEC mostrou que, em 2009, aproximadamente 381
mil professores da Educação Básica frequentavam universidades. O número
equivale a somente 16% dos que já exercem atividade em sala de aula.
Também de acordo com o levantamento, a maior parte deles cursa
Pedagogia. A ordem de preferência segue com Letras, Matemática,
História, Biologia e Geografia. Outros optaram por áreas não ligadas ao
exercício pedagógico, como Direito, Administração e Engenharia. Do
total, 67% estão matriculados em faculdades privadas.
O MEC não sabe quantos professores, dentre estes, já teriam formação
universitária e estariam fazendo um segundo curso superior. Esta é uma
informação, segundo o ministro Fernando Haddad, que será avaliada mais
adiante. “De qualquer forma, os números nos surpreendem positivamente, e
a busca pela formação é positiva”, afirma.
Com informações da Agência Brasil
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