O
Brasil vive uma profunda mudança de sua inserção na economia e na
política globais. Nunca antes na história deste país se produziu,
exportou e investiu tanto, em especial fora das fronteiras –
desenvolvendo as empresas transnacionais de origem brasileira. Nunca
antes a política externa brasileira foi tão independente – com base na
exploração dos recursos econômicos da América Latina e na disputa de
mercados e de espaços de investimento em África. Nunca antes o Brasil
foi tão engajado – ao ponto de grandes capitalistas apoiarem políticas
compensatórias “de esquerda”. Na verdade – e é o que queremos investigar
com esta série de artigos – nunca antes o Brasil foi tão imperialista.
Muito
interessado pelos problemas do desenvolvimento, o economista sueco
Gunnar Myrdal lançou o apelo «Nações proletárias do mundo, uni-vos!» [1]
e o intelectual brasileiro Mário Pedrosa escreveu «Países
subdesenvolvidos do mundo, uni-vos! Não tendes a perder senão vossas
cadeias!» [2]. Embora considerasse que o combate ao
subdesenvolvimento exigia a luta das massas pauperizadas contra os ricos
dos países pobres, o que implicava que as nações subdesenvolvidas eram
atravessadas por antagonismos sociais, Mário Pedrosa afirmou igualmente
que «os povos subdesenvolvidos começam a dar mostras, por grande parte
de seus governos, de quererem se apresentar “organizados” no terreno
internacional como um proletariado total constituído da soma de nações
pobres», e apelou para que «os proletariados específicos dos grandes
países industrializados» se pusessem «à altura das tarefas históricas» e
fizessem «aliança com as nações proletárias» [3].
E
ninguém se espantou pelo facto de o socialista Gunnar Myrdal,
personalidade eminente da esquerda europeia, que fora ministro no
governo socialista do seu país nos anos imediatamente seguintes à
segunda guerra mundial e passara depois a desempenhar funções de
responsabilidade na ONU, pedir emprestada ao Manifesto de Marx e
Engels a fórmula da luta de classes para preenchê-la com os países
marginalizados no desenvolvimento económico. Do mesmo modo, foi possível
que o marxista Mário Pedrosa, uma das mentes mais lúcidas da
extrema-esquerda da sua época, possuidor de uma cultura muito vasta e
que se notabilizou noutros campos além da política, tivesse levado ainda
mais longe a analogia, num livro que por outros motivos eu classifiquei
repetidamente como uma das grandes obras de teoria marxista da segunda
metade do século passado. Mas por que me limitar a estes dois? Outros
autores de esquerda usaram e usam, se não as mesmas palavras, pelo menos
o mesmo conceito, sem que isto faça abrir a boca de espanto ou sequer
piscar os olhos, e é possível que uma boa parte dos leitores deste
artigo pense que se trata de uma noção surgida na esquerda para dar
conta do fenómeno do imperialismo.
Enrico Corradini
Mas o conceito de
nação proletária
presidiu à própria génese do fascismo e ao seu desenvolvimento tanto
político como económico. Foi entre 1908 e 1910 que o político e pensador
nacionalista italiano Enrico Corradini começou a apresentar o seu país
como uma «nação proletária»
[4]. «Há nações que estão
numa situação de inferioridade relativamente a outras, tal como há
classes que estão numa situação de inferioridade relativamente a outras
classes», escreveu Corradini em Outubro de 1910. «A Itália é uma nação
proletária; basta a emigração para o demonstrar. A Itália é a proletária
do mundo»
[5]. Com efeito, entre 1871 e 1901 quase
três milhões e meio de pessoas haviam abandonado a Itália rumo ao
estrangeiro, e nos quinze anos seguintes o número de emigrantes aumentou
para cerca de nove milhões. Nas vésperas da primeira guerra mundial a
debandada movia já quase um milhão de pessoas por ano, e Corradini
pretendia orientar essas multidões de deserdados para a colonização
africana.
Classificar um país como «proletário» requer consideráveis distorções vocabulares. A palavra proletariadodefine
uma classe social, pressupondo a cisão entre exploradores e explorados
no interior de cada colectividade nacional. Ora, designar como
«proletária» uma «nação» equivale a pensá-la enquanto colectividade
predominantemente homogénea, negando a sua clivagem em classes
antagónicas. A passagem da oposição de classes para a solidariedade
entre classes foi o primeiro resultado daquela operação terminológica,
mas a junção dos dois vocábulos teve outra faceta. «As nações surgiram
porque houve um antagonismo», escreveu Corradini em 1908, «e, de certo
modo, elas mais não são do que a consolidação de um estado de guerra
permanente de uns contra os outros» [6]. Nestes termos,
seria utópico imaginar que, tal como a agregação dos indivíduos levara à
formação de nações, também a junção das nações poderia conduzir a um
supranacionalismo. Se a vida, como os darwinianos explicavam, era uma
luta pela existência, então a existência das nações só podia ser uma
luta entre elas. Havia que devorar, para não ser devorado. O
imperialismo seria a redenção da nação proletária.
O
paradoxo terminológico da «nação proletária» e a reorientação política
que nele estava pressuposta cobriram uma operação política arriscada, o
apelo aos sindicalistas revolucionários para que dinamizassem o vetusto
nacionalismo. «Por favor, não percam de vista os sindicalistas»,
preveniu Corradini em Abril de 1909. «Eles têm de certo modo um ponto de
partida idêntico ao nosso. Trata-se da primeira doutrina sincera e
forte produzida pelo inimigo» [7].
Georges Sorel
Convém
aqui prevenir que os sindicalistas revolucionários mencionados por
Corradini se distinguiam consideravelmente dos sindicalistas
revolucionários franceses, preponderantes na Confédération Générale du
Travail (Confederação Geral do Trabalho) depois do congresso de Amiens,
em 1906. Discípulos do francês Georges Sorel, cujas ideias tiveram
muitíssimo mais êxito a sul dos Alpes do que no seu próprio país, os
sindicalistas revolucionários italianos formavam no final de 1902 uma
facção no interior do Partido Socialista, e a conjuntura parecia
ser-lhes favorável, porque em 1903 a tendência radical obteve o controlo
do jornal diário do partido e conseguiu a maioria no congresso de 1904.
Mas noutro congresso efectuado quatro anos depois os reformistas
triunfaram e passaram a orientar o diário nacional. Verificando a
impossibilidade de conquistar os postos de comando, os sindicalistas
revolucionários abandonaram o Partido Socialista, e como ao mesmo tempo
foram afastados dos lugares de direcção nacional na central sindical
socialista, a Confederazione Generale del Lavoro (CGL, Confederação
Geral do Trabalho), dedicaram-se à actividade regional e desempenharam
um papel de relevo na preparação e na condução de inúmeras lutas. Para
evitar a acção da burocracia reformista, os sindicalistas
revolucionários organizavam os grevistas através das Câmaras do
Trabalho, que no seu entender deveriam constituir a célula fundamental
da sociedade futura, e foi assim que nas grandes greves rurais de 1907 e
1908 eles adquiriram uma base efectiva, não se limitando a ser uma
corrente de opinião e transformando-se numa força social no seio da
classe trabalhadora italiana.
Foi
a estes sindicalistas e neste preciso momento que o nacionalista
Corradini teve a audácia de propor uma conjugação de forças. Na sua
opinião, e consoante o modelo sociológico exposto por Vilfredo Pareto,
os sindicalistas constituíam uma nova elite em formação, capaz de
derrubar a antiga elite decadente e de revitalizar a nação. O dirigente
nacionalista apercebera-se da fraqueza dos grupos sociais conservadores,
com os quais seria impossível inaugurar um nacionalismo agressivo, e o
seu génio consistiu em, a partir da direita, ter entendido a necessidade
de renová-la politicamente, usando para isto o proletariado. Residiu
aqui a substância mesma do fascismo.
No
congresso de Florença, em Dezembro de 1910, constituiu-se sob a égide
de Corradini a Associação Nacionalista Italiana. Ao mesmo tempo, com a
publicação de La Lupa, a partir do final de 1910, os
sindicalistas revolucionários encetaram o diálogo que os aproximou dos
nacionalistas de Corradini, e no ano seguinte surgiu a oportunidade de
estreitar esta convergência. Em Setembro de 1911 o governo de Roma
enviou ao sultão otomano um ultimato reclamando o reconhecimento dos
direitos italianos sobre a Tripolitânia e a Cirenaica. Como se previa, o
governo turco rejeitou as exigências e a Itália iniciou as campanhas
militares na Líbia. Muitos sindicalistas revolucionários, incluindo
algumas das personalidades mais significativas do movimento, como Arturo
Labriola e Angelo Oliviero Olivetti, apoiaram activamente a agressão,
vendo na expansão para o Norte de África uma forma de absorver a
emigração, tal como proclamavam Corradini e os seus nacionalistas. Nesta
ocasião, porém, a ala belicista do movimento teve de enfrentar a
oposição de correligionários mais numerosos e não menos relevantes, em
especial aqueles que, através das Câmaras do Trabalho, mantinham
contacto directo com o proletariado. Afirmando que a conquista da Líbia
não reflectia os interesses da nação, mas apenas a ganância de um grupo
de capitalistas, os sindicalistas revolucionários hostis às aventuras
coloniais participaram ao lado do Partido Socialista na greve geral de
Setembro de 1911, convocada em protesto contra a expedição africana.
Todavia, não se deve exagerar a importância do desacordo, porque em
Novembro de 1912 as duas tendências realizaram um congresso unificado,
onde decidiram abandonar a CGL, e com a colaboração de outras correntes
próximas, incluindo anarquistas, criaram uma central sindical, a Unione
Sindacale Italiana (USI, União Sindical Italiana). A audiência de que
beneficiavam continuava a ser considerável, pois a nova organização
podia apresentar mais de cem mil membros, perante os trezentos mil dos
sindicatos socialistas[8]. Mas as fricções no interior
deste movimento não deviam ser pequenas, já que a USI mantinha uma
posição claramente antimilitarista, e as contradições tornaram-se
insanáveis em 1914, quando os partidários da intervenção na guerra
mundial acenaram com a possibilidade de satisfazer os sonhos do
irredentismo a expensas do Império Austro-Húngaro. Enquanto a maioria da
USI, sob orientação anarquista, defendeu que o país permanecesse
neutral no conflito, os dirigentes sindicalistas revolucionários
adoptaram unanimemente a posição contrária, figurando todos eles na
primeira fila dos entusiastas da entrada da Itália na guerra. A cisão
era inevitável.
Unione Sindacale Italiana
Os
sindicalistas revolucionários abandonaram a USI para fundar em Outubro
de 1914 o Fascio Rivoluzionario d’Azione Internazionalista
(FascioRevolucionário de Acção Internacionalista), o primeiro de uma
série de fasci que em poucos anos levariam a Itália a um destino bem
conhecido. A grande matança foi apresentada como uma guerra
revolucionária. «Nós, revolucionários que permanecemos fiéis aos
ensinamentos dos nossos mestres», lê-se no manifesto inaugural do
Fascio, «acreditamos que não é possível ultrapassar os limites das
revoluções nacionais sem passar primeiro pela fase da própria revolução
nacional. […] Se cada povo não viver no interior do quadro das suas
fronteiras nacionais, formadas pela língua e pela raça, se a questão
nacional não estiver resolvida, não poderá existir o clima histórico
necessário ao desenvolvimento normal de um movimento de classe» [9]. Com
igual inspiração Mussolini proclamou dois meses mais tarde: «Os
revolucionários afirmam que a Internacional só poderá existir quando os
povos tiverem atingido as suas fronteiras. É por isso que somos
partidários de uma guerra de carácter nacional» [10]. E assim, com tal
argumentação, um dos mais notáveis chefes da extrema-esquerda do Partido
Socialista Italiano converteu-se em fundador do fascismo. Neste
contexto devemos meditar nas implicações das palavras de Engels, quando
escreveu, numa carta endereçada a Kautsky em 7 de Fevereiro de 1882, que
o movimento socialista só se desenvolve depois de a nação se ter
unificado e adquirido a independência [11]. A filiação directa de um
aspecto crucial da génese do fascismo numa tese sustentada pelo ilustre
co-fundador do comunismo moderno confirma que a conversão da luta de
classes em luta de nações abriu a brecha teórica e prática onde o
fascismo se instalou. Numa série de artigos publicada neste site sob o
título Marxismo e Nacionalismo analisei esta questão, causando grande
escândalo entre alguns provincianos, veneradores de santos e de
lugares-comuns. Espero que agora a indignação não seja menor. O fascismo
nasceu invocando argumentos de emancipação nacional que uma grande
parte da esquerda aceitava e — o que é mais grave — continua hoje a
aceitar.
Mussolini numa ficha policial de 1903
E
assim a audaciosa operação política proposta por Enrico Corradini teve
êxito. O nacionalismo foi renovado e revigorado graças à energia
proletária dos sindicalistas revolucionários, que, juntamente com os
futuristas — uma corrente estética e política que, por sua vez, operara
uma convergência entre o nacionalismo e um certo anarquismo — e com os
arditi — os
ousados,
tropas de elite, uma espécie de comandos — constituíram os três
elementos formadores do movimento de Mussolini. Mas se Mussolini levou
para o fascismo as massas de militantes, foi Corradini a provê-lo da
formulação teórica básica e da principal orientação estratégica, até que
por fim os nacionalistas se integraram no Partido Nacional Fascista
(PNF), em Março de 1923. A partir do momento em que não bastavam já a
ferocidade e os maus modos dos
squadristi e era propriamente
necessário governar, acabaram por ser os antigos nacionalistas, apesar
de minoritários, quem, com a sua competência e o seu rigor doutrinário,
dominou por dentro a direcção do PNF. «Mussolini não foi o inventor do
aspecto
imperialista do fascismo; herdou-o de Corradini», notou
Jacques Ploncard d’Assac, um fascista francês que durante muitos anos
foi português de adopção. «Mussolini não inovou nada; realizou»
[12].
Nesta perspectiva, pode dizer-se que Mussolini teve a capacidade
táctica de concluir na prática a estratégia política paradoxal concebida
e inaugurada por Corradini em torno do conceito de «nação proletária».
Nacionalismo e expansionismo formam um continuum.
Nos finais de 1935, a meio da guerra de conquista da Abissínia,
Mussolini teve a desfaçatez de proclamar «à Itália proletária e
fascista»: «A guerra que começámos em terras de África é uma guerra de
civilização e de libertação. […] É a guerra dos pobres, dos deserdados,
dos proletários» [13]. Como se não fosse a Abissínia
ainda mais «proletária» do que a Itália! E no seu discurso de 10 de
Junho de 1940, quando anunciou a entrada da Itália na nova guerra
mundial, o Duce retomou os termos da «nação proletária». «Esta luta
gigantesca não é mais do que uma fase do desenvolvimento lógico da nossa
revolução: é a luta dos povos pobres e com mão-de-obra abundante contra
os açambarcadores que detêm ferozmente o monopólio de todas as riquezas
e de todo o ouro da terra; é a luta dos povos fecundos e jovens contra
os povos estéreis e votados ao desaparecimento; é a luta entre dois
séculos e duas ideias» [14]. Do princípio ao fim, a dialéctica paradoxal da «nação proletária» forneceu o fio condutor do fascismo.
Kita Ikki
O
mesmo sucedeu do outro lado do mundo. A extrema-direita japonesa nunca
hesitou em conjugar o expansionismo com os apelos libertadores.
Estreitamente ligadas às forças armadas, as associações patrióticas
sabiam que o seu país só se poderia afirmar como potência mundial contra
os interesses das principais nações europeias e dos Estados Unidos, e
apresentavam esta rivalidade como um renascimento da Ásia e uma defesa
dos valores orientais contra a cultura ocidental. Já num livro publicado
em 1906 Kita Ikki, o fundador do fascismo japonês, estabelecera uma
analogia entre o confronto de classes no interior das fronteiras
nacionais e a disputa entre Estados na arena mundial, e anunciara a
necessidade de promover o imperialismo nipónico através de uma
estratégia que estimulasse os movimentos opostos ao colonialismo
ocidental na Ásia. Mas foi numa obra editada em 1923 que ele expôs de
maneira detalhada o programa que a partir de então serviu de referência
inevitável à extrema-direita radical. Além de defender uma série de
reformas económicas e sociais, Kita propôs um plano de armamento
intensivo, que desse ao exército a possibilidade de encetar uma política
externa agressiva. Este país movido pela ambição imperialista era
apresentado por Kita como o campeão dos restantes povos asiáticos contra
o colonialismo ocidental. «Tal como no interior de uma nação se trava a
luta de classes pelo reajuste das desigualdades, também a guerra entre
nações por uma causa nobre há-de resolver as actuais desigualdades
injustas», escreveu Kita naquele livro. «Os socialistas ocidentais
entram em contradição ao admitirem que o proletariado tem o direito de
recorrer à luta de classes dentro do país e ao condenarem
simultaneamente como militarismo e agressão a guerra travada pelas
nações proletárias»
[15]. O paradoxo da «nação
proletária» desvendava-se uma vez mais na sua verdadeira função,
justificando os novos expansionismos, e era anunciado além-fronteiras
sob a forma não menos paradoxal de um imperialismo anti-imperialista.
Talvez
isto não soe estranho a alguns leitores. Era o mesmo tema daquelas
forças políticas de esquerda que há bem pouco tempo bramavam contra a
ALCA, onde dominaria o imperialismo norte-americano, e teciam loas ao
Mercosul, onde domina o nascente imperialismo brasileiro. Pois não
serviria o poderio económico do Brasil para emancipar os países
latino-americanos da prepotência yankee? É possível definir com
rigor o caminho que levou os paradoxos da «nação proletária» a criarem
raízes fundas na esquerda e na extrema-esquerda brasileiras, como
mostrarei no artigo seguinte.
Notas
[1] Citado em Mário PEDROSA, A Opção Imperialista, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1966, pág. 308.
[2]Id., op.cit., pág. 309.
[3]Id., op. cit., págs. 528-529 n. 1 (sub. orig.).
[4] Segundo Adrian LYTTELTON, La Conquista del Potere. Il Fascismo dal 1919 al 1929,
Roma e Bari: Laterza, 1982, págs 27-28 e 31, foi na obra do poeta
Giovanni Pascoli que Corradini encontrou a imagem da Itália como «nação
proletária». Mas o que me interessa aqui é o conceito político, não a
expressão literária.
[5] Citado em Zeev STERNHELL, Mario SZNAJDER e Maia ASHERI, The Birth of Fascist Ideology. From Cultural Rebellion to Political Revolution, Princeton, Nova Jersey: Princeton University Press, 1994, pág. 164.
[6] Citado em Jacques PLONCARD D’ASSAC, Doctrinas del Nacionalismo, Barcelona: Acervo, 1971, pág. 98.
[7] Citado em Pierre MILZA, Mussolini, [Paris]: Fayard, 1999, pág. 107. Note-se que segundo Gioacchino VOLPE, História do Movimento Fascista, Roma: Novissima (ano XIX), 1941, pág. 13 estas apreciações de Corradini datariam de 1910.
[8] Estes são os números fornecidos por Z. STERNHELL et al., op. cit., pág. 139. Porém, P. MILZA, op. cit., pág. 92 atribuiu apenas cem mil membros à USI e pretendeu que a CGL mobilizava meio milhão de trabalhadores.
[9] Citado em Z. STERNHELL et al., op. cit., pág. 205.
[10] O manifesto de Mussolini de Dezembro de 1914, Contro la Neutralità, encontra-se citado em G. S. SPINETTI (org.), Mussolini. Spirito della Rivoluzione Fascista, Milão: Ulrico Hoepli, 1938, pág. 49.
[11] Paul W. BLACKSTOCK e Bert F. HOSELITZ (orgs.), The Russian Menace to Europe, by Karl Marx and Friedrich Engels, Glencoe: Free Press, 1952, págs. 116-117.
[12] J. PLONCARD D’ASSAC, op. cit., págs. 92, 93 (sub. orig.).
[13] Discurso de 18 de Dezembro de 1935 antologiado em G. S. SPINETTI (org.), op. cit., pág. 203. Uma versão um pouco diferente encontra-se em BENOIST-MÉCHIN, Histoire de l’Armée Allemande, vols. I a VI, Paris: Albin Michel, 1964-1966, vol. IV, pág. 166. Ver também G. VOLPE, op. cit., pág. 211.
[14] Antologiado em Charles F. DELZELL (org.), Mediterranean Fascism, 1919-1945, Nova Iorque: Walker, 1971, pág. 214 e citado em P. MILZA, op. cit., pág. 777 e Enzo SANTARELLI, Storia del Fascismo, 2 vols., Roma: Editori Riuniti, 1981, vol. II, pág. 402.
[15] Citado em Richard STORRY, The Double Patriots. A Study of Japanese Nationalism, Londres: Chatto and Windus, 1957, pág. 38.
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