Cristina, a primeira mulher eleita diretamente à presidência da Argentina, será também a primeira reeleita (Foto: Presidência da Argentina)
Buenos Aires – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, obteve neste domingo (23) a maior vitória eleitoral desde a redemocratização do país, em 1983. Segundo a contagem parcial de votos, ela obteve mais de 53% dos votos válidos, 36 pontos à frente do segundo colocado, o ex-governador da província de Santa Fé, Hermes Binner.
Tomando como marco a volta argentina à democracia, este pleito estabeleceu alguns grandes recordes. O primeiro é exatamente a diferença para o segundo colocado. Binner conseguiu capitalizar parte do eleitorado insatisfeito ou indeciso na reta final, crescendo consideravalmente desde as prévias de agosto, mas não o suficiente para evitar uma margem extremamente confortável a favor da continuidade. Além disso, este é o percentual mais alto do vencedor, superando os 51,7% obtidos por Raúl Alfonsín em 1983. Será a primeira vez que uma mesma coalizão emplaca três governos seguidos.
Na história eleitoral argentina, Cristina, que havia sido a primeira mulher eleita diretamente, é também a primeira reeleita. De quebra, recuperou o controle do Congresso, uma avaliação que, para ser fechada de todo, terá de esperar algumas horas. É provável ainda que tenha imposto a vitória na enorme maioria das províncias, com grande possibilidade de superar o recorde anterior, de Carlos Menem.
Nascida há 58 anos na cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires, Cristina entrou para a vida política na década de 1970, quando cursava advocacia. Ao mesmo tempo, conheceu Néstor, com quem se casaria em 1975. Durante a ditadura, o casal se mudou para Rio Gallegos, na fria província de Santa Cruz, ao sul, onde se dedicaram a um escritório de advocacia. Só após o fim do regime repressor voltaram a atuar politicamente. Em 1989, Cristina se elegeu deputada provincial, enquanto Néstor foi eleito governador em 1991.
Em 1995, Cristina conquistou seu primeiro mandato no Senado, em 1997 foi eleita deputada e em 2001 voltou a ser senadora, no ano em que o país foi ao patamar mais profundo de sua crise política, econômica e social, com a queda do presidente Fernando de la Rúa.
Em 2003, Néstor foi escolhido pelo presidente provisório, Eduardo Duhalde, para ser o candidato. Sem acordo, o Partido Justicialista, conhecido fora da Argentina por peronista, lançou três candidatos, entre eles Carlos Menem, que saiu vitorioso do primeiro turno com 24% dos votos. O santa crucenho ficou em segundo, com 22%, e deveria disputar o segundo turno, mas Menem, ao notar que teria uma rejeição de 70% da população, renunciou à disputa.
Néstor chegou à Casa Rosada em uma eleição que não venceu, longe de contar com o apoio da maioria da população e precisando resgatar a economia nacional e a confiança da população na classe política.
A recuperação econômica, com criação de emprego e aumento de renda, e as políticas sociais e de direitos humanos garantiram a Néstor um bom respaldo. Em 2007, surpreendeu a todos anunciando que abriria mão da candidatura em prol da esposa. Cristina foi eleita com 45% dos votos válidos. Em 2010, a morte do ex-presidente eliminou a possibilidade mais provável para este ano, de que disputasse novamente o cargo, e jogou para a presidenta a decisão de continuar. Em março, ela anunciou que aceitava concorrer mais uma vez, em um momento em que já tinha grande respaldo popular.
Tomando como marco a volta argentina à democracia, este pleito estabeleceu alguns grandes recordes. O primeiro é exatamente a diferença para o segundo colocado. Binner conseguiu capitalizar parte do eleitorado insatisfeito ou indeciso na reta final, crescendo consideravalmente desde as prévias de agosto, mas não o suficiente para evitar uma margem extremamente confortável a favor da continuidade. Além disso, este é o percentual mais alto do vencedor, superando os 51,7% obtidos por Raúl Alfonsín em 1983. Será a primeira vez que uma mesma coalizão emplaca três governos seguidos.
Na história eleitoral argentina, Cristina, que havia sido a primeira mulher eleita diretamente, é também a primeira reeleita. De quebra, recuperou o controle do Congresso, uma avaliação que, para ser fechada de todo, terá de esperar algumas horas. É provável ainda que tenha imposto a vitória na enorme maioria das províncias, com grande possibilidade de superar o recorde anterior, de Carlos Menem.
Nascida há 58 anos na cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires, Cristina entrou para a vida política na década de 1970, quando cursava advocacia. Ao mesmo tempo, conheceu Néstor, com quem se casaria em 1975. Durante a ditadura, o casal se mudou para Rio Gallegos, na fria província de Santa Cruz, ao sul, onde se dedicaram a um escritório de advocacia. Só após o fim do regime repressor voltaram a atuar politicamente. Em 1989, Cristina se elegeu deputada provincial, enquanto Néstor foi eleito governador em 1991.
Em 1995, Cristina conquistou seu primeiro mandato no Senado, em 1997 foi eleita deputada e em 2001 voltou a ser senadora, no ano em que o país foi ao patamar mais profundo de sua crise política, econômica e social, com a queda do presidente Fernando de la Rúa.
Em 2003, Néstor foi escolhido pelo presidente provisório, Eduardo Duhalde, para ser o candidato. Sem acordo, o Partido Justicialista, conhecido fora da Argentina por peronista, lançou três candidatos, entre eles Carlos Menem, que saiu vitorioso do primeiro turno com 24% dos votos. O santa crucenho ficou em segundo, com 22%, e deveria disputar o segundo turno, mas Menem, ao notar que teria uma rejeição de 70% da população, renunciou à disputa.
Néstor chegou à Casa Rosada em uma eleição que não venceu, longe de contar com o apoio da maioria da população e precisando resgatar a economia nacional e a confiança da população na classe política.
A recuperação econômica, com criação de emprego e aumento de renda, e as políticas sociais e de direitos humanos garantiram a Néstor um bom respaldo. Em 2007, surpreendeu a todos anunciando que abriria mão da candidatura em prol da esposa. Cristina foi eleita com 45% dos votos válidos. Em 2010, a morte do ex-presidente eliminou a possibilidade mais provável para este ano, de que disputasse novamente o cargo, e jogou para a presidenta a decisão de continuar. Em março, ela anunciou que aceitava concorrer mais uma vez, em um momento em que já tinha grande respaldo popular.
Nenhum comentário:
Postar um comentário